Desabafo Sexual (Cpítulo1-Parte3)

Um conto erótico de Kamyla
Categoria: Heterossexual
Contém 1882 palavras
Data: 13/04/2012 02:35:13

Como foi relatado no último conto, eu estava namorando pela primeira vez. Para mim, inexperiente, tudo que pudesse acontecer era fantástico, era algo totalmente novo na minha vida, era uma razão pra continuar em pé, em casa minha vida era um terror, alguma coisa boa tinha que acontecer na escola, não somente estudar, estudar e estudar...

Minha amizade com mary continuava como sempre, amigas e cúmplices. Ela sempre me contava suas experiências fogosas com Michel, nada além de peguinhas e esfregões de arrancar o fôlego. Mas eu ficava sempre cheia de curiosidades, Pablo sempre me respeitava muito, nunca ia além de beijos e abraços, quando o clima parecia esquentar, um de nós sempre tinha uma desculpinha e esfriava as situações. Apesar de ficar bastante curiosa e aparentemente excitada com os relatos de minha amiga, sempre me vinha a cabeça a imagem de meu pai, me arrastando pelos cabelos, passando a mão em mim e tentando me forçar a ir pro quarto com ele, logo aquele misto de sentimentos, curiosidade, excitação e desejo se agregavam aos medos e eu buscava me distanciar de tudo e de todos. Me encontrava nos braços de Pablo, que por mais que não sabia do que acontecia, parecia saber, adivinhar, sempre me respeitando e me apoiando, tinha hora que me dava raiva, queria que ele fosse mais longe pra quebrar esse gelo de mim, e eu perder todo meu medo.

O ano letivo na colégio iniciou, apesar das voltinhas que Pablo dava em frente de minha casa, mal nos víamos, poucas foram as vezes que eu estava do lado de fora do terreno de casa e ele pudera me ver, desistindo, ligou algumas vezes pela manha em casa, falávamos rapidamente, e deixamos para nos ver na escola. Quando enfim começaram as aulas, eu aliviada por ter recebido meus adoráveis primos em casa, o que fazia meu pai evitar se aproximar de mim, e aliviada por ter começado as aulas, tão esperadas aulas, veria minha amiga, colegas e meu namorado. Minha ansiedade era tanta, acordei bem cedo, me arrumei, não podia ficar mais arrumada porque era obrigatório usar somente uniforme, mas arrumei meus cabelos, passei de leve um batom e um lápis nos olhos, vesti meu velho uniforme, senti que estava mais curto e colado em meu corpo. Será que engordei? Cresci? É eu realmente tinha crescido e encorpado, apesar de já ter um corpo quase formado, mas eu ainda continuava a desenvolver, os seios cresciam, mais cinturada e quadris largos. Arrumei todo meu material, passei perfume e fui me despedir de minha mãe. Dei de cara com meu pai, que me passou uma olhada dos pés a cabeça mas não me falou nada.

Fui pegar o ónibus, mas veria Pablo somente no colégio, pois como eram dois ónibus, ela pegaria o outro. Nosso motorista havia mudado, esse era mais rápido, imediatamente alcançamos o outro ónibus e ultrapassamos, eu tentei ver Pablo ali, mas sem sucesso. Na escola, desci ansiosa, fui fazer a entrega de materiais, terminando, vi que o outro ónibus chegava, fui de encontro, vi que todos os alunos desciam, mas não via Pablo... enfim... ele não foi aquele dia. Fui procurar minha amiga, que provavelmente haveria ido com o pai. Chegando a minha nova sala de aula, vendo que ela estava pelo colégio, pois tinha um caderno que era a cara dela marcando um lugar, deixei ao lado e fui procura-la no banheiro-vestiário, com certeza ela estava lá, quando me viu, me deu um forte abraço de saudade.

Mary- Nossa como você está linda amiga, está diferente, onde está o Pablito, você já viu ele?

Myla- Você também está linda amiga, não o vi, ele não veio.

Mary- Lóóóógico que ele veio, está com Michel, eles foram te procurar, vieram juntos de moto.

