Olá galera esperta...
Um super abraço para vocês. Para vocês mais um novo capítulo.
Se gostarem comentem lá em baixo e coloquem a nota aqui em cima.
Duarte estava realmente empenhado na fisioterapia. Livre das ataduras e gesso, ele estava livre novamente para viver a vida. No rosto apenas alguns arranhões sobressaiam, mas podia-se dizer que ele estava 100% melhor. E a forma que ele e o namorado encontraram para celebrar isso, não poderia ser diferente. Eles estavam há muito tempo sem transar, então o encontro foi completamente selvagem.
- Nossa... eu tinha esquecido como isso era bom. – disse Duarte.
- Caramba... você quase quebrou o Phelipinho. – disse Phelip rindo.
- Desculpa, mas é a saudade que eu estava. – disse Duarte encostando no peito de seu namorado.
- Amor... fui convidado para um churrasco no final do mês. Na casa do Bruno, ele estuda comigo. Você quer ir?
- Mas não tem perigo? – ele perguntou.
- De que? Não vamos nos agarrar lá? Vamos? – ele perguntou levantando a sobrancelha artimanha que deixava o namorado desarmado.
- Aiiii... ta bom. – ele disse beijando sua bochecha.
- A Fernanda vai com a gente também.
- Que bom, pelo menos alguém eu vou conhecer. – ele disse.
- Amor? – perguntou Phelip.
- Sim.
- Você não sente ciúme da Fernanda e de mim?
- Eu deveria ter? – ele perguntou olhando para o Phelip.
- Não... jamais... somos amigos.
- Então... mas preciso te confessar que sim. Ela foi uma parte da sua vida aqui. Quando ela foi me procurar no hospital, fiquei receoso. Imagina o quadro, eu na cama de um hospital, aí chega a ex-do teu atual. Pensei que ela ia me matar... começamos a conversar e ela se mostrou amiga e disse que você estava arrependido. – disse ele.
- Nossa. – disse Phelip beijando o namorado.
- Eu te amo tanto.
- Eu que te amo.
Juras de amor foram feitas naquela tarde. Não muito longe dali Pedro ligava para o Dr. Emanuel para conversar sobre o seu retorno no comando da equipe de marketing do hospital da cidade.
- Então Pedro, eu fico feliz em saber que você vai voltar... olha quero que você vá ao Departamento Pessoal e comece logo a trabalhar aqui. – falou o Dr. Emanuel entusiasmado.
- Sim senhor... amanhã mesmo eu passo no hospital. – falou Pedro vibrando.
As oportunidades voltaram a surgir na vida de Pedro. Ele ligou para as empregadas escolhidas para trabalhar em sua casa. Ficou marcado para que elas fossem na quarta-feira. Dora era uma senhora de certa idade, ficaria responsável de fazer o almoço, além de ser babá do Paulinho e Isabel cuidaria dos meninos que exigiam uma atenção redobrada.
Mauricio chegou em casa relativamente cedo e Paulinho dormia nos braços de Pedro no sofá. Ele pegou o filho e levou para o quarto enquanto Pedro colocava o jantar para eles. Mauricio ainda tomou um banho e desceu apenas com uma toalha para jantar.
- Hum que convite irresistível. – disse Pedro servindo o prato do marido.
- Temos que comemorar né? Tem outra forma melhor? – ele disse rindo.
- Você já soube? Ia fazer uma surpresa. – disse ele enquanto comia o macarrão.
- Surpresa naquele hospital é você guardar um segredo.
- Sim... você ficou sabendo da Priscila né?
- Sim... amor eu tenho medo que ela esteja usando o trabalho para mascarar a dor que ela está sentindo.
- Eu também pensei nisso. – disse Pedro baixando a cabeça.
- Ei príncipe, não fica assim. – ele falou.
- Tudo bem. – Pedro falou dando um riso forçado.
- Eu estou com saudades. – disse o Mauricio olhando para o Pedro com cara de safado.
- De que?
- De te pegar no quartinho do hospital... quando você voltar eu quero outra vez... eu quero.
- Engraçado... escuta depois de amanhã as empregadas chegam.
- Empregadas? – ele disse surpreso.
- Sim. As duas mulheres que nós contratamos... quer dizer eu contratei para trabalhar conosco.
- Entendi... de madrugada eu estou de plantão. Então... estarei dormindo o dia todo amor.
- Tudo bem. Eu as recebo antes de ir para o hospital.
Eles terminaram de jantar e subiram para o quarto. Eles se beijaram e ficaram a noite olhando um para o outro de uma forma única.
No hospital as coisas não iam muito bem para o Vinicius. Priscila fazia de um tudo para que a vida dele torna-se um inferno. Cortava ele das cirurgias, virou seus amigos contra ele. Com certeza se houvesse uma pessoa que você não gostaria de mexer é a Priscila e todos sabiam disso, quer dizer menos um.
- Priscila. – disse ele segurando ela pelo braço.
- Fale. – ela disse com cara de poucos amigos.
- Eu não fiz aquilo por mal. – ele falou.
- Não sei do que o senhor está falando. – ela disse.
- Qual é? Nós não somos crianças.
- Mesmo? Então o senhor sabe qual é o seu lugar. Eu espero que você tire essa sua cara de fuinha da minha frente, antes que eu pegue esse graveto e enfie no seu nariz e puxe tão forte mais tão forte que o teu pequeno cérebro vai ter o prazer de conhecer e sabe o que ele vai dizer: - meu Deus... é isso que eu comando...
