Desculpe esta minha ausência temporária, mas é que a Paula estava com suspeita de dengue, estavamos ficando loucas com isso, mas graças a minha Nossa Senhora das Graças ela está ótima era só um principio de depressão, situação que já foi contornada.
Ao conto ...
Os olhos dela me transmitiam decepção, seu cheiro me despertava o tesão e minha mente se agarrava com a razão - depois deste versinho já posso ser narradora de rodeio, Barretos que me aguarde =). Eu sei que era importante para ela que acontecesse naquela noite, mas eu não estava preparada. E além do mais ainda tinha muitas coisas para resolver em relação a homossualidade presente em mim - naquela época eu pensava que se tomasse algum remédio ou fizesse algum tratamento aquilo iria passar, o que eu tinha que tomar mesmo era vergonha na cara e ser menos ignorante e aceitar que eu não era doente - eu sempre me considerei super hetero, afinal eu sentia muito prazer com o Bruno, por falar em Bruno eu precisava conversar com ele sobre tudo que houve. Liguei marcando um encontro em minha casa para domingo às 14hrs.
Conversamos sobre o tapa que ele me deu, aceitei de coração as desculpas dele, pedi desculpas pela acusação infundada sobre traição, se ele quisesse poderia me processar por calunia, difamação e danos morais (art. 138, 139 e 159 respectivamente) mas em contra partida poderia acusá-lo na leiMaria da Penha. Estávamos empatados. Disse a ele que nunca havia o traido mas nosso relacionamento havia acabado, bem antes daquele infeliz momento entre nós. Sexo não sustenta o amor, ele marcou uma fase muito boa da minha vida, mas essa fase acabou. Nem preciso dizer que houve choro, abraços e um ultimo beijo. Bruno tem um beijo firme, carinho e macio na medida certa que tira dos eixos, quase que transamos ali mesmo no sofá.
Cortei o clima antes que a Paula chegasse e nos visse ali naquela cena semi sexual - eu me encontrava sentada no colo dele com os joelhos sobre o sofá, com nossos sexos em contato e totalmente vulneravel.
- MINHA CASA 20:00hrs
Estava jogada no sofá assitindo pela trigésima vez Marley&Eu e comendo sorvete de chocolate, ela se espantou muito com a cena.
PAULA: Cara que programão para domingo a noite ein.
GISELA: Tem alguma ideia melhor? Porque eu não tenho mais nada interessante para fazer.
PAULA: Podia fazer um carinho na sua namorada.
GISELA: Não quero transar com você.
PAULA: Por que posso saber?
GISELA(sussurrando): Eu não sei o que fazer. Eu até procurei algumas coisa na internet a respeito, mas não entendi nada mesmo assim.
Nesse momento ela já gargalhava ao meu lado e eu a olhava com ar de reprovação.
PAULA: Você procurou video de lésbicas?
GISELA: Não, eu só procurei uns textos e umas observações.
PAULA: Do tipo?
GISELA: Do tipo de como reconhecer uma lésbica, mas apenas para não fazer nada daquilo, não quero que as pessoas saibam. E como se portar com uma lésbica na cama.
PAULA: Você acreditou nessas coisas?
GISELA:Claro, tem umas coisas que você faz que são coisas de lésbica.
PAULA: Tipo o que?
GISELA: Usar algumas roupas largas, se maquiar pouco, não usar salto alto e ...
PAULA: Isso não tem nada a ver, só por que eu faço essas coisas está na cara que sou gay?
GISELA: Não está na cara bebe, mas as pessoas desconfiamné .
PAULA: E isso te incomoda? Você vai querer que eu use salto, roupa justa para deixar meus ossos evidentes e me maqueie toda hora? Essa não sou eu.
GISELA: Eu não, mas eu não quero parar de me maquear e usar salto, roupas elegante e femininas só por isso.
PAULA: Eu curto você assim, do jeito que é. E eu quero continuar exatamente assim também.
GISELA: Mas aquelas coisas do site?
PAULA: Com o que você concordar você faz, com o que discordar esquece. Embora eu ache bobagem isso, não existe manual para ser gay, é e pronto.
GISELA: Tá bom =(
PAULA: Em relação a sexo, o que você viu?
GISELA: Nada.
PAULA: Eu vou procurar uns videos então.
Fiquei quietinha na sala enquanto ela foi procurar esses videos, quando ela chegou com uns videos em um cd eu estava assitindo Fantástico e não quis que ela mudasse.
GISELA: Deixa isso para outra hora.
PAULA: Você decide, prática ou teórica?
Disse-me balaçando o cd, eu fiquei em silencio e ela ignorou-me. Além daquilo ser desconfortável descumpria a lei 9.610 de Direitos Autorais, ela não deveria baixar conteudos na internet ainda mais de cunho sexual.
Assistimos àqueles videos em silencio, apenas aqueles gemidos vindo da tv tomavam conta da casa, estava super envergonhada, nunca tinha visto um video pornô e ainda mais em tecnologia 3D parecia que tinhamos seis garotas na nossa sala, fazendo sexo oral coisa que para mim era super nojenta de se fazer entre mulheres naquela época.
Os olhos dela brilhavam enquanto eu estava feito uma criança assustada encolhida no sofá.
Ela se aproximou lentamente e me beijou a face, me arrepiei com o momento e lhe forneci uma boa noticia.
GISELA: Tá bom eu faço, mas não desse jeito que é muito nojento. Tem como fazer do jeito normal?
CONTINUA!