A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 03X18 - "REENCONTRO ATÉ QUE ENFIM"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 2213 palavras
Data: 18/05/2012 13:20:12

GENTE A TEMPORADA ESTÁ CHEGANDO AO FIM. QUERO AGRADECER A TODOS PELOS EMAILS E MENSAGENS DE CARINHOS. SENTI SAUDADES DE ALGUMAS PESSOAS QUE ANTES POSTAVAM, MAS QUERO AGRADECER TAMBÉM AOS NOVOS LEITORES, O INCENTIVO É MUITO IMPORTANTE. OBRIGADO.

- Phelip... Phelip acorda! – disse Duarte.

- O que foi amor? – perguntou Phelip.

- Eu não vou nem dizer nada sobre esse amor.... mas eu vim aqui para dizer que a água baixou mais... o carro já passa... vamos. – disse Duarte com um misto de alegria e medo.

- Sério?! – ele disse se levantando e colocando a camisa.

Quanto mais eles entravam na cidade, mais ficavam com medo de saber o que acontecerá com a sua família. O exercito estava em toda parte, pois, protegia as casas abandonadas de invasores ou saqueadores.

- Para onde você está aindo? – perguntou Duarte.

- Lembra o que falaram? A parte das empresas não foram afetadas. – disse Phelip.

Paula e a mãe de Duarte colocavam roupas para secar em um varal improvisado no estacionamento da fabrica. Quando ouviram os gritos de seus filhos.

- Mamãe!! – gritou Duarte chorando.

- Meu filhinho!!! – ela disse gritando.

- Phelip? – questionou Paula. – Phelip!!!! – ela disse gritando e chorando em direção ao seu filho.

- Mãe?! – ele disse sendo abraçado por Paula.

- Eu te amo!!! – ela disse beijando o garoto. – Você não sabe como o meu coração estava apertado. – ela disse chorando.

- Eu também mãe. Eu pensava muito na senhora! – ele disse.

- Meu filho! O que aconteceu com o seu braço? – perguntou

- O seu filho é um herói. – disse Fernanda. – Ele salvou a minha vida.

- Não foi nada demais! – disse Duarte sem graça.

- Nada demais? Ele se jogou dentro da correnteza para salvar a minha vida.

- Sim é verdade... ele falou rindo.

- Vamos entrar! O seu pai precisa te ver meu lindo. – disse Paula praticamente sufocando o seu filho.

- Mãe!! Devagar. – ele falou.

Rodolfo Soares estava perdido em seus pensamentos e ouviu o riso do filho. “Nunca mais te verei... outro filho que se foi.” – ele pensou.

- Pai? – disse Phelip.

- Ohh meu filho... eu escuto até a sua voz... quero te pedir perdão sobre os anos que eu passei te negando... eu te amo! – ele disse com a mão no rosto.

- Pai... eu estou aqui. – ele disse chorando.

- Phelip!! – ele disse se levantando e abraçando o filho mais novo.

- Eu te amo! E não tenho motivos para te perdoar...

- Meu Deus!! Obrigado Senhor. – ele disse.

- Pai... eu estou bem... estamos bem agora. – disse Phelip.

- Precisamos encontrar os teus irmãos... eu quero ver a minha família junta agora. – ele disse.

- E onde eles estão? – perguntou Phelip.

- No hospital... vamos! – disse Rodolfo sem perder tempo.

Antes de saírem todos para o hospital, Rodolfo deixou uma ordem para os seus funcionários que naquele noite seria apenas para celebrar.

Ao chegar no hospital, os funcionários estavam lavando a lama do primeiro andar. Paula e Rodolfo foram conversar com Carlos sobre a morte de Ronald e Dr. Emanuel. Pedro estava sentado no corredor do hospital no segundo andar, chorando. Quando ele vê uma sombra se aproximar, não consegue distinguir quem é devido a clareado do sol e vê que é seu irmão ele levanta.

- E ai? Encontrou o Paulo? – ele perguntou chorando.

- O que?! – perguntou Phelip.

- Vai ficar aparecendo para mim agora também? Já está sendo difícil sem te ver... por favor, vai embora. – disse Pedro sentando.

