CAROS AMIGOS, ESSE É O ÚLTIMO CAPITULO DESSA HISTORIA DE AMOR, ESPERO QUE GOSTEM E DESDE JÁ PEÇO DESCULPAS PELA DEMORA, PELO ERROS DE PORTUGUES E TUDO MAIS, ESPERO NÃO DESAPONTAR NINGUEM COM O FIM DESSA HISTORIA, MAS NOS ULTIMOS TEMPOS TENHO SOFRIDO COM UM SUBITO ATAQUE DE BURRICE E FALTA DE CRIATIVIDADE. ESPERO EM BREVE VOLTAR A ESCREVER ALGO PARA VOCÊS. QUEM QUISER ME ADD PRA TORCAR UMA IDÉIA MEU E-MAIL É LEK_LOKO2000@HOTMAIL.COM. ABRAÇOS E FIQUEM COM DEUS.
Lá fora uma chuva forte esta caindo, o céu esta escuro e sombrio, mal podíamos ver a estrada. Mando que ele diminua a velocidade por que as curvas são muito fechadas e esta chovendo muito. Uma luz forte vem em nossa direção, mal podemos enxergar, poucos segundos depois sinto o impacto, nada mais.
E lá está ele, meu grande amor, ao chão, a sua volta havia muito sangue, sua respiração lenta e pesada, parecia que seu fim estava próximo. Tento desesperadamente socorrê-lo, mas meu corpo não reage, insiste em não sair do lugar, eu me desespero, lágrimas são inevitáveis. Eu luto com todas as minhas forças, mas nada acontece, não me movo um centímetro, parecia que eu estava ali apenas para ver, que minha interferência não era bem-vinda.
De longe Hugo me dirige um último olhar, suas últimas palavras foram “Eu te Amo”, e depois seus olhos se fecharam e sua fraca respiração cessou. Hugo não estava mais ali.
Acordo no meu da noite suado e trêmulo, meu coração parecia que ia saltar do peito, não entendi por que estava tendo esse sonho pela terceira noite seguida, tentei não me desesperar, olhei para o lado e vi Hugo, disse pra mim mesmo que era apenas um pesadelo, que aquilo era só mais uma besteira criada por meu subconsciente para compensar toda a felicidade que eu estava sentindo naqueles dias.
- É só um sonho! É só um sonho! – disse pra mim mesmo tentando me manter calmo.
Fiquei o resto da noite em claro, não conseguia voltar a dormir, fiquei a acariciar os cabelos de Hugo, na tentativa de fazer meu coração acreditar que aquilo não passara de um sonho. Quando o dia amanheceu, tomei um banho e desci para o café da manhã, meu pai já estava à mesa com uma xícara de café na mão lendo seu jornal, ao perceber minha chegada ele abaixa o jornal e me lança um daqueles sorrisos que tanto me traziam paz, de certa forma o sorriso de meu me acalmava, desde criança quando tinha um pesadelo era ele que fazia o medo ir embora, era ele que em muitos sonhos me resgatava do perigo, o meu pai, meu herói.
- Está acontecendo alguma coisa Thiago? – perguntou enquanto eu sentava a mesa. Você me parece um pouco triste, meio cansado, abatido.
- Só tive uma noite ruim, tive um pesadelo, o mesmo pesadelo pela terceira noite seguida, só isso.
Meu pai lançou um sorriso meio amarelo, tentando disfarçar seu desconforto.
- Lembro de quando você era criança, sempre teve o mesmo sonho varias vezes e sempre acordava gritando e era eu a te consolar. Filho, você lembra quando você tinha uns 8 anos e sonhou que a vovó Maria ia morrer? Que você ficou mal a semana toda pensando que ela ia morrer, que um carro a faria mal? Lembra que você até pediu pra ela ficar em casa e não sair mais? – senti um pouco de preocupação nas perguntas de meu pai.
