Eu vou responder aqui porque sei que é mais facil para todos receberem suas respostas. Não há falta de humildade da minha parte. Mas eu só gostaria de lembrar que eu e todos que escrevem para este site não ganham um centavo, o fazem de graça, o site sim ganha pelos acessos e pela publicidade. Mas alguém aqui ja notou que mesmo os contos gays estando no topo dos rankings eles nunca são colocados em destaque na Home do site? La somente os heteros são destaque. Justamente pela atitude do gay brasileiro, a galera daí ao invés de se unir e ajudar a deixar os contos gays que são realmente bons no topo do ranking pra mostrar que temos força unidos, não, um cara so porque se acha critico (sim a internet da a falsa impressão que todo mundo pode ser critico) vai la e detona sem nenhum motivo um conto bom. Eu acho o sistema de pontuação injusto. Aliais não deveria nem existir, porque entra um ou outro recalcado qualquer e da nota 1 e fode com um conto no qual cada parte me consome pelo menos 3 dias para digitar, revisar, corrigir e publicar DE GRAÇA. É desistimulante receber 1, eu não me importo de receber 5, 6, 7, 8 ou 9, não faço questão de receber somente 10, sei que é impossível agradar a todos! Também não me importo com criticas, elas fazem parte e ajudam no melhoramento do conto quando são feitos de maneira honesta, correta e justa, agora se você não gosta de um conto que ja tem 31 partes e continua lendo so pra pontuar mal, cara essa pessoa tem problema e precisa de ajuda. Eu se não gosto, simplesmente não pontuo o cara e nem leio mais seus contos. É isso que me chateia, eu tenho tanto cuidado para publicar uma coisa legal, bem feita e receber esse estimulo negativo é foda. Me desculpe se minha sinceridade ofendeu alguém, mas só falei o que penso, aliais 90% dos e-mails elogiando e dos votos 10 que recebo são, podem acreditar, de heteros que leem meus contos, do 10% dos gays que leem se preocupam em me parabenizar. Acho que o hetero brasileiro sim é mais cabeça aberta e não os gays. Pode isso?Bruno é uma criatura de hábitos. Por mais que não pareça pela descrição que sempre dou aqui dele, ele é muito metódico. Um exemplo disso é a rotina da sua loja de produtos agropecuários. Ele todos os dias esta abrindo o portão da loja as 7 horas da manhã. Faça chuva ou faça sol. Embora seus dois únicos funcionários somente cheguem as 8 horas, ele faz questão de estar aberto as 7. Sua mãe e seu pai também ajudam no que podem, mas ate estes sempre chegam mais tarde. Aliais é somente após a chegada de seu pai que ele vai para a academia, que é outra rotina bem definida para ele.
Bruno não entende nada de caixa, controle de estoque e muito menos de administração de pessoal. Embora um contador ajude sempre, ele ainda tem que vez ou outra cuidar desses por menores. Estava muito orgulho de ter conseguido finalmente ter uma direção na vida. Mesmo que a loja ainda não o tenha deixado rico, agora ele tinha um trabalho, responsabilidade e sua, embora modesta, liberdade financeira.
Mas naquela manhã algo perturbava Bruno. A conversa que teve comigo no dia anterior ainda estava fresca na memória. Ele mesmo não conseguia entender porque que ele gostava tanto do primo. Claro que ele tinha muitos amigos, mas por nenhum deles sentia o carinho sentia pelo primo. Engraçado que até pouco tempo atrás Bruno nem lembrava da existência desse primo. Ele sempre teve o primo como uma pessoa distante, e que para piorar era um viado. Tudo bem que depois que o conheceu melhor aprendeu que a imagem do homossexual que é exibida na televisão pode ser muito diferente da realidade.
Mas não era esse o foco do seu incomodo. Não ver mais o primo era o plano dele, quando foi embora para o Brasil. Afinal a mais de oito anos que o primo não pisava na cidade, provavelmente ele nunca mais pisaria ali novamente. Mas ao rever-lo lembrou de como era importante a presença dele na sua vida. E lembrou tão fortemente que o fato do primo ter dito que não queria mais vê-lo tinha mexido com ele.
