Pedrinho era
bem capaz de dar
qualquer coisa para
transar com o
professor de Biologia.
Sonhava
frequentemente com
ele, enfiando o pau —
que imaginava grande e
grosso — no seu
cuzinho apertado e
ainda virgem. Pedrinho
tinha uma imaginação
muito fértil e, por isso,
costumava fantasiar
com o seu mestre e
com alguns colegas de
classe.
O seu
pensamento ia longe
durante as aulas de
Biologia, sobretudo
quando os seus olhos
encontravam o corpo
másculo e atraente do
professor. César, um
moreno alto que, no
chute, devia ter uns 40
anos e que lecionava
apenas há alguns
meses naquele pequeno
colégio de periferia. Era
um homem corpulento
de constituição taurina
que recheava bem com
suas coxas grossas e
seu traseiro farto os
jeans normalmente
surrados que
costumava vestir.
Usava também óculos
de armação redonda,
ostentava alguns
charmosos fios brancos
na cabeleira negra e um
cavanhaque que deixava
Pedrinho arrepiado só de
pensar nele roçando
contra a sua pele
delicada.
Pedrinho não
era um aluno aplicado.
Era distraído, preguiçoso
e quase nunca
terminava as lições que
os professores lhe
pediam. Pelo
comportamento relapso
e pelo péssimo
desempenho que
apresentava em quase
todas as matérias, vivia
levando bomba nos
exames. Contudo, por
razões óbvias,
devotava especial
atenção às aulas de
Biologia (ou melhor, ao
professor) o que lhe
rendeu de certa forma,
naquele primeiro
semestre uma nota um
pouco acima da média:
6,5.
Na sexta-feira
passada, adormecido no
último banco da sala,
teve um sonho bem
picante: o professor
finalmente o deflorava
bem na frente de toda
a classe. Estava a ponto
de receber um delicioso
jato de porra na cara,
quando sentiu uma mão
pesada bater no seu
ombro esquerdo.
— Hei, rapaz,
acorda! Isso são modos.
A aula acabou!
— Hã, o quê?
— balbuciou Pedrinho
completamente perdido.
— Você
dormiu a aula inteira.
Perdeu uma grande
parte da explicação. Só
quero ver no dia da
prova? Vamos rapaz, de
pé! A aula acabou.
Precisamos sair. Não
posso lhe deixar sozinho
na sala.
Ergueu-se
meio cambaleante e pôs
a mochila nas costas.
Atabalhoado,
permaneceu alguns
minutos olhando a
esmo, até defrontar-se
com o professor de
costas, apagando o
quadro.
A visão
daquela bunda larga e
apetitosa, movendo-se
suavemente enquanto
o quadro-negro era
minuciosamente
apagado, acendeu
novamente na sua
imaginação o rastro do
prazer que tivera
durante o sonho. Seu
pau foi às alturas e ele,
por algum tempo,
delirou de tesão,
filmando aquele rabo
delicioso e imaginando
como seria gostoso
poder senti-lo em suas
mãos.
De repente, o
professor se virou e
apanhou o menino de
pé, olhando-o de forma
curiosa. Pedrinho, num
reflexo se sentou,
pondo a mochila no colo
a fim de esconder que
estava de pau duro.
— Menino, eu
já disse: A aula acabou!
Você já pode ir embora!
O aluno não
respondeu. Continuou
em silêncio, olhando
com olhos arregalados
para o professor.
— Não posso!
— Não pode?
Como assim, não pode?
— É quê?
— É que o
quê? Rapaz, eu já disse:
a aula acabou! Você
pode ir!
— Não,
senhor, eu não posso.
Não, agora. — disse
apertando ainda mais a
mochila contra o colo.
— O que você
tem na mochila?
— Nada
senhor.
O professor
desconfiado foi até o
rapaz e lhe tomou a
mochila. Abriu-a e nada
encontrou além de um
inofensivo material
escolar. Mas, não
satisfeito, olhou para
Pedrinho com a cara de
quem não havia se
convencido e
suspeitando de algo
mais, mandou que ele
se levantasse.
— De pé,
quero conferir o que
tem nos bolsos?
Pedrinho a
princípio hesitou, mas
acabou obedecendo.
Pondo-se de pé, o
professor finalmente
pôde descobrir por qual
razão o aluno o
desobedecia. A calça
azul de malha do
uniforme estava
estufada. O professor,
que não era bobo, sacou
na hora o que estava
acontecendo.
Apesar dos
pesares, achou melhor
não constranger mais o
rapaz. Voltou para sua
mesa sem dizer uma só
palavra e continuou
guardando seus objetos
pessoais. Pedrinho, sem
saber o que fazer ou
dizer, atravessou
correndo a sala e saiu.
Na terça-feira
o professor prosseguiu
dando aula normal.
Apesar de Pedrinho
temer algum castigo ou
reprimenda, não se
ouviu falar no que havia
de fato acontecido
naquele final de tarde
de sexta. Pedrinho,
encabulado durante
toda aula, evitou olhar
diretamente para o
professor. Temia não
só seus olhares de
censura, mas também
ficar mais uma vez de
pau duro. O professor
parecia indiferente,
como se o ignorasse.
— Pedrinho —
proferiu o professor,
nos últimos dez
minutos de aula — por
favor, não saía de sala!
Preciso falar com você a
sós.
O sinal bateu e
os alunos saíram
apressados. Aquela era
a última aula do dia e
todos estavam
ansiosos para irem para
casa. Pedrinho estava,
contudo, apreensivo,
com medo de que o
professor o
envergonhasse ou o
repreendesse
severamente.
— Aproxime-
se rapaz! Preciso falar
com você. É sobre
sexta-feira passada.
Suas pernas
tremeram após ouvir
esta última frase.
Algumas gotas de suor
começaram a escorrer
do seu rosto. Temeu
pelo pior. “O professor
havia comunicado o
ocorrido ao diretor. Era
expulsão na certa.”
Aproximou-se da mesa
arrastando os pés. O
professor olhava para
ele de uma forma muito
peculiar e enigmática.
Não pôde ler nas suas
expressões o que
estava por vir.
— Quantos
anos você tem, rapaz?
— Eu, eu fiz
dezoito há pouco.
— Dezoito?
Hum! — emitiu, coçando
o queixo.
— E pelo que
vejo, ainda é virgem? —
perguntou o professor
na bucha.
— Vir-gem! —
repetiu, fingindo
indignação.
— Sim,
virgem, nunca teve
experiências sexuais
antes?
— Não,
senhor! Já tive sim...
Muitas...
— Muitas...
Então, o que foi aquilo
que aconteceu na
sexta?
— Nada,
professor...
— Rapaz, não
minta pra mim! Como
aquilo não foi nada? Eu
não sou idiota! Não se
esqueça que eu sou
mais velho e experiente.
Sei reconhecer direitinho
uma ereção.
— Sa- be?!
— Sei... —
respondeu com firmeza
o professor, posando
uma das mãos sobre o
ombro esquerdo de
Pedrinho.
— Eu apenas
quero lhe dizer que isso
é normal. Acontece...
Fique tranqüilo, não
pretendo contar nada a
ninguém. Não se
esqueça que eu
também já tive a sua
idade. Esse será um
segredo nosso. Eu quero
apenas lhe ajudar.
— Me ajudar?
— Sim, lhe
ajudar. Ajudar a você a
controlar toda essa sua
ansiedade. Eu lhe
garanto... depois de
algumas lições isso não
vai mais se repetir.
— Mas como?
— Deixa isso
comigo, rapaz? Só peço
que confie em mim!