Farinha Branca

Um conto erótico de Sandra de Campinas
Categoria: Homossexual
Contém 2426 palavras
Data: 05/03/2012 14:02:40

Farinha branca

Meu nome é Clara Parcela e eu sou branquinha como todo mundo lá do Rio Grande, de onde eu vim. Meus pais são de famílias de dinheiro, muito dinheiro. Eu cresci numa imensa casa branca em Porto Alegre. Quando era criança, eu brincava com minhas amiguinhas brancas. Quando eu cresci um pouco e fui para a escola, era uma escola cara onde quase todo mundo era branco. Depois eu fui para a faculdade e era a mesma coisa.

Eu tenho cabelos louros, olhos azuis e aquilo que se chama "boa aparência". Aliás, é assim mesmo que se diz lá de onde eu vim, "uma menina de boa aparência", porque além de branca e loura eu sou magra e tenho o corpo magro e delicado. Das garotas de boa ascendência espera-se que sejam magras e eu fazia dieta e exercícios na academia para manter-me desse jeito.

Eu fui a todos os bailes de debutantes em vestidos brancos caríssimos e aconteceu de um dos rapazes num desses bailes começar a me convidar para sair, nós namoramos e logo depois ele me pediu em casamento. Sua família era ainda mais rica e mais tradicional que a minha. Nós nos casamos numa grande igreja branca, diante de nossas orgulhosas famílias brancas, e depois mudamos para nossa grande casa branca.

Nós nunca tivemos bem uma vida sexual e eu nunca tive filhos. Meu marido parou de fazer amor comigo depois de alguns anos e isso não me incomodou nem um pouco. Eu tinha ouvido falar de orgasmos, mas eu nunca tinha tido um e nem sentia falta. Eu apenas passava o tempo, ano após ano, indo a encontros nos melhores clubes de mulheres brancas e participando de atividades para as melhores obras de caridade para brancos. E mantive minha forma, e mantive-me magra.

Meus pais faleceram e me deixaram com mais dinheiro do que temor a Deus, mas isso não afetou de modo algum minha vida. Meu vigésimo aniversário de casamento veio e passou e minha vida seguiu igual com ele.

Então, um dia eu cheguei em casa de uma das reuniões em um daqueles tantos clubes e encontrei uma carta de meu marido na mesinha do vestíbulo. A carta dizia que ele tinha saído de casa e queria o divórcio. Havia outra mulher. Eu chorei um pouco, mas não muito, apenas o suficiente para que ficasse marcado na minha vida que a iniciativa da separação fora dele. E eu fui procurar um advogado.

Eu pedi a meu advogado que descobrisse quem era a outra mulher. Seu nome era Débora e ela era 20 anos mais nova do que eu. Eu vi seu retrato e ela tinha um corpo cheio de curvas e peitos grandes. Eu fiquei um pouco zangada, mas não muito, e disse a meu advogado que eu queria arrancar de meu marido cada centavo que eu pudesse. Eu não consegui muita satisfação, porém, porque embora meu marido tenha preenchido um cheque de valor imenso, isso ainda o deixou com mais dinheiro do que temor a Deus.

Depois disso minha vida continuou do mesmo jeito que antes. Os clubes. As caridades. A grande casa branca. Aí, um dia eu precisei ir a São Paulo. Eu tinha recebido a tarefa de fazer uma pesquisa sobre a construção de uma estrada de ferro de São Paulo ao Rio Grande e uma guerra que aconteceu por causa disso. Eu descobri que o livro de que eu precisava estava na Biblioteca Municipal de São Paulo.

Eu me hospedei num flat numa travessa da Avenida Paulista e saí no meu vestidinho branco de verão.

Atravessei a avenida e fui dar uma olhada nos ingressos e melhores horários para visitar o MASP. Depois peguei um táxi e fui para a Biblioteca Mário de Andrade. Chegando lá, solicitei o livro e sentei numa das pesadas mesas de madeira para examiná-lo.

