2a feira! Oito da manhã. O céu estava num azul glamuroso e o frescor da manhã anunciava uma semana deliciosa. Ela o imaginou na estrada, a caminho do trabalho... Num terno lindo! Gatíssimo! Inadvertidamente e por mais que o bom senso dissesse que não, correu o risco e ligou pra ele. Ouvir o "Bom Dia!", a voz sussurrada no ouvido logo cedo, abria não só o dia, mas a semana de modo triunfal!
Não demorou e marcaram um encontro no supermercado.
Ela tirou os óculos e o olhou de perto, por uma fração de segundos, antes que as bocas brindassem o encontro. Dizem que os olhos são as janelas da alma... então ele pôde se deparar com a alma dela toda nua na frente dele... deixou que ele a visse como era... aquilo que escondia e que lhe é mais íntimo... Os desejos insanos! Ali, estampado em seus olhos, todo um sentimento por ele. Sorriu com a reciprocidade calorosa que encontrou nos olhos dele. O carinho suplantava qualquer emoção.
E ela estava sedenta de carinho, amor, paixão, tesão!Entre sorrisos e sussurros provocantes, ele se dedicou à aquisição de alguns ingredientes especiais. Era um dia especial e que merecia um menu à altura.
Ela não prestou atenção na compra, só tinha olhos pra ele, para o sorriso dele, as mãos dele, os lábios dele...rs... fascinada com sua presença.
Ele estava decidido a seduzi-la!
Trocaram algumas palavras e o interesse era mútuo... Conversaram amenidades sobre as compras, os preços e até as propagandas que haviam nas gôndolas de promoção.
O papo foi animado e eles perceberam uma química envolvente entre eles.
Ele a convidou para almoçar, mas ela precisava levar a filha para fazer um trabalho escolar na casa de uma amiga.
O encontro ficou pra logo mais, na casa dela.
Ela havia se organizado para fazer uns cup-cakes de lanche.
...
Ele tocou a campainha, mas ela estava com as mãos cheias de farinha, açúcar e canela, então, gritou que ele entrasse e a encontrasse no espaço gourmet.
Abraçou-a por trás, na altura da cintura. Ela estava de regata e com os cabelos presos. Era irresistível olhar para aqueles pelinhos que insistiam em nascer formando um caminho gracioso da nuca pelas costas abaixo.
Inebriada pelo cheiro dele, ela sorriu com aquela invasão em seu local de trabalho tão surpreendente.
Ele ignorou os pedidos dela para que ele parasse com os beijos no pescoço e a deixasse trabalhar, e continuou com a seqüência de beijos na nuca que seguiam para ombros e o pouco das costas que apareciam naquele pequeno decote.
Enquanto seus lábios roçavam devagar as orelhas dela, ele aproveitava a proximidade para lhe sussurrar frases cheias de elogios culinários e sensuais, entre risos maliciosos, lambidas sedutoras e olhares de desejo. Dizia por exemplo, como ela ficava saborosa cheia de farinha e açúcar... e como ele ficava excitado em vê-la de avental, imaginando que poderia ser “somente” o avental... e também do quanto ele desejava experimenta-la naquela mesa... e de tantas outras loucuras que ele tinha em mente, mas que muitas vezes se sentiu inibido em propor por medo de receber uma recusa, ou por medo da timidez... À princípio ela ria, arrepiava-se toda diante dos sussurros dele, sentia-se encabulada com as declarações que passou a ouvir... Com as mãos cheias de massa, o rosto com marcas de farinha, cheia de tigelas e ingredientes à sua frente, ela se sentia de mãos atadas, imobilizada e sem poder fazer nada.
Ele sentia que tinha ela toda para si! Só para si!
É bem verdade que ela estranhou aquela cena arrebatadora, mas seu íntimo lhe dizia que era muito mais agradável do que irritante, e por isso, deixou que ele seguisse seu curso.
Ainda por trás dela, ele lhe levantou a blusa e sentiu aqueles peitos tão redondos encaixarem-se em suas palmas... Os mamilos, durinhos de prazer, mostravam que o caminho estava certo. Levantou a blusa nas costas e a encheu de beijos...