Bruno estava triste. E ele finalmente a ficha havia caído. Ele estava tentando ler o livro caixa quando percebeu isso. Ele entendeu que não podia perder a amizade do primo. Mas estava com um problema. Como manter uma amizade sem que o cara confundisse que ele não queria nada a mais que isso?
Bruno estava completamente imerso em seus pensamentos quando uma voz o puxou de volta a terra. Seu irmão mais novo, Tiago, acabava de adentrar a loja.
Tiago em tom meio irônico: -E ae mano?
A simples presença de Tiago a sua frente ja causava raiva a Bruno.
Bruno em tom meio agressivo: -Qual foi cara? Ta querendo o q?
Tiago ainda mantendo o tom irônico: -Relaxa, só quero perguntar uma parada.
Bruno: -Tenho nada para conversar contigo não, já falei que não te quero aqui, vaza vai.
Tiago mais irônico ainda: -Rapaz será que você não pode responder sequer uma pergunta?
Bruno ja alterado: -O que porra você quer saber rapaz?
Tiago agora em tom serio: -O que você fez que irritou o primo Matheus pra ele te mandar vazar la dos exterior?
Bruno socou o balcão de madeira o fazendo rachar no local onde seu punho acertou.
Tiago rindo: -Caralho que a merda foi foda hein?
Bruno irritado: -Fique longe de Matheus. Tu ta me entendendo? Fique longe dele.
Tiago agora em tom serio: -Ou tu vai fazer o que?
Bruno fazendo a volta ao redor do balcão: -Ou eu vou garantir que tu não seja capaz de chegar perto dele.
Tiago ainda mais serio: -Coé cara? Qual teu problema? So queria saber que merda tu fez pra perder teu financeiro, mas já vi que a merda foi grande já que tá com tanto medo de mandar a real.
Bruno agora explodindo de ódio: -Cara se você tentar se aproveitar de Matheus de qualquer maneira eu acabo com tua raça.
Tiago chegou bem perto de Bruno e em tom ameaçador: -Eu queria ver você tentar fazer isso e não sair aleijado.
Nesse momento toda e qualquer possibilidade de dialogo entre os dois estava acabada, os dois ja se colocavam em posição de ataque quando por sorte o pai dos dois adentra a loja.
Zeilton: -Mas será o benedito! Em menos de dois meses vocês já tão pronto pra se pegar de novo?
(Sempre que os dois tentavam conversar o clima fechava e ficavam prontos para partir para o embate, mas nunca conseguiram chegar as vias de fato pois sempre alguém conseguia apaziguar os ânimos.)
Zeilton: -Eu já não tô guentando mais essa vida de vocês dois o tempo todo em pé de guerra. Vocês não são irmãos?
Bruno: -Ele esta dentro da minha loja, acho que isso esclarece quem que veio procurar confusão né painho?
Tiago mantinha o olhar de predador dentro dos olhos de Bruno quando falou em alto e bom tom permitindo ate que o seu pai ouvisse: -Eu só vim aqui pra te perguntar uma parada, e é sempre assim. Toda vez que chego pra falar qualquer porra com você, la me vem você querendo me encarar. Essa foi a última vez que deixei você se sair de boa. Na próxima vez que você tiver a idéia imbecil de me encarar não vai ter painho, mainha, tio, namorada ou o diabo que for pra salvar tua pele. Na próxima você vai sentir o peso do meu braço e faço uma promessa agora aqui pra tu e tendo painho como testemunha, quando eu tiver te espancando, eu só vou parar se tu apagar ou se tu implorar pra eu parar de te espancar, porque nem que eu te aleije de tanta porrada só desses dois jeitos tu se salva de mim.
A pachorra de Tiago em soltar essas palavras para Bruno o fizeram esquecer que o pai estava ali e que em respeito a briga com Tiago deveria ser encerrada. Ele estava disposto a fazer Tiago engolir as suas palavras junto com alguns dentes. Mas percebendo que o filho mais novo tinha ido longe demais, Zeilton pulou entre os dois e empurrou Tiago para fora da loja.
Zeilton: -Tu me respeite seu muleque, esta esquecendo que sou teu pai!?
