Primeiramente, gostaria de deixar claro que meus contos não são explicitamente sexuais. Também quero acrescentar que, por ora, todos eles são fictícios. Tento dar o meu melhor nos contos, então espero comentários sinceros e notas condizentes. Muito obrigado e vamos ao conto.
Numa época onde todos falam sobre preconceito, aceitação, homossexualidade, lá estava Andrew. Um garoto de quase dezesseis anos, homossexual, já assumido e que tem uma vida que não se pode chamar de normal. Quando se assumiu, aos quatorze anos, a maioria das pessoas se afastou dele. Algumas por conta própria e outras por pressão dos pais, que não tinham conhecimento e não queriam seus filhos com gente “daquele jeito”. A mãe dele fingiu aceitar, mas ficou oca por dentro ao saber que o filho único gostava de homens.
– Andrew – chamou a mãe dele, Donna. – Se apresse, senão você vai perder a aula.
Andrew terminou de pôr os livros na bolsa e desceu as escadas de sua casa. Ele morava com a mãe na zona urbana da Itália, importante país da Europa. Eram ricos e bem de vida, pois Donna, sua mãe, recebia uma pensão milionária do ex-marido, Matteo, que trabalhava numa importante companhia de petróleo no Reino Unido.
Andrew almoçou normalmente a comida que sua mãe encomendou do restaurante e saiu para a escola, que ficava há duas quadras de sua casa. Chegando lá, ele encontrou seu namorado e seus demais amigos e foram para a sala de aula. Começaram a assistir a aula de italiano e Pietro, seu namorado, lhe passou um bilhete.
“Vai a questa ser ala mia casa. Ho bisogno di parlare com te.”
Andrew guardou o bilhete no bolso da calça e não falou nada. A aula acabou e ele foi para casa, mas sem parar de pensar em por que Pietro queria falar com ele. Andrew estava com medo de que Pietro quisesse terminar o namoro e aquela ideia lhe fez chorar durante alguns poucos segundos.
Do outro lado da cidade, Pietro arrumava a casa com muito romantismo para uma noite que ele esperava ser perfeita. Ele pôs velas em diversos cantos “estratégicos” da casa. Sua mãe, Sra. Luna, fora a um jantar especial com seu marido e pai de Pietro, o médico renomado, Dr. Tony Ferrero. Como Pietro era? A Itália tinha deuses? Se tivesse, Pietro seria um deles. O mais bonito de todos. Ele se igualava a Apolo, deus do Sol na mitologia grega. Pietro tinha os cabelos negros e macios, olhos claros cor de mel, mas profundos como o oceano. Um corpo que parecia ter sido esculpido em mármore, de tão perfeito que era. Antes de sua mãe sair, ele pediu que ela encomendasse um jantar para dois. Terminou de preparar a casa e foi tomar banho. Saiu do banheiro e antes mesmo de vestir a roupa, a campainha tocou e ele correu para atender seu amado.
Andrew, após tocar a campainha, ficou apreensivo na porta, aguardando que Pietro abrisse a porta. Ele não conseguia tirar a sensação de que Pietro iria terminar o namoro. Estava com muito medo de perder a pessoa que mais amava. De repente a porta se abre e Andrew vê aquela obra de Michelangelo apenas de toalha na sua frente. Ele fica boquiaberto e não consegue dizer ao menos um simples “Olá”. Ficou totalmente paralisado diante do que via.
Por mais que Andrew e Pietro já namorassem há algum tempo, ambos nunca viram o outro com tanta pouca roupa. É claro que as coisas já haviam esquentado várias vezes, mas não passaram de pegadas com a mão.
Pietro, ao ver o namorado naquele estado, logo o desperta e o convida para entrar. Percebendo que Andrew ainda estava meio zonzo, ele lhe oferece um copo d’água e o outro aceita. Após beber a água, Andrew melhorou um pouco da tontura e Pietro anunciou que iria ao quarto pôr uma roupa e não demoraria. Andrew continuou na sala, mas agora ele percebia todo o clima daquele lugar. As velas, meia-luz, a mesa preparada para um jantar romântico e logo ele percebeu que o tal término era apenas coisa de sua cabeça.
Pietro desce as escadas com uma calça jeans, camisa regata e cabelos molhados. Ele vê Andrew sentado no sofá e admira a beleza de seu parceiro. Os olhos negros contrastavam com seus cabelos loiros e lisos e sua pele clara. Seu corpo magro, que dava tanto tesão a Pietro, e que ele pretendia possuir naquela noite. Pietro sentou-se no sofá junto a Andrew e eles começaram a conversar. Logo estavam se beijando e o clima começou a esquentar. As mãos percorriam os corpos dos dois. Pietro concentrava sua mão direita naquele cabelo e, às vezes, puxava de leve.
Antes que eles fizessem algo ali mesmo, no sofá, Pietro chamou Andrew para jantar. Eles se sentaram à mesa e começaram a comer. Depois de perderem o fôlego no sofá, eles precisavam repor um pouco as energias. Conversaram pouco durante o jantar. Ambos queriam que acabasse o mais rápido possível. Terminaram de comer e nem se deram ao trabalho de tirar a louça. Começaram a se beijar e foram em direção ao quarto. Chegaram ao cômodo e começaram a tirar suas roupas.
– Andrew – chamou Pietro. – Se você preferir, a gente pode esperar mais algum tempo.
– Esperar pra quê? – indagou Andrew.
– Eu quero que seja perfeito pra você – respondeu Pietro, olhando para o chão. – Eu quero que esse momento seja perfeito para nós dois.
Andrew levantou a cabeça de Pietro, olhou nos seus olhos, deu-lhe um beijo e concluiu.
– Se eu estiver com você, vai ser a noite mais perfeita da minha vida.
Eles voltaram a se beijar e tiraram suas roupas por completo. Agora, nus naquele quarto, Pietro foi jogado na cama por Andrew, que começou a beijar o corpo escultural do parceiro por inteiro. Beijou aquele abdômen, aquele tórax, o pescoço e voltou para a boca. Pietro ficou por cima de Andrew e fez o mesmo. Beijou o corpo do parceiro por completo, o que arrancou gemidos. Ele pegou uma camisinha na escrivaninha ao lado da cama, pôs em seu pênis e começou com muita calma. Andrew quase não sentiu dor, tamanha delicadeza do parceiro. Gemeu muito e logo Pietro começou a fazer movimentos mais fortes. Já exaustos, Pietro cai para um lado e Andrew põe sua cabeça no peito do namorado. Pietro permaneceu acariciando os cabelos do namorado e Andrew pôs para fora sua alegria.
– Pietro – chamou ele. – Essa foi a melhor noite da minha vida. Não só pelo fato de você ter arrumado tudo aqui... Mas sim pelo fato de eu estar com você.