Eu confesso que tenho uma dúvida que me atormenta e que é uma verdadeira obsessão enquanto não for resolvida.
Eu sonhava ser corno. Queria que minha mulher gozasse num outro pau. Imaginava um cara pauzudo enterrando o caralho nela e ela gemendo de prazer. Mas ela nunca quis ser liberada, dizia-se fiel, honesta e de caráter.
Quantas vezes pedi para que ela olhasse para outros homens. Adorava vê-la com um decote mostrando os peitos volumosos.
Às vezes ela me contava que alguém lhe cantava. Eu ficava tesudo. Pedia para ela dar bola para os outros machos. Fazia fantasias com ela pedindo que ela falasse o nome de quem ela gostaria de levar cacete. Perguntava se ela chuparia outro pau, se engoliria a porra de outro homem. Se ela queria ter um amante.
Ela topava fazer fantasias, mas dizia que nunca teria coragem de me trair, que até tinha vontade de experimentar outra pica, mas que faltaria coragem.
Eu tinha um amigo tarado, cafajeste, que não respeitava mulher de amigo. Ele dava umas olhadas para ela. Começamos a fazer fantasias com ele. Eu perguntava se ela daria para ele e ela dizia que sim. Eu pedia para ela falar o nome dele quando metíamos. Ela falava. Eu dizia, mais alto. Aí ela gritava: - Me come Gilson. Me fode. Enterra tua pica em mim. Passei a pedir que ela gritasse o nome dele e me chamasse de corno. – Fode minha buceta. Ensina meu corno como é comer uma mulher.
Gravei, certa vez, uma foda nossa com ela falando o nome dele.
Um dia eu e ele bebemos uns uísques a mais e eu acabei lhe contando de nossas fantasias. Ele não acreditou. Mostrei-lhe a gravação dela pedindo que ele enfiasse o pau nela. Tocamos uma punheta juntos. Liberei-a para ele com a condição de que ele me contasse caso conseguisse fodê-la. No fundo eu não acreditava que ele conseguiria. Achava que ela não teria coragem.
Pedia para ele tentar seduzi-la. Deixava os dois a sós na sala e me demorava propositadamente no sanitário. Uma vez ela me contou que ele passou a mão no peito dela. Ele disse que era mentira. Achei que ela havia dito para fantasiar a situação. Filmei uma foda minha com ela e mostrei para ele. Ele ficou admirado ao vê-la gozar, gemendo, virando os olhos com expressão de tesão.
Ele ia à minha casa com a mulher dele. As duas ficavam conversando numa sala e nós em outra. Às vezes ele ia só. Tínhamos alguns negócios juntos. Falávamos de negócios e bebíamos uísque ao mesmo tempo. Tarde da noite ele ia embora. Geralmente ela já havia se deitado. Uma noite eu disse a ele: - Vai lá no quarto se despedir dela. Ele foi. Fez um cafuné e deu-lhe um beijo no rosto.
Uma noite saí e avisei a ele que ela ficaria sozinha em casa. Pedi para ele ir lá e tentar passar a vara nela.
Quando voltei ela me contou que ele havia telefonado antes dizendo que ia lá em casa pegar umas encomendas que uma amiga nossa havia trazido do Paraguai. Contou-me que ficou com medo e que tinha ligado para minha irmã, que mora pertinho, que fosse lá ficar com ela.
No dia seguinte ele confirmou que quando chegou minha irmã estava junto e que não tinha dado certo. Eu ainda falei que ele não devia ter telefonado para pegá-la de surpresa.
O tempo passou. Meu amigo separou-se da mulher, sua empresa faliu e ele foi embora para São Paulo. Fiquei um tempo sem vê-lo. Depois de algum tempo ele voltou para nossa cidade.
Acabou conhecendo outra mulher e foi morar com ela.
Reencontramo-nos. Ele me contou que sua nova mulher, ao contrário da anterior, era muito liberal. Convidou-me para conhecê-la e disse que gostaria de fazer sexo a três. Fui conhecê-la e acabei comendo ela. Saímos outras vezes os três, talvez quatro ou cinco vezes.
