A Vingança de An@Lee

Um conto erótico de An@Lee
Categoria: Heterossexual
Contém 4402 palavras
Data: 17/04/2012 14:03:04
Assuntos: Heterossexual

Caros leitores, vocês já leram a versão masculina deste conto escrito por Abdusido, e denominado “Uma Louca Aventura”. Chegou a hora da revanche! E An@Lee vai contar sua visão de tudo o que aconteceu!

A VINGANÇA DE AN@LEE

Tudo o que eu queria eram apenas algumas horas de diversão, sem compromisso e sem qualquer tipo de identificação. Não queria nenhuma paixão e muito menos queria me expor. Minha autoestima andava baixa, eu me achava horrível e indesejável... O último relacionamento que tive havia depreciado meu jeito de transar, dizendo que eu era horrível na cama e fora dela. Eu vivia me escondendo atrás de grandes óculos escuros no dia-a-dia e mal saia de casa à noite. Eu nem conseguia me olhar no espelho... Mas minha deprê estava no fim! Eu precisava reagir. Queria muito encontrar alguém e provar pra mim mesma que meu jeito de agir na cama era capaz de seduzir e levar um homem ao delírio, torna-lo viciado em meu beijo e ainda querer muito mais do meu corpo, mesmo que eu fosse feia. Aquilo era vital pra mim!

Naquele domingo, resolvi entrar num Chat – canal de bate-papo na internet – e iria propor uma fantasia inusitada ao primeiro desconhecido que puxasse assunto mais sensual comigo. Eu queria ver até onde um homem iria por tesão, mesmo que a mulher fosse feia. Na entrada, decidi como iria me camuflar: optei por ser An@Lee - An@ por ser meu primeiro nome e Lee em homenagem à grande Rita Lee, pela música “Mania de Você”... “Meu bem você me dá água na boca, vestindo fantasias, tirando a roupa...” Era isso que eu queria causar: molhar a roupa de suor de tanto se beijar... Hike entrou na sala, me cumprimentou e puxou conversa. O papo era legal e me convidou para falar na sala reservada. Não demorou muito pra conversa começar a esquentar e partir para assuntos mais sensuais. O safadinho foi falando de como admirava o beijo longo, ousado e molhado. Aquele papo direto me excitou e me deixou maluca pra beijar a boca dele. Comecei a imaginar os lábios dele se encontrando com o meus... E modéstia à parte, eu sabia que meu beijo era dos bons! Sempre fui elogiada pelos meus namorados... Comecei a ‘pensar alto’, manifestei desejos, aticei, anunciei as qualidades do meu beijo, fiz meu marketing! Disse que se ele provasse da minha saliva, ficaria viciado e não iria esquecer nunca mais! Foi a gota d’água (na boca!).

No entanto, para alcançar meu intento, avisei que era muito feia e que não teria como ele ver meu rosto, teria que usar uma venda nos olhos.

Ele pareceu não esmorecer com essa informação e insistiu que queria me encontrar. Fiz então uma proposta inusitada: “Me espere na última poltrona, da última fila do cine Olympia, vestido todo de preto e leve um lenço pra vendar os olhos.” Seria um encontro para beijar... seria um beijo longo, gostoso e molhado e depois voltaríamos pro chat pra comentarmos sobre aquela experiência. De fato, eu queria provar pra mim mesma que seria capaz de deixar aquele homem maluco de tesão, apenas com o poder da minha boca, saliva quente e língua.

Conforme nosso trato, na segunda-feira, na hora marcada, fui ao cinema combinado. Cheguei bem antes e fiquei observando a fila do cinema. Avistei a minha vítima toda de preto e com um lenço no bolso. Tinha que ser ele! Era um gato! Esperei que ele entrasse e tomasse seu lugar na última poltrona. Eu estava ansiosa pra colocar meu plano em prática, mas precisava seguir passo a passo. Os minutos pareceram uma eternidade. Liguei então pra ele e pedi que colocasse a venda e me aguardasse...

Cheguei de mansinho, deixando meu perfume tomar conta do ar, antes de me pronunciar. Daí sussurrei o nome dele com voz languida e sensual e ele respondeu:

- Oi, tô aqui!

