Eu queria aproveitar e antes de começar essa parte trazer algumas questões a tona. Primeiramente mais uma vez, porque nunca é demais, agradecer o carinho que a maioria que vem ler minhas historias demonstram para mim. É sem preço todas as palavras carinhosas que recebo e me incentiva a continuar. Em media, pelo sistema de estatísticas aqui do site, eu tenho mais de 600 leituras por conto, ate recebi um e-mail do pessoal daqui do site me parabenizando pela media. Eu sei que agradar tantas pessoas é algo impossível, e embora eu não entenda porque algumas pessoas como o Hernani fazem questão de ler TODOS meus contos e dar sempre nota 1 continuem lendo, essa insistencia em me ler dessas pessoas por um lado me alegram, afinal como disse Maddona: "que falem mal mas que falem de mim" so fica o misterio, mesmo achando uma falta de respeito pontuar com nota 1 um conto, dar 1 é o mesmo de chamar de lixo, mas se acham lixo porque continuam lendo? Vai saber. Também queria poder publicar com mais freqüência, mas o dia tem poucas horas, e as questões cotidianas me absorvem demais. Porem o mais importante que tenho para frisar é que não estou publicando simplesmente um conto erotico. É na verdade uma historia, uma passagem da minha vida e eu tinha a séria intenção no inicio disso tudo contar a historia em 10 partes e pronto. Mas foram os pedidos para que eu contasse tudo, com detalhes, que me fez contar toda ela, sem resumo. Por isso que a historia se tornou tão longa. Mesmo eu cortando eventos de menor importancia, eu venho me atendo a manter a coerência. Não existem partes de enxeção de lingüiça, nem partes sem nenhum sentido, quem acompanha a serie do inicio, sempre vai encontrar em partes futuras respostas e referencias para coisas que foram ditas la atras. Tudo esta linkado e tudo faz parte da historia. Não estou contando uma historinha de sexo, se é isso que você procura, não vai encontrar aqui, sexo so aparece quando acontece, e na vida real ninguém transa o tempo todo, a toda hora, durante toda a vida. Não estou escrevendo e criando enquanto escrevo, tudo ja esta pronto, porque tudo já aconteceu. Não posso escrever para agradar a um ou a outro, tudo que posso fazer é narrar os eventos conforme eles existiram, se isso não agradar, sinto muito, mas a vida, infelizmente, não é cor de rosa, coisas ruins acontecem, as pessoas fazem escolhas erradas, e eu nessa e nas próximas partes vou fazer besteira em cima de besteira. Sei que muito do vou narrar aqui vai desagradar a maioria, mas como disse no inicio, os fatos são como eles são, e ninguém pode mudar o passado, mesmo se arrependendo dele. Bem é isso, vamos a diante.
Parte 05
A noticia do noivado caiu como uma bomba. Eu não sabia como reagir a ela. Ivana ao meu socorro puxou o papo para ela. Dando parabéns e fazendo toda a sorte de perguntas. Sinceramente não sei o que conversaram exatamente, precisei de alguns minutos para voltar a ter atenção ao que era falado ali.
Eu: -Bruno, estou sem palavras. Só me cabe desejar parabéns para vocês dois!
Ao falar isso me levantei e abracei ele. Puta merda, ele estava melhor que nunca, se não fosse pela noticia que recebi a pouco teria ficado de pau duro só de abraçar ele.
Eu ainda cínico e tentando esconder minha vontade de matar aquela mulher: -E você Andrea não sei o que dizer, pensei que não existia mulher pra amarrar esse homem.
Andrea: -Eu também fiquei surpresa com a noticia. Foi repentino.
Bruno serio: -Pois é mas o que importa é que foi de coração.
Andrea:- Com certeza a gente se ama muito, não é morzão? (em seguida abraçou e beijou Bruno na boca), só tá faltando o anel né?
Bruno seco e serio: -É a gente vê isso depois.
Eu: -É, como sempre agindo com a emoção e esquecendo da razão, não seria você se fosse diferente.
Notei que Andrea ficou boiando com o comentário, já Bruno me olhava com algo que parecia raiva.
Andrea: -Eu preciso ir ao toalete.
Ivana levantou imediatamente:- Eu também, amor pega minha bolsa no carro e leva pra mim?
Logo entendi que Ivana percebeu que eu precisava, mesmo que fosse apenas alguns segundos a sós com Bruno. Assim que todos se retiraram, virei imediatamente para ele.
Eu: -É serio isso?
Bruno: -Cara não viaja, pelo amor de Deus.
Eu: -Não viaja? Cara me responde uma coisa e eu juro que esse assunto morre, eu engulo tudo que sinto por você e ainda viro teu padrinho nesta Porra de casamento.
Bruno: -Então pelo amor de Deus me faz essa pergunta libertadora.
Eu: -Você ama essa Andrea.
Bruno ficou mudo.
Eu: -E então?
Bruno: -Amo.
Eu: -Olhando nos meus olhos. Repita isso olhando nos meus olhos.
Bruno olhou pra mim, nos meu olhos: -Amo.
Eu: -Engraçado, é péssimo conhecer alguém tão bem a ponto de reconhecer quando ele esta mentindo.
Bruno serio e olhando nos meus olhos: -Você acabou de me fazer uma promessa.
Eu: -E eu planejo cumprir.
Ao terminar de falar isso as meninas voltaram a mesa e alguns minutos depois o namorado de Ivana. Engoli a conversa sobre o noivado dos dois e mais uma vez comecei a virar um copo de cerveja atras do outro. Logo estava tão bêbado que Ivana teve que me levar para casa. Apaguei completamente. Acordei dessa vez com uma ressaca tanto física quanto moral descomunal.
Passeio o dia em casa, da cama pro sofá, do sofá pra cama e nesse circuito fui ate a hora de dormir.
Eu devia ter me atido ao que fui fazer no Brasil. Babaquisse procurar Bruno. Se ele ficou noivo só por saber que eu vinha ao Brasil ou por qualquer outro motivo não me importava, se ele estava disposto ate a se casar pra se ver livre de mim era idiotice correr atras disso. Essa noite praticamente não dormir. Ao acordar no domingo pedi a minha mãe indicações de onde comprar uma aliança, daria de presente para ele. Se ele queria se inforcar eu daria a corda. Minha mãe se espantou com a história do casamento, nem sabia que Bruno estava namorando. Passei o domingo inteiro remoendo a história de Bruno. Finalmente chega segunda, fomos na cidade vizinha que era maior que a minha cidade e comprei um par de alianças, não economizei, comprei a melhor que vi serem preocupar com preço.
Saindo da joalheira dei acompanhei minha mãe em algumas compras que ela queria fazer. Ao sair da ultima loja eu vi do outro lado da rua com um grupo de amigos, Tiago. Não sei exatamente porque, mas enquanto minha mãe experimentava roupas atravessei a rua para falar com ele.
Ele estava sem camisa, esta estava sobre seu ombro esquerdo. O tronco dele era do porte do de Bruno, incluindo o abdômen, eu não sei se já comentei isso aqui, mas tenho uma atração terrível por abdomens. Não sei se foi a atração pelo corpo dele devido a semelhança com Bruno, sei lá, mas resolvi que precisava falar com ele. Cheguei por trás dele e disse:
Eu: -Oi Tiago.
Tiago se voltando para mim: -Faaala yankee.
Eu: -Eu não sou americano, sou brasileiro.
Tiago abrindo um sorriso: -Pode ser, mas tá falando com sotaque de yankee.
Realmente, eu já havia percebido que estava com um certo sotaque ao falar português, os anos só falando inglês deixaram marcas.
Eu rindo um pouco: -É pode ser.
Tiago se virando para os amigos dele: -Ae galera esse semi-yankee aqui é meu primo.
Eles de onde estavam me cumprimentaram e morreu nisso. Notei que eram do mesmo estilo que Tiago, saradinhos, orelhas deformadas, e usando itens caros, lembrei da conversa que tive com Bruno no aeroporto de Miami na qual ele comentou que o irmão andava com uma galerinha de posses mesmo sendo pobre.
Tiago: -Então, passeando pela cidade?
Eu: -Apenas acompanhando minha mãe em umas compras e também comprar um presente para seu irmão.
Tiago: -Você deve tá falando do Bruno.
Eu: -Pois é, ele vai casar né?
Tiago rindo: -É rapaz, fiquei sabendo hoje de manhã.
Eu: -E vou ser o padrinho, dai já viu.
