YKNP VIII

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 1595 palavras
Data: 05/02/2012 00:57:08
Assuntos: Gay, Homossexual

Mais uma vez feliz. Me tentando livrar de vícios adquiridos inconscientemente, fazendo com que minha vida andasse e mantendo a minha relação com Diogo. Eu realmente amava aquele sujeito. Diogo era, como já tinha dito, moreno e com um corpinho meio definido. Tinha cabelos negros e uns olhos castanhos profundos. Ele mexia bem comigo, ele sabia o que eu queria no preciso momento e me completava. Claro que eu não esperava que a nossa relação durasse para sempre, mas o presente estava maravilhoso... quanto ao futuro, o melhor era aguardar. Sim, porque a vida é cheia de surpresas. Como é que eu poderia sequer pensar que um menino ruivo, branquela e sem piada nenhuma iria encontrar um cara assim? Ele não era perfeito, nem eu. Mas ele era diferente de todo o tipo de pessoas que eu tinha conhecido.

Era Domingo, e como sempre eu ia com meus pais e minha irmã visitar meus avós maternos (porque os paternos viviam longe, só nas festas é que os via). Eu nunca falei de minha família, nem nunca sequer tinha referenciado que tinha uma irmã. Meu pai é meio difícil de perceber, por causa de sua personalidade vincada, e talvez isso tenha feito minha mãe se apaixonar; logo ela, uma mulher super engraçada, descontraída... Herdei de meu pai um pouco de sua personalidade, e de minha mãe o cabelo ruivo. Também herdei dele os olhos verdes e dela o jeito para o desenho. Minha irmã era mais velha do que eu cinco anos. Estava na faculdade e era tão ruiva quanto eu, e seus olhos também eram tão verdes como os meus. E meus avós, super engraçados. Domingo em casa deles era uma festa total. Sempre nos enchiam a barriga com os seus cozinhados maravilhosos. Realmente eu tinha sorte com a família e com o amor.

Lembro que nesse Domingo meu avô me mostrou os campos que rodeavam sua casa como eu nunca tinha visto. Eu, ele e meu pai andamos por esses campos durante horas e descobri que gostava mais da Natureza do que imaginava. Até que meu avô falou que tinha um amigo dele que morava perto do local onde nós estávamos. Sugeriu que o fôssemos visitar, e assim foi. A muito custo, claro, porque não sou propriamente um atleta. Chegamos ao local, meu avô chamou pelo nome do senhor e entramos. Casa acolhedora aquela. O nome do senhor era Manuel e sua mulher se chamava Rita. Ele nos cumprimentou, ofereceu comida e bebida até que ouvimos alguém descendo as escadas.

- Avô, posso pegar... - interrompeu sua voz.

Me voltei para trás e adivinha quem eu vi? Isso mesmo, Diogo. Escusado será dizer que explodiu um sol dentro de mim.

- Bruno! Nossa, você por aqui? - falou ele, visivelmente surpreso.

- É, meu avô é amigo do seu e então a gente veio até cá... Mas não sabia que você era neto de senhor Manuel! - eu estava surpreso e totalmente contente.

- Ah vocês se conhecem? Vai lá em cima jogar na consola com Diogo, deve estar achando chata essa conversa de velho! - falou Senhor Manuel.

Foi o que fizemos. Subimos as escadas loucos por beijar. Chegamos na salinha onde Diogo estava jogando e logo demos um beijo apaixonado.

- Onde estão seus pais? - falei.

- Ah... Eles foram passar o fim-de-semana fora, e então eu estou aqui desde ontem... Mas hoje à noite volto para casa.

- Seus avós têm um neto lindo! - brinquei com ele ao mesmo tempo que acariciava seu cabelo.

- Quer dar uma volta de bicicleta? Estou farto de estar aqui!

- Vamos lá! Tem bike para mim?

- Claro que tem bobo, não iria deixar você se sentar na minha linda bicicleta! - falou ele como que se a bicicleta fosse mais importante que tudo.

- Vai ter vingança por isso! - falei, rindo.

Avisámos que iríamos andar de bicicleta e fomos logo correndo para a garagem onde estavam guardadas. Andámos por tudo o que é lugar, e eu até já estava exausto. Parámos no meio de um campo e ele me abraçou. Felizmente era um local no meio de um monte, pelo que não haveria gente por ali.

- Eu te amo, eu te amo, eu te amo... - falava ele repetidas vezes.

Eu o interrompi com um beijão. Eu amava-o completamente. Eu queria Diogo para sempre. Sei lá, eu era uma árvore e ele a raiz, entende? Não dá mesmo para explicar. Estava frio, mas fizemos amor ali mesmo. Nossas roupas no chão serviam de 'colchão'. O frio foi passando e eu comecei a ter calor. Fizemos oral um no outro. Nossa, meu batimento cardíaco estava a mil e eu quase morria de tanto prazer. Diogo me virou e lubrificou meu rabo com aquela língua de veludo, que me deixava louco. Depois vocês já sabem... Sentia a respiração ofegante dele, sentia dor, sentia prazer... Ele mordiscava minha orelha e falava uma língua estranha mesmo. E sim, fazíamos sem camisinha como já tinha referenciado antes. Deu um último gemido e gozou em mim, e pouco depois gozei também. Ficámos uns minutos deitados, abraçados. Depois o frio voltou e nos vestimos rapidamente. Pegamos em nossas bicicletas e fomos quase voando, porque já começava a anoitecer. Voltamos em casa do avô de Diogo e ele me disse que meu pai e meu avô tinham ido embora uma vez que eu tinha demorado bastante.