Toquei-o na face e sentei-me ao seu lado. Fiz questão que ele não tirasse a venda dos olhos, e comecei a beijá-lo pelo rosto, bem suavemente até chegar na boca, imprimindo nele meus lábios, úmidos, quentes e macios de uma maneira muito gostosa. Minha bala de canela havia acabado, mas meu hálito se fundiu com o dele, que irradiava hortelã. Sem descolar minha boca da dele, o envolvi num abraço, sentei-me em seu colo e beijei-lhe o pescoço, conduzi as mãos dele até meus seios pequeninos sob a blusa de seda, meus mamilos estavam enrijecidos, como resultado super-excitante daquele nosso beijo longo e delicioso... Beijamos, beijamos, beijamos... Não havia tempo nem vontade de conversar... nossas bocas chupavam, as línguas driblavam e os lábios estampavam pequenas sucções delirantes. UAU! Não imaginava que o resultado seria assim tão bom. Fiquei com medo de não resistir à tentação e eu mesma retirar aquele lenço dos olhos dele. Ele me envolvia de um jeito delicioso, não só com a boca, mas com os braços também. Fiquei maluca por demais, mas resolvi me despedir e confirmar para as 23 horas um encontro na net, no mesmo chat. Eu estava elétrica! Sai dali e rodei horas de carro pensando na maluquice que havia acabado de fazer: beijar um total desconhecido! Diga-se de passagem, LINDO! E mais, deixa-lo louco de tesão. Foi perceptível o volume sob sua calça. Uhuuu! Eu queria gritar de emoção! Senti-me a Deusa da Sedução! Se eu era feia? Não importava! O que importava era que meu beijo tinha poder!

Na hora marcada, nos encontramos na sala de bate-papo eletrônica. Eu estava eufórica e queria muito saber o veredicto dele sobre meu beijo. Foi um prazer supremo ouvi-lo dizer que adorou, que era muito gostoso, que ficou com muito tesão, que os meus lábios eram macios, que a língua tinha gostinho de canela... e ahhh... foi divino ele falar sobre os meus peitinhos!... Não resisti de tesão e contei pra ele que eu estava me masturbando... Melhor ainda foi ouvir que ele também se masturbou quando chegou em casa, que não aguentou esperar e que adoraria estar ao meu lado, me vendo fazer aquilo, ajudando, beijando meu corpo todinho, sugando os meus lindos peitinhos... Fui ao delírio e gozei deliciosamente sabendo de tudo aquilo.

Depois ele me perguntou porquê eu me achava feia, disse que teve a impressão de eu ser magrinha, elegante... pele macia... Não tive coragem de contar a ele a verdade. Não respondi nada. Continuei falando do meu tesão e do quanto foi excitante tê-lo beijado.

A certa altura, ambos não se segurando mais, resolvemos dar continuidade, e marcamos para o dia seguinte, terça-feira, bem cedinho, às 7 horas.

Marquei o lugar para pega-lo, em uma rua com pouco movimento. Eu o queria disponível para mim a manhã toda! Queria saciar todos os meus desejos libertinos. Eu precisava provar minha capacidade de seduzir um homem, um extranho que não me conhece-se. Seria minha vingança com meu ex por ter me levado àquela deprê infernal. Agora eu iria à forra! Era uma pena se tratar de outro homem, mais bonito e detentor de um beijo maravilhoso! Mas era a vítima aleatoriamente escolhida e eu iria até o fim com meu plano!

Do jeito que falei pra ele parecia que eu não tinha mais nada pra fazer, era uma dondoca mimada... mas meu plano seria seguido à risca! Sem falhas e sem concessões! Perdida em pensamentos, me perguntava: “Será que ele teria mesmo coragem de se encontrar com uma mulher que se anunciava como feia? Até onde iriam os desejos de um homem depois de um beijo? E até onde uma mulher poderia seduzir um homem vendado sem ele nunca tê-la visto antes ou vir a vê-la?” Eram dúvidas que eu tinha e que pagaria pra ver!