Fazia muito tempo que não tinha sonhos dessa forma, eles costumavam acontecer na minha infância e quanto mais eu crescia, menos eu me lembrava deles. De certa forma eu havia me esquecido daquilo, mas com as palavras do meu pai tudo veio à tona, lembrei da serie de sonhos que eu tinha com minha avó e que em todos eles, ela era atropelada por um carro em alta velocidade.
- Sim pai, agora me lembro. Mas o que isso tem a ver?
- Bem Thiago, na época não falamos nada pra você, não queríamos te causar nenhum mal, mas sua avó morreu como você descrevera em seus sonhos, ela foi atropelada por um carro em fuga enquanto voltava da padaria. O ladrão perdeu o controle do carro ao fazer a curva enquanto fugia da policia e foi parar na calçada em que sua avó estava. O carro a arrastou por uns 100 metros ate parar no poste, de acordo com o medico legista sua avó morreu no momento do impacto e não sentiu dor alguma.
Meu pai continuou a falar, mas eu não assimilei nada do que foi dito depois disso, as palavras de meu pai me pegaram de surpresa, fez minha tristeza e desespero aumentarem ainda mais, parecia que o mundo havia sumido debaixo dos meus pés.
Me levantei da mesa deixando meu pai a falar sozinho. Quase sem forças subi as escadas. Da porta do meu quarto vejo Hugo dormindo como uma criança, respiração pesada, expressão serena, leve sorriso nos lábios, como se naquele momento estivesse tendo um sonho lindo. Agora sentia o peso das palavras do meu pai. Ali de pé na porta do quarto as lágrimas começaram a brotar. Deitei-me ao lado de Hugo na esperança de acordar novamente e descobrir que essa historia da morte da minha avó também não passara de outro pesadelo.
Não sei quando tempo eu havia dormido, mas ao acordar meus olhos ainda estavam inchados de tanto chorar e Hugo não estava mais do meu lado. De certa forma acordei mais confiante, já sabia o que tinha de ser feito.
Desci as escadas à procura de Hugo, eu o encontrei na sala rindo feito criança vendo televisão. Sentei do seu lado e o abracei, a principio ele não entendeu, mas depois me abraçou e voltou para sua televisão.
- O que você acha de nós dois passarmos um final de semana no Chalé dos meus pais lá na serra? – perguntei para Hugo.
- Seria maravilhoso! Mas será que seus pais não vão se importar?
- Claro que não! Deixa comigo.
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Na sexta-feira pegamos o meu carro seguimos para o chalé na serra. Levamos cerca de 2 horas para chegar lá, e como havíamos ligado antes, os caseiros haviam limpado a casa e feito compras.
Depois de tomarmos um bom banho, nos sentamos na varanda abraçados admirando o pôr do sol. “Essa poderá ser a ultima vez que eu vejo o pôr do sol com o Hugo”, foi o pensamento que surgiu na minha mente. Fiz questão de afastá-lo depressa, nenhum pensamento indesejado poderia atrapalhar meu fim de semana com o Hugo, não queria ficar triste, não naquele fim de semana.
Mais tarde naquela noite fizemos amor. Não me atrevo a descrevê-lo com palavras, por que apenas as palavras não conseguiriam expressar o que sentíamos naquele momento, não seriam capazes de comparar tamanho amor, o quão sagrado aquilo seria.
Mais tarde naquela noite, deixo Hugo deitado de bruços, nu na cama, apenas com um cobertor, similar a peles de animal, sobre as nádegas e parte de suas costas. Sentei-me na mesma varanda em que admirávamos o pôr do sol e deixei os sentimentos vir à tona. Naquele momento chorar era tão fácil e natural quanto respirar. Nem mesmo o clima romântico na serra afastou a tristeza, principalmente depois da noite de amor que tivemos. Agora a certeza tomava conta de mim. Em breve perderia meu grande amor.
Não recordo como ou quando voltei para a cama. Acordei com os beijos de Hugo em minhas costas. Ao abrir os olhos lá estava ele com o café da manhã.