Quando Tiago se virou recebeu o tapa do pai na cabeça, o ódio surgiu em seus olhos. Não gostando da maneira que o filho olhou para ele, Zeilton desferiu novo tapa na cabeça de Tiago, mas este segurou seu braço antes que o tapa o atingisse.
Tiago em tom de ódio: -E essa foi a última vez que você me bateu, na próxima, eu arranco teu braço e uso ele pra quebrar sua cara no tapa. Entendeu coroa? E soltou o braço do pai.
O olhar e as palavras do filho assustaram o pai, que deu um passo para trás.
Tiago desamarrou a cara e em tom irônico gritou para Bruno: -Valeu pela ajuda maninho, e não esquece do recado que te dei. Tenha amor a vida. Fui.
E foi embora. Enquanto caminhava apressado olhou no relógio e viu que já estava quase duas horas atrasado para o encontro com o primo Matheus para a falsa trilha que ele tinha inventadoJá estava de saco cheio daquela caminhada sem sentido. Na verdade não entendi o porque que eu topei participar dessa droga de trilha. Nunca fui natureba e nem um grande amante da natureza. Eu sou um cara do concreto, da energia eletrica, da internet e principalmente da urbanização. Tiago, estava pouco falante, parecia concentrado em não se perder. E sinceramente não seria dificil para mim se perder ali. Tenho um pessimo senso de orientação e a porcaria do Google Maps que tinha no iPhone so fincionava com acesso a rede de dados, e no meio do mato nem sequer acesso a rede da operadora eu tinha, que dirás a rede de dados.
Já ia em torno de uma hora de caminhada e meu saco tinha acabado. Então decidi que queria voltar.
Eu: -Tiago, falta muito?.
Tiago: -Nem, ja praticamente chegamos.
E ao dizer isso voltou a andar.
Respirei fundo e continuamos o caminho. O chato na verdade daquela caminhada é que como todo mundo enquanto caminhávamos minha mente trabalhava lembrando de Bruno. Eu estava muito chateado com a situação. Eu sabia que eu o tinha perdido, e agora era para sempre. Por mais que eu tentasse não pensar nisso, o pensamento insistia em vir a minha cabeça. Não andamos nem cinco minutos e chegamos no destino dele. O terreno descampado que ficava próximo ao barranco, como descrevi anteriormente, e sinceramente, não tinha nada de interessante ali. E deixei isso claro na cara que fiz ao chegarmos no lugar
Tiago com um sorrisinho escroto nos lábios: -Você não gostou não foi?
Eu: -Pra ser bem sincero... (e não completei a frase)
Tiago: -Vai gostar agora.
Terminou de dizer isso, tirou a camisa e jogou no chão, abriu o botão da bermuda e puxou o pau dele ainda mole para fora. Eu fui pego completamente de surpresa. A única coisa que eu não esperava era aquilo vindo dele. Fiquei parado olhando para o pau dele quase como não acreditando no que estava acontecendo ali.
Tiago com um jeito malandro se aproximando de mim: -E ae? Mete o bocão ae, bota essa pica pra gozar.
Ok, era para com isso me deixar extremamente excitado, afinal Tiago é um puta macho, um corpo que, mesmo ele sendo mais baixo, era comparável ao de Bruno, ele era uma versão um pouco menor do irmão no quesito corpo. Isso fora aquele jeitão másculo e mesmo eu não gostando das orelhas deformadas dele eu sou obrigado a admitir que elas passavam um ar de masculinidade. Era um tesão de macho. Mas eu fiquei muito nervoso com a situação. Tudo que estava acontecendo comigo, tudo que eu estava sentindo por causa de Bruno e agora o irmão tesudasso dele estava ali na minha frente me oferecendo a pica para chupar, simplesmente no auge do nervosismo comecei a rir.
Tive uma crise de riso. O Tiago fez uma cara de que não gostou e ficou me assistindo rir.
Tiago: -Qual a graça?
Eu tentando me controlar pra não rir, me aproximei dele e pus a mão no seu ombro: -Cara eu juro, não é nada com você, tive uma crise de nervosismo.
Tiago ainda de pau pra fora e me olhando serio: -Nervosismo?
