MEMÓRIAS DE UMA MENINA MULHER - CAPÍTULO 7

Um conto erótico de Gisela
Categoria: Homossexual
Contém 881 palavras
Data: 30/03/2012 09:44:51

Apresentarei as fases de minha vida sempre em dez capítulos, portanto, esta fase de descoberta está quase toda reportada em "diario online", espero que estejam gostando. A transição será nos 10/11 capítulos. Agora ao conto.

Interrompemos o momento e Paula foi atender o telefonema importuno, sem saber por qual motivo, ela se distanciou saindo do banheiro. Continuei meu banho, com a pulga atras da orelha, mas faltava pouco mais de meia hora para estivesse que estar no escritório. Quando já enrolada na toalha, Paula entrou de supetão, com os olhos vermelhos e transtornada.

PAULA: O Diego aquele desgraçado, ele acabou com a minha vida.

GISELA: Mas o que ele fez? Foi ele que ligou?

PAULA: Não, eram meus pais. Eles estão vindo para cá - os pais da Paula moram na Inglaterra desde que ela tinha 13 anos, ela continuou no pais com a Dona Nina, sua avó - e disseram que se eu não me afastar de você, eu posso me desconsiderar uma Prado.

GISELA: Sua mãe disse isso?

PAULA: Ela não disse, mas não discordou quando o meu pai disse. Eu tô perdida Nega, como vou me virar sem dinheiro, sem casa, sem nada?

GISELA: Vai ter que arrumar um emprego amor.

PAULA: Não, isso é fim do mundo. Arrumar emprego de que? Eu não sei fazer nada, ainda estou no primeiro ano da facul, e meu pai disse que pagaria meu intercâmbio para Milão, como posso ser uma profissional de moda se não estudar em milão. Nem trabalhando de garota de programa eu consigo arcar com esse custos.

GISELA: Você tem razão. Ouça seus pais. Conclua sua faculdade e vá para Milão, afinal é um sonho seu.

Totalmente despontada deixei a Paa no banheiro e fui me trocar pois já estava atrasada. Quando estava quase pronta, ela me indaga novamente.

PAULA: Onde vai?

GISELA: Trabalhar.

PAULA: Nossa eu com esse problema todo, por sua causa. E você vai me deixar aqui sozinha.

GISELA: Por minha causa? (riso sarcástico)

PAULA: Eu não posso ter nada sério com você. Você não entende? É a herança de meus filhos que eu ainda não tenho que está em jogo.

GISELA: Não estou te cobrando nada, pelo contrário lhe aconselho como amiga que se afaste, conclua sua faculdade e vá para Milão cuidar da sua carreira profissional. Vai Paula, realize seu sonho.

PAULA: Dá para ver nos seus olhos que isso tudo é da boca para fora. Que você quer que eu fique.

GISELA: Eu não vou mentir, quero mesmo. Mas como sempre, estou pensando mais você do que em mim. Você tem um pai riquíssimo para lhe sustentar, aproveite isso. Pois eu não tenho, por isso vou trabalhar agora. Obedeça seus pais garota. Pegue tudo que é seu e se afaste de mim, não se preocupe porque amanhã mesmo pedirei transferencia na facul. Nem lá me verá mais. E deixe a chave na vizinha.

Sai apressada, por estar atrasada e por receio de que ela prolongasse mais aquele doloroso momento. Eu não estava acreditando. Cheguei no escritório e tinha tantas petições para encerrar que nem deu tempo de parar para pensar. Mas quando a noite já em casa, veio aquele terremoto de sentimentos juntamente com aquela avalanche de lágrimas. Chorei a noite toda, não só pela Paula, por tudo. Tudo que dava tão certo e agora não dava mais. Pensei muito no Bruno, inevitável seria a comparação, ele nunca me deixaria. Não que ele seja santo, pois ele me agrediu e isso não perdoo, mas ele sim me amava, do jeito dele, mas me amava e demonstrava isso. Sempre foi super carinho, o sexo com ele sempre foi satisfatório. Os beijos, meu Deus os beijos eram quase perfeito quando não havia pressa de nossas partes.

Me vi ali sentada no tapete da sala, sem chão, sem amigos, sem amor e sem nada. A insatisfação era tanta que meu corpo não sentia nada. Não sentia fome, nem sede e nem vontade de se mover dali. Horas. Fiquei horas parada ali, imóvel, quem visse de fora já me reconheceria como parte da mobilia e decoração do cômodo.

Depois de passadas essas horas e lagrimas, como reflexo por estar na sala, liguei a televisão, que destino miserável, passava a novela, a mesma novela que nos motivou ao primeiro beijo de verdade, beijo com desejo, beijo com tesão. Em poucos minutos , apenas para reconhecer a novela, desliguei a televisão, me levantei e me encaminhei ao quarto. Quando já na porta, retrocedi a cozinha, preparei alguns churros - massa pronta, só passar pelo modelador, fritar e rechear - levei uns bons minutos nisso. Subi ao quarto com a bandeja e uma vontade imensa de me aprofundar em edredons, fazia uma noite amena, ventava regularmente lá fora. Abri a porta do quarto com dificuldade, por ter as mão ocupadas, quando dentro, mas ainda pouco a frente da porta, me deparo com Paula aos prantos em meio aos meus lençóis, por enquanto cabisbaixa. Ela direciona seus olhos a mim e posso contemplá-los inchados e avermelhados. Eu estava estática, e ela também, mas resolveu se pronunciar, com voz a mais doce do mundo.

PAULA: Me deixe ficar com você, eu desisto de tudo, eu arrumo um emprego para pagar minha faculdade , mas não posso ficar longe de você.

Desacreditei em tais palavras.

CONTINUA!

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Comentários

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Nem sei mais o que escrever... estou rendida à sua escrita, estou rendida à sua história... nem consigo esperar pelo proximo e ja é o ûltimo por agora. Estar a "ler" voce me faz viajar em pensamentos... também penso demais. ;)

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^^) teu conto e mt bom, e to gostanto mt, a forma cm vc narra os fatos prende a atenção. Parabens. e aguardando a continuação.

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Que ótimo Haley Quin que está gostando, os próximos capitulos estão bem marcados com decisões. Continue acompanhado, adoro seus comentários, qualquer coisa mande-me sugestões.

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Orgulho Hétero, fico muito feliz por ter lhe agradado um pouquinho.

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