Imagino que naquele momento meus olhos brilhavam como estrelas em madrugada serena. Fomos ao encontro deles, para minha surpresa, ele nos aguardavam do lado de fora do vestiário, Pablo arregalou os olhos ao me ver, me olhava com saudade, admiração e espantado ao mesmo tempo, Michel também me olhou estranhando e logo soltou sua primeira brincadeira:

Michel- Nossa!!! Já tá no ponto!! (gargalhando)

Mary- Mi bobão, só pensa malícia. Puxando Michel pela mãos.

Pablo parecia mudo, não me falava nada, apenas me abraçou forte. Eu iniciei a conversa.

Myla- Que foi, há alguma coisa de errado comigo?

Pablo- Nada, você mudou bastante, só está diferente, mais linda. - Ele sorriu , pegou minha mão e acompanhamos Michel e Mary.

Ele pouco falava, me beijava muito, abraçava forte, com saudade. Eu correspondia o carinho... O sinal tocou, fomos para a aula. Como sempre, primeiro dia de aula, novos alunos, novos professores, ou seja, apresentação. Pablo e Michel pegaram a sala ao lado da nossa, sim, eu e Mary pegamos a mesma sala.

Eu já estava com meus 14 anos, e Mary iria fazer no final de Fevereiro...

O início de ano no colégio foi bom, começamos bem nas matérias, uma sempre ajudando a outra, entre outros amigos da mesma turma. Durante os intervalos nos juntávamos no mesmo lugar de sempre e fazíamos as mesma coisas, cantava, tocava violão, namorava...

Eu percebia que Mary também mudava seu corpo, estava ficando mais atraente. Ela dizia o mesmo de mim. Um belo dia, começamos a conversar no vestiário, uma conversa boba:

Mary- Eu vi duas meninas se beijando hoje.

Myla- Hahaha, sério? Credo, tantos meninos...

Mary- Fala sério!! Eu tenho curiosidade... Elas pareciam gostar.

Olhei profundamente para os lábios de minha amiga, carnudos, bonitos... Tentei imaginar que gosto teria beijá-la, como seria, será que abas iriam gostar? Me lembrei do cheiro suave do brilho labial de uva que ela usava, como deveria ser perfumado e saboroso os lábios de minha amiga... Enquanto eu viajava, naquele místico de vontade e curiosidade...

Mary- Kamyla!!! Helooo... Estou falando com você, terra chamando Kamyla...

Myla- Estou ouvindo, só me distrai por alguns segundos... Vamos indo pra sala, logo vai bater o sinal, nem fomos com os meninos na escada hoje (escada era o tal local de encontro).

Saindo do vestiário, encontro Pablo indo me chamar, ele pediu um particular comigo, eu fui conversar com ele, ele me entregou mais um chaveirinho, muito fofo, esse tinha um estojo com versículos bíblicos. Dei um beijo de agradecimento, e fomos para a escada, curtir os últimos minutos de descanso. Percebi um rostinho novo na rodinha, uma meniana muito bonita, sorridente, cantava as músicas junto com a galera, parecia ser muito legal... Fui perguntar o nome dela, e descobri, Márcia, 15 anos, loirinha, magrinha, olhos escuros, um corpo normal, nada de muitos seios e bunda, uma aparência de uma menina de 12 anos... Ela acabou me dizendo que achava legal eu ser namorada do Pablo, pois ela já o conhecia, era amigo do irmão dela, que também andava ali pelo grupo.

Fiquei a pensar, no porque Pablo não me falou logo quem era, me deixou ir perguntar... Mas, enfim, meninos...

Repentinamente, eu e Mary nos tornamos mais proximas do que nunca, e começamos a deixar de frequentar a rodinha de amigos, Pablo e Michel sempre andavam juntos, e como eram os principais membros do grupo, pois eram eles quem tocavam e cantavam, continuaram ali... Eu e Mary, fomos nos distanciando aos poucos, sempre achávamos algo para fazermos juntas.