Passados alguns minutos, senti que alguém sentara do outro lado, em frente a mim. Levantei os olhos e vi que era uma mulher extremamente negra. Ela vestia roupas tradicionais africanas e sua pele era do mais profundo chocolate, o que deixava claro para o mundo que não havia sangue caucasiano na sua árvore genealógica. Seu cabelo era curto e crespo e seu rosto era lindo. Tinha lábios cheios, um nariz largo e dois olhos negros que feriam na alma e estavam olhando diretamente nos meus. E aí ela sorriu e seu sorriso foi um nascer do sol.

Eu fiquei perturbada e embaraçada. E confusa. Baixei meus olhos de volta para o livro e li a mesma página durante uns quinze minutos. Eu não queria levantar a vista, mas finalmente o fiz e ela penetrou meu coração com seus lindos olhos. E novamente ela me deu seu sorriso maravilhoso. Eu senti algo novo e assustador despertar dentro de mim. Baixei meus olhos de novo e reli a mesma palavra mais de uma centena de vezes.

Quando levantei meus olhos novamente ela mexeu na sua valise e puxou um pedaço de papel branco. Ela tirou também uma grande caneta tinteiro preta e escreveu algo com tinta preta. Ela dobrou o papel e deslizou-o pela mesa na minha direção. Eu o desdobrei e li. Dizia "por favor, venha para casa comigo."

Nem consigo imaginar a cara que eu fiz porque aquilo a fez dar uma tal risada que ela teve de por as mãos sobre a boca para não perturbar os outros leitores. Eu olhei para ela de novo e surpreendi a mim mesma dizendo "sim" com a cabeça. Nós nos levantamos e saímos da sala de leitura e descemos as escadas passando pelos leões.

O trânsito estava muito ruidoso, por isso ela pôs seus lábios perto de minha orelha e disse num sotaque baiano encantador: "Meu nome é Danbala". Eu lhe disse meu nome e ela me deu aquele sorriso de alvorada novamente. Ela gesticulou para que eu a seguisse e nos dirigimos para a estação do metrô. Eu raramente andara de metrô anteriormente e não tinha a menor ideia do lugar para onde estávamos indo.

Nós entramos no trem e descemos na estação República. De lá, fomos para a Paulista e para a Vila Madalena. Os trens estavam lotados e nós não pudemos conversar na viagem. Somente trocamos olhares, aqueles olhos negros cortando fundo em minha vontade. E seus lábios polpudos sorrindo a deixar o sol entrar nos vagões.

Ao sair do trem, subimos alguns lances de escada para enfrentar novamente a luz do dia e logo chegamos ao prédio onde ela vivia. Ela abriu a porta e nós tivemos que subir mais três lances de escadas até seu apartamento, cuja porta ela abriu e me convidou para entrar. Era um quarto e sala, com arte africana nas paredes e estantes.

Ela me perguntou se eu queria algo para beber. Minha garganta estava seca como lixa. Eu pedi um copo d'água e bebi quase de um gole. Ela abriu uma cerveja para si e nós nos sentamos em cadeiras nos lados opostos da mesa da cozinha. De repente eu notei que ela tinha um corpo grande e gostoso, com seios grandes e quadris largos. Eu fiquei surpresa de não ter notado isso antes.

"Eu achei que você não viria", ela disse no seu sotaque baiano deliciosamente cantado "mas fiquei muito feliz de que tivesse vindo. Você é tããão bonita."

Eu fiquei ruborizada imediatamente e tive uma sensação entre as coxas que eu nunca antes tinha sentido.

"Você é a mulher mais bonita que eu já vi na minha vida. Em toda minha vida". Eu repeti para enfatizar. "Eu me sinto tão magra e achatada..." E aí eu fiz duas coisas malucas. Primeiro, comecei a chorar e as lágrimas rolavam pelo meu rosto. Eu peguei o lenço na minha bolsa e enxuguei os olhos. E depois eu disse a ela: "Eu acho que eu te amo."

