Life As It Should Be – Parte 10

Um conto erótico de Leo
Categoria: Homossexual
Contém 1107 palavras
Data: 20/02/2012 22:33:34

-Eu só tenho coisas boas a dizer sobre o Leonardo, eu o conheço há pouco tempo, mas esse pouco tempo foi suficiente para descobrir a pessoa incrível que ele é, trata bem todas as pessoas, é engraçado, inteligente e já vou dizendo que se ele não arrumar alguém logo, vou pegar pra mim. – deu uma risadinha que foi acompanhada dos convidados, inclusive o Matheus e depois saiu.

Todos olhando pra mim, meus primos, tios, todos fazendo piada, uma garota linda daquela falando aquilo, que se eu deixasse escapar seria muita burrice.

-Matheus, me dá um tempinho, tenho que fazer uma coisa?

-Tudo bem, mas fazer o que? – ele perguntou enquanto eu saía, mas eu não virei para responder, estava com muita raiva daquela garota.

Fui andando pelo salão, ouvindo as mesmas coisas…

-Porra Leo, que gata era aquela, se você não pegar ela você é muito gay.

-É, ela é muito gostosa – não estava mentindo, ela era realmente muito gostosa, mas não aos meus olhos, pra mim só existia uma pessoa… - minha moral está lá em cima hein?! – era tão uma droga você fingir as coisas, fingir querer, fingir gostar, ser quem você não é, mas eu já fazia isso há tanto tempo que já tinha se tornado fácil pra mim.

Eu não sabia o que estava me irritando mais no momento, Alice ou essas pessoas na minha cabeça, estava atrás do problema, a irmã malvada, eu tinha que ter uma conversa séria com ela.

-Alice, a gente precisa conversar – falei segurando de leve no seu braço e puxando em direção à porta.

-Eu sabia que ia dar certo.

Eu não falei nada, apenas a levei pra fora da festa, fomos para a rua, estava vazia e bem escura…

-Alice, você não pode continuar com isso, você tem que parar… Agora!

-Eu gosto de você!

-Alice – segurei seu rosto com as duas mãos – é sério, não dá pra continuar assim, está na hora de parar...

-Por quê? – ela começou a chorar, sua voz saía abafada por causa do choro – porque você não pode simplesmente me amar? O que eu não tenho que as outras têm? Eu não sou boa o suficiente pra você, você é perfeito e eu…

-Não é isso, você é linda, uma das garotas mais bonitas que já vi, mas é que… - o único jeito de fazê-la parar, era contando a verdade, a minha verdade, a que eu vinha escondendo de todos durante 18 anos, mas eu não sabia se estava na hora de falar, eu queria fazer isso aos poucos, eu na verdade iria contar só pra Alice e pedir segredo, eu não tinha certeza de nada, minhas mãos estavam suando, eu estava muito nervoso, mas era a minha única opção – Alice, o que eu vou te contar é uma coisa que ninguém sabe, eu acho importante você saber pra você não sofrer mais, mas eu também quero poder confiar em você, eu… Eu não… - como era difícil falar isso pra alguém, eu realmente pensei em desistir, fingir que essa conversa não tinha sido iniciada - Não gosto de mulheres… - abaixei a cabeça esperando ela falar alguma coisa, nem podia imaginar a reação dela, provavelmente riria ou sairia contando pra todos.

-Você é gay, gosta de homens. – ela falou olhando pro nada, sem foco, ela estava estranha, falou e saiu andando, até tentei chamá-la, mas ela continuou andando feito uma alma perdida e sumiu no escuro.

Voltei pra festa morrendo de medo, medo da Alice ter falado pra alguém e se ela tivesse falado? Eu nem imaginaria o que ia dar, fui atrás do Matheus…

-Leo, onde você estava? Te procurei em todo lugar…

-Eu falei pra sua irmã de mim.

-Você o que? Por quê?

-Não sei, eu só contei, eu queria fazer ela… – ia falar “parar de me perseguir”, mas não queria deixar ele bravo – mas agora estou com medo do que ela vai fazer…

Ele me olhou com pena, através do seu olhar eu sabia que ele queria me abraçar naquela hora, dizer que tudo ia ficar bem, que estávamos juntos…

-Fica tranquilo, tudo vai dar certo…

-Espero que sim.

-Leo, por um acaso você sabe pra onde foi minha irmã?

-Ela saiu andando depois que eu falei, eu tentei fazê-la ficar, mas ela não me ouvia, então eu não insisti.

-Deve ter ido pra casa…

A festa chegou ao final, as pessoas estavam indo embora, pra mim a festa já tinha acabado faz tempo, ficamos um tempão até limpar, arrumar, juntar todas as coisas, terminou o dia, fui pra casa, tive muita dificuldade pra dormir, não queria acordar no dia seguinte e saber que tudo estava diferente…

No dia seguinte o Matheus me ligou na hora do almoço:

-Oi amor.

-Leo, você sabe da minha irmã? – ele parecia desesperado.

-Não, por quê?

-Ela não voltou pra casa ontem, estou preocupado, eu ia te ligar, mas você já devia estar dormindo, aí só liguei hoje.

-Tentou ligar pro celular dela?

-Ela não atende, só fica chamando…

-Amor, fica tranquilo, ela vai voltar, ela deve estar nervosa ou algo assim.

-Eu vou procurar por ela, depois te ligo se achar.

-Tudo bem, Eu te… - ele desligou o telefone, ele simplesmente desligou na minha cara, mas eu tentei entender a situação, ele estava preocupado com a irmã…

Passou o dia e nada de ligações, só uma mensagem do Matheus falando que não ia à faculdade, fui pra aula, estava tudo tão estranho, fiquei pensando em tudo que estava acontecendo e então eu comecei a ligar algumas coisas: Irmã some + Matheus desliga na minha cara + Ele quase não falou comigo = Ele acha que a culpa foi minha. Mas eu não tinha culpa disso, ela não foi pra casa por que não quis, mas porque eu estava me sentindo culpado? Será que a culpa foi minha mesmo? Será que eu não devia ter contado? Quanta coisa na cabeça…

A aula passou num segundo, nem a vi passar, mas não copiei nada, não prestei a mínima atenção, só estava preocupado com o meu namorado, por incrível que pareça com a Alice também, a aula acabou e estava indo pegar meu ônibus, tinha acabado de sair do portão, estava distraído, andando devagar…

Ao andar por um tempo percebi que alguém estava andando atrás de mim, virei a esquina e essa pessoa continuava a me seguir, poderia olhar pra ver quem era, correr ou fingir que não vi ninguém, decidi me virar, olhei pra trás já falando:

-O que você quer? – vi que era um garoto, cabelo curto, baixo, estava tão escuro, já estava pensando o pior, eu já tinha tantos problemas.

-Não se lembra de mim?

CONTINUA…

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Comentários

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Pelo Amor de Deus posta logo, eu nunca achei que fosse possivel ficar tão curioso!!! Quero muito saber que eh essa pessoa e no que vai dar isso tudo *-*

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É... Sei bem como é fingir querer e sentir.. A 22 anos com muita pratica :-( mas teu conto esta lindoooooooooo e emocionante tb *-* ansioso pelo proximo :-D

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muito bom,esperando ansiosamente a continuação....

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Mega final hein rs, pare filme de terror o.O, mas enfim...

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Nossa, que suspense... Eu tô ancioso pela continuação.

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Ancioso pela continuação, e nao perca os melhores contos gay do mundo republicados aqui no site

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