Paixão Incondicional - Capítulo 3

Um conto erótico de henrique. S
Categoria: Homossexual
Contém 820 palavras
Data: 19/02/2012 14:56:04

Nós estávamos tão próximos – tão próximos. Sentados no muro da minha casa, um ao lado do outro. Merda! Merda! Eu quero muito beijá-lo. Muito mesmo.

E então, sem pensar duas vezes, eu o beijei.

- Cara, qual é a sua?! – perguntou, se levantando com certa brutalidade.

- Phillip, me perdoa. Eu juro que não quis fazer isso. Foi só...

- Não interessa, você acabou de me beijar.

- Eu sei, por favor me desculpa – nessa hora eu já estava com os olhos cheios de lágrimas. Mas me mantive o máximo que pude.

- Foi mal Henrique, acho melhor a gente não se falar mais.

- Por favor, não faz assim.

Embora eu continuasse suplicando, ele não deu a mínima atenção. Saiu dali sem ao menos me olhar na cara. Naquele momento eu estava com coração destroçado, sentindo como se minhas últimas esperanças tivessem sidos jogadas ao

vento, como areia.

E não digo que aguentei engolir o choro por muito mais. Foi só o tempo de avistar seu corpo dobrando a esquina, para que eu desabasse em lágrimas.

E chorei; como chorei aquela noite. Imagine uma pessoa que já vive sem colocar muita esperança nas coisas e, de repente, essa pequena parte se esvai ao todo. É um tremendo baque; um que eu achei não ter mais capacidade de suportar. Sim, ele era minha paixão. Uma paixão incondicional, e também não correspondida. Mas ainda era uma paixão. E agora eu tinha-o perdido.

Entre soluços e lástimas, consegui adormecer. Se os domingos geralmente são de um tédio estremo, aquele então bateu todos os recordes. Ao menos passou de forma ligeira. Acordei na segunda, sem disposição alguma para me levantar para ir a escola. Mas precisava, não queria deixar evidente pra ninguém que eu não estava bem.

- O que há com você?! – perguntou-me Gabi, enquanto eu sentava na minha carteira.

- Comigo? – me fiz de desentendido.

- Nem ouse a falar assim comigo, Henri. Sei muito bem que tem alguma coisa errada aí.

Não pense que eu sou um péssimo ator, eu até que estava indo muito bem. Mas infelizmente, essa peste da Gabriela me conhece a tanto tempo, que ela já sabe mais de mim do que minha própria mãe.

- Eu já disse que eu to bem Gabi, não se preocupe comigo, ok?

- Humpf! Fale por você então.

Pois é, a Gabriela é muita cabeça dura mesmo. Mas também não fiquei me preocupando muito. Naquele momento, meus pensamentos estavam em outro lugar. Eu queria e não queria encontrar com Phillip. Por um lado, eu ainda sentia uma coisa muito forte por ele. Por outro, ele havia me magoado demais.

E para piorar mais ainda meu dia, adivinhe que aulas eu tive hoje. Se você pensou em química, acertou com toda certeza! Bem, como eu não tinha uma arma ou nada parecido, eu tive que assistir de qualquer maneira.

Ao fim do dia, em vez de sentir aquela felicidade de quando saímos de sala de aula, apena senti um vazio enorme do peito. É, não tinha visto Phillip. E por mais que ele tenha dito aquelas palavras tão ásperas, eu ainda queria vê-lo de qualquer maneira.

Fiquei a tarde toda trancafiado dentro do meu quarto. Não queria falar, nem ver ninguém. Entretanto, para meu azar – é, quando o dia está ruim, ele sempre piora – minha mãe só daria plantão por parte da noite. Então, ela ficou o dia inteiro me enchendo para poder sair um pouco do quarto. Ainda bem que normalmente eu sou uma pessoa de sair pouco, logo não percebeu que havia algo de errado comigo.

Acabei por ceder suas vontades e saímos um pouco. Fomos à casa de uma tia minha, e ficamos por lá quase a tarde inteira. Eu até que gostava de ir lá, pois gostava bastante do meu primo, Guilherme. Sem falar que ele é bem bonitinho – mas nem pense que eu tenha alguma chance. Ele vive se gabando para deus e o mundo que só pega mulher boa.

Quando saímos de lá já era noite. Chegamos a casa e eu fui logo tomar um banho. Enquanto eu colocava uma roupa qualquer, ouvi meu celular tocar em algum quanto da bagunça que estava meu quarto. Demorei um pouco pra achar, mas quando aconteceu, preferi que não tivesse feito. Era ele. Fiquei bastante assustado e digo que também feliz, mas resolvi atender logo.

- Alô?!

- Henrique, preciso que você me ajude – sua voz estava tão fraca e frágil. Aquilo me aterrorizou.

- Como assim?! O que houve?! – perguntei, me exaltando.

- Eu só preciso que você venha onde eu to.

- Tá bom, me fala o lugar.

Pelo que eu entendi, ele não estava muito longe daqui. Coloquei as últimas peças de roupas que estavam faltando, conferi se minha mãe já havia saído pro trabalho e, fui.

(xxx)

Pessoas, quero agradecer muito a quem deixou cometários aqui. Valeu mesmo, de verdade. E lembrem-se, não deixe de colocá-los, eles me fazem muito bem, e também agilizam meus dedinhos a escreverem mais! ^^

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive henrique_stoller a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Por favor cara, onde vc ta, volta logo, estou morto d curiosidade do teu conto! nota 10

0 0
Foto de perfil genérica

Daya eu tb... Hehe cara ta bom mesmo!! Entao nao demora tanto rsrs :-D

0 0
Foto de perfil genérica

Li seu conto logo q vc posto, + não me lembrava do começo, então tive q volta lá! tá mto bom msm, não dmora... Mega ansiosa!

0 0