[Aviso: conto fictício com temática nerd]
Aparento ser um cara normal, modéstia a parte, muito bonito. Tenho 17 anos, moreno claro, olhos esverdeados, cabelo preto curto, 1,75 de altura, um corpo malhado, hétero... pelo menos para os outros. Há algum tempo eu venho sentindo forte atração por alguns colegas da minha escola, faço parte do time de futsal do segundo grau, logo caras musculosos são normais no meu dia a dia. Não é uma atração sentimental, afinal sentimental é algo que eu não sou, é mais algo corporal, o corpo de um homem chamava mais minha atenção do que um corpo de uma mulher, e eu tinha muita raiva por isso, o que eu não sabia é que esses colegas... futuramente não seriam preocupação.
Me chamo David, moro em uma cidadezinha do interior de São Paulo, humilde e pequena mas muito aconchegante e organizada. Por ser cidade pequena, muita gente me conhece, pegaria mau pra alguém como eu, pra todos o pegador, o cara que as minas caem em cima, pegar fama de gay. É difícil viver suprimindo isso, mas é necessário, reputação é algo que eu prezo muito, reputação é algo que para construir é difícil, mas para destruir... pode ser em um piscar de olhos...
Sábado, durmo até tarde, acordo para o almoço e no início da tarde, como de costume, vou para o ginásio da escola treinar com a minha galera, o que eu não esperava era acordar fadigado.... o que era algo estranho pois sexta eu não fiz nenhum esforço físico além de minhas capacidades, deve ser só neura do meu corpo... Chegando lá, logo Vitor vem me cumprimentar, ele era uma espécie de capitão do time, era mais alto e encorpado do que eu, mas nada chamativo, aliás quase nenhum dos meus colegas era, podiam ter corpo, mas não eram o que a maioria chamaria bonito. Até que Vitor apresenta um treinador substituto... Eric.
Geralmente eu não parava pra notar o rosto de nenhum cara, afinal o corpo masculino é que me chamava atenção, mas cara... o tal do treinador substituto era um puta dum galã, aparentava ter uns 25 anos, era branquelo, alto, acho que 1,90 de altura, olhos castanhos com uma cor de mel, cabelos negros um pouco longos, daqueles que caem sobre a testa, que combinados a uma barba rala deixava o rosto do cara mais lindo. Eu sempre tive vontade de beijar alguém de barba, afinal, até ali eu só tinha beijado garotas. Converso pouco com o novo treinador, eu estava meio que tímido em frente aquele cara, algo que eu nunca pensei que aconteceria, e o fato dele ficar me olhando atentamente com aqueles olhos não ajudou muito.
O treino começa... nos 40 minutos do primeiro tempo vai tudo normal comigo, tenho a impressão de que o Eric lança uns olhares em mim de vez em quando... isso não ajudava na concentração ao jogo. No segundo tempo minha cabeça começa a estranhamente doer, e como meu corpo estava fadigado peço pra sair do jogo com uns 20 minutos de segundo tempo. Eric me pergunta se eu estou bem, a cara de preocupado que ele faz me faz gaguejar na resposta... digo que eu estava bem, só um pouco cansado... Me sento na bancada pra observar os outros jogarem.
Perto de acabar o jogo Eric vem sentar do meu lado, o que me deixava estranho, era como se eu gelasse toda vez que ele estava perto de mim, o que me deixava puto... eu não era homem de ficar derretido por outro homem. Tentei ao máximo não gaguejar...
- Tem certeza que você está bem David?
- Sim treinador, só preciso tomar um ar.
- Você joga muito bem, sempre estudou aqui nessa escola?
- Sim, desde pequeno... o senhor é daqui da cidade? (tentando timidamente puxar assunto)
- Não, sou da capital, vim pro interior tentar arrumar emprego mais fácil.
Eric se levanta para apitar o fim do jogo. Logo o pessoal se despeça, alguns vão embora, outros vão pro vestuário ou pro chuveiro, eu queria ficar o máximo de tempo com o treinador, quem sabe não desenvolvíamos uma amizade... eu só sei que não quero perder esse cara de vista.