- Eu jamais te deixaria... você é meu irmão mais velhor. – ele disse se aproximando e limpando as lágrimas de Pedro.

Pedro tocou na mão de Phelip e se tocou que aquilo era uma mão de verdade e deu um grito de alegria e abraçou o irmão. Pedro não achava que riria novamente, mas estava feliz apesar de tudo. Ele praticamente ergueu Phelip que chorava também, pois, pensava que também não teria mais esses momentos com o irmão mais velho.

- Festinha sem mim? – perguntou Priscila, correndo e abraçando os irmãos.

- Agora sim! – disse Rodolfo. – Era isso que eu precisava ver... para ter certeza que a minha família estaria junta novamente.

- Estamos bem amor... estamos bem. – disse Paula segurando o choro.

Aquele momento para a família Soares foi momento de união e ternura, mas naquele momentos outras pessoas não tinham as mesmas expectativas. Os dias que seguiram foram de adaptação e limpeza da cidade. Agentes da prefeitura limparam todas as ruas atingidas e as pessoas aos poucos iam voltando para as suas casas. Alguns perderam tudo, outros tiveram apenas perdas emocionais, o que é muito forte.

O cemitério da cidade também estava passando por uma pequena reforma e os corpos estavam sendo preparados no IML para o enterro. A cidade passou por dias de luto. A maioria se considerava sortudo por conseguir sobreviver, as escolas fizeram muitas homenagens aos desaparecidos e mortos naquele dia.

O engraçado é que a vida continuava a mesma, mas algo faltava dentro de cada um daqueles que viveram o horror do desastre.

- Você está bem? – perguntou Jean para Vinicius.

- Sim. – ele disse disfarçando, mas era possível ver suas mãos tremendo.

- Não... não está nada bem. – disse Jean sentando de frente ao Vinicius segurando a mão dele.

- Eu... eu... não sou muito de ter amigos... e... aquelas pessoas que eu gostava estão... mortos... – ele disse chorando. – Você deve estar me achando um idiota.

Não houve reação. Apenas um beijo... longo e demorado. Vinicius não podia acreditar naquilo. Em sua cabeça mil coisas se passaram. Jean abriu seus olhos e passou toda a sua coragem para Vinicius.

- Eu disse que você não está só...

- ohh... hummm... uau! – ele disse.

- Eu estou gostando de você... naquele dia em que você estava dormindo eu passei quase uma hora te olhando e pensando em como a pessoa que tem você é sortuda.

- Mas... eu... não.. não tenho ninguém. – ele disse nervoso.

- Olha... eu sei que assusta, mas eu queria ter você. – ele disse.

- Mas você é do exercito.... pode dar algum tipo de problema... eu...

- As pessoas que devem saber da minha preferência sexual... já sabem... não tenho, porque, ter medo das pessoas. – ele disse sério.

- Eu entendo... – disse Vinicius o beijando.

- É tão gostoso. – ele disse.

- Não... espera... nós não podemos! Eu digo... – disse ele sendo beijado por Jean.

Aquele beijo era o inicio de uma linda história. Que teria os seus percalços, um caminho não tão simples de se seguir.

Pedro teve outro motivo para sorrir, Mauricio foi pegar seus pais e o seu filho. Como a parte administrativa do hospital estava uma verdadeira bagunça ele resolveu ficar. Ele estava um pouco sensível e ia para o banheiro chorar em algumas situações. Ele tinha no Doutor Emanuel um pai e em Ronald um irmão. A dor da perda estava em todos os lugares em que ia.

- Amiga! – disse Pedro para a Emilly que estava chorando na sala.

- Desculpa Pedro... eu sei que temos muito trabalho. – ela disse limpando as lágrimas.

- Calma. Tudo bem... eu também estou um pouco assim... me sentindo culpado em estar vivo, mas existem pessoas que dependem de nós. – ele disse se mantendo forte.

- Eu sei... por isso que eu ainda não enloqueci... o chefe da capital ligou. Eles vão mandar uma junta médica para a cidade.

- Que bom... estamos precisando de algum suprimento... quando a internet voltar vou fazer uma solicitação por email. – ele disse sentando.