- Fiz pra você meu amor. – disse Hugo todo orgulhoso de si mesmo por ter preparado o café sozinho.
- Obrigado, deve estar ótimo. – respondi com certo ar de riso, imaginando que gosto deveria ter aquilo que estava sobre o prato, que até presente momento não sabia se eram ovos ou algo do gênero.
****
Passamos o sábado todo e parte do domingo namorando. Fizemos amor inúmeras vezes. Vivi aqueles momentos ao lado dele como se fossem os últimos, não me lembro de ter sido tão feliz assim na minha vida, ele me completava e isso bastava.
No domingo pela manhã enquanto Hugo dormia calmamente e eu fazia nossas malas começou a chover.
Ao anoitecer nos despedimos dos caseiros e entramos no carro.
- Hugo. Você sabe que eu te amo, né? Que você foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida. Que antes de você eu não sabia o que era o amor, que o conheci em seus braços. E aconteça o que acontecer eu sempre te amarei, onde quer que estejamos, meu coração é e sempre será seu. – disse com pesadas lagrimas caindo de meus olhos.
- É claro que sei disso meu amor, e você pode ter certeza de que eu também te amo, e te amo muito, te amo com todas as minhas forças, que por você eu mato e morro. Saiba de uma coisa Thiago, minha vida só passou a ter sentido quando eu tive você em meus braços, pude sentir seu calor e saber que você era meu;
Naquele momento pude ver o quanto nosso amor eu real, puro e verdadeiro, então o beijei. O último beijo, intenso e apaixonado, porém calmo e sereno.
Depois de um certo tempo de viagem, tive um Déjà vu*. Lá fora uma chuva forte esta caindo, o céu está escuro e sombrio, mal podíamos ver a estrada. Mando que ele diminua a velocidade por que as curvas são muito fechadas e esta chovendo muito. Uma luz forte vem em nossa direção.
- Como no sonho! Como no sonho! – sussurrei pra mim mesmo.
Tudo aconteceu muito rápido naquela noite. A luz forte que vimos, era de um caminhão que estava subindo a serra e mal podia enxergar a estrada, assim como nós. O caminhão perdeu o controle e se chocou contra o nosso carro fazendo ele capotar três vezes até parar metros a frente.
Hugo se solta e consegue sair do carro, via-se claramente que ele estava tonto, que mal conseguia se manter em pé, mas esforçava-se para chegar até um corpo que estava na estrada. Grito para que ele sente-se e aguarde o resgate, que isso pode fazer mal a ele, mas ele de alguma forma não me ouve, como se eu não estivesse ali.
Grito cada vez mais alto, mas nenhum efeito tem sobre ele. É aí que olho para mim e me vejo diferente, entenda que eu era eu, mas não me sentia eu, eu estava de pé, bem, como se nada tivesse me acontecido. Começo a me desesperar quando percebo que as roupas que estou a usar não são as minhas, que estou usando roupas brancas.
Agora estou ao lado de Hugo sem ter ao menos me movido e novamente tenho um Déjà vu. E lá está ele, meu grande amor, ao chão, a sua volta havia muito sangue, sua respiração lenta e pesada, parecia que seu fim estava próximo. É aí que percebo que todo aquele sangue não vem de Hugo, e sim da pessoa que Hugo se dirigia ao sair do carro e que lutava tão bravamente contra sua dor para se aproximar dela.
Percebo que aquele corpo em que Hugo está caído é meu. Morri no momento exato do impacto, meu corpo fora lançado pra fora do carro. Ouvi Hugo dizer que me amava antes dele desmaiar e tudo sumir aos meus olhos.
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. “
1 Coríntios 13:1-13
HUGO:
Abro meus olhos devagar acordando, pedindo a Deus que tudo fosse um sonho. Quando já posso ver com clareza percebo que estou em um quarto de hospital, de um lado minha mãe está dormindo sentada em uma cadeira de mãos dadas com a minha e parte de sua cabeça apoiada em minha cama, do outro lado meu pai dorme numa poltrona, aparentemente os dois estavam exaustos e com uma aparência horrível.