- É só você ir por esses campos fora, - me apontava - e chega logo em casa de seu avô.

Claro que Diogo me poderia levar, mas seus pais tinham chegado no exato momento e então eu tinha que ir sozinho.

Comecei a andar pelos campos fora até que vejo um homem lá no meio. Meio que a medo vou andando cada vez mais rápido até que ele vem ter comigo.

- O que é que você está fazendo aqui? - perguntou, deitando um cheiro a álcool pela sua boca.

- Eu vim de casa do Senhor Manuel, estou indo para casa do meu avô!

- Tá o caralho! - me agarrou o braço.

- Me larga!

O velho me deu um tapa que me fez cair no chão e chutou minha barriga com força, tanto que eu deitei sangue pela boca. Meio sem forças gritei socorro para que alguém me acudisse, mas àquela hora ninguém me iria ouvir.

- Hoje você não sai daqui vivo! Eu sei bem que você anda roubando meus campos!

Realmente eu tinha ouvido falar que andava uma vaga de assaltos por aquela zona, mas claro que não era eu. Estava pagando por algo que não fiz. Me deu outro chuto na barriga e mais sangue jorrou por minha boca. 'Vou morrer', pensei. Estava quase inanimado até que o velho começou correndo. Ouvi passos e alguém dizendo meu nome. Era meu pai. Ele me pegou, quase chorando. Eu não via quase nada e minha barriga doía imenso. Ainda saía sangue da minha boca.

- Aquele cafageste vai pagar, ai se vai!

Eu sabia quando ele estava nervoso. Meu pai tremia quando algo o irritava profundamente. Cheguei em casa da minha avó e claro, imagina o aparato. Meu avô jurava morte ao velho (que mais tarde soube se chamar Rogério) e minha avó e mãe choravam.

- Porra, eu não morri! - falei, tentando aliviar as senhoras.

Minha irmã estava assustada, quase sem reação. Fui levado para o hospital e, por incrível que pareça, não tinha nada partido. Apenas tinha que ter cuidado com alguns movimentos e algum cuidado com a alimentação durante uns dias.

Esse Domingo foi longo.

Dias depois estava recuperado. Soube que Rogério tinha sido quase expulso da terra onde morava e que tinha pedido perdão ao meu avô. Nem quis saber. Mas essa experiência me trouxe insegurança; a qualquer passo na rua, a qualquer olhar mais invulgar eu me sentia inseguro. Talvez porque, inconscientemente, ter ficado meio traumatizado com a situação. Quando Diogo soube do que se tinha passado, quase chorou e jurou morte a Rogério. Claro que ele não ia fazer nada, mas enfim. Achei bonito até! Meus amigos ficaram chocados e tive a sorte de durante uma semana ter quem me trouxesse o lanche no intervalo.

Neil continuava a tentar, de algum modo, se aproximar de mim cada vez mais. Eu não fumava maconha há semanas, nem tão pouco tabaco. Eu dizia que podíamos ser amigos, mas ele não queria. Quando lhe falei da porrada que tinha levado, ele me abraçou. 'Se você morresse, eu morria também', disse.

Nossa, mas porquê? Porque é que Neil tinha de ser assim? Eu não queria nada com ele. Eu sentia algo muito pequeno por Neil, mas quando ele me disse isso esse muito pequeno cresceu imenso. Diogo nem precisava de falar isso, porque eu sabia que ele o sentia... mas Neil? Foi totalmente inesperada essa afirmação. Ok, eu estava confuso. De um lado Diogo, um amor que eu nunca tinha sentido, o cara que me beijou depois de uma luta de água, o cara com quem eu perdi a virgindade, o cara que me tirou dos vícios. De outro lado Neil, um cara que me fez experimentar as coisas mais loucas (sim, porque narrá-las todas seria desnecessário, experimentamos mais [não drogas obrigatoriamente]) e que me fazia sentir leve, mas ao mesmo tempo pesado por todo o sentimento que ele vinha nutrindo por mim.

Minha vida estava de novo um carrossel.

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espero que gostem desse oitavo capitulo de Youth Knows No Pain. espero receber mais votos e comentários... o último capítulo recebeu muito menos do que eu esperava. não descredibilizando os outros contos, mas é que acho que YKNP merece mais que alguns contos presentes nesse site que são sobrevalorizados, com imensos comentários. espero que compreendam. abraços. (:

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Comentários

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Parabéns, a história tá cada dia melhor. Nao canso de ler, nota 10, pq não dá pra dar mais!

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