Uma lição de Amor 2
Perdi a noção de tempo, perdi minha vida, perdi meu amor, eu perdi tudo. Não queria mais nada, eu queria tudo, mas sem ele eu sabia que o tudo se transformaria em nada. Como eu pude passar tanto tempo assim nessa angustia? Eu não sei dizer como, mas sei que me deixei levar pela falta dele.
Eu sou professor de musica, dou aula de piano, cobrei amargamente de meus alunos nesse tempo todo, me tornei muito rígido, não tolerava erros e muito menos falhas, não tolerava uma nota fora da partitura da sinfonia, nada...nada...nada...nada.... Eu queria tudo, mas não tinha nada...nada...nada
Tornei-me tão rude nesse tempo que fui ficando sozinho, sem amigos, sem vida, sem pessoas a minha volta, a melancolia, a solidão, a dor, a fraqueza, a impertinência acabaram virando meus melhores amigos, não adiantava minha mãe falar:
-“ meu filho, ele se foi, ele não volta, uma porta fechou-se mas quem sabe uma janela abrir-se-á para sua vida, quem sabe meu filho!!!! Quem sabe meu filho que um amor não aparece novamente!!!”
Tudo o que disseste a min era em vão, onde esta essa porta fechada? onde esta essa janela? onde esta esse amor? Onde ele foi? Porque ele me deixou? Porque tinha que ser assim? Porque ele não me levou junto? Porque não podia ser eu no lugar dele? Porque isso estava acontecendo comigo? Porque? Porque? Porque meu deus?
Tantas perguntas, eram tantas, que pro mais que procurasse, por mais que lesse, por mais que corresse, por mais que quisesse voar, eu não consiga respostas e nem fugir das perguntas, tudo que fazia era em vão!!!
Por estar numa fase ruim em minha vida, meu amigos foram embora, meus alunos, um a um foram me deixando, minha mãe desistiu de me ajudar, e a culpa era minha , toda e inteiramente minha. Todos os cursos da escola tinham alunos, menos o meu. Então parei e pensei e decidi agir, decidi voltar a vida, mas isso seria lento, isso seria mensurável para minha volta, primeiro começaria pela parte mais difícil a partida dele de minha vida!
O dia estava nublado como minha vida, era uma manha fria, o sol deleitava ao redor da nuvens e apenas mandava fracos raios que iluminavam pouco, toda a majestade daquele sol tinha sido perdida, mas que é rei sempre continua no seu trono. Eu queria voltar ao meu trono, mas seria difícil, seria doloroso, cansativo, penoso e torturante, uma coisa eu tinha certeza eu não desistiria, não voltaria atrás, eu comecei e vou terminar o que eu quero, nada e nem ninguém ira me fazer voltar, ele mesmo falou-me que deveria deixa-lo partir, pois então, concederia sei desejo!
Cheguei à escola um pouco tarde, mas não estava ligando para o horário, fazia três meses que estava sem alunos, entrei, passei pela recepção, onde olhei diretamente nos olhos de Nanda, minha amiga, ou melhor, dizer ex-amiga e a cumprimentei
- bom dia Nanda! – ela me olhou impressionada – minha mãe já chegou?
- bom dia Guiu! Sua mãe já esta em sua sala, ela deixou um recado a você
- pois diga
- ela deseja vê-lo imediatamente, o assunto é importante
- muito obrigado Nanda e tenha um bom dia – estava tentando voltar a ser o que era antes
- o mesmo para você Guiu!
Fui em direção a sala de minha mãe, mas antes olhei para trás e vi a cara de espanto de Nanda, estava comentando com as outar funcionarias da escola
- o que aconteceu com ele? –pediu uma das faxineiras
- eu não sei, mas só sei que se melhor impossível
Deixei elas de lado, sei que uma mudança traria falatórios, mas era preciso! Abri a porta da sala de minha mãe, ela estava trabalhando analisando os papeis, estava ocupada, ela não olhava mais em meus olhos, apenas falava comigo quando fosse necessário, eu a entendia, mas eu iria mostrar a ele que sou capaz de mudar! Assim que ouviu a porta abrir-se ela apenas falou:
- sente-se, tenho algo para lhe pedir?
