Meu nome é Izabella e eu sou nova nesse “lance”de escrever contos,mas a algum tempo que venho acompanhando algumas historias,e o desejo de compartilhar a minha com vocês foi crescendo.
Tenho 18 anos,sou morena,cabelo preto,liso e longo,olhos verdes,tenho 1,65m,nem gorda,nem magra.
Estou no primeiro período do curso de Psicologia,e minha historia começa justamente na faculdade.
Sempre fui na minha,nunca gostei desse papo de sair ficando com um monte,e pra namorar sou difícil,tenho muito medo de me entregar e me machucar,como vejo acontecendo com minhas amigas,mas tudo o que eu considerava importante,todos os meus conceitos,todas as minhas reservas,bom,isso mudou quando eu conheci ELE!
Ele é o tipo certo de garoto errado,o cara que nem nos meus piores pesadelos eu me veria envolvida,ou pior amando,o tipo de cara que pai nenhum desejaria como genro.
Uma pequena descrição dele:Branquinho,alto(não faço idéia da altura,talvez 1,90m),25 anos,cursava Ed.Fisica,olhos negros como a noite,forte,musculoso,aquele cara que malha o ano todo pra fazer bonito no verão,pra pegar as”minas”,necessito falar que possui um tanquinho,de dar água na boca?!
Era do tipo que não aceitava “não”como resposta,acho que por ele nunca ouvir não,cá entre nos quem diria não a esse Deus Grego??!
Pegava as meninas,e saia espalhando o que fez,como fez,e as que ele não pegava,espalhava mesmo assim,ou seja,um perfeito de um babaca.
Meu “primeiro contato”com ele foi na hora do intervalo.
Eu estava na cantina conversando com umas amigas,rindo muito e sem querer bati de frente em alguém que estava com um copo de suco na mão,não me sujei,mas o coitado estava ensopado.
Ao invés de ajuda-lo eu comecei a rir,não que a cena fosse engraçada,é que fiquei muito envergonhada e como “escape”estava rindo.
Ele me olha sério e fala:
-Porra,você é cega ou o que??!
E eu só rindo.
Ai ele:
-Ah já sei,é retardada,né???!Garota estúpida,idiota.
Foi ai que eu parei de rir,e me irritei,tudo bem que eu derramei o suco nele,mas não foi intencional,não precisava daquele show todo.
Eu falei,na verdade gritei:
-O retardado aqui é você,que só por causa de um suco derramado está tratando uma dama desse jeito,eu faço questão de pagar outro suco para você,e se ainda assim achar ruim,te dou o dinheiro para comprar outra camisa.
Parece que todos na cantina pararam de comer,conversar,estudar para prestar atenção no pequeno espetáculo,talvez querendo saber que atitude ele tomaria em relação ao meu “topete” de falar daquele jeito com ele.
Ele parecendo um pouco envergonhado,e surpreso por eu ter falado tudo aquilo disse:
-Desculpa,não deveria ter dito aquelas coisas,mas tenta entender,você me deixou ensopado.
-Ok,me desculpa por ter derramado o suco em você,e somente pedirei desculpa por isso,por que não retiro uma virgula do que te disse.Tá aqui o dinheiro do suco,e se você achar pouco,me diga o valor da sua camisa.
-Que isso,não é preciso,somente o suco está bem.Obrigado e desculpa.
Sai da cantina,e fui sozinha ao banheiro,ao entrar lá fiquei me olhando no espelho e tentando entender,por que eu o deixei me afetar daquela forma,nunca em minha vida tinha levantado a voz pra alguém,e nunca gostei de ser o centro das atenções.
Voltei pra aula,mas fiquei relembrando a cena,não a grosseria dele,mas sim o momento que ele ficou tímido,talvez ele não fosse tão idiota assim.Perai,qual é Izabella,o cara te chamou de retardada na frente de um monte de gente,como ele não é tão idiota??!
A aula acabou,mas não consegui me concentrar,em nenhuma palavra da professora.
Desci as escadas,e já estava saindo pelo estacionamento quando ouço:Ei,menina.Não dei idéia.
Ouvi mais uma vez,só que dessa vez mais perto de mim:Oh menina que jogou suco em mim.
Ao ouvir isso,eu automaticamente parei e me virei,nisso ele já estava quase colado em mim,tomei um susto,dei um passo para trás e disse:
-Meu nome não é “Ei menina”e muito menos “Menina que jogou suco em mim”.