No dia seguinte, acordei bem cedinho, como de costume. A roupa eu já havia predeterminado bem antes, o que dispensou horas frente ao armário pra me decidir o que usar. A vantagem de se ter um plano era sem dúvida a economia de tempo. Fui tomar um banho, me perfumar, maquiar e me colocar na mini-saia colada, Tailleur cinza elegante, uma blusa de seda rosa claro e os scarpins nude pra acompanhar a bolsa. Conferi, tinha tudo ali: tapa-olhos da minha última viagem à Europa, nécessaire com ingredientes básicos e essenciais para meu banho depois da farra e também camisinhas, o celular com o chip pré-pago adquirido meses antes, as chaves da revendedora (que gerencio) pra pegar o carro que estava à venda e que eu havia escolhido no dia anterior pra realizar essa fantasia no anonimato. Ele não sabia nada dos meus preparativos, mas isso fazia parte do meu plano de vingança e prazer em alto-estilo! Estar elegantemente vestida com um homem vendado e totalmente ao meu dispor. Passei na revendedora e sai com o Audi A3 preto peliculado e cheirando a novo para o local marcado.

A rua quase não tinha movimento àquela hora da manhã, portanto foi fácil localizá-lo, fiz sinal com os faróis, parei, abri minimamente a janela e lhe entreguei o tapa-olhos macio e prateado que pedi para ele por. Depois que ele estava pronto, acomodei-o no carro e segui para o motel. O papo foi animado e ele me revelou estar cheio de tesão pela forma diferente como tudo estava acontecendo. Concordei com ele e lhe sussurrei o quanto ele era atraente. Comecei a seduzi-lo ali mesmo, acariciando de leve a virilha dele e sentindo o volume aumentar embaixo da roupa. Eu já estava toda molhadinha de excitação. Lembrei a ele que em hipótese alguma retirasse a máscara, a fim de não quebrar a magia e ele jurou que não o faria.

Empurrei-o pra cama e pedi que aguardasse um minutinho, lembrando novamente o juramento. Fui ao banheiro e tirei minha roupa. Fiquei só de tanguinha preta fio-dental. Meu corpo estava super-em-forma! Afinal, aquelas horas de academia e personal trainer estavam valendo à pena.

Abri a porta e espiei. Ele estava com a máscara. Voltei para o quarto e anunciei sensualmente que ele nunca iria se esquecer daquele dia. Sentei-me sobre ele como se fosse cavalga-lo e primeiro observei cada detalhe do que eu podia ver de seu rosto. Imaginei como seria o olhar daquele homem. Sem dúvida era uma vingança louca, mas eu estava levando a sorte grande. Afinal aquele homem era bonito, charmoso, cheiroso (embora eu não conseguisse desvendar o perfume que ele usava) e me senti muito atraída por ele. Ele disse coisas sobre direitos iguais em ver meu rosto, que se sentia um cego, mas quando viu que eu nem respondi, me puxou a cabeça e plantou um beijo na minha boca, daqueles longos e molhados. Deslizou suas mãos pelo meu corpo magro, sentiu minha bundinha bem carnuda.

Minha respiração ofegante entregava minha excitação. Arranquei a roupa dele, começando um desfile de beijos pelo peito, com mordidinhas nos mamilos e lambidas no umbigo, enquanto ele alisava meus cabelos e tentava a todo custo sentir e desvendar meus traços físicos com as mãos.

Deixei-o só de cueca. Excitava-me por demais ver e acariciar o volume daquele pau. Senti seu cheiro e depois puxei o caralho pelo lado. Toquei e beijei aquele membro de prazer com carinho, enquanto ele urrava de prazer e tremia todo, implorando para tirar a venda. Convenci de um jeito mandão, que seria mais excitante permanecer com a venda e que ele logo se acostumaria. Dediquei-me a um boquete delicioso, sentindo cada milímetro daquele pau duro na minha boca. Pensei: “Está excitado com o que a imaginação, o tato e o cheiro lhe proporcionam... A visão não é essencial.” Eu me entregava a uma chupada maravilhosa quando ele me pediu pra parar porque não queria gozar ainda e que queria ter o prazer de beijar meu corpo.