- peça então – eu a olhava em direção aos seus olhos, mas ela apenas abria a boca e pronunciava suas palavras sem olhar para mim
- eu tenho duas alternativas a você, uma delas terá que escolher, pois escute muito bem o que vou lhe dizer porque não terá mais volta, estou sendo clara? – ela falava com sua voz um pouco alterada, estava cansada desses ataques de infantilidade e pena que eu estava tendo, ela queria muito me ajudar, mas ela não sabia o que fazer, eu compreendia-a!
- foi bem clara, mas gostaria que falasse olhando em meus olhos, como você mesmo ensinou-me “ sempre fale com as pessoas olhando em seus olhos”
- assim deseja – ela olhou com uma raiva, mas me olhou nos olhos – daqui a duas semanas teremos um aluno para o curso de piano, sua mãe já veio matricula-lo, esse tempo é penas para eles mudarem de cidade, bom suas alternativas são: primeira – você dará aulas para esse garoto, que pelo que sua mãe me disse, que fazem 9 anos que o mesmo toca piano, ou a segunda – demitirei você dessa escola e encontrarei outro professor de piano! É você quem escolhe, terás ate a metade da semana que vem, ou seja, você tem uma semana e meia para decidir se vai ou não voltar a dar aulas de pianos, e se aceitar terá uma condição!
- que condição?
- você terá que dar os últimos três anos de curso para o Pietro, o nome de quem sabe seu futuro aluno, sem deixar que ele desista do curso ou que você queria abandonar esse seu aluno, portanto seu comportamento é que esta em jogo, ou você muda ele ou ira ficar sem aluno e sem emprego! – ela falou tudo isto sem piscar seu olho e sem desviar o olhar de mim.
- eu aceito seu pedido, mas já tens sua resposta, eu aceito dar aulas ao Pietro!
- não seja tão apresado, você tem tempo de desistir se quiser?
- eu não desistirei agora, eu quero e vou conseguir – dizendo isso sai de sua sala, e antes que pudesse desaparecer de seu campo de visão completei – daqui a duas semanas estarei de volta!
Sai da sala de sua mãe e foi em direção à saída, pegou seu carro no estacionamento e sai em direção ao lugar em que ele evitou ir durante muito tempo. Durante todo o percurso que ele percorreu no maior e absoluto silencio a chuva dedilhava com suas gotas em total harmonia com o uivo do vento, parecia uma sinfonia, era como se fosse uma musica, não era calma e men triste era apenas uma musica. Som do ambiente em que ele aproximava-se o tornava sombrio, não era noite, mas tampouco dia, não era quente e sim frio, não havia amor nesse lugar havia compaixão e ternura. Durante longos e tortuosos anos de sua vida, não passava de dois anos, mas era longo sim, pelo menos ele achava que comparação melhor seria dita se fosse uma eternidade, enfim, durante todo esse tempo em que esteve longe de seu amor deixou de visita-lo, não apareceu, não o viu em seu leito de morte, não ouviu sua voz, não olhou em seus olhos ao final de sua vida muito menos pode dizer eu te amo antes dele partir, ficou apenas com as lembranças que teve com ele, mas isso era inútil, consumia sua vida, consumia seu coração, consumia a si próprio, então como estava decidido deixa-lo partir resolveu ir vê-lo uma única e ultimas vez. Estava percorrendo o caminho em direção ao cemitério!
Sai de seu carro, a chuva cai, forte e bravo como um errante ser foi em direção ao que podíamos dizer de um estupido adeus! Sim porque não um estupido adeus? Porque, simplesmente como um herói regeu sua cabeça e em direção a pagina de sua historia postou-se como um rei diante de seu súdito e demarcou como o fim de uma década mas será acompanhado ao novo começo de uma era!
Jazigo, era ele, jazigo nessa lapide, gélido era como se fosse, o seu amor estava gélido, sua face onde haviam olhos brilhantes, sorrisos estonteantes não existiam mais, talvez fosse a hora exata em que logo após a ocorrência da queda desse amor foste amparada quando essa janela fosse aberta, mas como e quando ia abrir-se-á? Não sei!