Ela percebeu que eu tinha dito aquelas palavras sem medo ou vergonha, e as lágrimas vieram também a seus olhos. Ela se levantou, deu a volta à mesa, enlaçou seus braços à minha volta e me beijou. Eu senti seus lábios grossos sobre os meus e me rendi submissa como nunca antes tinha feito. Sua língua faminta explorou minha boca. Havia uma pulsação no meio das minhas pernas e minhas calcinhas estavam úmidas.

Nós nos dirigimos para o quarto. Ela se despiu primeiro e me despiu, depois. Eu estava maravilhada com a negritude de seu corpo cheio e redondo. Seus peitos eram firme e seus grandes mamilos era negros e duros. Nós nos abraçamos e eu podia sentir o perfume da excitação nas nossas xoxotas. Eu repousei minha cabeça em seu ombro por um instante e senti como se minha vida estivesse recém começando.

Ela afastou a colcha e nós nos deitamos na cama. Ela começou a fazer amor comigo bem devagarinho. Beijou minhas orelhas e meu pescoço. Chupou delicadamente meus mamilos pequenos e duros em meus peitinhos e um turbilhão de sensações inundou todo meu corpo. Eu explorei seus peitos grandes com minha língua, lambi em volta de seus mamilos arrepiados e finalmente chupei-os com gulodice. Ela me beijou com desespero e dedicação e eu senti sua saliva lambuzando meus lábios e enchendo minha boca e eu a engoli sedenta.

Danbala me fez deitar olhando o teto. Ela beijou minha boca de novo e depois minhas orelhas, meu pescoço e meus seios. E então ela se moveu para baixo e lambeu meus pés. E meus tornozelos e minhas canelas. Tomada por uma onda de excitação, eu abri minhas pernas sem ter consciência do que estava fazendo.

Danbala lambeu e beijou a parte de dentro de minhas coxas e depois chupou apaixonadamente meus pelos louros. Depois ela se moveu para minha buceta e lambeu lentamente meus lábios por dentro e invadiu minha vagina com sua língua.

Eu não consegui mais me controla e tudo que pude foi sussurrar, entre suspiros entrecortados, "por favor, por favor, por favor".

Ela deslizou sua língua para meu clitóris e lambeu-o lenta e suavemente. Uma descarga elétrica percorreu meu corpo e eu soube que ia descobrir um lugar dentro de mim que não sabia que estivesse ali. Ela aumentou a velocidade e o poder de suas lambidas e meus quadris começaram a se sacudir para cima e para baixo como se tivessem vontade própria.

E aí ela parou.

Ela se curvou e abriu a gaveta do criado-mudo e retirou um pinto de borracha longo e preto. Eu devo ter feito uma cara assustada, porque ela disse: "Está tudo certo, querida. Eu não vou machucar você."

Ela meteu o pinto falso dentro de mim lentamente. Aquilo me deu uma sensação de preenchimento diferente de tudo que eu já sentira. E aí ela me fodeu com ele, primeiro devagar e depois mais rápido e mais rápido metendo tudo bem no fundo. E aí ela se ajoelhou e começou de novo a lamber meu clitóris inchado e tão rápido quanto ela enfiava e tirava o consolo de dentro da minha buceta molhada.

Eu comecei a perder o raciocínio. O consolo fodia toda brancura para fora de mim e me inundava com todas as cores do arco-íris. Quando meu tesão alcançou um ápice indescritível, eu me abandonei rendida às sensações e gozei pela primeira vez na minha vida. Ondas de um prazer indescritível chacoalharam meu corpo e eu podia sentir minha buceta apertando o consolo com contrações ritmadas.