Deitei ao lado dele e puxei-o pra cima de mim, num beijo estonteante, mesclado de saliva e com o cheiro do seu pau em minha boca, perfume inebriante no ar e a magia da imaginação. Sentou-se sobre mim e buscou meus seios pequeninos e delicados, com os mamilos absolutamente rígidos e salientes, brincou com ambos, rolando entre os dedos, dizendo que pela sensação, deveriam ser lindos. Curvou-se e começou a beijar meus seios, primeiro em torno dos mamilos. Eu ia à loucura com aquelas carícias... segurei a cabeça dele e afaguei seus cabelos, enquanto o observava em ação. Língua e boca trabalhavam de maneira divina para chupar meus peitinhos.

Distribuiu beijos por todo meu corpo... desceu pelo meu ventre, passou pelas coxas, chegou na minha virilha e sentiu minha calcinha toda molhada. Eu vibrava de emoção diante daqueles carinhos sexuais. Me disse: “Cheiro divino de deusa!” e tirou minha tanguinha para apreciar pelo tato, o paladar e o cheiro do meu sexo. Afastou meus pelos com os dedos e se entregou a um beijo profundo no meu grelinho e na portinha molhada e quente. Eu tremia e murmurava coisas, agarrando com força nos cabelos dele, e empurrando aquele rosto para meu sexo. Eu queria aquela chupada com vontade enquanto eu me derramava de prazer com a boca e a língua dele. Me senti desejada! Me entreguei loucamente ao sexo! Ofereci tudo a ele, minha buceta, meu cuzinho e ele lambeu e chupou muito gostoso. Penetrou em mim com seu dedo e eu me sentia molhar e molhar cada vez mais. Em pouco tempo o lençol estava encharcado de saliva e secreções. Eu não aguentava mais de tesão, comecei a implorar que ele me penetrasse. E ele fez isso bem devagar.

Mamei gostoso aquele pau dentro de mim com meu sexo e deixei meu corpo liberto, ao puro prazer daquela transa. Gritei, xinguei, puxei o corpo dele pra mim. Queria abraça-lo e come-lo por inteiro! Foi divino acompanhar os urros de prazer daquele homem no momento do gozo pleno, dele e meu! Me cravou fundo aquela vara, numa energia arrebatadora e selvagem por alguns longos segundos, até que, sem forças, caiu para o lado, ofegante.

Era o momento do êxtase! Abracei-o e não disse nada, apenas deixei meu corpo ser envolvido com braços e pernas naquele abraço, enquanto eu estampava pequenos beijinhos no pescoço e no rosto.

Depois de um tempo, externei parte dos meus pensamentos: “Somos completamente loucos! Não usamos camisinha!”. Parecia que éramos amantes de longa data, tal a intimidade e o bem estar que sentíamos juntos.

Antes que eu me levantasse para um banho, ele me puxou para um delicioso 69, comigo por cima. Nessa hora deixei que ele retirasse a venda por algum tempo, mas cobri a cabeça com um travesseiro, por causa do espelho no teto. Eu estava tão compenetrada em chupar aquele pau gostoso que nem percebi os comentários que ele fez.

O tesão aumentava vertiginosamente, então pedi que ele recolocasse a venda, e sentei sobre aquele pau, de costas pra ele. Depois de algumas estocadas, não aguentei a pressão e lavei o corpo dele com meu esguicho. Transamos em diversas posições, de jeito bem gostoso e gozamos muuuuiiiitttooo.

Depois descansamos extasiados de prazer, conversamos e ele disse que ficaria com minha calcinha de recordação daquela manhã enlouquecedora, que não iria devolver por nada neste mundo.

Ele insistiu em nos encontrarmos de novo na net e quis saber sobre o mistério da minha identidade. Eu disse a ele que nem adiantava vasculhar informações sobre o carro ou sobre o celular e que era apenas um fetiche. Nos beijamos e despedimos.

Meu plano havia transcorrido com perfeição!

Mas ele era um homem apaixonante!

Que beijo delicioso! Caralho bom de chupar!