Num determinado dia ele me mandou um e-mail. Eu estava muito ocupado e ele me ligou umas duas vezes perguntando se eu já havia lido. Só fui ler à noite. Quando li comecei a tremer. Ele me contava que havia comido minha mulher duas vezes. Naquela noite que ele foi lá em casa e minha irmã estava lá, ele disse que quando saiu minha irmã falou que também já estava de saída. Ele deu algumas voltas na quadra e retornou. Viu que o carro de minha irmã não estava lá. Bateu a campainha e falou que tinha que pegar um livro. Ela abriu a porta. Na saída ele a agarrou, a beijou e lhe pegou nos seios. Ela resistiu, mas não muito. Ele acabou voltando outra vez que eu estava fora (tento me lembrar se viajei e para onde) e comeu ela no tapete felpudo que eu tinha na sala. Contou ainda que teve uma segunda vez.
Alguns dias depois liguei novamente para ele. Eu queria ter certeza. Falei que estava chateado. - Dói né, disse ele. Perguntei-lhe porque não havia me contado e disse que estava me sentindo traído por ele não ter cumprido aquilo que havia sido tratado, ou seja, me contar em seguida. Pediu por favor que eu não falasse com ela sobre o assunto, que ela poderia contar para outras pessoas e essas pessoas contariam a outras e ficaria ruim para todos.
Ele disse que ela havia feito prometer que não me contaria e que se mataria se ele contasse.
Esperei uma ocasião propícia para falar com ela. Haveria uma festa na família e eu não queria estragar o acontecimento. A festa foi no sábado, mas nossa empregada só foi embora no domingo.
Pela manhã chamei-a para conversar. Disse que já sabia de tudo. Que embora tivesse passado uns dez anos eu estava muito zangado com a situação. A reação dela foi de gritar e chorar e dizer que eu a estava caluniando, que era tudo mentira, que iria à polícia e acusá-lo de difamação. Quando discutíamos bateu o meu celular. Por coincidência era ele. Quando ela percebeu que era ele começou a gritar: - Filho da Puta. Vou à Polícia. Vou te denunciar.
Neste momento ele disse para mim: - Não aconteceu nada. Foi só um conto que eu escrevi.
Ela gritando e dizendo que ia à polícia, ele agora negando e eu esbravejando com ela. Num dado momento ela caiu. Eu não sei se a empurrei. Só sei que quando eu vi ela estava no chão. Ela gritava que eu a havia agredido. Fiquei desesperado com a situação, principalmente com a reação dela. Desliguei o celular e levantei-a do chão. Ela começou a gritar que ia ligar para os filhos e para o irmão dela. Senti que a situação fugia do meu controle. – Por favor, acredite em mim, disse ela. – Está bem, eu acredito em você. Aí ela se acalmou.
Voltei a conversar com ele no dia seguinte. Ele passou a afirmar que apenas havia escrito um conto cujo tema eram aquelas fantasias de dez anos atrás.
Disse a ele que já não estava mais zangado, que ele poderia falar a verdade. – Foi apenas um conto, reafirmou ele com segurança.
Acabei acreditando neles e achei que realmente nada havia acontecido. Até que lembrei que uma antiga conhecida nossa havia me perguntado algumas vezes – Mas você não sabe? – Não sabe do que, eu dizia. – Não é possível! Você não sabe? Depois de várias vezes do “não sabe” eu disse: - Não sei do que? –Que ele transou com a tua mulher. Como fazíamos fantasias eu disse com convicção: - Não. Isto é só uma fantasia que a gente faz. Ela ficou quieta.
A dúvida se instalou em mim. Afinal, era apenas um conto? Teria acontecido a traição?
Tenho pensado em algumas fórmulas para descobrir a verdade. Dizer que ela me contou e que agora ele pode confirmar eu já tentei e ele continuou dizendo que nada houve. Pedir a alguém que forje uma chantagem dizendo que sabe e que vai contar para mim? Espalhar “m” no ventilador e dar um telefonema anônimo para a ex-mulher dele dizendo que ele teve um caso com minha mulher? Não sei. Nenhuma idéia me parece brilhante.
E você, caro leitor, não teria uma sugestão para me dar? Se tiver, deixe nos comentários.