Ela fez menção em lavar as mãos, mas ele não deixou. Queria-a daquele jeito: rainha em seu território e queria ser marcado com as “tintas” daquela aquarela que era só dela.
Virou-a de frente, sem blusa, encostando seu peito ao dela, ainda de camisa. Segurou-lhe o queixo, para se aprofundar num beijo. Beijou-a sofregamente sentindo que dentro de si, tudo se agitava e projetava. Sentia que seu coração batia desesperadamente junto com o dela. Propôs-lhe um pic-nic no jardim, para algum dia desses, para que pudessem aproveitar a sós, tantas coisas que ela sabia preparar tão bem para a hora do lanchinho... Isso a acalmou e a distraiu do fato de estar sem blusa ali na cozinha.
Mas eis que ele não havia desistido de seu intuito.
Pediu a ela que lhe arrancasse a camisa, literalmente!
Preocupada em sujar, ela disse que precisava de passar uma água nas mãos, mas novamente, ele disse com firmeza que a queria assim!
Delicada, ela começou por abrir os botões da camisa... mas ele, certo de seus desejos, agarrou os pulsos dela com firmeza (mas sem violência!) e num movimento brusco, auxiliou-a a estourar todos os botões daquela camisa, para expor seu peito malhado de academia... Afinal, mais valia um desejo realizado do que um cuidado extremado!... E os botões? Ora, botões poderiam ser repregados!...
Então pediu a ela que lhe fizesse um elogio ao seu peito. Ela disse que não sabia como fazer ou o que falar, e se sentiu novamente um pouco intimidada e quis parar com tudo. Ele, carinhosamente, a acalmou num abraço e, sem recuar, disse que era simples e que era só dizer, por exemplo: (e disse qual a frase exata que queria ouvir da boca dela com respeito ao peito).
Deu-lhe tempo para que respirasse e tomasse coragem. Ela nunca havia se visto em situação semelhante. Tantas vezes ela havia cobrado de si mesma uma outra postura, um outro jeito, que já não sabia se conseguiria. Mas naquele dia, tudo estava sensivelmente diferente. Ele estava tão paciente e tão carinhoso... Ajudando-a e mostrando o caminho a seguir.
Ele aguardou por mais um tempo, deixando-se levar com beijos pela face dela... Pegou as mãos dela e deslizou as palmas por seu próprio peito, observando o quando os pelos a deixavam excitada. Ele sabia que a encontraria molhada e tão ansiosa quanto ele já estava.
Ele segurou a cabeça dela entre as mãos e a levou aos mamilos, pedindo que ela o beijasse da mesma forma que havia feito com ela... E enquanto ela fazia isso, meio sem graça e sem jeito, ele deixou que a imaginação tomasse conta, e pediu que nessa hora ela falasse... Ela balbuciou as palavras, meio constrangida por falar, mas ele se deixou levar pelo efeito que isso representava nele, a realização de um desejo há tanto tempo acalentado... e também pelas conseqüências que isso teria no relacionamento de cada um deles.
Liberdade de expressão.
Era só isso que precisavam!
Ele a incentivou a falar mais e a fazer mais, dizendo o quanto isso o excitava e o deixava ainda mais louco e apaixonado por ela. Ele não iria criticá-la por sua atitude. Tudo o que ele queria era ajuda-la a superar as barreiras que a mantinham sempre tão recatada.
Guiou a cabeça dela para baixo, pedindo que ela descobrisse outras formas de prazer com os lábios, ao seguir os pelos do caminho para suas áreas mais sensíveis.
Ajudou-a com o zíper e os botões, baixando a calça e lhe mostrando seu corpo excitado de prazer e fez o mesmo com os jeans dela.
Não resistiu e lhe envolveu com os braços, tocando o corpo dela com o seu... Estavam tão excitados que não pensaram em mais nada. Ele deitou-a na mesa, espalhando tudo o que havia ali. Nada os preocupava nessa hora, só o prazer de se ter um ao outro.
Acariciou-a com delicadeza e sentiu o quanto tudo aquilo havia proporcionado.
Foi impossível esperar mais.
Entregaram-se mutuamente num amor de prazer sem igual.