PAULA: Na minha casa, você vem morar comigo na minha casa. É essa a condição.
GISELA: Você só pode estar louca né?! Me solta.
Bruscamente tirei seus braços que envolviam minha cintura.
PAULA: Se você quiser ficar comigo vai ser assim. Eu estou cansada de se esquivar, sempre essa desculpinha de que esta confusa e tals, mas para procurar o Bruno e para transarem você não está confusa né?! Decide logo porra se é comigo ou com ele que prefere ficar, eu estou sofrendo com isso.
Ela baixou seus olhos e já chorava feito um bebe, minha vontade era abraçá-la, mas como sempre renego minhas vontades por conta da miserável razão.
GISELA: Eu não quero mais te fazer sofrer, pode ir embora.
PAULA: Não Gisela, você não entende, o que me faz sofrer é essa situação não você, se coloca em meu lugar, em uma noite te ter e na manhã seguinte você falar do seu ex. O Bruno deveria ficar no passado, mas se faz tanta questão de conviver com ele, tudo bem para mim, com tanto que seja perante meus olhos.
GISELA: Você não confia em mim? Precisa mesmo ficar me vigiando? Isso é patético Paula.
PAULA: Não é questão de confiança, é questão de precaução. E além do mais eu te quero lá em casa, é meio que se eu estivesse te pedindo em casamento entendeu?
GISELA: Mas eu não aceito.
PAULA: O que?
GISELA: Preste atenção, eu passei minha vida toda vivendo nas suas sombras, morando de favor na propriedade de seus avós. Eu não quero mais isso, eu consegui comprar esta casa com muito pesar, não vou me desfazer dela agora. Eu ainda nem quitei todas as prestações.
PAULA: Alugue a casa e vem morar comigo, assim se livra das prestações e das dívidas.
GISELA: Não Ana Paula, eu não vou sair da minha casa, não tem o que discutir.
PAULA: Você que está discutindo sozinha porque eu não estou discutindo.
Deixei-a sozinha na garagem com o portão aberto, entrei sala a dentro e nem fechei as demais portas, fui para meu quarto obviamente chorar. Até que ela entra cantando.
PAULA: "Me desculpe se outro dia eu te fiz chorar, é que ás vezes eu não sei direito me explicar, vê se me entende ... " pára de chorar bobona.
Olheei para ela meio sorridente, mas não queria dar confiança para as palhaçadas dela.
PAULA: Já que é assim Nega, eu vou morar aqui contigo.
GISELA: Eu não te convidei.
Disse toda manhosa.
PAULA: Não precisa de convite, eu sei que você vai me querer aqui. Eu sou bem educada, meio organizada, limpinha, cheirosinha e adestrada.
Ela gargalhava da minha cara de surpreendida. Como pode existir gente tão bipolar nesse mundo? Ela é surpreendente.
PAULA: Amanhã busco minhas coisas, hoje eu fico assim mesmo. O que vamos comer?
GISELA: Eu vou dormir, você eu não sei, vai para o seu quarto.
PAULA: Esse é meu quarto - ela me olhava indignada como se eu tivesse a ofendido - ou por acaso você pensa que vou dormir ali do lado, na na ni na não, eu vou dormir de coxinha com você todas as noites.
GISELA: Conchinha sua idiota, sai daqui Paula.
PAULA: Coxinha, eu vou comer coxinha! Tem ai?
Olhei para ela com uma cara de brava e me encaminhei para cozinha, mas nunca que eu iria deixá-la sozinha fritando coxinha, ela iria se matar e estragar meu fogão. Ela veio saltitante atrás de mim, parecia uma criança.
PAULA: Adoro quando você cuida de mim ... as vezes eu tenho medo, mas as vezes eu me sinto protegida com você.
GISELA: Medo de que?
PAULA: Medo que você acorde pro seu Deusinho e resolva me largar.
GISELA: O seu problema é esse, você só fala m#@&a.
PAULA: Eu não estou falando que você sempre complica? Esquece o que eu disse tá.
Ela me dizia essas idiotices enquanto descíamos as escadas. Quando chegamos na cozinha, ainda na porta ela me puxa e me envolve a cintura com seus brancos e fracos braços. Se quisesse sairia daquela situação facil facil, mas quer saber, eu não queria. Beijamo-nos. Um beijo suave e demorado, mas nada sexual, apenas um beijo. Cessamos o beijo e olhei-a nos olhos, pedi que me amasse e ela claro que interpretou parcialmente errado.
Beijou-me novamente, alisou minhas costas com suas mãos suadas, precionou seu corpo quente no meu e passou a alisar mais embaixo. Apertava minha bunda com a sede de um animal, me mordia os lábios com um visivel descontrole emocional. Ela chorava, chorava silenciosamente, mas chorava. Tentei falar, mas seus beijos me impediam, com o tempo fui me entregando a suas investidas e esqueciaria o choro, não fosse suas lágrimas tocarem meu rosto. Novamente tentei falar e ela novamente intensificou o beijo, tentava me invadir praticamente. As mãos hora pousavam minha bunda, hora estava em minhas costas e cabelo. Recostamo-nos na parede, coisa que dificultou as alisações, mas mesmo assim elas proceguiram, agora em meus seios, ela adentrou suas mãos entre minha blusa e minha pele quente, ato que me fez estremecer. Ela obviamente sentiu, e ainda me beijando sorriu, sem deixar de derramar suas lágrimas. Eu que até tal momento estava sem reação, poseu minhas mão em seu quadril. Ela me empurra e grita.
PAULA: NÃO! Me deixa.
CONTINUA!