O sexo, o ritmo, tudo encaixando na medida e plenamente!

Os urros de prazer então, eram uma excitação à parte!

Se eu me deixasse levar, sabia que me apaixonaria! Então, pra completar totalmente meu plano, eu precisava desaparecer. Tirei o chip do celular pra não receber nenhuma ligação e também não entrei no chat, nem passei por aquela rua do encontro. Eu deveria sumir de vez e não vê-lo nunca mais! Do contrário, minha vingança seria fadada ao insucesso. E eu estava feliz com minha conquista: sabia que era uma gostooooosa na cama! Que nada, absolutamente nada, me impediria de ser feliz do jeitinho que eu era.

Dias se passaram. Treze, pra ser exata! Os primeiros dias foram fáceis. Eu estava feliz com minha conquista, minha deprê finalmente tinha me deixado, feliz com meu plano realizado e as vendas na revendedora ia de vento em popa. De fato, ao longo da semana eu havia pensado nele todos os dias, mas as preocupações com a firma e o extremo bom humor que permaneceu em mim pela perfeição com que havia transcorrido minha vingança, faziam com que eu me desligasse dos detalhes mais ternos daquela transa.

Mas eis que, no final de semana as lembranças daquelas gozadas deliciosas invadiram minha mente com tudo. Ele era uma pessoa legal, havia seguido minhas instruções à risca e nem por um momento havia tirado a venda ou me forçado a alguma coisa.

Naquele sábado, entrei na sala de bate-papo que havia me encontrado com ele, mas dessa vez com um nick diferente e de homem, pra não levantar qualquer suspeita. Eu apenas queria checar se ele estava lá. E pra minha surpresa, ele estava! Pelo menos eu supus que era ele, pois o nick era o mesmo! Sai depressa pra não dar bandeira.

Coloquei um CD da Rita Lee e fiquei ouvindo:

“Meu bem você me dá água na boca... vestindo fantasias, tirando a roupa molhada de suor de tanto a gente se beijar... de tanto imaginar loucuras...”

Ouvia e me lembrava de cada beijo suado, de cada posição louca que assumimos, de cada lambida pelo corpo, cada chupada, cada gozada... Lembrei daquela venda nos olhos dele e fiquei imaginando... Como seria o olhar daquele homem? Fui dormir pensando no corpo dele, nas mãos dele, no sexo COM ele! E como era de se esperar, sonhei com ele!

No domingo, as horas voaram. Acordei no horário de sempre, preparei um café expresso forte e sem açúcar e liguei a TV pra assistir Auto-Esporte. O telefone tocou e quase tive uma parada cardíaca, era da segurança motorizada pra me avisar que o alarme da revendedora havia disparado e que eles estavam com dificuldade para desligar. Tive que sair às pressas pra resolver o problema. Aproveitando que estava lá, resolvi me envolver com alguns outros detalhes financeiros e que me tomaram o dia todo. Por sorte, as questões de segurança eram apenas devido a um defeito no sistema da central.

Na semana que se seguiu eu não tive tempo pra nada, nem mesmo pra minha academia. Meu personal já estava me deixando louca com cobranças de vida saudável. No entanto, a minha mente só tinha lugar para aquele homem que eu só sabia ser Hike. Eu dizia pra mim mesma que ele já tinha me esquecido e nem pensava mais na feia que ele nunca tinha visto. Mas era tudo em vão. Eu não conseguia me concentrar nas coisas que fazia. Tudo começou a ficar muito difícil.

Sábado, saí da revenda e fui pro shopping. Passear, ver as vitrines, gastar um pouco era um ótimo anti-estresse e sempre me aliviava a mente. De repente, me dei conta que estava entrando em cada loja de produtos cosméticos importados à procura do perfume de Hike! Procurei, andei, busquei, cheirei de tudo e alternava com o cheiro de grãos de café torrado, pra limpar a memória olfativa. Mas... nada igual! Nada que eu experimentava trazia de volta a lembrança do cheiro especial daquele homem. Eu estava alucinada. No fim do dia eu havia provado uns bons pares de perfumes e nenhum deles havia chegado perto. Conclusão: eu precisava vê-lo novamente! Tinha que sentir tudo de novo, aquele corpo tocando no meu, os lábios imprimindo seu beijo nos meus, sentir o gostinho de hortelã ao chupar a língua dele e mais do que tudo, eu precisava daquele pau penetrando gostoso dentro de mim! Viver intensamente mais uma vez, uma única vez mais aquela loucura planejada e irracional de me entregar àquele homem às cegas!