Aperto a mão de minha mãe e a chamo baixinho, não que eu não quisesse gritar, mas de alguma forma minha voz estava cansada e baixa, mal conseguia fazer ela sair. Vejo que mesmo baixa ela foi capaz de acordar minha mãe que no mesmo momento começou a chorar e dizer:
- Graças a Deus!!! Amor acordar!! Olha! O Hugo acordou, chama a enfermeira!
Meu pai levantou-se e saiu do quarto, logo em seguida voltou com uma enfermeira e um médico. Eles me fizeram algumas perguntas que são normais em pessoas que acabam de acordar após um acidente e em seguida saíram do quarto.
- Cadê o Thiago mãe? Como ele está? Diz logo!! Pelo amor de Deus!!! Você quer que eu levante e saia dessa cama e procure ele de quarto em quarto?
- Seu primo? Filho, você vai ter que ser forte. Seu primo está na UTI, esta lutando para viver, ninguém sabe como ele sobreviveu ao acidente, ele foi arremessado para fora do carro e a essa altura já deveria estar morto, mas Deus teve misericórdia até agora, seus tios estão arrasados.
Naquele momento chorei, apenas chorei. Saibam que não chorei de tristeza, corei de felicidade, pois meu grande amor estava vivo, mesmo que lutando pela sua vida, ele estava vivo, e bem lá no fundo do meu coração eu sabia que Thiago sairia dessa. Que ele voltaria para meus braços.
- Eu sei meu amor, chora, pode chorar, eu sei que você e seu primo são bem próximos e que você esta triste. – disse minha mãe.
- Não mãe, pelo contrario, não choro de tristeza e sim de alegria, porque o Thiago vai sair dessa, ela vai voltar pra mim. E a propósito, nós não somos apenas próximos, eu o amo, ele é a minha vida, meu amor, e é por ele que eu vivo e sei que é por mim que ele esta lutando contra a morte.
Até esse momento meu pai não nada havia dito, se aproximou de mim, me beijo e sussurrou no meu ouvido.
- Eu sempre soube disso meu filho, mas saiba que em momento algum deixei de te amar, na verdade só tornou meu amor mais forte e aumentou minha admiração por você, me mostrou que o amor não escolhe sexo, idade, raça, status, nada disso, apenas acontece e quando isso acontece como aconteceu com vocês dois, puro e inocente é algo lindo.
- Pai, preciso vê-lo, preciso tocar o Thiago, ele precisa saber que eu estou aqui, que eu estou do lado dele, que eu estou bem. Por favor me leve.
- Filho, primeiro eu tenho que ver como os medico e depois falar com seus tios, eles descobriram a pouco tempo sobre vocês dois e ainda não conseguem aceitar as coisas, eles são contra o namoro de vocês. Vamos fazer o seguinte, eu e sua mãe vamos lá agora ver com os médico e conversar com seus tios, já já nós voltamos e dizemos. – e assim os dois saíram batendo a porta atrás de si.
Depois de um tempo meus pais voltam com uma expressão um pouco triste e desapontada.
- O que houve pai, diz logo, vou poder ver o Thiago?
- Meu filho, os médicos não recomendam que você vá até lá, pode ser ruim para seu o primo, e seus tios não querem arriscar piorar o quadro dele, e alem do mais, você esta fraco ainda, vai passar pelo menos mais uns três dias aqui em observação.
Mais tarde durante a noite, enquanto eles achavam que eu estava dormindo, ouvi uma conversa dos meus pais.
- Não acredito que eles sejam tão insensíveis como que esta acontecendo, mesmo com o filho a beira da morte a minha irmã não deixa de ter o coração tão rancoroso, Hugo esta querendo apenas se despedir do primo. E daí que os dois estavam namorando? Gente, isso é normal hoje em dia. – dizia minha mãe.
