Sim, mas uma vez sua mãe viajara e a deixara em casa sozinha. Apesar de ter sua liberdade, ela tinha medo. Na verdade não era medo, mas um leve receio. Tudo isso por conta do seu vizinho. Sabe aqueles tipos estranhos que dão medo, mas que ao mesmo tempo atrai? Sim, ele era exatamente deste tipo.
Toda vez que ficava só em casa, a porta era trancada - muito bem trancada, e as janelas sempre fechadas. Melhor prevenir do que remediar, né!? A entrada era comum às duas casas, mas um espaço separava as duas residências. Porém, não era o suficiente para evitar que ela visse as esquisitices do vizinho.
Ele morava sozinho. Não sabia do que vivia, pois sempre estava em casa e os amigos visitando com frequência. Parecia não ser tão afeito ao banho e suas roupas sempre desmanteladas. Gostava de rock, tinha um cabelo na altura dos ombros e tinha um físico magro (aquele tipo aceitável).
Qual o verdadeiro sentimento que tinha em relação a ele? Não sabia, mas achava que o asco era, com certeza, maior que o desejo. Era estranho pensar em ter algo com aquele tipo estranho, pois ele era muito, muito estranho.
Durante as férias, ficava em casa observando-o. Era seu passatempo predileto. Televisão ligada apenas para disfarçar. A principal mania dele era pegar a guitarra e imitar os grandes astros do rock. Acredite: diversão garantida.
Neste momento estava de férias e com a mãe viajando. Toda vez que abria a porta (sempre com muita cautela), imagina que ele apareceria e rolaria aquele sexo selvagem, mas em seguida sentia receio por imaginar aquilo.
Certo dia, uma amiga sua, Paula, foi visitá-la. Colocou-a para dentro de casa em uma velocidade extrema, pois o vizinho estava abrindo a porta. Paula riu e perguntou o porquê daquilo. Ela então explicou toda a situação. Claro que a amiga riu, mas deixou de lado. Passaram a tarde juntas, rindo e se divertindo.
Na hora de ir embora, Paula estava no telefone. O que isso tem a ver com a história? Tudo! Foi exatamente este fato que fez tudo acontecer. Ela não iria abrir o portão por causa do vizinho. O problema foi que Paula demorou a abrir o portão. Claro que ela não fecharia a porta e deixaria a amiga a mercê de um possível ataque.
Paula abriu, saiu e fechou. Neste momento, ela ia fechando a porta quando o vizinho coloca o pé e a impede de fechá-la. Meu Deus! O que eu mais temia e desejava está acontecendo! O desespero bateu, mas a vontade também.
O vizinho já chegou preparado e a agarrando. Levou-a direto a uma mesa que tinha na sala. Para um magrelo, ele tinha uma força extraordinária. Segurou-a e beijou-a totalmente. Ela tentava resistir. A coisa não seria tão fácil assim. Mas o desejo falou mais alto que o asco (seu maior temor). Ela então se deixou levar por aquela emoção.
Ela relaxou nos braços do vizinho. Sua salvação e sua condenação. Agarrou-o pelo membro já rijo. Massageou até sentir os gemidos em seu ouvido. Aquilo serviu apenas para atiçá-la mais. Beijou-o como nunca beijara alguém antes. Todo desejo e toda paixão presente na união daqueles lábios.
Passeou por todo seu corpo até chegar novamente ali, seu atual lugar preferido. Não aguentava mais. Abaixou e beijou aquele lugar, passou a língua por toda parte, massageou até que o abocanhou por completo. Que delícia sentir o sexo em sua boca. Fez tudo como se fosse a última coisa que faria na vida. Maravilhoso sentir os gemidos em seu ouvido. Saber que aquilo esta proporcionando um prazer a outrem.
Sentiu-se como uma puta. Se era uma, então por que não agir como tal? Liberou assim seu lado mais selvagem há muito adormecido. Continuou a lamber, a masturbá-lo e a colocá-lo por completo na boca. Fez tudo como uma louca, sem pudor e sem ressentimentos. Em pouco tempo, sentiu o líquido de seu homem encher sua boca.
Ao se sentir saciado, o vizinho puxou-a e a beijou. Compartilhar aquele momento. Agora era a sua vez de sentir o que é um homem de verdade. Deitou-a no chão, deitou-se sobre ela e começou a explorar todo aquele corpo. Começou pela orelha, desceu para nuca. Passou pela boca, chegou ao colo e até os seios.
Chegando ali, sentiu o corpo dela arrepiar, tremer, agitar-se. Passou a língua pelos mamilos, sugou e acariciou-os. Desceu para a barriga. Foi para o pé e voltou beijando toda a perna, virilha. Até que chegou ao mais esperado: o sexo dela. Já estava totalmente umedecida. Passou a língua por toda a extensão, sentiu o gosto daquela mulher que tremia a cada toque seu.
Explorou todas as partes, conhecendo cada pedaço daquela parcela de céu que era apenas sua naquele momento. Chegou ao clitóris e trabalhou ali. A cada movimento um gemido. O dedo penetrando-a, explorando aquele lugar que logo seria preenchido. Logo ela estava gozando na boca do vizinho.
Mais um beijo apaixonado. Mas a noite não acabara ali. Totalmente excitados, mesmo depois de gozarem, ele a penetrou. Sentiram a pressão daquela entrada. A cada penetração mais uma sensação nova, nunca antes sonhada. Como pode aqueles vizinhos antes tão estranhos ter uma sinergia tão intensa na cama?
Os suspiros aumentam e a respiração cada vez mais ofegante. Só existia os dois e mais ninguém. Cada movimento totalmente sentido, intensificando o prazer. Até que os dois não mais aguentam e gozam juntos, compartilhando aquele momento tão maravilhoso e novo.
Ficam abraçados por um tempo, recuperando-se daquele momento intenso. Ele então se levanta e vai para casa. Ela vai para o banheiro tomar banho. Volta, deita no sofá, liga a televisão. Volta a observar o vizinho. Volta a ter asco e desejo. O medo continua. Tudo normal novamente. A diferença agora é o sorriso nos lábios.