Tiago: -Comprou o que?
Eu: -As alianças.
Tiago rindo mais: -O babaca nem isso comprou né?
Eu: -Eu sei que vocês não se gostam, mas não vamos falar mal dele não beleza, deixa ele de lado.
Tiago fazendo uma cara de malandro: -Com certeza, temos coisas muito melhores para conversar do que sobre aquele cara.
Eu: -E as trilhas?
Tiago: -Tão rolando, você não quis ir naquele dia.
Eu: -Sei lá, esses programas de se embrenhar nos matos, sei lá, não faz a minha.
Tiago: -Cara eu conheço uma que se tu for comigo vai ficar muito louco. É a melhor de todas, quem faz essa trilha fica em estado de êxtase, alguns chegam ate a gozar de tanto prazer.
Eu: - Nossa!! Essa deve ser fantástica!
Tiago: -Então, tô marcado com uns turistas amanha e vou levar eles lá nessa trilha. Quer vim com a gente?
Dessa vez vi Tiago com olhos diferentes. Pensei que talvez eu tivesse implicando com ele só porque o Bruno não gostava dele. Sei lá, de repente ele era só mal compreendido como Bruno era, talvez se eu desse uma chance a ele poderia me surpreender.
Eu: -Beleza, eu topo.
Tiago abriu novamente o sorriso: -Porra man que massa que tu topou! A gente vai se divertir muito amanhã! Te prometo isso.
Conversamos um pouco sobre o que vestir, onde nos encontraríamos, hora, tudo que precisávamos acertar e quando já falávamos de outras trilhas ouvi a voz de minha mãe me chamando. Me despedi dele e atravessei de volta a rua.
Mãe: -Olha tudo bem, você fez milagres com o Bruno lá no exterior porque ele voltou outra pessoa, mais calmo, mais centrado, trabalhador, menos encrenqueiro, tenho que admitir isso, sei que alguma ele aprontou pra você mandar ele embora...
Eu irritado cortei ela: -Mãe eu não mandei ele embora, ele era incompreendido aqui e lá eu dei compreensão a ele. Por isso ele mudou tanto, o problema que ele ficou com medo de mim, por eu ser gay, e fugiu, veio embora sem nem me dizer nada, pare de julgar o cara. Se ele fez algo que me chateou foi só isso.
Mãe: -Eu não sabia, desculpe.
Eu: -Apenas pare de julgar o cara tá bom? Ele não fez nada de errado, se alguém fez fui eu.
Mãe: -Tudo bem, desculpe, não queria constranger você.
Eu: -Pode ser, mas toda vez que você faz esse comentário me constrange porque me lembra dessa história.
Mãe: -Desculpe filho, morreu esse assunto, mas o que eu ia dizer é que esse Tiago não é Bruno. Esse daí é marginal. Esse daí entra em briga, esse rouba, espanca e talvez ate coisa pior, fica longe dele.
Decidi não falar para ela da trilha. Ela decididamente não gostava do cara e seria totalmente contra. Eu gostei do encontro que tive com ele, me pareceu diferente, gente boa, sei lá. Estava disposto e animado a ir na tal da trilha, e haveria outras pessoas. Bem eu iria.
Voltamos para cidade, e lá estava Ivana em minha casa nos esperando, almoçou com a gente e depois me perguntou se eu queria conversar.
Eu: -Ivana ate quero, mas não sobre Bruno, tô virando essa pagina, mas me fala, e o Tiago?
Ivana: -O que tem ele?
Eu: -Minha mãe não gosta dele.
Ivana: -Olha é meio difícil gostar dele né?
Eu: -Porque?
Ivana: -Ele faz muita coisa errada né?
Eu: -É mas Bruno também.
Ivana: -É diferente, Tiago é mais maluco que Bruno, olha eu já estou entendendo aonde essa conversa tá levando a gente.
Eu: -A lugar nenhum, só estou curioso.
Ivana: -Matheus, eu entendi você se apaixonou por Bruno, Tiago é tesão tanto quanto Bruno. Ele é delicioso eu sei, ate lembra um pouco Bruno no jeitão meio agreste e tals, mas não transfere seus sentimentos para ele, Tiago é problema.
Eu: -Não conta pra ninguém tá? Mas ele me chamou pra uma trilha amanhã que ele vai fazer com uns turistas.
