Em Busca do Prazer

Um conto erótico de Walker
Categoria: Heterossexual
Contém 1474 palavras
Data: 15/04/2012 15:30:26

Em Busca do Prazer

Rodrigo, um jovem adulto de 20 anos cheio de sonhos e vontades. Sua vida era extremamente monótona, acordava cedo, tomava um café frio do dia anterior, escovava os dentes e tomava banho, se arrumava e ia ao trabalho. Pra chegar lá, encarava uma maratona de resistência Ônibus e Metrô, ambos lotados todo o santo dia. Era uma seção de amassadas e empurradas com direito a pisada no pé e falta de espaço para até movimentar os braços. Cada espaço era sagrado e disputado pelo menos por duas pessoas, cada um se virava como podia e o importante era não atrasar no trabalho.

A chegada ao local de trabalho era um alivio, literalmente, pois geralmente alguma parte do corpo ficava dormente ou o ar condicionado do metrô, criava uma desagradável eletricidade estática nas mãos dos usuários do Metrô. Isso quando ele pegava um trem com o ar condicionado quebrado, fato que criava um ambiente extremamente quente mesmo nos dias de intenso frio e uma sinfonia de cheiros e odores.

O trabalho de Rodrigo era extremamente monótono, ele apenas monitorava câmeras em um condomínio, trabalho que gerava muito sono e ociosidade constante. Um dia, Rodrigo, acreditou que um arrastão estava em processo em pleno dia no terceiro andar, ele esbugalhou os olhos e sentiu seu coração acelerar rapidamente, o pobre vigilante sabia que caso o assalto fosse bem sucedido, seu emprego estaria em risco. Sorte do garoto que eram apenas os moradores do 73 que estavam bêbedos, uma família nada comum e unidas do que dizia respeito ao consumo de bebidas alcoólicas. O ocorrido era que os bebuns tinham esquecido as chaves do apartamento, sabe-se Deus aonde e tentavam arrobar a porta da própria casa aos pontapés e socos.

Como Rodrigo era isolado e introvertido seu único passatempo era a internet, ferramenta que permitiu o garoto a afastar sua constante solidão com amigos virtuais, pessoas que frequentavam os mesmos sites e redes de relacionamento. O que o monótono vigilante mais gostava de fazer era entrar em sites de relacionamento sexual, pessoas que procuravam por sexo real ou virtual através da internet. Rodrigo era vidrado e acompanhava sempre esses sites e até mesmo chegava a pagar mensalidades para conseguir se relacionar com mulheres e casais desses estranhos recantos da internet.

Em uma quinta-feira, Rodrigo estava em um desses sites, quando é convidado para um conversa particular com uma tal de “Dany”. O jovem quase não acreditou quando foi convidado para conversar com uma mulher - “Finalmente alguém se interessou” pensou o garoto. Seu coração batia rápido e sua ótima digitação mostrou-se falha na ansiedade, um turbilhão de sentimentos confusos e pensamentos eróticos entravam na cabeça do vigilante.

Dany mostrou-se uma mulher mais velha e casada, seu marido sabia de suas aventuras e até participava das brincadeiras. A mulher dizia ter 35 anos e ser do Rio de Janeiro. As fotos de Dany, era em sua maioria explicitas e sensuais, não havia fotos de rosto, alias, ninguém postava fotos mostrando o rosto. A carioca Após uma breve conversa revela nunca ter saído com um homem desacompanhado antes, isto mostrava que o casal era adepto do swing, a famigerada troca de casais. Dany apenas pediu para Rodrigo passar o número de celular para o casal, eles diziam ser do Rio de Janeiro e estariam em São Paulo no final de semana. O jovem deixou seu número e ela finalizou a conversa, depois disso Rodrigo estava eufórico. Sua vida pacata iria receber uma enorme mudança e uma experiência nova e inesperada, extremamente inesperada.

A sexta feira foi de grandes expectativas, o casal prometera ligar na sexta, sem especificar um horário em particular. O jovem vigilante conferia o celular em cada cinco minutos, mas ninguém ligou de manhã ou de tarde. À noite já em sua casa, Rodrigo tinha perdido as esperanças de conhecer Dany, ele acreditou que era apenas uma trivialidade da misteriosa carioca infiel e que não houve real interesse na pessoa do garoto. Em seus amago o garoto sabia que um real interesse era algo bem pequeno, mas ele não conseguia perder as esperanças dentro de si.

