O Inverno estava chegando ao fim e meu coração estava quente. Neil era realmente alguém que me completava e que me fazia ver o mundo de outra forma; não diria que ele fosse o homem da minha vida porque ainda sou jovem... mas por enquanto era muito para mim. Era tudo. Ele era meu mundo.
As semanas passaram e tudo continuava óptimo, meus amigos estavam bem e eu também. Irene e Filipe estavam cada vez mais apaixonados, assim como Carlota e Daniel. E a Primavera já ansiava entrar em nossas vidas.
PRIMAVERA
- Agora que estou acabando a faculdade e você quase entrando... Tenho que começar a pensar em minha vida. - falou Neil.
Estava almoçando no shopping com Neil. E realmente a questão era pertinente... Será que ele teria que se afastar?
- Verdade... Eu queria entrar para a faculdade da cidade vizinha, é das melhores. Mas você tem que arranjar um emprego também, não é?
- Sim, tenho mesmo. E também queria ir para o mesmo lugar que você, para a gente estar juntinho. - falou, se aproximando e rindo.
- Não faça isso que a gente não se vai beijar aqui...
- A gente tem que começar a pensar em se assumir mesmo, Diogo. Há pessoal sabendo, mas temos que ultrapassar essa fase e nos assumirmos para o mundo. Não que tenhamos que andar dizendo que somos um casal, mas pelo menos comportarmo-nos como tal...
- É, você tem razão... Mas quando eu for para a faculdade será melhor. - falei, tentando desviar o assunto.
- Há uma empresa lá, bem pertinho da faculdade onde você quer entrar, que está recrutando pessoal para o departamento de design, minha área...
- Ei, que bom! Tenta! Eu nem sei se vou entrar nessa faculdade... Mas a gente depois vê.
- Sim, não nos podemos preocupar já... Venha ao banheiro comigo.
Chegamos ao banheiro, que estava vazio. Neil me puxa consigo para um reservado, tranca e diz bem baixinho:
- Estou com um tesão desgraçado.
Eu ri e o beijei. Passei minha mão por seu pau e tirei a calça. Me abaixei e comecei o movimento de vai-vem com minha boca e Neil suspirava. Passei minha língua pela cabeça e Neil chegou a dar um gemido mais alto, pelo que paramos. Depois me levantei, o beijei novamente e ele me virou. Abaixou minhas calças e cuecas e começou me lambendo o cuzinho... Como fui ao céu! Em seguida começou metendo seu pau dentro de mim, e eu mordia os lábios para não gemer alto. Começou bombando e ao fim de uns minutos gozou. Nos vestimos e o beijei intensamente.
Saímos do reservado e vimos que estava lá um guri com um ar não muito amigável. Merda, tínhamos que sair do reservado naquele momento!
- Ei viadinhos, transando no wc público? - falou ele, se aproximando de mim. - Deu a bunda muleque? - e passou a mão por minha bunda.
O empurrei e dei um soco nele, e levei um de volta. Naqueles segundos Neil não teve tempo de interferir, mas a seguir ao soco que eu levei ele deu uma porrada no guri! E ainda bem. Saímos apressadamente do shopping, porque tínhamos deixado o rapaz em mau estado. Entramos no carro e parámos para nos acalmar.
- Nunca me aconteceu isso. Me desculpa, Diogo. - falou Neil, me abraçando.
- Ei, deixa pra lá. Aconteceu. Te amo. - o beijei, acalmando-o.
Chegamos em casa e Neil ainda estava preocupado. Quem ama é assim!
Bom, o tempo foi passando e ultrapassamos isso. Quando dei por mim já estava esperando a entrada para a faculdade. Será que tinha entrado?
Certo dia chegou uma carta em minha casa, e era a carta. Sim, a carta que ditaria meu futuro. A abri, junto com minha família. Li em voz alta e adivinha... ENTREI! Chorei até de alegria e me abracei a minha família. Carlota e Daniel tinham entrado na mesma faculdade, só que na nossa cidade e em cursos diferentes. Irene tinha conseguido entrar em Londres, e Filipe iria com ela. Filipe tinha entrado na mesma faculdade que eu, mas ia abrir mão para ficar com Irene. O amor é mesmo lindo.
Liguei para Neil.
- Tenho notícias... - falei, tentando parecer desanimado.
- Eu também! - falou, com uma voz cheia de alegria. - Mas espera aí, porque você está assim, meio desanimado?
- É que...
- Não conseguiu entrar na faculdade que queria?
- Estou de brincadeira, entrei! Estou tão feliz, Neil!
- Cafageste, e tu me assusta assim? Olha, mas a gente vai se separar então...
- Ah não, Neil... - falei, já com as lágrimas nos olhos.
- É, eu não vou para a mesma cidade que você... Vou ficar bem longe mesmo!
- Puta que pariu... Tem que haver sempre algo que foda tudo. Merda! - falei, já chorando.
- Calma, muleque! Ahahahah entrei sim! Vamos viver juntos!
- Filho da puta! Seu merdas! Ai não me prega outro susto assim!
Corri para a casa de Neil e mal lá cheguei ele já me estava esperando. Nos abraçamos e demos um longo beijo, já dentro de sua casa. Estava tão feliz. Passamos a tarde fazendo planos e claro... fazendo amor!
Chegou o dia de ir para a outra cidade. Minha mãe já chorava e meu pai também, enquanto que minha irmã se ria das figuras deles. Iria com Neil para lá. Já tinha ido conhecer a cidade e onde iria ficar com meus pais e eles aprovaram, então não precisaram de me levar mais uma vez. Me despedi também já chorando.
- Ai, como é bom, Neil. Como é bom ficar com você. Vão ser três anos maravilhosos.
- E cheios de amor, meu lindo.
Chegamos no apê onde iríamos ficar. Tinha um quarto, uma casa de banho, cozinha, sala de estar, uma boa varanda... Tudo o que nós precisávamos. A casa já estava decorada porque meu pai, o pai de Neil e o próprio Neil andaram preparando a casa para que pudéssemos descansar bem naquela primeira agitada semana de vida académica e profissional. Foi só mesmo colocar as roupas nos sítios certos, os alimentos que nossas mães no tinham dado (quanta quantidade!) e abrir as janelas. Nos deitamos na cama.
- E estamos juntos, finalmente. - falou Neil.
O beijei.
- Ao fim de tudo isso... Começar a viver consigo é o melhor mesmo.
- Youth knows no pain, mas você conheceu.
- Youth knows love. E o conheci com você... Neil.
Ele me beijou e me abraçou. E claro, nossas roupas iam saindo quase que automaticamente. Fizemos amor sempre nos beijando, com o suor passeando por nossos corpos. Nos deitamos ao fim do sexo e fomos tomar banho juntos.
Dali em frente seria o início das nossas vidas. E eu amava isso.
Estamos nessa cidade há 4 anos. Neil continua trabalhando e eu também, num jornal. Não recebo muito, mas Neil já tem um salário agradável e a vida aqui não é cara. Nesse momento Neil está preparando um café. Espero passar muito tempo com ele, nessa cidade.
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FIM! Eis que finalmente essa série chega ao fim. Desculpem a demora para postar, mas estava sem vontade. Eu sei que eu tenho uma obrigação ao começar uma série - dar continuidade e acaba-la, mas não tinha motivação. Obrigado por tudo mesmo, gente. Vos amo.