Ivana: -E você vai?
Eu: -Tô querendo.
Ivana: -Olha se você vai com outras pessoas tudo bem, mas não vai só com ele tá bom?
Eu: -Que bobagem é essa? Você acha o que? Que ele vai me estuprar se for sozinho comigo?
Ivana: -Não sei, mas seria melhor não ir.
Eu: -E porque ele e Bruno se estranham tanto?
Ivana: -Isso eu não sei, mas os dois nunca chegaram as vias de fato de uma briga.
Eu: -Como você sabe disso?
Ivana: -Porque em certa ocasião isso quase aconteceu e foi um evento na cidade, apostas e tudo mais.
Eu: -Porque isso tudo?
Ivana: -Porque ambos são muito bons de briga, não se sabe quem venceria.
Eu ri e respondi na lata: -Sem a menor sombra de duvidas seria Bruno.
Ivana: -Eu não teria tanta certeza.
Eu: Pois eu tenho, eu já vi Bruno brigando, foi algo assustador.
Ivana: -E eu já vi Tiago brigando, foi algo de dar medo.
Descoraremos um pouco mais sobre o assunto, eu vi Bruno arrasar com três gigantes, sendo que um deles acertou um soco nele que se fosse em mim arrancaria minha mandíbula fora do rosto quando nele nem cócegas fez, porém o soco que Bruno devolveu nele era por baixo 10 vezes mais forte. Tiago era menor que Bruno em todas as proporções, uma briga entre os dois seria ate covardia. Bruno acabaria com ele. Mas Ivana não poderia entender isso porque não viu o que eu vi. Não contei a ela, na verdade queria saber mais sobre o Tiago, eu mesmo não entendia do meu interesse repentino nele, mas depois do que ela já havia me contado ate aqui, todas as outras informações eram inúteis.
Não eu não estava apaixonado pelo Tiago e nem estava explodindo de tesão como estava pelo Bruno antes de transarmos, achava seu corpo lindo e o jeitão tipo Bruno muito excitante, mas não pensava em sexo nem nada mais que isso com ele. É com a mais pura sinceridade que digo que queria apenas conhece-lo melhor, aliais, aquela altura qualquer coisa que não me fizesse pensar em Bruno seria melhor.
Ao se aproximar das 18 horas me dirigi a loja de Bruno e entrei, estava ele e dois funcionario, eles se preparavam para fechar quando Bruno me viu. Ele dispensou os dois e arriou a porta de entrada da loja quase que completamente.
Bruno: -Eu tava esperando você.
Eu: -Não sei porque, você não me convidou para vim conhecer sua loja.
Bruno: -Assim como você não me convidou para a sua festa.
Eu: -Não fui eu que organizei a festa.
Bruno: -E se tivesse sido, você teria me convidado.
Eu não respondi.
Bruno: -Da mesma forma que você sabe que eu apareceria em uma festa sua sem que você me convidasse, eu sabia que você apareceria aqui.
Eu desconversando: -Bela loja.
Bruno chegando perto de mim: -Obrigado, ela só existe graças a você.
Eu: -Não, nada disso. Eu nunca dei dinheiro na sua mão que fosse suficiente para criar tudo isso.
Bruno: -Não, não deu, mas me deu os meios para juntar. Tu fez uma diferença muito grande na minha vida, por isso que gosto tanto de você.
Ok, ele amoleceu meu coração com essa. Mas não dei o braço a torcer.
Eu: -As vezes eu duvido disso.
Bruno: -Eu nunca menti para você, sempre fui claro e sempre pus as cartas na mesa. Eu não te amava.
Eu: -Eu sei. E é verdade. Você sempre deixou isso claro. Principalmente quando do nada foi embora.
Bruno: -Tu pode não acreditar Matheus, mas só me saí daquele jeito pra não te fazer sofrer.
Eu: -Nisso você esta certo, eu realmente não acredito no que você tá falando.
Bruno: -Te desarma brother! Não quero ser seu inimigo cara, eu quero você perto de mim, tu é peça importante na minha vida. Tu mudou meu destino velho. Quero tua amizade pra sempre.
Eu respirei fundo e tirei do bolso a caixa com as alianças. Comprei para você e Andrea.
Bruno: -Eu não quero, tu ser meu padrinho é tudo que quero de você.