Duas batidas na porta... Pedro levanta e abre, ele não vê ninguém e fecha a porta. Novamente outra batida... e ao olhar para baixo os olhos dele encheram de lágrimas.

- Meu filho! – ele gritou abraçando Paulinho.

- Aii – disse o menino assustado.

- Papai te ama!! Te ama muito!! – ele disse beijando a criança.

- Calma pai!! – ele falou rindo.

- Eu posso receber um abraço também? – perguntou Mauricio encostado na porta.

- Abraços e beijos! – disse Pedro.

- Vem cá amor. – disse Emilly segurando Paulinho no colo.

- Obrigado... obrigado. – disse Pedro olhando para Mauricio.

- Eu já disse... eu que tenho que te agradecer. – falou Mauricio.

- Te amo.

- Eu também... Bem garotão... já viu o papai Pedro... agora temos que ir para a casa da vovó.

- Eu quero sorvete. – disse Paulinho.

- Vamos comprar no caminho. – falou Mauricio.

- Ebaaa! – gritou o menino.

- Eita campeão! Calma. Papai te vê em casa. – falou Pedro se despedindo.

O relacionamento de Priscila com as pessoas estava melhorando, apesar de ela ainda estar com uma personalidade... digamos... distinta. Ela e Vinicius começaram a se entender e a se tornarem amigos.

- Eu beijei o Tenente Jean!

- Cala a boca! – disse ela. – Quando?

- A alguns minutos atrás... ele é muito delicioso.

- Safadinho... mas e qual é a dele? – perguntou Priscila.

- Eu não sei... pelo que parece é algo sério, mas ele é do exército. O lar dos machistas e homofóbicos... o que eu faço?

- Em primeiro lugar não generaliza... e pelo amor de Deus não faz essa cara assustada que eu fico com medo parece o incrível hulk com diarreia...

- Priscila!! – protestou.

- Calma... amigo você não tem nada a perder... é charmoso, colocando a roupa certa até atraente e encalhado... aproveita que o Deus Grego te quer. – ela disse pegando um prontuário.

- Será?! Vou tentar né?

- Pega essas fichas... são dos leitos de cima.

- Priscila e como vai ficar a organização do hospital? – questionou.

- Estão vindo uns médicos aqui para delegar funções para todos. Uma vez que a administração está totalmente destruída, perdemos arquivos e a equipe foi reduzida... mas temos que seguir... sei que é difícil, mas as pessoas precisam de nós. – ela disse com a voz rouca.

- Sim... eles precisam... vamos lá? – ele disse.

Duarte e sua mãe tiveram que ficar hospedados na casa dos Soares. E a convivência entre ele e Phelip não estava sendo nada fácil. Eles tiveram que trabalhar juntos durante a limpeza da casa.

- Olha... eu sei que eu errei, mas eu aprendi a minha lição... eu amo você. – disse Phelip.

- Não é assim... o que estava em jogo era muito mais... eu não confio em você. – disse Duarte varrendo.

- Então vai ser assim? – ele perguntou.

- Já está sendo... eu sinto muito, não posso voltar atrás.

Sim o vacilo de Phelip foi grande demais para a relação deles. O coração de Duarte estava doendo, mas decido a manter a decisão. Do outro lada do cidade o relacionamento de Luciana e Carlos não poderia estar melhor.

- Eu te amo tanto loirinha. – ele disse rindo.

- Eu te amo meu negão. – falou Luciana.

- Eu acho que está na hora. – ele falou.

- Na hora? – perguntou Luciana.

- Nós passamos por um inferno nas ultimas semanas. Sofri muito pensando o pior e tive tempo para refletir. Eu quero que você seja a minha mulher...

- Mulher?! – perguntou Luciana emocionada.

- Sim... quero te amar e cuidar de você até estamos velhos.

- Eu... eu aceito. – ela disse.

No escritório do hospital Pedro, Emily e alguns funcionários passam horas organizando um cronograma para apresentação durante a visita da junta médica na cidade. Eles estavam cansados física e psicologicamente.

- Gente por hoje chega... amanhã temos o enterro do Dr. Emanuel e do Ronald... vai ser um dia bastante difícil. – disse Pedro quando o seu celular tocou.