Em pouco tempo a onda passou e Danbala me tomou nos braços enquanto eu chorava como nunca antes tinha chorado. Soluços de felicidade e prazer sacudiam meu corpo e eu a abraçava apertado, como se para nunca deixá-la partir. Depois o choro acabou e eu fui banhada por um clarão de contentamento e total relaxamento.

Depois de alguns minutos eu olhei para Danbala e vi a profunda satisfação em seu rosto e pude sentir, de sua respiração, que ela estava extremamente excitada. E comecei a beijar todo seu corpo lentamente, delicadamente, enquanto ela gemia de prazer e expectativa. Ajoelhei-me entre suas coxas arreganhadas e olhei maravilhada a composição de ébano e rosado abaixo dos densos pelos negros. Eu colei minha boca em sua buceta e lambi lentamente, generosamente, bebendo seus sucos deliciosos e saboreando seu cheiro forte e ardente.

Em certo momento minha língua tocou seu clitóris e ela soube que precisava me dizer o que eu devia fazer. "É isso aí, meu amor" ela disse "fica lambendo aí". Eu lambi mais seu botãozinho e sua excitação cresceu enquanto eu lambia com mais e mais força. Ela soluçou "mete os dedos, dedos dentro - me fode, pelo amor de Deus". Eu enfiei meus dedos dentro de sua buceta escorregadia e fodi ela com força enquanto lambia seu clitóris com um ritmo seguro.

Ela gemeu ruidosamente, jogou os quadris para cima e gozou ensandecida. Meus dedos podiam sentir sua buceta apertá-los, apertá-los e apertá-los enquanto ela gritava de puro êxtase. Eu me senti orgulhosa e feliz por ter dado tanto prazer àquela mulher linda. Em seguida ela abraçou meu corpo delgado em seus braços apaixonados e eu me perdi na carne macia e redonda da linda Danbala.

Nós ficamos em silêncio durante bastante tempo antes que pudéssemos falar algo. Depois, ela me disse que estava estudando relações internacionais da Universidade de São Paulo e ia colar grau em três meses. Depois ela voltaria para casa. Eu contei pra ela sobre minha vidinha branca e nos choramos e nos beijamos.

Durante os três meses seguintes nós nos vimos muitas e muitas vezes. Em geral, eu vinha a São Paulo, onde eu aluguei uma grande casa branca. Eu costumava visitá-la na Vila Madalena para onde eu ia orgulhosamente sozinha de metrô. Outras vezes ela visitava minha grande casa branca. Eu comecei até a ganhar algum peso e logo eu passei a ter seios e quadris e a parecer de verdade com uma mulher. E, finalmente, algumas células de gordura puderam acumular meus hormônios femininos e meu apetite sexual foi ficando cada vez mais forte e meus orgasmos maiores e mais maravilhosos.

Finalmente, ela visitou minha casa em Porto Alegre no último fim-de-semana antes de voltar pra Salvador. Nós nos amamos lentamente, suavemente e de modo arrebatador.

Depois que nós gozamos e descansamos nos braços uma da outra por algum tempo, eu rolei e abri a gaveta do meu criado-mudo.

Ela me olhou curiosa enquanto eu tirava de lá o maior, mais grosso e mais branco consolo do mundo. "Eu o chamo de Moby Dick, a baleia branca", eu disse enquanto o exibia para ela como uma espada.

Nós rimos tanto que caímos da cama.

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Comentários

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Que lindo esse conto!Duas mulheres diferentes e que se encontram e tem uma linda história!Adorei!Bjks

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Uau... chorei como uma menininha... que conto maravilhoso. Nota 10. :)

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Nossa...!!! Muito bom !!! (http://contosdahora.sites.uol.com.br)

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Nossa...!!! Muito bom !!! (http://contosdahora.sites.com.br)

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Noossa muito tesudo seu conto!!!Adoraria tc com vc..Sou o Edu e moro em São Leopoldo,adoraria conhecer vc,meu e-mail edu.jvip@hotmail.com;aguardo seu contato

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