Ai ele:
-Desculpa,é que eu não sei seu nome,então...
Talvez ele espera-se que após disser isso,eu disse-se meu nome,porém só fiquei olhando para ele,então ele disse:
-Meu nome é Guilherme.
Continuei sem disser nada.
-Então a maioria das pessoas dissem: ”Prazer Guilherme,meu nome é...”.
Finalmente digo:
-Não sou como a maioria das pessoas.O que você quer comigo?É o dinheiro da camisa.
Pergunto já procurando a carteira.
Ele fica sério e diz:
-Já falei que não quero merda de dinheiro nenhum,só queria me desculpar mais uma vez pela forma como te tratei.
-Ok,tchau!!
-Você ta indo pra casa??
-Não é da sua conta,não acha??!
-Nossa,estressada você,adoro uma nervosinha...Disse isso e me olhou de forma safada.
-O que você disse??
-Nada demais,então você aceitaria uma carona,como pedido de desculpa??!
-Não costumo entrar em carro de estranhos.
-Você já sabe meu nome,e aonde eu estudo!Não sou estranho.
-Se eu aceitar,você jura que será só essa vez,e não falara mais comigo??!
Ele sorriu e disse:Juro.
Eu o acompanhei até o carro,não que tivesse acredito na promessa,mas por que...quer saber?!Nem eu sei por que.
Ele abriu a porta pra mim(Quer enganar quem??),e foi logo para o seu lado do motorista.
Entrou no carro,colocou o sinto e disse:
-E ai,não vai me disser seu nome??
-Meu nome é Izabella.
-Hum,prazer Bella.
-Meu nome é I-Z-A-B-E-L-L-A,não Bella.
-Nossa,como uma pessoa quer ser psicóloga se é tão estressada??!
-Eu não sou estre...perai,como você sabe que curso eu faço?
Ele deu de ombros e disse:
-Se eu não te encontra-se mais hoje,amanhã iria te procurar pra pedir desculpas,então quando vi uma das meninas que estavam com você perguntei que curso você fazia,e que sala ficava.
Somente disse:
-Ok.
Fomos o caminho todo conversando,e a cada palavra ele ia me despertando uma coisa que jamais tinha sentido.Eu fui vendo que ele era diferente(isso,ou ele era um ótimo ator).Num breve momento de silencio,comecei a me perguntar,como seria o beijo dele,o abraço..opa,volta pra realidade Izabella,ele só quer que você pense que ele é tudo isso,mas na verdade é um cachorro.
Chegamos finalmente em minha casa,ele saiu do carro e abriu a porta para eu sair.
-Obrigado Guilherme,pela carona,gostei de conhecer você,e vou fazer uma coisa que não costumo fazer.
Ele me olhou com um certo brilho no olhar,já pensando em mil coisas que eu poderia fazer e disse:
-O que?
Tomei coragem e...
-Eu vou...Me desculpar e retirar tudo o que disse a você na cantina,não deveria ter dito nada daquilo nem ter grito com você.
Ele deu um sorriso,meio sem graça,por ter pensado em outro tipo de coisa que não costumo fazer.
-Não precisa se desculpar,fiquei surpreso pela sua reação.
-Como assim?
-Lá na cantina,o que você me disse,ninguém nunca me disse algo nem próximo daqui,mas sei lá,acho que mereci aquele “tapa na cara”,para aprender a tratar melhor as pessoas.
Não acreditei no que tinha ouvido,me deu uma certa alegria,mas quis logo me livrar dele.
-Então ta Guilherme,a gente se vê,ta??
-Com certeza,se não for na facul,vai ser aqui,já que agora sei aonde você mora.
Ele disse isso e deu uma piscadinha,e logo entrou no carro e se foi.
E eu entrei em casa,almocei,tomei meu banho e me deitei na cama,pensando na conversa que tivemos durante o caminho,naquela piscadinha e inevitavelmente naquele corpo,naquele sorriso.
Logo peguei no sono...
Continua!
Bom gente,o texto ficou um pouco grande,mas ta ai,e se vocês gostaram,comentem,se não também comentem e digam o que precisa ser melhorado.
Dependo dos comentários de vocês pra saber se devo continuar,ou parar de fez com a “carreira de autora de contos”! ^^
Beijão para vocês.