MEMÓRIAS DE UMA MENINA MULHER II - CAPÍTULO 4

Um conto erótico de Gisela
Categoria: Homossexual
Contém 862 palavras
Data: 14/04/2012 09:19:01

Aquela boca sempre me tirou o juizo, era um beijo doce, me deixou estremamente excitada, mas como um raio, minha querida razão voltou me fazendo me afastar daqueles braços que me envolviam. Com grande sacrificio emocional, me libertei.

GISELA: Pára, eu não quero isso para minha vida. Eu preciso casar, vestida de noiva com a benção de Deus, eu preciso ter filhos. Eu não posso me envolver com você.

PAULA: Gisela ...

GISELA: Eu não posso fazer isso, tenta entender, são sonhos de uma vida inteira que eu vou perder, é a minha vida, se você me ama mesmo se afasta de mim e não me tenta mais. Eu não posso ir contra a Lei de Deus, isso é muito complicado para mim, eu não quero te fazer sofrer, eu vou pedir para Deus para você me esquecer, para nunca mais lembrar do meu nome, me desculpa, me desculpa ...

PAULA: Gisela, Gisela ...

Paula gritava me sacudindo, eu estava descontrolada, parecia uma louca, falava tudo aquilo entre lágrimas olhando um ponto fixo que não eram seus olhos - tanto é que nem lembrava disso, tive que recorrer a memória dela neste trecho - eu me sentia muito mal, não só emocionalmente, fisicamente também. Minha pressão teve um queda repentida, que me fez perder o equilibrio total, sendo assim me sentei no tapete com as costas recostadas no sofá.

PAULA: Por favor, me pede para morrer, mas não pede para me afastar.

Permaneci em silencio, apenas acariciava sua face molhada pelas lágrimas. Fitava aquela linda mulher a minha frente pedindo para ser minha, uma mulher e tanto, pequena no tamanho, mas com um grande valor, mas era impossível me entregar aquele sentimento.

Levantei-me do tapete já com o equilibrio recuperado e sem nem me despedir sai pela porta sem olhar para trás. Me sentia sem uma parte de mim, deixando-a lá sem amparo e pior sendo o motivo do choro. Naquela situação eu só precisava de uma coisa.

- MINHA CASA 22hrs

GISELA(telefone): Mãe, me socorre.

CIDA(telefone): O que foi minha filha?

GISELA(telefone): O que eu faço se eu tiver que escolher entre a razão e o coração?

CIDA(telefone): escolhe o coração porque a razão sempre é falha. As vezes a covardia se fantasia de razão, para nos enganar.

GISELA(telefone): Ai mãe, eu ouvi quase a mesma coisa hoje, mas eu não quero ir contra Deus.

CIDA(telefone): O maior Deus é o Deus que te ama minha filha. Ele te aceita do jeito que é, com defeitos e pecados.

GISELA(telefone): Defina homossexualidade.

CIDA(telefone): Demoniaco.

Quase chorei nesta hora, eu me sentia suja e abandonando a Deus.

CIDA(telefone): Mas por que Gisela? Tem alguma coisa te incomodando?

GISELA(telefone): Tem uma garota da faculdade que vive me perseguindo, até me beijar ela já conseguiu.

CIDA(telefone): Quando gravida uma cigana me disse que você seria uma menina que não me daria motivos para me orgulhar. Mas eu me orgulho mesmo assim.

GISELA(telefone): Eu amo ela. Isso é errado?

CIDA(telefone): Deus não nos permite mais do que possamos carregar. Você é forte e passará por esta fase de incerteza. A certeza de Deus tocara seu coração ai entenderá que é o amor que prevalece.

Nesse instante por incrivel que pareça eu não chorava, eu apenas ouvia minha mãe pedindo a Deus minha felicidade. Mas eu estava incomodada em não agir de acordo com Deus, mas eu amava a Paula e decidi ouvir da minha mãe. Fui ser feliz.

Me encaminhei a casa da Paula de novo, ao contrario daquela vez agora estava tudo escuro, por sorte ainda encontrei o portão destravado, subi as escadas regularmente silenciosa. Já no quarto encontrei a Paula deitava, com a face "enterrada" no travesseiro. Me deitei ao seu lado. Ela pouco se moveu, não me olhou em nenhum momento. Eu beijei sua nuca, alisei suas costas e ela ainda não se manifestava. Me aproximei mais e sussurrei um singelo pedido de desculpas em seu ouvido. Apenas senti um suspiro, pensei que iria dizer algo, mas não disse. Abracei-a ternamente me colocando quase sobre ela e fiquei alisando sua barriguinha, ela nem continuava imóvel, deveria estar muito magoada e com razão.

Não queria que ela sofresse por minha causa e nem sofrer mais por ela, eu queria protegê-la. Abracei-a mais forte e mesmo assim ela nada disse ou fez. Fiquei beijando suas costas e nuca até que ela se volta a mim e me beija, um beijo que que me encantou, suavemente intenso era aquele beijo, me senti completamente amada e desejada naqueles segundos. Estavamos ofegantes, eu mais que ela, alisava suas costas puxando seu corpo contra o meu, nada diziamos até que eu ia começar.

GISELA: Por fav ...

PAULA: Não diremos nada para não se transformar em uma briga.

Assenti com a cabeça e beijei-a novamente. Ela estava semi nua, trajava apenas uma calcinha com desenhos de maçãs, eu pelo contrario estava totalmente coberta por uma calça jeans e uma sobrepele azul, peças que rapidamente foram tiradas, ficamos coladas uma a outra, beijando-nos, nos abraçando. Foi um lindo momento, dormir ali junto a ela depois daquele extenso domingo.

De manhã me surpreendi quando ...

CONTINUA!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Brigadeirinha a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Menina, nota dez para você é pouco!!! Perfect...

0 0
Foto de perfil genérica

Olá!Desculpe a demora!Mas,tenho acompanhado toda a continuação desse capitulo e estou amando.Muitas das vezes,deixamos de ser feliz por motivos tão fúteis e dps nos arrependemos.Bjks

0 0
Foto de perfil genérica

Tua historia é um deleite, nos fascina e encanta... M A R A V I L H O S O. ^^

0 0
Foto de perfil genérica

"O coração tem razões que a propria razão desconhece..." e assim mais uma vez me rendo a ti, á tua escrita e à tua história magnifica. Adorei.

0 0
Foto de perfil genérica

Continua logo que tortura ter que esperar...E parabéns, seus contos são os melhores que eu já li!

0 0