- Você sabe que isso é sem noção? – ele disse fazendo uma careta.
- Tá bom... ferrugem... eu vou ser franca. Eu não gosto de você, não gosto da tua cara e não gosto da forma que você come... parece que você tenta enfiar tudo na boca de uma vez só e me dá náuseas.... coisa nojenta... então espero manter distância de você e da cor do teu cabelo que deixa a minha visão cansada. – ela disse saindo e deixando ele sozinho.
- O que? – ele disse pegando nos cabelos.
Sim. Vinicius estava sentindo na pelo o que era deixar Priscila chateada. Por outro lado, a personalidade de Priscila estava mudando. Um pouco mais dura que o normal. No refeitório ele comia sozinho, uma vez que ela inventava várias coisas ao seu respeito. Desconsertado o jovem saiu correndo e praticamente atropelou Pedro que caiu no chão.
- Meu Deus!!! – gritou Vinicius.
- Eu to bem... estou bem. – Pedro falou se levantando.
- Calma. Eu te ajudo. – ele falou.
- Tudo bem... não se preocupa. – Pedro falou limpando a sujeira da roupa.
- Você... é... é o irmão da Priscila.
- Sim... você é médico aqui né? – Pedro perguntou.
- Sim... sou médico... sou médico sim. – ele falou.
- Beleza... eu estou indo no RH. – falou Pedro entrando no elevador.
- Ele vai trabalhar aqui... ele vai trabalhar aqui. – ele disse para si mesmo.
- Boa tarde Dr. Emanuel, acabei de sair do RH. – disse Pedro sentando-se na cadeira.
- Olá Pedro... que bom ter você de volta. – disse Dr. Emanuel abraçando Pedro.
- Obrigado... Dr... lá em baixo está em reforma?
- Sim... queremos reformar algumas coisas aqui. Os pacientes do primeiro andar foram levados para o segundo. A parte do primeiro andar está vazia também. Está um maior trabalhão.
- Eu entendo. Eu vou lá com os meninos... dá a novidade... ainda não contei para eles. – falou Pedro apertando a mão de Dr. Emanuel.
Pedro anunciou para os amigos a novidade e a festa estava formada. Eles decidiram comemorar em um barzinho que ficava próximo ao bar. Priscila, Emilly, Carlos e Ronald colocaram a conversa em dia ao lado de Pedro.
- Lembra aquele dia em que eu tinha que segurar um tubo e fui ver por curiosidade saiu xixi para todo os lados. – disse Pedro rindo.
- Meu Deus... tantas histórias. – disse Emilly.
- A melhor foi a do sapo!! – gritou Ronald.
- Não!! Eu não quero nem lembrar desse dia. – falou Pedro.
- Qual é a do sapo? – perguntou Carlos.
- O Pedro... sempre teve medo de sapo... e um dia ele entrou por acidente na sala de testes e estava todos dissecando rã. Adivinha quem gritou e desmaiou? – disse Priscila apontando para os lados.
- Mas pelo menos foi um grito hetero. E eu não desmaiei, tive apenas um problema na visão. Olha... aquele rapaz... eu conheço ele. – disse Pedro apontando para Vinicius.
- Ai Pedro não... eu não gosto dele. Ele me entregou para o Doutor Emanuel. – ela disse.
- Qual é! Ele deveria ter feito isso mesmo. Ei... Vinicius... vem aqui. – gritou Pedro.
- Claro... – disse Vinicius que ao se levantar caiu no chão.
- Zé Mané. – disse Priscila rindo.
Pedro e Carlos ajudaram o rapaz a se levantar e eles voltaram para a mesa.
- Que vergonha. Desculpem. – ele disse com as bochechas e orelhas vermelhas.
- Tudo bem. Acontece com retardatários. – disse Priscila.
- Priscila?! – disse Pedro.
- E ai novato? Já se acostumou com o ritmo do hospital? – perguntou Carlos.
- Sim... a cada dia. Está mais tranquilo agora. – disse ele.
Vinicius Sperd nasceu na Irlanda e mudou-se para o Brasil quando seu pai conseguiu um importante emprego em uma multinacional. Por ser diferente dos outros meninos tanto no aspecto físico quanto no comportamental ele viveu isolado e se acostumou com a solidão. Se formou com louvor tanto no colégio quanto na graduação. Era um rapaz bonito, sensível e estava apaixonado por Pedro Soares. A pior coisa que poderia acontecer naquele dia aconteceu... Priscila percebeu.
- E onde está o meu cunhado? – perguntou Priscila.
- Cunhado? – perguntou Vinicius.
- Ahh... Vinicius... vou trabalhar no hospital então tem algo que preciso dizer... eu sou casado com o Doutor Mauricio Elias Soares. – disse Pedro meio tímido.
- Sim!!! Eles tem três filhos lindos e são almas gêmeas. Eu tenho pena das pessoas que procuram por algo assim... é difícil de encontrar. – disse Priscila.
- Também não é assim mana. Foi difícil para gente. Espero que não tenha problema para você? – questionou Pedro.
- Não... claro... que não... eu fico feliz por vocês. – disse ele tentando esconder a decepção.
- Carlos... lembra naquele dia em que você foi o padrinho do casamento deles? Eu tenho fotos aqui no meu celular. – disse Priscila sentando ao lado do Vinicius.
Sim... um coração partido as vezes pode ficar inconsolável. Uma pessoa magoada pode fazer um verdadeiro estrago em sua volta. A vida muda... ahhh como ela muda.
Dúvida e comentários - contosaki@hotmail.com