Um dia vendo Michel sozinho no grupo, fui procurar Pablo, pois poderia estar me procurando, fui na sala deles, ela não estava, então fui em direção ao vestiário, no caminho, passava por onde ele me deu nosso primeiro beijo, dei uma olhada rápida para aquele cantinho especial, e vejo uma sombra familiar, pois, cabelos cacheados e compridos, sempre ficam armados, olhei em direção ao local e vi que era realmente ele quem estava lá, era uma esquina da lateral do pavilhão com a parte de trás, fui discretamente com a intenção de fazer uma surpresa, o abracei por trás, ele assustou, mas o susto maior foi meu, ele na verdade estava beijando Márcia... Eu simplesmente respirei fundo, permaneci séria, pedi desculpas pelo incomodo e saí.

Por dentro, eu me desmanchava, queria era chorar, não me via mais ali com ele, sentia raiva, mágoa, profunda tristeza, era como uma facada no meu peito, tanto era a dor, que fui em direção ao grupo, me sentindo ao ponto de morrer... Mary logo percebeu que eu não estava bem, foi ao meu encontro:

Mary- Myla, você está bem? Está com cólicas? Está tão pálida... Vem...- Me puxando para o vestiário, me deixei conduzir..

No caminho demos de cara com os dois, Mary me olhou entendendo o que houve, chegamos ao vestiário, ela esperava que eu dissesse algo, chorasse, mas nada fiz, permaneci em silêncio profundo, somente confirmei que havia pego os dois se beijando. A dor era aterrorizante, mas eu me contia, me fazia de forte...

O restante do dia passou devagar. Logo acabou as aulas e fomos para casa. Ao chegar em casa, eu estava acabada, tomei um longo banho e desabei em choro, ali no banheiro, era onde eu podia chorar a vontade e ninguém me questionaria. Sai do banho, belisquei qualquer coisa e fui dormir... Uma noite longa, no outro dia tinhamos aula, era a organização de uma festa anual de safra da escola, e as duas últimas turmas sempre eram as responsáveis pela organização da festa. A festa seria no próximo final de semana. Eu nunca participava das festas da escola, mas desta eu era obrigada a ir, era uma das organizadoras e arrecadaríamos dinheiro para a formatura. Meu pai não podia ir comigo, nem minha mãe, e voltaria muito tarde, e como meu pai estaria viajando, ficaria difícil para eu ir sozinha até em casa tarde da noite...

O dia chegou, fui para a escola, no meios de tantos afazeres até me esqueci de Pablo... Quando o via, o ignorava, naturalmente... Aparentemente ele havia oficializado a troca de namorada, desfilava de mãos dadas com Márcia... eu me revoltava, mas permanecia como se nada me atingisse.

Em casa meu pai resolve ligar para os pais de Mary, pedindo autorização para eu dormir na casa deles, logo concordaram.

Quando cheguei em casa, Mário, um rapaz que alugava uma casa da família, estava lá, resolvendo alguns transtornos. Mário sempre me olhava de canto de olho, as vezes ele percorria meu corpo com os olhos descaradamente, quando meu pai não estava por perto. Nesse dia, meu pai deu a notícia que eu domiría na casa de minha amiga, na frente dele. Logo ficou perguntando o porque eu faria isso, onde era a festa, como ele poderia fazer pra ir... respondi todas as dúvidas dele, e fui arrumar minhas coisas, pois o outro dia era sexta feira e eu dormiria na casa de minha amiga.

No colégio, arrumamos os últimos detalhes, e fomos para a casa de Mary, numa fazenda próxima ao colégio, que era rural. Chegando lá, percebi o movimento de tia Suzana, mãe de Mary, eles iriam pescar, mas voltariam no outro dia. Ficaríamos bem, Marcela, irmã mais velha e Antonio, também irmão de Mary ficariam por lá.

Mas passaríamos a tarde toda sozinhas nos arrumando, logo todos foram pegando o rumo, Antonio foi terminar de colher, Marcela pegar uma encomenda na cidade, e os pais de Mary pescar.

Enfim sós... ( Continua)

Obrigada, continuem comentando, aceito críticas e sugestões.

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Comentários

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Nossa parece que você deu a entender que seu pai ... Bem deixa para lá eu já imagino como será esse a sós com a Mary. Adoreei !

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