Olá leitores. Primeiro preciso pedir desculpas pelo atraso na postagem, mas é que os compromissos foram inúmeros e o tempo foi ficando pequeno. Segundo quero agradecer pelos comentários e incentivar a todos que apenas leem a comentar, inclusive os que não tem conta ainda. Espero que gostem dessa parte e comentem bastante! Divirtam-se...
- Carlos, sai desse banheiro agora ou eu vou arrombar essa maldita porta!
Era João e eu não sabia o que fazer: ficaria com Pedro, que era um gatinho, ou abria a porta e dava pro João a certeza de que eu tava gostando dele? Tive que fazer o certo pra mim. E o certo pra mim era não dar o braço a torcer. De fato Pedro tava bêbado, mas achei que valeria a pena. Dei um selinho em Pedro e abri a porta. João, com uma cara de raiva que nunca tinha visto me disse:
- O que vocês tavam fazendo nesse banheiro?
- Ué, será que eu não posso nem vir ao banheiro em paz?
- Acompanhado Carlos? Vamos embora, você já bebeu e deve tá cansado.
- Mas eu num tô afim de ir embora não! Se quiser pode ir João.
Seus olhos se enfureceram e eu cogitei mudar de ideia. Só cogitei, pois precisava testá-lo, mais que isso, precisava me assegurar de que não cairia de novo num romance em que só eu acreditava. Ele saiu furioso e eu fiquei estático, até ser abraçado por trás por Pedro. Voltamos para a sala e dentro de 40 minutos todos já haviam ido embora. Eu sabia que teria que pegar um taxi já que João tinha me deixado lá então nem me preocupei com a hora.
A casa era só nossa. Pedro e eu estávamos bem alegrinhos e ele ficava passando a mão em mim, beijando meu pescoço, mas nada de fato. Ficamos assim por um tempo, ouvindo música até que ele me puxou para seu quarto. Segui e ele me empurrou na cama com uma cara de safado que quase me fez gozar. Veio por cima de mim e começou a me beijar forte, com muito tesão.
Fiquei de pau duro super fácil e ele também. Beijava meu pescoço, tirou minha camisa e a dele e ficamos sarrando por um bom tempo, até que ele colocou a mão dentro da minha calça, acariciando minha rola dura. Nesse momento foi inevitável: a imagem de João me veio à cabeça, seus olhos lindos que me transmitiam calma e uma paixão que eu também sentia.
Enquanto Pedro beijava meu pescoço eu só pensava no quanto estava fazendo João sofrer. Talvez poderia estar vivendo um amor com um cara tão bacana quanto ele, mas estava me fazendo de fútil e simplesmente me entregando pro primeiro idiota que demonstrou interesse. Eu não era assim, eu não sou assim.
Me levantei num impulso e comecei a me vestir novamente, ainda ouvindo Pedro praguejar e perguntar o por quê da minha mudança instantânea. Nem me dei o trabalho de respondi. Sai, caminhei até um ponto de taxi e em dez minutos estava entrando no apartamento.
João estava no banho e eu não hesitei dessa vez: tirei minhas roupas na sala e entrei no box arrancando-lhe um suspiro de surpresa.
- Gostou da surpresa primo?
- Ah, se cansou do bêbado?
- Decidi acordar pra vida João.
- Pode ser tarde demais.
Ele saiu do box, se enrolou na toalha e segui pro quarto, fechou a porta e eu fiquei sem saber o que fazer. Terminei meu banho e fui dormir. Não ia adiantar falar nada naquele momento, então o melhor seria dormir.
Acordei cedo ao ouvir barulhos na cozinha. Tinha que resolver a situação com meu primo. Fiz minha higiene e fui pra cozinha, sem conseguir encarar a situação direito, fora a dor de cabeça que tava enorme.
- Bom dia João.
- Bom dia. Vai querer o que de café da manhã?
- Conversar com meu primo, pode ser agora?
- Fala Carlos.
- Eu vou ser bem sincero João. Ontem, depois que você foi embora, eu e o Pedro nos beijamos e acabamos sendo levados pelo tesão do momento. Até que subimos pro quarto, tiramos nossas camisas e nos beijamos com muita vontade.
- Eu não preciso ouvir isso.
- Precisa sim, eu quero dizer que quando íamos partir pra algo mais sério a imagem do seu rosto veio à minha cabeça. Eu tentei negar isso, mas eu não consigo mais. Eu quero ficar com você, desde que você queira ficar comigo na mesma intensidade.
- Eu preciso pensar Carlos.
- Claro, faça como você quiser. Eu vou sair um pouco e volto mais tarde ok?
- Sem problemas.
Sinceramente fiquei decepcionado. Esperava que ele me beijasse com toda vontade e dissesse mais uma vez que me amava, mas ele prometeu pensar. De alguma forma ele tava certo. Eu tinha feito ele sofrer e ele precisava avaliar toda a situação. Sai pra descansar a cabeça e fui pra pracinha que conheci Tulio.
Aff, precisava lembrar daquele idiota?
Não precisava, mas não deu pra evitar. Fiquei lembrando de tudo que ocorreu entre nós dois e do quanto ele me magoou. Bola pra frente Carlos. Liguei pra minha mãe e fiquei batendo um papo gostoso por quase uma hora (a conta do celular foi enorme né). Andei mais um pouco até que senti fome e decidi voltar pra casa.
Provavelmente João tinha uma resposta pra mim e eu esperava que fosse positiva. Enfim eu poderia viver bem, ao lado de um cara que provou gostar de mim, num momento tão bom da minha vida.
Cheguei à recepção e subi as escadas correndo. Fui destrancar a porta e achei muito estranho: ela estava aberta. Segui em direção à cozinha e tudo estava muito em silêncio.
Bebi uma água e chamei por João, que não respondeu. Fui no quarto, tirei minha roupa e fiquei só de cueca devido ao calor que tava demais.
Fui ao banheiro, me olhei no espelho e fiquei reparando que tava magro demais, com vontade de fazer academia. Afastei meus pensamentos quando ouvi um gemido saindo do quarto de João. Mesmo com a porta fechada, o barulho foi alto o suficiente para que eu pudesse ouvir.
Segui em direção ao quarto, abri a porta com velocidade e vi uma cena que me assustou muito: João amarrado na cama, com a boca lacrada e Tulio mirando sua garganta com uma faca.
- O que tá acontecendo aqui Tulio?
CONTINUA...