Sentou-se diante da lapide e olhou para o céu, onde o próprio disparava suas gotas de agua que eram misturadas já com suas lagrimas salgadas de trazer a tona suas lembranças reprimidas, e escondidas no mais profundo fim, no mais intimo e destroçável lugar que pudesse guardar suas memorias, enfim, liberou seu coração, retirou sua armadura de ferro para que possa sim então liberar suas memorias, lembranças, tristezas, e saudade e deixa-lo descansar em paz! Voltou seu olhar a lapide e começou a lhe falar;
- não sei ao certo o que dizer, nem por onde começar, mas sei que sinto sua falta, você me faz muita falta! Sabe por vezes peço que dê-me uma razão para acreditar que você se foi, mas só de olhar a minha volta tenho milhares de razoes que compravam sua partida, não vejo sua sombra mas sei que todos estavam certos ao dizerem-me que partirdes para um lugar bonito, sereno, sem mentiras, sem ódio, sem amargura, apenas me restava acreditar que você se foi. Hoje o sol não brilha nessa terra macia e marrom, meu olhar me guia onde você repousa, eles tiraram você de mim não posso mais tê-lo em casa, alguns dizem que estou louco, alguns dizem que o vinculo que tínhamos se foi, alguns dizem que estou morrendo, alguns dizem que a minha vida foi embora, alguns dizem que talvez eu devesse ir embora, mas na verdade esse “alguns” é apenas meus pensamentos, sim, meus pensamentos que inebriam minha vida na forma de deixar-me levar para um mundo obscuro de total solidão para dizer-te a ti mesmo que você não se foi, mas você se foi e estou aprendendo a enxergar que não voltaras mais, pro mais que seja difícil para mim quero que partas daqui e se torne-se meu anjo da guarda, por mais que sua promessa aqui na terra não tenha se concretizado, eu quero que me preteja!
Ele viu um vulto aproximando e se assustou, esfregou seus olhos para ver se era verdade aquilo, estava vendo Giancarlo vindo em sua direção, mas como isso podia estar acontecendo, não acreditou, mas como um sussurro de sua voz seguido do uivo do vendo e do relâmpago escutou a voz de seu amado entonar em seus ouvidos e atento aquilo prestou a atenção em cada palavra que disseste sem derramar uma lagrima, apenas o que fez foi ajoelhar-se enfrente ao vulto e ouvi-lo
- eu vou estar sempre aqui com você amor, lembrar-me-ei das coisas gentis que me dissestes, mesmo após a minha morte o nosso amor continua, ele continua sim, mas esse amor você não vai vivenciá-lo, esse apenas vai ficar nas vagas lembranças das nossas vidas, as pessoas morrem mais o verdadeiro amor é para sempre! Eu ainda vou te ver mais uma vez e essa será a ultima!
E após dizer isso o vulto partiu, Guiusepp ficou se entender o que ele tinha dito, mas resolveu sair dali, estava molhado, encharcado por assim dizer, o vento estava frio e a agua que caída do céu estava gelada. Entrou no carro e foi embora, deixando assim seu passado para traz, assim que ele pensava, mas teria algo do seu passado que viria a tona!
Mais um capitulo postado! A pedido de dois escritores resolvi adiantar esse capitulo.
Gostaria de agradecer
MilkMan: meu maninho preferido o que você achou desse? Entra essa noite no msn, tenho um assunto urgente pra tratar com você!!!! Como você pediu postei mais cedo.
DayaDment: é só os três primeiros que falam sobre tragédia, os outros não, e obrigado por comentar meu conto!!!
D.D.D.: estou esperando o senhor voltar a escrever suas historias, to me mordendo de tanto esperar!!!! E atendendo seu pedido postei antes! O que me diz deste capitulo?
BReally: agradeço de coração seu elogio, mas modéstia parte eu adoro escrever!! Obrigado por comentar!!!! Você é 1000 me add no msn: macari@hotmail.com.br
IGNIZ: meu msn: macari@hotmail.com.br e obrigado por comentar!!!
diiegoh': você é um dos meus fies comentaristas!!! Agradeço a preferencia
tigresinha28: obrigado por comentar
