PAULA: O que foi?
GISELA: Não foi nada.
PAULA: Como nada? Gritou a toa ... Olha o seu braço.
GISELA: Eu estou ótima, não precisa se preocupar.
PAULA: É impossivel, eu sempre me preocupo com você.
Em tom irônico, prossegui.
GISELA: Agora você imagina um pouco do que estou sentindo? Se preocupar demais com uma pessoa que não está nem ai para você.
PAULA: Se é sobre mim que está insinuando coisas, fale diretamente só estamos nós duas aqui.
GISELA: Há tempos atrás ficarmos só era maravilhoso agora é um peso para você né?
PAULA: Eu não falei nada disso Gisela, está vendo como você distorce as coisas. Eu não aguento mais isso.
GISELA: Vá embora então, corre, vá superar suas frustrações na cocaína, é a melhor saída né.
PAULA: Você não tem o direito de me julgar Gisela, você não passou pelas coisas que eu passei, você não sentiu o que senti nesses anos todos, por isso não tem o direito de se meter na minha vida.
GISELA: É aí que você se engana Ana Paula, porque eu sempre estive com você, em todas as horas, em todas as lágrimas e eu nunca te pedi nada em troca por isso, caramba Paula eu só não queria passar por tudo isso de novo, você não pensou em mim em momento algum.
Deixei a cozinha aos prantos, chegando ao quarto encontrei consolo em minha cama em meio aos ursos e travesseiros. Chorei como nenhuma outrora, chorei por vários motivos, por várias pessoas e por coisas que hoje em dia me fazem sorrir.
De repente a Paula entrou no quarto também chorando, porém silenciosamente.
PAULA: Me desculpa, mas você não tem a razão absoluta, eu tive os meus motivos para voltar a cheirar.
Ainda imóvel eu apenas ouvia sua respiração ofegante e os soluços entre as palavras.
PAULA: Eu me vi sozinha, eu não podia contar com ninguém e dep ...
GISELA: Sozinha? - interrompendo - Quando eu te deixei sozinha?
PAULA: Eu estava sofrendo por você caramba, não podia desabafar contigo - me olhando sinicamente e com um leve sorriso - você queria que viesse chorar por sua causa no seu colinho é?
Fitei-a por alguns minutos enquanto permanecíamos em absoluto silencio, até que resolvi continuar.
GISELA: Isso já está ficando chato ... E .. Eu .. Estou cansada de brigas.
PAULA: Então não brigue - com a cara mais safada do mundo, ela levemente se aproximou de minha cama, alisou minhas costas e sentou-se ao meu lado - me ame!
Franzi a testa. Ela moveu os cabelos que estavam em meu rosto e me olhou nos olhos. Nada se ouvia naquele quarto a meia luz, nem ao menos as nossas respirações, as mesmas haviam parado. Mesmo com a pouca iluminação algo me prendia àqueles olhos que se faziam bem marcantes e brilhantes direcionados a mim. Um arrepio frio percorreu minhas costas junto as mãos de Paula que a percorria. Estávamos excitadas, e o cheiro de sexo predominava naquele lugar, eu suava frio.
PAULA: Me ama?
Silenciei, apenas fitava aquela garotinha frágil, vulnerável e molequinha me olhando com olhos pedintes e me dizendo com uma voz de carencia.
GISELA: O que aconteceu com a gente ein?
PAULA: Pois é né, éramos amigas, como se fossemos irmãs e de repente ...
Interrompi-a com um beijo quente, cheio de desejos, desejos contidos no meu mais profundo íntimo, desejos que até aquele instante eu não sabia que poderia nutrir por alguém do mesmo sexo. Matematicamente foi um beijo longo, mas para mim ainda era pouco, poderia ficar a beijá-la por dias e dias sem fim. Eu estava prestes a perdê-la se não fizesse o melhor de mim, eu a amava e sabia disso, mas não era o suficiente, eu precisava demonstrar lhe esse amor.
Sem desgrudar nossos lábios, me ajeitei ajoelhada na cama e prendi em meus braços minha pequenina mulher, que era só minha, que é só minha. Intensifiquei nossos beijos, estavámos ofegantes, nossas respirações rasgavam o silencio e nos arrepiava por tal intensidade, seus beijos me eram bem quistos e saboreados, mas meu corpo estava sedento de amor.
Paula ajeitou-se na cama ao meu lado e me olhou com um olhar que duvidava que eu iria adiante e compreensivo se eu decidisse parar. Surpreendendo-a fiquei em pé, mas logo me sentei sobre suas pernas, ficando com o pé direito no chão, beijamos-nos ainda poucas vezes, meu objetivo principal eram aqueles seios, não mais pequenos por conta do silicone, porém Lindos e durinhos, com aureolas rosadas como as de um bebê, ela sempre foi o meu bebê. Abocanhei seus seios como se pudessem fugir de minha boca, sugava-os e então entendi a paixão que o Bruno tinha pelo meus seios - seios são maravilhosos =D - apertava-lhe as costas, marcando-a com minhas unhas, ela me olhava ternamente alisando minha face. Admirava aquela mulher, apesar dos pesares ela sempre foi Forte e Batalhadora. Aquilo nos parecia um sonho, escorriam lágrimas de pura Felicidade de meus olhos, por isso apertávamos, amassávamos na esperança de acordar se tudo aquilo fosse um sonho, mas graças a Deus não era, estávamos mesmo entregues aquele momento tão prazeroso de nossas vidas. E não podíamos nem acreditar.
CONTINUA!