E de repente me bateu um medo horrível de que ele nem se lembrasse mais de mim. Deveria ter me esquecido.

Conectei-me na internet, pronta para marcar um novo encontro, mas na hora H, desisti. Eu não poderia entrar como An@Lee sem ter a certeza de que ele me queria... E se ele não estivesse lá ou se me ignorasse ou se não quisesse mais falar comigo? Eram tantos “se” na minha cabeça que resolvi entrar na sala virtual de novo com um nick de homem, ansiosa pra checar se ele pelo menos estava por lá.

E pra minha total alegria, ele estava! Fiquei ali por uns 5 minutos e que para o meu silêncio e vontade de falar com ele, pareceram uma verdadeira eternidade! Fiquei apenas olhando para o nick dele e imaginando se ele estava ali a minha espera. Naquele momento eu quis pensar que sim! Estávamos sozinhos na sala. Falei qualquer bobagem dirigida para todos, algo do tipo “tem alguma gata aqui a fim de transar loucamente?” e depois de um tempo, obviamente sem resposta, saí da sala.

No dia seguinte, não resisti a tentação de ligar o celular pré-pago e ligar pra ele às 23:45h pedindo para ele entrar no Chat.

Passava da meia-noite quando nos encontramos na sala do chat. Ele estava pau da vida comigo e foi dizendo que eu o usei, mas o convenci do quanto eu tinha adorado e que havia sido tudo MA-RA-VI-LHO-SO! E o mais importante, disse: “Eu quero repetir! Preciso...Tudinho, do mesmo jeito! Ou melhor prometo fazer diferente, sei que vc vai gostar...!”

E então ele me disse: “Vm fazer tudo ficar + excitante e louco...! Vamos agora...!”

Era loucura sair aquela hora da madrugada, já passava bem da meia-noite e... não dava! Eu estava menstruada!

Mas ele respondeu: “Por mim sem problemas, até gosto...Vai vamos...- Por favor, vc ñ falou que queria...?”

Combinamos então no mesmo local!! E fui logo avisando: “MALUCO – Eu topo! – mas tá vazando muito!!!!

Saí da sala virtual achando que estava totalmente pirada! Marcar um encontro àquela hora e toda encharcada daquele jeito? Tinha mesmo louco pra tudo nesse mundo... Mas eu estava tão desesperada para ve-lo novamente que não pensei em mais nada. Me aprontei e em meia hora estava chegando no local combinado.

Eu queria sentir tudo de novo. Precisava ficar cravada na lembrança dele como uma mulher linda na imaginação e de uma transa inesquecível.

Afinal, o que de fato faz diferença entre uma e outra transa são os detalhes, o clima e as atitudes, e nisso ele já havia se tornado inesquecível pra mim!

Fiz tudo igual. O ritual foi idêntico, com tapa-olhos e tudo!

Quando ele sentiu o volume do o absorvente deixei claro que desta vez ele não levaria minha calcinha. Ele retrucou que havia trazido a outra, pra poder ser reabastecida, pois já tinha perdido o cheiro...

No motel nossa transa foi novamente maravilhosa, cheia de volúpia, mesclada de ternura e selvageria.

A certa altura, depois de satisfeito, extasiados, juntinhos, colados ainda um no outro e trocando carinhos, ele me disse o quanto a venda incomodava, que era desconfortável e que gostaria imensamente de tirar.

Enternecida com o pedido e cheia de ternura, apaguei todas as luzes, para que ele pudesse tirar o tapa-olhos. Não dava para ver nada, ou quase nada, o quarto estava um breu, mas ele poderia ficar mais confortável. Não houve argumentação.