- Você tem razão querida, por eles o Hugo não se aproxima do Thiago, eles ainda o culpam, como se ele tivesse culpa pelos dois terem se apaixonarem. Nosso filho não pode nem se despedir do garoto, e olha que até os médicos disseram que dessa noite ele não passa. Como sua irmã pode ser assim?
Confesso que havia mais dessa conversa para se ouvir, mas não fui capaz. Saber que pelos médicos o Thiago não passava dessa noite foi muito doloroso, me acertou com mais força que aquele caminhão. Ali deitado de lado naquela cama mais uma vez chorei, mas prometi pra mim mesmo que veria o Thiago com vida, nem que pra isso eu tivesse que por minha vida mais uma vez em risco.
Esperei que meus pais fossem jantar no lanchonete do hospital, arranquei tudo que estava me impedindo de levantar. Com dificuldade me coloquei de pé, comecei a caminhar e passei pela porta. Não sei explicar como, eu prefiro acreditar que foi o nosso amor que me guiou até o quarto onde Thiago estava, olhei do vidro que havia na porta e lá estava ele, cheio de aparelhos ligados ao seu corpo, sua respiração estava lenta e pesada.
Com dificuldade me arrastei pra dentro do quarto. Me aproximei dele, peguei em suas mão, eu tinha que fazê-lo sentir minha presença, ele tinha que de alguma forma me sentir ao seu lado, ele tinha que sentir meu calor.
Puxei uma cadeira e sentei-me, ainda de mãos dada com ele disse:
- Eu estou aqui meu amor! Estou com você agora, nada vai te acontecer! Não vou sair daqui do seu lado! Lute meu amor, lute como você jamais lutou na sua vida, lute por nosso amor, eu sei que você é forte, que nosso amor é forte, nosso amor é real!!! Acorda meu amor! Por favor, acorda! Volta pra mim! Não me deixe, pois sem você não saberei viver. Você me ensinou o que é a vida quando me deu seu amor!
Não sei quando e nem por quanto tempo, mas eu adormeci. Quando eu acordei e olhei para trás e vi que não estávamos mais a sós, atrás de nós dois estavam meus tios e meus pais, não sei dizer quanto tempo passei ali conversando com Thiago, nem quando deram por minha falta, ou fiz minha presença ser notada, vi minha tia em lágrimas assim como minha mãe, meu tio e meu pai tinham uma expressão incrédula. Perguntei pra mim mesmo o que estava acontecendo, por que eles estavam assim, foi quando senti minha mão ser apertada bem fracamente.
Ao me virar vejo meu grande amor a me olhar, com um olhar tão apaixonado quanto o da manha seguinte ao dia que nos entregamos um ou outro nos tornando um só.
- Eu te ouvi meu Amor, e aqui estou eu. – Thiago sussurrou sem forças.
Beijei sua mão e levei-a ao meu rosto para que pudesse sentir meu calor. Naquele momento meu tio correu para buscar os médicos, e quando eles voltaram ninguém estava acreditando no que havia acontecido, nenhum médico foi capaz de explicar o poder do nosso amor.
Um mês depois Thiago saiu do hospital com saúde e sem seqüela alguma daquele acidente. Depois do que aconteceu nossas famílias passaram a aceitar nosso amor. Thiago e eu voltamos para nossas escolas e sempre nos víamos nas férias. Após alguns anos nós nos formamos e decidimos morar juntos. Estamos juntos até hoje, e quando contamos nossa historia de amor muitos não acreditam, penso que não acreditam por ainda não terem vivido um amor tão forte quanto o nosso.
E a todos eu digo:
Vivam, amem e sejam felizes. Nessa vida tudo passa e no fim o que fica é o amor. O amor é capaz de grandes coisas, acreditem.
* Déjà vu ou Déjà vi uma reacção psicológica fazendo com que sejam transmitidas ideias de que já esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo.