O namorado de minha amiga (parte 15)

Um conto erótico de RenanSonhador
Categoria: Homossexual
Contém 4020 palavras
Data: 27/05/2012 19:37:50

Pronto galerinha, mais uma parte pra vocês *----*

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Não sei por quanto tempo dormimos, mas ao acordamos nos amamos novamente, ele me fez delirar quando eu estive dentro dele também. Fomos para a ducha onde nos amamos mais uma vez e em seguida ficamos acabados dentro da banheira calados até que ele rompeu o silencio dizendo “Eu quero isso todo dia.” sorriu, olhou para mim, me deu um beijo e completou

“Eu quero casar com você, eu quero morar na mesma casa, dormir na mesma cama, dividir o mesmo banheiro e senti o seu cheiro misturado com o meu, To pouco ligando para o que quer que seja, mas eu acho que não vou mais saber dormir se você não estiver comigo.” Eu o beijei e disse eu te amo.

Eu gosto de ouvir você me dizer que me ama, é tão raro, mas é sempre tão verdadeiro.” Ele me respondeu. Saímos do banho e fomos comer, Marcello havia preparado um pedido de uma macarronada deliciosa. “Para dar energia tem muita coisa ainda.” ele disse e sorriu. Já era tarde quando ele ligou para os meus pais e disse que não se preocupassem que dormiríamos na casa do Guto. Isso foi uma grande mentira.

Passamos a noite no motel e nos amamos durante a madrugada e quando não mais tínhamos força alguma, quando nossa carne tremia de cansaço, nos entregamos ao sono profundo.

Na manhã do domingo fui acordado com um beijo de Marcello que queria saber o que eu ia comer no café da manhã. Ele olhou pra mim com uma casa safada e disse “Vamos lá para casa assistir filmes?” e soltou um sorriso deliciosamente malicioso.

Como discordar de tal pedido. Almoçamos na rua e já em sua casa averiguamos que seus pais haviam saí¬do realmente e tão logo tivemos certeza nossos corpos se buscaram e novamente nos entregamos.

Nos amamos duas, três vezes nem sei. Entre banhos na ducha e beijos na cama me perdi de mim nos braços do meu Marcello. Quando já era noite pensei melhor pedir para ele me trazer em casa. Ele relutou um pouco, mas cedeu.

Liguei para meus pais e dessa vez eles é que haviam saído. Ouvi um “Que chato seus pais não estarem lá não é?” Carregado de ironia e malícia. Quando chegamos ao elevador do meu prédio, Marcello travou novamente o elevador e nos agarremos dentro dele, toda aquela sensação de perigo me excitava muito agora.

“Vamos terminar isso lá no seu quarto.” disse ele já todo suado.

No dia seguinte...

Dentro de casa olhei a casa toda para saber se realmente estávamos sós, mas a empregada estava eu a dispensei e quando a vimos da varanda Marcello mm agarrou e me trouxe para meu quarto onde nos amamos em minha cama, exatamente como imaginava que seria quando eu ainda só o desejava e duvidava que um dia acontecesse.

Depois tomamos um banho e achei melhor ele voltar para casa.

Depois disso ele me telefonou e passamos mais vinte minutos ao telefone. Ele estava, em suas própria palavras, “arrasado” mas queria conversar mais, perguntou se não queria dormir na casa dele disse que não e que ele deveria descansar.

Nos despedimos e desliguei. Estava pleno de contentamento, mas pensei na Lu e achei que era hora de aproveitar e conversar com ela, sei lá o que, mas tinha que falar com ela.

Eu tive receio de que ela poderia confirmar a gravidez, mas pela primeira vez na vida em seguida me senti como que nem ligando para o que quer fosse. Não podia guardar mais a aflição da Lu tampouco esconder de Marcello algo que poderia dizer respeito a ele de forma tal.

Tomei coragem e liguei para a Lu que atendeu com tristeza na voz “Que bom que lembrou que eu existo hein rapaz?” Disse ela da forma ácida que lhe é habitual.

A confirmação de Luiza.

“Você não me pareceu querer falar com ninguém, dai não telefonei.” respondi. Ela me explicou que eu tinha certa razão e que ultimamente tinha estado meio triste. Isso não é bom saber.

Lu tem um histórico meio depressivo, e afinal de contas somos amigos, não deixo de me importar com ela. Ao perguntar a razão do que a incomodava realmente ela me explicou que havia feito os exames no hospital e deu negativo para gravidez, mas o médico desconfiou de mioma e pediu outros exames que confirmaram isso.

Não sabia bem o que dizer, pois tudo que diz respeito a doenças, quando relacionado a nós nos fragiliza sobremaneira. “Bem, eu acho que isso não deve ser de tratamento complicado.” eu disse a ela que me respondeu que era sim, mas senti que ainda havia mais, algo mais a incomodava. Daí ela desabafou um pouco comigo como antes, como quando ela ainda não namorava Marcello.

Ela não disse de forma direta, mas me deixou claro que não sentia que gostava de Marcello como antes e que não sabia como dizer a ele. Recebi isso com alegria que prontamente disfarcei no peito.

Saber que ela não estava grávida e que não gostava mais de Marcello me encheu o coração de esperança e me senti menos traidor. Senti um agradecimento pela Lu travestido de carinho e compaixão. “Você não está¡ roubando nada de ninguém” eu dizia para mim mesmo. Desligamos e ficamos de nos nesta na segunda mais tarde.

Revelação.

Dormi, mas fui acordado no meio da madrugada por Marcello. “Eu queria que você estivesse aqui comigo agora, Cláudio, acho que meu corpo está acostumado ao seu.” ouvi dele do outro lado da linha.

Agora todas as vezes que ouço a voz de Marcello em certo tom, baixo e meio rouco eu fico excitado. Conversamos um pouco e ele me disse que nunca esteve com alguém como eu e que não deveríamos perder isso por nada.

Disse que queria almoçar comigo hoje, mas que não poderia daí marcamos de nos vermos por volta das 19h, hoje não vou a facul. Era 6h30min quando ele me acordou hoje para me desejar um bom dia e dizer que me amava muito.

""Nunca fui acostumado com isso, mas acho que o medo de perder todo esse carinho que recebo de Marcello foi embora, quero aproveitar cada momento e me entregar a cada deliciosa irresponsabilidade, viver isso tudo e nem me preocupar com o amanhã.

Passa nuvem negra larga o dia, e vá se leva o mal que me arrasou pra que não faça sofrer mais ninguém. Esse amor que raro e é preciso pra nos levantar me derrubou, não sabe parar de crescer e doer...""

Não é assim que a Gal canta naquela música do Djavam? Mas agora não tenho do que reclamar, só me prostar em gratidão.

Meu Deus, eu acho que realmente estou outro. Estou pouco ligando pra tudo e nem ainda me estranho assim, mas não quero mais voltar a ser como antes. Bom de agora em diante, não sei como as coisas vão ser, tampouco acho que deva me preocupar. Marcello fez de mim outro homem.

Duas semanas depois...

Uma vida não compartilhada não pode ser sentida em sua total intensidade... quando li isso, certa feita, não entendi. Ainda não conhecia vocês.

Poder dizer o que se passa por dentro quando o sofrimento encontra o peito é bem mais que simples alívio é, antes, receber do outro amor para além do que se pode medir e foi isso que recebi de cada um de vocês.

Agradeço a cada um que comigo compartiu minha aflição e que ora, do que ocorre comigo deseja saber. Digo que o sofrimento é aliviado, partido em dois quando se pode ter amigo que contigo comungue a dor.

Amigos, sim, amigos vocês são, pois jamais havia confidenciado tais sentimentos mesmo que incógnito pelo anonimato. Neste lugar, encontrei amor, compreensão e a paz que procurei por muito tempo.

Foi nos seus ombros que minha dor entreguei e mesmo sem conhecer os rostos enxerguei sorrisos de compaixão. Não me pretendo mais que um simples homem e como tal, tenho receios muitos, e bem sei que sou fraco e assim sendo, sozinho nada consigo.

É justo reconhecer a parcela de cada um de vocês em minha felicidade. Não sei se o que se passa comigo agora possa suscitar interesse relevante que mereça ser relatado, mas mando assim mesmo notícias de mim para o mundo de lá.

Ao lado de Marcello minha vida perece ter encontrado o norte, todos os gostos são mais tenros, os sons mais eufônicos, o calor do sol mais agradável. Tudo está bom.

Nós é q agrademos novamente Claudio, por seu relato e palavras bondosas...

Lírios.

Outro dia quando saíamos de uma festa já com o sol inundando a rua paramos para tomar um café numa padaria e aquele pão com manteiga jamais pareceu ter sabor tão bom. Por certo tempo fiquei parado observando Marcello e eu pelo reflexo do espelho e percebi que isso é felicidade

Ela tem se manifestado diante de mim nas coisas mais simples seja quando meu corpo se estira pela manhã quando ao lado dele desperto, seja quando nos braços dele abafo um suspiro de contentamento e minha alma descansa ao encontrá-lo depois de uma aula, ou ainda nas preces que digo em segredo a Deus quando nos despedimos, eu da minha varanda, ele sobre sua moto além da calçada.

Nessas ocasiões peço ao criador que ele não caia, que perigo algum o encontre, que chegue bem e que rápido me telefone de volta ao chegar à casa. Vejo a felicidade nos seus sorrisos de lírios e na sua forma acentuada de pronunciar a letra erre como bom e rapaz do interior de São Paulo que é e que se orgulha das origens simples.

Fazemos planos de viver juntos ele e eu. Não sei como articular isso, Não sei qual será a reação dos meus pais. Confesso que temo não estar pronto, mas sinto que é o que mais desejo. Quero ver minhas roupas misturadas às deles na gaveta e nossas escovas de dente no mesmo copo, sentir seu cheiro nos lençóis o gosto de café no seu beijo pela manhã.

Esse passo em minha vida trás consigo sentimentos e expectativas que a mim são novos, afinal namoramos faz pouco tempo embora tenhamos a certeza que queremos muito isso tudo.

Deixar a segurança da casa dos meus pais é algo que parece grande demais para mim, mas talvez o tempo de eu escrever minha própria história haja chegado, talvez essa seja a oportunidade que nem eu sabia, mas em segredo esperava.

Dúvidas.

Quero isso sim, estar junto dele sempre, dormir a acordar ao seu lado. Estou na expectativa desse novo trabalho, mas a ansiedade torna cada segundo hora completa.

Acho que me sentirei mais forte e talvez guarde menos receios se empregado estiver. Neste mês, meu pai pagou a mensalidade da facul, embora ele nada diga sei que pesa no orçamento e não quero causar isso.

Esse é um fato que me provoca desconforto. Há algumas vagas para estágio, fui a algumas entrevistas, mas tão somente promessas e elogios é o que tenho, por enquanto.

Faço trabalhos, digito algumas coisas, mas a soma desses valores é a quinta parte do que preciso para pagar a facul, fora o fato que me absorvem por um tempo que atrapalha as outras atividades. Mas procuro de nada reclamar, Deus tem sido bom comigo; tenho amigos como vocês, recebo atenção de Marcello e posso dizer que começo a construir algo de verdade ao lado dele.

Fui questionado quanto a Lu e o que faria com relação a ela, se contaria ou não. Não dei responder ao certo, não quero fazê-la sofrer embora saiba que ela nada mais deseja ter com Marcello. Não sei como ela reagirá, somos amigos e em seu lugar, fragilizada como ela se encontra, não sei o que pensaria.

Dúvidas II.

Sobre esse tema. Marcello e eu discordamos num fato, eu penso em contar a ela sobre nós dois, ele necessidade alguma parece ver, mas ainda não fechou questão, concordamos em meditar a cerca disso e nos prometemos não deixar isso afetar nossa relação.

Mas mesmo diante desses nós que precisam ser desatados seguimos bem e isso, volto a afirmar, em boa medida devo a força, a gentileza, a paciência e o amor que recebi de cada um aqui quer seja pelos posts dos sérios aos mais divertidos quer seja, pelos e-mails que me nutrem de coragem para prosseguir.

Se vocês pudessem ver essa comunidade como eu tenho visto, medindo pelo que tenho dela recebido, veriam a quantidade de almas de coração imenso há nela. Cada um com as marcas das dores de viver, mas cada um abrigando em si uma luz tão valiosa que nem dá pra medir.

O frio da sala de espera me pareceu quebrar os ossos e voltei para o quarto onde Marcello dormia. Havia saído para apanhar um café e ver se conseguia não dormir, pois o cansaço já me tomava quase por completo.

A febre havia baixado e, segundo seu médico, ele receberia alta na manhã seguinte. Marcello é muito animado, ultimamente estávamos saindo quase todos os dias e ele insistia em não curar direito aquele resfriado que havia tempos vinha e voltava. O resultado disso foi uma pneumonia séria que o obrigou a fazer uma parada abrupta e deixar de lado não só o trabalho, mas a faculdade nesses últimos dias.

Desculpem haver sumido, amigos, mas tive que me afastar um pouco, pois não podia deixá-lo, apesar de seus pais se revezarem ao lado dele no hospital, senti que o certo a fazer era estar aí perto dele daí ter me oferecido.

Então nós três (seu pai, sua mãe e eu) estivemos em vigília ao lado dele que ficou bem debilitado. Ele chegou a perder quatro quilos. Mas nem a doença fez algumas práticas mudarem, tenho conhecido algumas peculiaridades da personalidade de Marcello.

Além de carinhoso e gentil, ele tem um lado muito lascivo, sim ele é bem safadinho e eu não desconfiava disso. “Com um enfermeiro desse eu não vou nem dormir” ele dizia quando estávamos a sós. Mais de uma vez ele, mesmo com febre quis fazer amor durante a madrugada.

Foi difícil fazê-lo ficar quieto e procurara não pensar nisso mesmo com febre alta (rssss.), mas agora está tudo bem. Desde quinta-feira passada, pela manhã, ele está em casa de repouso e devo passar essa noite com ele.

Família

Por ele ter tido tuberculose faz alguns anos, contraída de uma babá que havia escondido que estava doente, todo cuidado é pouco com aquele homem que parece um gigante, mas que tem nos seus pulmões seu “calcanhar de Aquiles”.

Pensei que seria mais difícil encontrar uma desculpa para estar tão próximo dele nestes dias, mas meus pais me surpreenderam ao dizer que quando temos um bom amigo, um amigo especial, devemos ajudar no que pudermos nas horas difíceis.

Não pensei ainda em substância, mas começo a imaginar que talvez eles saibam e que estejamos diante de um acordo mudo onde eles não perguntam e fingem que nada vêem e que de meu lado nada digo e procuro ser discreto. Não sei bem sobre isso, contudo, assim tenho pensado.

Com relação aos pais de Marcello a coisa é bem parecida com a diferença que parecem não ligar para esse aspecto da vida de seu filho. Estive com ele por esses dias e tenho visto como que é a coisa certa a se fazer optar estar ao lado dele.

Sabem de uma coisa? Eu me sinto como se houvesse cruzado um abismo por uma ponte muito frágil e que agora que estou desse lado, ao lado de Marcello, sinto que essa ponte se desfez e não há em mim lamento tampouco vontade de voltar atrás.

Ontem, enquanto conversávamos, ele me disse que queria que ficássemos juntos e queria que sua vida fosse vivida dentro da minha. Às vezes fico sem saber como reagir quando ouço essas coisas dele.

Ver seus olhos as abrirem pela manhã, a forma como seu sorriso brota fácil quando estamos juntos e o jeito como ele treme quando eu o abraço são coisas que me fazem crer que é certo estarmos unidos agora.

Na facu tudo está bem; a vaga junto ao Cássio terá que esperar até julho, e isso me deixou um pouco angustiado, preciso voltar a trabalhar logo e o que tenho encontrado são estágios que pagam pouco.

Desabafei com o Guto sobre isso e, foi muito bom, eu estava quase chorando, mas o Gutão me deu um daqueles abraços que só ele sabe dar e me disse que tudo ia dar certo. E que não esquentasse e que se o caso fosse ele dava um jeito de me emprestar o dinheiro e que quando a coisa melhorasse podia começar a pagar.

Não quero ter que fazer uso desse recurso, mas é bom saber com posso contar com isso. Marcello também me ofereceu, inclusive todos os dias ele toca nesse assunto, mas acho que não é apropriado, não sei... sinto que talvez não seja o certo, não, sei.

Luiza ligou perguntando como Marcello estava. Exitei por alguns segundos, me senti como se houvesse roubado algo de alguém e um extremo desconforto se adonou de mim por meio minuto, mas respondi que ele havia contraído pneumonia mas que havia melhorado e que já estava em casa, completei, meio sem jeito, que seria bom se ela o visse e não acreditei que havia dito isso. “Acho melhor não por enquanto, ainda estou muito abatida e não seria boa visita. Mas ele está bem?” respondeu ela da forma que lhe é peculiar.

Encontro com ex-namorado

Em meu íntimo, confesso que fiquei secretamente contente por saber do seu pouco interesse em rever Marcello e respondi que ele estava bem. Permaneci ao seu lado por mais uns vinte minutos até que ela agradeceu pela visita e disse que precisava de uma ducha e que não dormia havia horas e eu percebi que era momento de ir.

Nos despedimos e mais uma vez em seus olhos eu vi sincera gratidão mesmo que escondida atrás daquela aparência dura que ela cultiva. Deixei sua casa com a sensação de haver feito a coisa certa, afinal ele ainda é minha amiga e não posso apagar esse fato.

Lu é muito querida para mim e compartilhamos momentos bons juntos, ela sempre foi uma amiga presente embora sempre sob influência da Lua.

Tomei o ônibus para voltar a casa e por uma infeliz razão que desconheço me deparo com um ex-namorado; fingi que não o vi, mas foi em vão.

Depois de uns 10 min ele veio se sentar ao meu lado nos fundos do ônibus. “Tudo bom, Cláudio?” Tive vontade de não responder, mas ignorar quem quer seja é constrangedor para quem ignora também. “Tubo bom” respondi de forma seca continuei olhando para frente.

“E aí como vão as coisas?” ele perguntou, ao que respondi que muito bem. “Namorando muito?” Isso e pergunta que se faça para ex-namorado? Respondi que isso não dizia respeito a ele e agradeceria se ele não me dirigisse a palavra.

Encontro com ex-namorado II

“Nossa, você não era assim, o que aconteceu com aquele seu jeitinho doce de falar com as pessoas?” Ouvi daquele cara que me arrependo haver conhecido. “Esse Jeitinho doce eu guardo para quem importa e você não faz parte desse grupo, agora se você não se importa chegou meu ponto; acho que você deve se lembrar não?” disse a ele que se levantou comigo e fez menção de descer também.

“Como é que eu esqueceria?” Ele me perguntou com a cara mais cínica e cafageste do mundo. Dei sinal e desci, Carlos veio atrás de mim e me segurou pelo braço dizendo que precisávamos ter uma conversa e que havia coisas que ele precisava me dizer.

Se você continuar me segurando pelo braço não vai haver conversa alguma e mesmo se soltar não haverá e disse a ele que soltou meu braço e perguntou se eu ainda estava magoado com ele.

Carlos foi meu segundo namorado, nos conhecemos pela Internet e ele até parecia uma pessoa legal, longe de ser perfeito, fumava, bebia em excesso e escondeu o fato de que era casado e que tinha uma filha de três anos. Ora, não quero ser preconceituoso, sei que relações assim existem, não sou inocente, não condeno, tampouco sou a pessoa mais certa do mundo, mas não queria fazer parte disso.

Quando nos conhecemos disse a ele que procurava alguém que estivesse livre e que estava buscando algo sério. No começo do nosso curto relacionamento as coisas foram boas, mas na terceira semana tudo veio a baixo quando ele desmarcou um compromisso alegando estar com dor de cabeça. Naquela tarde de sábado resolvi ir ao cinema assim mesmo só que em outro shopping.

Passado

Não há como dizer da minha surpresa e desilusão quando vi o cara com quem eu havia me deitado e começava a gostar realmente, na frente da bilheteria, usando aliança na mão esquerda ao lado de uma moça e segurando uma garotinha no colo.

O inusitado daquele fato demorou minuto e meio dentro da minha cabeça para fazer sentido. Senti nojo de mim mesmo; o que eu era para ele senão um passa-tempo? Havia dito que não queria aquele tipo de relação, sei que nessas ligações sobra dor para todos os lados e isso não desejava para mim.

Não pude dar um passo de tão assustado que fiquei e isso não ajudou muito porque quando ele se voltou para entrar no cinema, após comprar os ingressos foi meu o meu rosto transtornado a primeira coisa que ele viu.

Por um breve momento li na sua expressão que ele ficou sem chão também. Mas ele fingiu que não me conhecia e passou por mim. Isso só fez doer mais. Depois disso não mais atendi seus telefonemas e pedi que ele não me procurasse para que não terminássemos por falar coisas ruins um para o outro e que a coisa acabasse por ali e que havia sido um engano.

Isso me feriu realmente. Então não havia nós, antes, ele, sua filha e sua esposa, felizes, eu era tão somente sua fraqueza materializada.

“Por favor não me siga, não me procure e finja que não me conhece como você fez naquele dia na bilheteria do cinema, por favor, eu estou bem e espero que você também esteja” eu disse a ele que insistia em querer me explicar o que não tinha explicação.

Desvencilhei-me dele e segui meu caminho. Sei que há casais que negociam a fidelidade e têm outro conceito a cerca dessa questão, sei qual a diferença entre paixão, amor, atração e tesão.

Entendo que a moral é relativa e que ética é discutível. Sei que há pessoas que convivem sem maiores questionamentos com uma vida assim, mas eu já tenho complicações demais para querer me envolver com alguém dessa forma.

Eu havia aberto meu coração, terminara um relacionamento poucos meses antes e estava fragilizado, disse que pretendia não enganar tampouco ser enganado e mesmo diante disso, recebi falsidade em contrapartida esse encontro me amofinou pelo dia inteiro. Talvez de forma subconsciente senti isso no início da relação com Marcello, mas isso passou, dessa vez vejo que não havia uma relação forte e que na realidade não representei fator desagregador entre eles que, agora percebo, de uma forma tácita, já haviam rompido.

Cheguei à casa e ninguém encontrei, meus pais estavam fora, talvez em algum trabalho da igreja, não sei ao certo. Tomei uma ducha e ao sair atendi ao telefone, era Marcello que havia acordado a pouco.

“Quando é que o meu coelhinho vai voltar hein?” Sua voz me aqueceu o coração e respondi que ia comer alguma coisa e que não ia demorar. “Estou morrendo de saudade e acho que a febre voltou e se você não voltar nos próximos minutos acho que ela vai atingir os 50 graus” Disse ele num sorriso que me fez entender que ele estava exagerando.

Disse a ele que retornaria logo e que só ia mudar de roupa. Nos despedimos e desligamos.

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Comentários

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Esse cachorra~o `e muito fofo, teu conto ta lindo.

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Kara, sei lá; até me faltam palavras para descrever o que sinto com teu conto!!! A estrutura, o enredo, a composição, a forma que vc relata todos os sentimento e as conquistas junto ao Cachorrao (hot-dog ... kkkk) até mesmo uma coisa que nao curto muito em contos , mas passei a curti com vc, a forma quaze diario de relatar as coisa, nossa amei mesmo. Só tenho uns pedidos a te fazer: posta mais rapido (heheheh), é angustiante esperar ; vc relata com tantos detalhes o seu amor com ele, isso mata meu coraçào(no bom sentido) mas, por favor, na hora de contar sobre a parte mais hot da historia, deixa o teu outro eu( o safadinho) escrever, acho que ele apimentaria mais a imagem mental que eu tenho da historia (kkkkk); não acho que estejas fazendo algo errado com tua amiga, simplismente aconteceu, então, aproveita este presente kara, não seja como eu, recluso, sem motivacao e sem uma gota de coragem (nunca fiquei com ninguem "do nosso gosto"se é que me entende). Mas acho que se encontrasse alguem como o toto ae, sei lá, acho que das duas uma, ou me entregava de corpo e de alma, ou morreria... heheheh.

Então, acho que falei d+++. Desculpa se tiver muitos erros de pt, mas ainda nao acostumei com o teclado do celular e tenho pouco tempo pra comentar; mas cara, meu coração fica feliz quando vejo o amor verdadeiro de vc`s e como vc`s estão aprendendo a se entegar a este amor; (queria ter um assim, kkkk) Gay enrustido é o fim, o cara chato(eu viu) heheheh. Obrigado mesmo pelo conto, li todos em dois dias, nào consegui parar, kkkk Vlw

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por favor não demora tanto tempo pra postar. Tenho muito medo desta hitoria não ter conclusão como alguns contos aki do site, mas ta otimo assim. nota 10

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kraca mto fofo to apaixonado por esse conto coelinho

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A cada conto eu amo mais essa história. Linda e perfeita *-*

bjss...

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essa historia e perfeita coelhinho esse casal é muito fofo to adorando

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Tocaste em um assunto que me causa indignação,eu não entendo esses homens que mantêm uma relação com duas pessoas,é muito disleal com os que confiam nele,e eu acho que ninguém é realmente feliz vivendo desse jeito.Mas voltando ao que interessa o teu conto ta cada vez melhor

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