Eu balançando a cabeça em sinal negativo: -Eu sinto muito, mas isso eu não posso ser, eu ainda te amo e não posso te ver casando com outra pessoa, sinto muito mesmo. Mas as alianças eu faço questão de dar.
Nisso peguei a mão dele e coloquei a caixa de alianças na palma dele.
Eu: -Eu não tô com raiva de você. Pra mim sua felicidade é mais importante. Se você vai ser feliz casando com ela, é só o que importa pra mim.
Bruno: -Primo eu te garanto que vou ser feliz casando com ela.
Eu sorrindo falsamente: -É só o que me importa então. Não entenda mal eu, eu não odeio você, aliais muito pelo contrario, mas essa situação toda é demais para mim. Eu sei que você não ama essa Andrea, mas se você quer se enganar, embarcar nessa, tudo bem, as vezes a gente precisa errar pra aprender. Eu só te digo que não vou esperar por você. Tchau Bruno.
Dei as costaneira comecei a sair da loja quando ele gritou.
Bruno: -Ainda quero te ver antes de você ir embora.
Eu parei e sem olhar para trás respondi: -Eu sei, mas eu não quero te ver mais, pelo menos não por agora, adeus Bruno.
Sai da loja juntando todas as forças que eu tinha para não chorar. Me segurei ate chegar na casa de meus pai, uma vez lá me tranquei no quarto e só então chorei tudo que podia chorar. Era a segunda vez que desistia de Bruno. E prometia para mim mesmo que seria a últimaNo dia seguinte, as seis da manhã lá estava eu, estacionado na área de estacionamento da entrada da APA aonde tinha marcado com Tiago para a tal da trilha, não queria mais pensar mais em Bruno, mas tomei um chá de espera de duas horas, pois ele só chegou as oito da manhã. Para piorar o tempo estava feio, fechado e ventava um pouco.
Tiago: -Porra Matheus desculpa a demora, foi que o pessoal desistiu por causa do tempo, tão com medo da chuva.
Eu meio chateado por ter que voltar para casa após tanta espera: -Ah, tá beleza, eu que ando sem sorte mesmo. A gente marca para outro dia.
Tiago: -Nada disso, vamo nessa, eu te prometi uma trilha e vou te dará uma trilha.
Eu: -Mas e esse tempo?
Tiago: -Ah primo, Coé? Tá com medo de uma chuvinha? Vamo nessa! Te prometo que vai ser inesquecivel.
Indo contra todos os conselhos de Ivana, entrei na APA sozinho com ele. Não o via como o monstro que ela e as outras pessoas pintavam, e eu queria fazer algo diferente, distrair minha mente. E uma trilha era uma ótima pedida.
Tiago: -Vem comigo por aqui, é esse meu caminho secreto, ninguém vem por aqui.
Eu: -E porque nós vamos?
Tiago me olhando com uma cara safada disse: -Porque a trilha de fazer gozar é por aqui.
Eu ri um pouco da piadinha dele e segui com ele. O inicio do caminho tinha uma mata um pouco fechada, sem caminho demarcado, mas logo depois aparecia um caminho e a mata abria mais. caminhamos por esse caminho por um pouco mais de uma hora, conversando muito pouco, já estava cansando daquilo e quando já ia reclamar ele disse:
Tiago: -Chegamos.
Bem, estranhei. Era uma área descampada que ficava bem próximo a uma ribanceira, devia ter cerca de 5 ou 6 metros de altura, bem íngreme. A vista não era nada de mais. Aliais nada ali tinha algum atrativo, pensando bem, posso dizer que tudo era ate feio. Não entendi porque tínhamos andado tanto para ver somente aquilo.
Tiago com um sorrizinho escroto nos lábios: -Você não gostou não foi?
Eu: -Pra ser bem sincero...
Tiago: -Vai gostar agora.
Terminou de dizer isso, tirou a camisa e jogou no chão, abriu o botão da bermuda e puxou o pau dele ainda mole para fora.
Tiago olhando pra mim e com um tom de voz safado: -Vamo pra parte de gozar, quero ver se tu vai me dizer que não achou esse lugar aqui do caralho!
A primeira coisa que pensei foi: -É, mamãe deve ter passado mel em mim quando criança, essa é a única explicação.
CONTINUA...