Fiquei sentindo as sensações que tivemos em cada beijo, em cada lambida, em cada gota de suor que escorreu pelo meu corpo... Eu havia me esvaído em sangue também... estava tudo lambuzado, lençol, travesseiro, pernas, peito... era sangue pra todo lado, já era muito tarde e eu precisava ir embora.

Começamos a conversar, e o medo foi invadindo meu ser... Ele me falou que estava ficando muito acostumado comigo. Que era bom poder ter o corpo assim colado, que adorava estar comigo e que eu tinha medo de ficar viciado, de começar a sentir falta e se apaixonar.

Então pus pra fora todos os meus desejos de estar com ele, que me sentia livre e íntima o suficiente para querer dormir com ele, mas isto era apenas um sonho muito gostoso, que talvez um dia virasse realidade... mas que por enquanto tudo deveria ficar assim...

Eram quase cinco horas da manhã. É impressionante como em certos momentos o tempo voa. Saí do banho com a toalha sobre a cabeça, como que enxugando o cabelo. Ele pediu para eu dar uma desfiladinha, umas voltinhas pra ele apreciar e foi elogiando cada pedacinho do meu corpo... Senti-me duplamente realizada! Gozos deliciosos, uma gata gostooooosa na cama e fora dela! Minha vingança estava completa!

Comecei a rir e disse pra ele ir logo tomar banho, e que não se esquecesse de levar o tapa-olhos. E ele saiu batendo os pés, contrariado com o meu comentário.

Encerramos falando que a noite foi muitooooo gostosa e etc., mas que tudo deveria permanecer daquela forma, que eu o procuraria e que sabia como acha-lo! Eu havia gostado sim! Muuuuuuiiiitttoooo!!! Havia sido a transa dos deuses! Mas eu sabia, em meu íntimo, que não haveria repeteco! Mas não deixei isso transparecer em momento algum.

Esperei ele descer, tirar a venda e estampar um beijo no vidro do Audi. Arranquei e me perdi em pensamentos...

Sabia que iria ficar pensando nele por um bom tempo, curtindo cada lembrança, mas o fetiche havia sido realizado por completo! Não havia chance para outra vez!

Ele foi inesquecível!

Não haveria outro igual!

Mas eu não podia me apaixonar novamente e sofrer como sofri... Eu não queria mais vendas, nem nenhum entrave ou bloqueio emocional por falta de beleza ou sedução. Eu estava vingada! E estar com Hike mais uma vez seria quase equivalente a um sim no altar... as emoções entre a gente eram muito fortes! Eu mesma quase não resisti a tentação de arrancar-lhe a máscara para ver os olhos dele em vários momentos...

Eu ia ter que me distrair com outras coisas pra esquece-lo.

O mais importante de tudo, nessa estória é que: eu havia gostado da experiência! Adorado, pra dizer bem a verdade!

Sorri marotamente pra mim mesma e pensei:

Serial Lover!

Agora era hora de me dedicar ao planejamento do próximo fetiche... Quem sabe algemas? Planejar a próxima vítima e o próximo ataque de... An@Lee?? Não... O codinome surgiria em alguma música...

Beij@Flor?

Talvez...

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Comentários

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Legal essa brincadeira de vocês, sua versão ficou maravilhosa.

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Olhando por essa ótica vc tem razão, ao ler o título "a vingança.." não dá para prever o desenrolar da estória. O importante é que ficou perfeito.

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Que bom que você gostou da minha versão do seu conto, abdusido. MaBella, eu também pensei nesse título, mas daí iria tirar todo suspense do texto e a graça do final. Obrigada a todos pelos comentários e avaliação.

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Parabéns, sua versão é tão excitante e bem escrita quanto a dele. Só vou dar um "pitaco" rsrs, o título "serial lover" cairia como uma luva.

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Fantástica! Gostei!!!

Estou iniciando minha carreira de escritor de contos eróticos!

Acesse meu blog www.clube-de-casais.blogspot.com.br e avalie!

abraços

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Syll, excelente, ficou maravilhoso, captou perfeitamente o clima... é isso ai! Valeu...Bjs

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