- Eu já vou... conversamos amanhã. – disse Emily.

- Alô?! – disse Pedro.

- PJJPSJDJPJSJSJDPSJDPSJDJASSJDJPSJNDOKNJDO – disse Luciana gritando e chorando.

- Calma Luciana pelo amor de Deus... o que aconteceu? – perguntou Pedro preocupado.

- JOIOJMDNENOCNENJPPKSDKSD – ela falou chorando.

- Eu não to entendo nada... pelo amor de Deus para de Chorar!

- O CARLOS ME PEDIU EM... EM... CASAMENTO!! SJPSJJDKKOCOKP!!! – ela gritou.

- Que bom!! Finalmente uma noticia boa nisso tudo! – disse Pedro aliviado com a noticia.

- Vem aqui em casa!!! E trás a Priscila!!! – ela disse chorando.

Aparentemente a vida estava voltando ao curso natural. As pessoas estavam começando a se curar... mas havia também aqueles que não se conformavam com a perna e a cada dia o sofrimento se tornava um espinho que se encaixava em seu peito e demoraria para sair.

- Senhor... peço agora em nome dos meus filhos que continuam desaparecidos... me de força para enfrentar isso... eu quero forças Deus. – disse Dora de joelhos no chão e orando.

- Dora? – perguntou Mauricio.

- Desculpe Doutor Mauricio! – ela disse levantando.

- Não. – ele disse se ajoelhando. – Eu sempre... tive... meio que raiva de Deus sabia? – ele falou.

- Mesmo Doutor? O senhor não parece ser alguém que guarda rancor no coração. – ela disse limpando as lágrimas.

- Eu perguntava “Porque eu”... entre tantas pessoas nesse mundo... porque... eu tinha que ser gay... e demorou muito para entender que ele não tinha culpa nisso e muito menos eu... afinal, ele me fez... é assim que as pessoas falam... ele nos criou e nos formou... Dora... eu não posso imaginar qual é a dor que você está sentindo agora. Mas quero dizer que eu e o Pedro estamos ao seu lado... você já se mudou para cá... e qualquer coisa que você precisar fale para gente, seja algo material ou uma conversa. – ele disse.

- Obrigada! – disse Dora o abraçando forte e chorando.

- Tudo bem... pode chorar... pode chorar! – disse Mauricio.

A vida vive de transformações, mas o que fazer com o espinho no peito? Tirar? Será esse o melhor caminho? Para uma mãe, nada é pior do que a perda de um filho. Mas nesse momento é que as pessoas podem contar com as outras... um ombro amigo... uma ajuda financeira... não importa... mas sim a ação por trás de tudo isso. O objetivo de não deixar ninguém sozinho... assim como nós não gostaríamos de ficar em momento de aflição.

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Comentários

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amigo esta demais até chorei continua logo nota: 10000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

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Cara a cada dia vc me emociona mais cara historia de vida da sua vida é linda d+ meu parabens cara eu te admiro bastante pq vc passa sua vida pra gente na mais pura realidade isso nos emociona d+ parabens pela historia linda d+ não demora em

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É bom ver o tempo passando e a vida continuando, mas fica um tristeza pelo que passou... O phelipe e o Duarte mereciam uma nova chance de se acertarem, afinal parece q finalmente o phelipe amadureceu pro amor. E o jean e o vinicius deixaram um gostinho de quero mais... Otimo conto!

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Nota 1000 sempre! Nem tem como descrever...

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Perfeito, pena estar no fim... Espero ter outra temporada =P .... Aguardando a continuação *-*

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Nossa sua história é linda parabéns peninha que ta chegando ao fim

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sabe ta muito lindo ate me emocionei lembrando de uma amiga q perdeu a mae tem 2 anos e sofre muito ate hj a dor e imcomparavel,e estara sempre ali a gente so tem q aprender a lidar com ela

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nossa migoh cada ves mais lindo , pena que esta chegando o fim, amei muito conhecer sua historia...... e pf continua logo beijus do hique...

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É uma pena que ja está acabando.

parabéns pelo conto.

abraços.

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