Olá. Estou começando aqui uma parte da minha história que a poucos tive a oportunidade de contar. Entretanto entrego a você caro leitor o julgamento da mais bela história de amor que já existiu!
Chamo-me Alexander, sou de uma família que descende da Rússia. Como fui criado perto dos meus avôs que tinham todos os hábitos e falavam russo em casa acabei por compartilhar os mesmos costumes. Nisso entra o meu melhor amigo de toda a terra, Bernard. Sou bem alto tenho 1,89 de altura rosto e traços finos, cabelo preto e olhos azuis. Bernard meu Best tem 1,65 e sempre foi o menor de todos nós. Eu praticamente o defendia de tudo desde que tínhamos 5 anos de idade e nos conhecemos na casa dos meus avôs. A família dele era muito amiga da nossa desde sempre e Bernard viveu em outro estado até seu pai vir trabalhar aqui no Paraná. Deixe-me terminar a descrição de Bernard, apesar de pequeno ele sempre foi o mais desenvolvido. Tinha mais massa muscular, com treze anos já tinha pelos no peito e nas pernas. Aquilo me causava inveja porque eu também queria acompanhá-lo em tudo o que fazia. Mas não o podia fazer. Bernard era o mais inteligente, loirinho por inteiro e olhos bem castanhos que apesar de pequenos e meio puxados eu conhecia muito bem a cada expressão. Ele sempre se deu melhor com as garotas e era ele sempre que me trazia pra perto dos grupos que nós freqüentávamos. Dormíamos desde sempre um na casa do outro tínhamos total intimidade, e por sermos filhos únicos nossas famílias eram praticamente as mesmas.
- Lex chega ae cara.
- Fala Ber.
- Seguinte, meus pais querem me mandar pra Rússia no ano que vem cara.
- Poxa que loco velho. Mas eu queria que fôssemos juntos!
- Lex nem posso esperar tanto cara, você quer ir depois que terminar o colégio e ainda faltam dois anos pra gente acabar. Desculpa cara mas vamo ter que arrumar outra oportunidade.
- Tudo bem, me fala então pretende fazer o que lá sem mim?
- Relaxa Lê, que lá nem vai faltar mina pra eu pegar KKK.
- Falou então Fodão.
- É zueira meu amor, cá vem!
Bernard veio com uma dessas nossas brincadeiras rotineiras de agarrar abraçar, mas foi diferente naquela hora. Senti um aperto muito forte no meu peito. Nunca nos meus 16 anos de vida eu tive tanto medo de perder algo. Era como se nunca mais fosse tê-lo de volta. Aquilo me incomodou muito. Mesmo Bernard sendo tão pequeno e eu ali tão grande era como se ele fosse maior que tudo. Nunca havia pensado em como aquilo era importante para mim. Ter o Ber sempre que precisasse, era rotina ser Ber e eu, eu e Ber. Aquilo havia me aborrecido muito. Por um ano inteiro eu não teria meu melhor amigo, meu irmão, a única coisa que podia julgar minha. Meu? O Ber poderia ser meu? O que foi isso? O que? Soltei-me rápido dos braços do Bernard. E simplesmente abri a porta e corri. Passei pela sala e nem percebi quem lá estava. Precisava ficar só um pouco. Ber entendia isso e se manteve distante por uns instantes. Talvez eu tivesse um segredo, mas um segredo muito profundo que fizesse parte da minha alma. Que havia sido despertado simplesmente numa tarde. Sem hora nem aviso. Sim era difícil admitir mas a minha amizade pelo Ber estava se transformando. Fiquei ali embaixo do pinheiro frondoso que tem na rua de casa. Cruzei as pernas e afundei minha cabeça entre elas. Não queria nada nem ninguém. Só queria me livrar daquele peso, daquele medo de não ter o Bernard por perto. De ser só eu contra o mundo. De entrar na sala de aula e não ter motivos pra olhar pra trás. Isso era mais uma vez loucura, afinal, Ber era meu melhor amigo. Aquilo era mais uma dessas coisas de irmãos, né?
Conclui esse raciocínio levantando-me rapidamente. Queria esquecer aquilo pelo menos por enquanto. Mas não podia. Me esforcei cruzei a rua e voltei para dentro de casa. Estava congelando lá fora e eu já estava meio gripado. Faz realmente frio na cidade em que moramos. Subi em silêncio as escadas, parei em frente a porta do meu quarto. Vi Bernar em pé segurando um porta-retrato com a nossa foto mais especial...
- Sério Lex nunca te vi tão bêbado. HAUSHAUS.
- Você não viu nada ainda Ber.
- Realmente você me surpreendeu em Lex! Nunca esperei te ver nesse estado, você que sempre criticou nosso jeito de curtir a vida. – disse Luíza nossa vizinha.
- Me deixa. Eu quero curtir. Me dá essa porra de narguilé Ber!
- Moe drusvia, vai com calma meu amigo.
Nisso eu o abracei com muita força e começamos a rir com a cena. Daqui a pouco eu o peguei no colo porque não era a coisa mais difícil de se fazer. E todos começamos a rir e causar muito. Daqui a pouco Luíza e os meu outros amigos começam a nos acompanhar e logo todos em roda começamos a pular e o Bernar ainda no meu colo.
Cheguei próximo ao seu ouvido e suspirei:
- Bernar, nunca vou te deixar.Você sabe disso, mas você não sabe porque.
- Porque Lex?
- Porque eu te amo e você foi a coisa mais linda que aconteceu comigo.
Como estávamos muito bêbados ele virou e beijou meu rosto. De repente perdi o equilíbrio com ele no colo e fomos parar no chão. Tivemos uma crise de riso e um de nossos amigos tirou a tão famosa foto. Estávamos abraçados e rindo no chão.
Voltando das lembranças que vieram à mente, eu estava na porta e pude ouvir do Bernar:
- Lex, se você soubesse o quanto você é importante e que eu nuca vou te abandonar, e sabe por que? –disse ele sorrindo.
-Porque eu também te amo meu amigo.
Primeira Parte.
Como escritor amador, quero agradecer a todos vocês por lerem e comentarem! Espero poder continuar com base em seu julgamento caro leitor. Próxima parte chegando em breve!