De madrugada o celular toca, Rodrigo ainda está acordado. Ele atende a ligação com as mãos tremendo e a voz falhando, ele sabia que era ela. A voz do outro lado da linha era feminina e sexy, ela identificou-se como sendo a Dany e disse que já estava em São Paulo. O jovem apenas responde dizendo sua vontade de conhecer Dany no sábado, ela confirma o interesse no garoto e diz que ela e seu marido irão aguarda-lo em local público na Avenida Paulista. Rodrigo então pergunta como iria identifica-los, ela apenas diz que estariam ambos de branco e com as mãos dadas em um lugar de fácil identificação. Dany finaliza a ligação com um desejo de bons momentos do casal com o garoto.

No sábado de tarde, o jovem vigilante já estava no local indicado, sua barriga parecia ter vida própria por causa da enorme ansiedade, suas mãos tremiam levemente e sua respiração era irregular. Rodrigo logo avista o casal de branco e sem estar com as mãos dadas, Dany e seu marido olhavam para todos os lados e conversavam entre si. O jovem parou e observou por alguns segundo, a mulher atendia as expectativas dele, era ainda bonita e suas roupas levemente sensuais. O marido tinha a mesma altura da esposa e já tinha cabelo grisalho com uma cara até amigável apensar do casal não parecer feliz ali no momento.

Rodrigo caminha em direção ao casal com a mente cheia de pensamentos imorais e fantasias idealizadas em sua mente. Ele apenas diz um oi meio sem jeito, a mulher abre o sorriso e responde com uma pergunta - Rodrigo? Ele confirma com um largo sorriso no rosto e é recebido com um beijo pela esposa e um forte aperto de mão do marido. Os três se dirigem para uma lanchonete onde sentam e começam uma conversa a respeito de diversos assuntos. Nesse momento o jovem vigilante já está bem relaxado e um pouco excitado com a diferente situação, Dany revela seus desejos por homens mais novos e que tinha gostado muito do garoto, o marido limitasse a concordar e diz que seria uma tarde de muito prazer para todos eles. Rodrigo então é convidado pelo casal para ir com eles em um hotel onde estava hospedado, o garoto não pensa duas vezes e logo aceita o generoso convite do simpático casal.

Já no quarto do hotel, Dany pede para o jovem sentar no sofá, ela se acomoda ao seu lado e passa a alisar as coxas do rapaz, nesse momento o marido não está em cena... Rodrigo nem ao menos faz ideia de onde ele estaria, mais isso não é importante para ele agora. O jovem vigilante perde todos os seus medos e avança para um beijo nos lábios de Dany, a mulher não rejeita a investida e retribui o carinho do garoto. Após alguns amassos, o marido entra em cena com uma bandeja com dois copos cheios de um liquido. Ele pergunta o que é aquilo, e o marido apenas diz que é vinho suave. Dany toma a taça e a bebe com tranquilidade, Rodrigo olha a cena e faz o mesmo, ambos observam o garoto. O vinho era amargo e forte, o garoto nunca bebia, porém não podia rejeitar a oferta, afinal, um vinho só ia ajudar as coisas a fluírem melhor.

Após alguns minutos de beijos e abraços Rodrigo sente sua cabeça meio tonta, seus movimentos ficam lentos e desajeitados e ele nem mesmo consegue pensar na situação com clareza, a mulher se afasta com rapidez e o garoto tenta levantar-se em uma tentativa inútil. O marido que estava ali apenas observando, entra em cena e começa a despir o jovem vigilante, ele tenta evitar mais logo após ter seu tênis retirado Rodrigo perde a consciência.

Após um período indeterminado de tempo, Rodrigo abre os olhos, sua boca tem um gosto amargo, seu abdômen dói ferozmente e seu corpo treme de frio. Ele tenta olhar ao seu redor e logo percebe que está em na banheira, está mesma está repleta de gelo e uma agua avermelhada. Com um esforço enorme o garoto consegue erguer sua cabeça e logo nota as enormes costuras na lateral de seu corpo. Ele ri e logo compreende a situação, Rodrigo tenta chorar, mas o próprio ato em si causava uma dor enorme. Seus olhos miram o teto e ele recapitula todos os fatos ocorridos. – “ Como não pude perceber isso? Como fui tão tolo? Deixei a emoção dominar minha razão, sou uma desgraça pra mim mesmo”

Rodrigo submerge sua cabeça para baixo da agua fria da banheira e ali, no fundo da banheira e de seu amago ele aceita seu destino.

O vigilante não viu o que devia ter visto.

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