Eu ainda tentando controlar meu riso: -Tiago na boa, você é um tesão de macho, aliais você é muita areia pro meu caminhão e se eu disser que não sinto tesão em você eu estaria mentindo...
Ele sorriu de canto de boca e eu continuei: -Mas é que agora eu não tô no clima, eu tô com um problema na cabeça entende?
Tiago abrindo um sorriso safado: -Man, esquece aquele babaca, o cara vai casar so porque tá com medo de ter virado viado por ter te maderado.
O riso foi pro saco.
Eu tenso: -Ele te contou isso?
Tiago: -Me contar? Claro que não, aquele babaca só fala comigo pra me ameaçar. Aquele cara não sabe ser irmão nem amigo de ninguém.
Eu: -E como você soube disso.
Tiago torceu um pouco a boca e disse: -Tu não vai gostar.
Eu: -Prometo que não vou brigar com você.
Tiago: -Promete mermo?
Eu: -Prometo cara.
Tiago riu malandramente e disse: -Você me contou.
Eu fiz uma cara de espanto e ele continuou: -Tu ligou no celular dele e eu atendi e tu pensou que tava falando com ele. E dai tu rasgou a porra toda pra mim.
Na hora senti raiva do que ele disse: -Você se passou por Bruno?
Tiago: -É, foi meio sem querer. Tu começou a falar e ai ja viu, não quis mais interromper.
Eu fiquei olhando serio pra ele. Ele percebendo que não gostei disse:
Tiago: -Você prometeu que não ia brigar comigo. E olha a oferta de paz aqui (e sacudiu a pica)
Eu ri um pouco do que ele fez. Então peguei o pau dele, senti o peso e a espessura daquela pica mole e vi que se tratava de uma rola de respeito, mas coloquei para dentro da bermuda dele e fechei o botão.
Eu: -Me faça essa proposta novamente em outro momento e quem sabe? Mas agora cara, não da pra mim não.
Quando eu terminei de falar isso ele simplesmente do nada me abraçou, mas foi um abraço carinhoso, não de excitação, foi de carinho mesmo. Eu retribui o abraço e me controlei para evitar uma ereção, porque ao abraça-lo e sentir seus músculos me lembrei automaticamente de Bruno e me afastei do abraço dele.
Naquela manhã, sentado no chão mesmo conversei com Tiago como ate então não tinha conversado com ninguém sobre o que aconteceu comigo e com o Bruno e como eu estava me sentindo e como estava meu coração com a historia do casamento, e ele apenas me ouvia com interesse, perguntando apenas coisas sobre mim, como me sentia, como eu estava, ele foi um super fofo. Voltamos o caminho todo conversando e ao chegarmos no carro, ele tinha vindo a pé e então levei ele ate a praça, ele não quis que eu o deixasse em casa.
Tiago: -Primo, você não quer dar uma volta mais tarde não? Tomar umas, conversar mais um pouco, tô sentindo que tu tá precisando de um ombro amigo.
Eu com um riso nos lábios de quem gostou do que ouviu: -Pode ser.
Tiago: -Passo na tua casa umas 8 horas.
Eu: -Não, não, a gente se encontra em algum lugar.
Tiago fez uma feição triste: -Ok, entendi, já andaram espalhando as historias sobre mim né?
Eu: -E não são verdade?
Tiago: -O que importa? Você ja assumiu como verdade não foi? Nem quis saber do meu lado.
Eu: -Você esta certo. Quer saber? Me pega la em casa as 08 horas.
Tiago riu um pouco: -Pego não, te encontro, eu não tenho carro.
Eu: -Ta certo, me encontra la então.
Tiago me abraçou e saltou do carro e antes de bater a porta disse: -Vou repetir a proposta hein?
E em seguida bateu a porta.
Segui para casa pensando como o Tiago era fofo. Um macho de porte, gente fina, porque falavam tão mal dele? Não consegui entender. E na boa, foi um alivio para meu coração poder conversar com alguém sobre tudo aquilo. E quer saber? No fim foi bom eu não ter partido para o sexo com ele, mas e ele propusesse novamente, agora eu não iria mais mesmo dizer que não. E o pior que não demorou nada para essa proposta chegar pela segunda vez.
CONTINUA...