A dor de cabeça não diminuía, então resolvi ir tomar uma ducha, como o banheiro era coletivo eu era sempre cuidadoso, trocava de roupa na área onde ficava os chuveiros, que eram separados por paredes paralelas que não tinham portas, evitava o corredor do banheiro pois as vezes tinham carinhas que se trocava lá mesmo, e quando eu estava banhando tentava não pensar que tinham homens peladões banhando ao meu redor.
O que eu não contava era sobre Eric. Quando eu estava para acabar meu banho ele passa só de cueca em frente à porta do meu chuveiro, ele era musculoso, bem definido mas sem exagero, tinha uns pelos pelo corpo que mexeram comigo... ele pergunta se eu melhorei... respondi com um rápido sim para que ele saísse logo da minha frente, mas ele continuou falando...
- Encontrei um remédio pra dor de cabeça na minha mochila, não ofereci antes porque não tinha certeza se ainda o tinha...
Eu desligo o chuveiro e começo a me enxugar rápido, não tão rápido para não levantar suspeita...
- N...não Ericc, não ppre... não precisavva... (comecei a gaguejar)
Terminando de se enxugar coloco minha roupa rapidamente, pelo menos meu nervosismo me ajudou a não ficar exitado e a não entrar em ereção.
- Você tá com frio?
- É! Isso mmesmo... ccom mmuitto friiio...
Ele então chega perto de mim e coloca a mão na minha testa dizendo...
- Cara! Você tá ardendo em febre!
Eu fico meio tonto e caio sobre ele, ele me segura, me leva até um banco no banheiro e me deita sobre a mochila dele...
- Você tá suando muito, vou pegar uma toalha enxuta...
Eu seguro o braço dele em um movimento tão rápido que até eu me espanto...
- Não vvai... fficca commiggo...
- David você tem que me deixar te ajud...
Então eu o interrompo puxando o rosto dele para um beijo... demorou um pouco mas ele correspondeu por um tempo até que ele se livra do meu beijo falando...
- Droga cara... você tem que se controlar! Eu sei que é muito forte, mas tente não sair do controle!
Eu não entendi o que ele tava falando, mas se tem algo que eu perdi foi o controle... não sei o que estava acontecendo, senti meus músculos começarem a tremer, eles não me obedeciam mais... eu suava muito, só lembro do Eric chamando pelo meu nome e depois apaguei...
Quando acordei... eu estava deitado em uma cama bem surrada com alguns lençóis rasgados... estava em um quarto bagunçado com paredes desbotadas... entram pela porta duas pessoas, primeiro uma mulher e atrás dela Eric. Quando o vejo logo pergunto o que tinha acontecido, ele me pede calma. A mulher se apresenta como Marta, ela era branca, magra, da minha altura e aparentava ter uns 40 anos, ela me pergunta como eu estava. Então paro pra pensar sobre isso...como eu estava, a dor de cabeça, a febre, a fadiga... tudo havia sumido, eu estava melhor do que nunca.
- Estou bem... agora, o que foi que aconteceu?
- Você saiu de controle... (fala Marta) é uma coisa normal quando as habilidades se ativam.
- Do quê que você tá falando? Por que eu estou nesse quarto? (não parecia um hospital) Porque que minhas roupas estão rasgadas?
- Muitas perguntas... Eric, fale com ele... (então a mulher sai do quarto)
Percebi que o olho direito do Eric estava meio roxo e ele estava com parte do braço esquerdo enfaixado.
- O que tá acontecendo? O que houve com você?
- Calma David... é o seguinte, você despertou suas habilidades, o que causa uma reação corporal, depois que sua consciência apagou, seu corpo saiu de controle... você me deu um soco e começou a destruir tudo em sua volta.
- O quê? Isso é algum tipo de brincadeira?
- Não David, haviam pessoas lá, você destruiu o ginásio... você começou a cansar depois de um tempo, aí consegui te imobilizar e te tirei de lá o mais rápido que pude antes da polícia secreta chegar... David... sinto em te dizer mas você é um mutante.
[CONTINUA]
Galera... esse é meu novo conto que vai envolver, como eu já disse, ficção científica, é que sou um pouco nerd e senti vontade de idealizar um pouco umas fantasias sexuais de super-heróis e essas coisas...hehehe...
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Abraços e até o próximo capítulo!
