Olá galera! Começo agora meu novo conto e espero que gostem. Espero de verdade o comentário e a nota de vocês, que acaba sendo o termômetro para saber o andamento da história e até se devo continuar ou não. Então vamos a ela.
Em meio aos cadernos e livros eu estudava pra prova do vestibular que seria no final de semana. Sempre foi um sonho estudar psicologia e eu estava perto de conseguir uma vaga em uma das maiores faculdades do país. Só pra garantir, fiz inscrição em várias universidades e pelo Enem teria mais chances em universidades federais. Já estava cansado de morar no interior. Todo mundo me conhecia e muitos faziam questão de não me conhecer desde o episódio na escola. Quando estava no primeiro ano me apaixonei pela primeira vez por um menino da minha sala. Sempre tive consciência da minha sexualidade e nunca me questionei sobre isso. Passei a admirar André com mais intensidade. éramos muito diferentes fisicamente. Ele era alto, 1.85, pele clara, traços finos como um europeu. Já eu (Carlos) sou moreno claro, 1.74m, magro, afeminado. Mesmo olhando-o sempre e admirando aquele carinha lindo eu nunca pensei que ele fosse me dar bola. Comecei a me aproximar dele, mesmo sabendo que não teria chances até que um dia ele me chamou pra jogar Playstation na casa dele. Não hesitei, por mais que não rolasse nada eu estaria próximo dele, mais próximo do que nunca.
Cheguei em casa depois da aula, tomei um banho demorado, vesti minha melhor roupa e avisei a minha mãe que iria na casa de um amigo. Sai em disparada e em dez minutos estava no portão da casa dele. Ele me recebeu naturalmente e fomos jogando vídeo game sem conversar muito. Percebi que estávamos sozinhos. Até que André começou:
- Nossa Carlos, tô num tesão danado. Tava ficando com a Mariana mas ela num quis transar comigo.
Eu fiquei o olhando sem saber o que dizer, mas nem precisei.
- Bem que você podia me ajudar né Carlinhos. Dá uma chupadinha aqui vai.
Ele abaixou as calças e seu pau estava meia bomba. Não era nem grande nem grosso, era menos que o meu, mas o fato de ser dele me trouxe um tesão enorme. Relutei um pouco, mas ele ia insistindo e resolvi cair de boca, literalmente. Chupava com muita vontade e pensava no que aconteceria depois. Será que ficaríamos juntos? Tomara, mas continuei o boquete como se fosse a melhor coisa da minha vida. Ele delirava e não demorou muito até ele gozar na minha boca. Por susto, cuspi no chão e ele se vestiu rápido. Eu me sentei em sua cama esperando o que ele falaria. E ele só disse:
- Acho melhor você ir porque já tá ficando tarde e minha mãe já vai chegar.
Me desapontei um pouco, mas entendi aquilo como uma forma de cuidar de mim, dei um abraço nele, que nem foi correspondido, e voltei pra casa com uma felicidade incrível. Tomei outro banho, comi um lanche e fiquei só pensando em como seria vê-lo na escola no outro dia.
Acordei cheio de vontade de ir pra aula. Cheguei na porta da escola e as pessoas apontavam para mim e riam. Estava achando estranho, mas nem liguei. Até que cheguei na sala e minha amiga, Gabi, chega perto de mim:
- Como você tá Cacá? Acabei de ver o vídeo.
- Que vídeo Gabi?
- Você não viu? O André mandou pra sala toda o vídeo que fez ontem com você... você sabe né.
A única coisa que fiz foi me virar e correr. Depois desse dia a escola virou um inferno pra mim, minha família toda descobriu que sou gay e apesar dos meus pais não terem brigado comigo por muito tempo, as outras pessoas me humilhavam e até a minha família me criticava. André fazia questão de rir de mim e me zoar com seu grupinho de amizades. Eu sofria muito, mas quando me formei jurei que ia me vingar de André, mas isso é outra história.
Voltando ao vestibular, chegou o dia de fazer a prova e me saí bem. Porém, não sabia se seria capaz de passar. O resultado chegou algum tempo depois e não passei. Só me restava o resultado do Enem pra saber se iria conseguir concretizar meu sonho ou não. Chegou o Natal e minha família se reunia toda na casa da minha avó em Belo Horizonte, até os parentes que moravam fora de Minas iam. E eu, morando no interior, perto do Rio de Janeiro, fazia aquela enorme viagem para ver a família toda. Muitos me evitavam, outros nem me cumprimentavam e eu tentava ao máximo fingir que estava normal.
Passado o réveillon, retornei a Cataguases e fiquei ansioso aguardando o resultado do Enem, que me trouxe uma felicidade imensa. Tive uma média boa que me garantiu vaga em duas federais. A primeira era Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a outra Universidade Federal de Juiz de Fora.
Conversei horas e horas com meus pais sobre o assunto até que veio uma possível solução: meu primo, de 23 anos, João morava sozinho em Juiz de Fora. Seria a solução perfeita. Seria, pois João era do grupinho que me ignorava depois de saber sobre o maldito vídeo. Minha mãe não me deixou desistir, fez minha inscrição e conversou com João.
Ela não me deu detalhes da conversa, só me avisou que eu iria pra Juiz de Fora em uma semana, pois teria que confirmar os documentos e me instalar para que tudo desse certo na minha nova vida. Apesar de ansioso, estava com muito medo da recepção que teria lá. Morar com meu primo que me rejeitava seria uma experiência bem difícil, mas teria que encarar em prol do meu sonho.
Passada a semana, me despedi dos meus pais, comprei a passagem, fiz as malas e embarquei. João me esperaria na rodoviária. A viagem foi longa, não consegui dormir, pois só esperava pelo pior. Até que cheguei e em alguns minutos vi João sentado me esperando...
CONTINUA