[O conto lida com temas fortes. Leia as tags antes de ler o conto, se você se sente desconfortável com qualquer um dos temas, vá fazer outra coisa e não me venha deixar comentários cheios de "mimimi" por que meu conto te chocou.
Esta é a primeira parte do texto, e ainda não contém sexo em si, mas já traz coisas bem excitantes (aborda todos os temas listados). Se você gosta dos temas mas não quer se dar ao trabalho de ler isso aqui por não ter sexo, dê uma olhada nos meus outros contos, que são escritos em uma parte só]
Era madrugada, Léo estava de novo acordado até tarde fazendo tarefas de matemática. O exercício deveria ser entregue no dia seguinte, mas o garoto não estava preocupado,já estava acabando e ainda teria tempo para dormir um pouco.
Era inteligente, talvez um dos melhores alunos, e nunca demorava muito tempo com esse tipo de exercício e talvez exatamente por ser assim, era tratado de maneira diferente na escola. Professores, diretora e até as tias da limpeza o adoravam por não só por ser bom aluno, mas também por sua responsabilidade e por sua educação. Já com os alunos, por outro lado, passava por uma situação diversa: somente pouco tempo atrás, o colégio havia abandonado a tradição de ser exclusivamente masculino, e isso fazia com que houvesse poucas meninas; isso, aliado ao fato de Léo se destacar tanto pelo seu desempenho quanto pelo seu jeitinho delicado, fazia com que ele sofresse intenso bullying, até mesmo por parte de algumas das poucas garotas, que “pegavam corda” com os rapazes.
Léo era mais discriminado através da exclusão do que da agressão em si: era deixado de fora das brincadeiras em grupo, times para esportes na aula de educação física, rodinhas de conversa e quase todos os outros grupos, exceto, claro, aqueles que tinham por bjetivo fazer uma trabalho escolar. Os garotos não queriam andar com um garoto afeminado como ele, e as meninas o achavam tão desinteressante, mas em geral deixavam-no em paz, se limitando a ofendê-lo com palavras homofóbicas somente quando estavam fofocando sobre ele
Entretanto, havia dois rapazes que se destacavam. Caio e César eram dois irmãos que estudavam na mesma sala que Léo e eram praticamente os únicos que realmente o agrediam de maneira não-passiva e implicavam com ele de verdade. Por serem mais altos e mais fortes (César inclusive era repetente e, portanto, um ano mais velho do que a média dos alunos da sala), a simples presença de qualquer um deles já era o suficiente para intimidar o garoto que já era medroso.
Os dois rapazes tinham tendências naturais a serem machos-alfa, e viam no garoto indefeso uma vítima perfeita sobre a qual exercer seu poder e sua agressividade, demonstrando assim aos outros e a si mesmos o quão masculinos e dominantes eram.
E quem pagava por tudo isso era o pobre Léo. Além de ouvir os tradicionais “viado”, “gayzinho” e similares, já fazia alguns anos que ele entregava, de cabeça baixa, o dinheiro do lanche para Caio e César, que muitas vezes nem usavam-no para comer, mas sim para comprar revistas em quadrinhos ou similares. Às vezes faziam a mesma coisa com o dinheiro do ônibus do garoto. Uma vez, Léo estava voltando para casa a pé depois de entregar seu dinheiro da passagem para os irmãos, quando, na metade do caminho, um ônibus para ao lado da calçada pelo qual o garoto estava caminhando. De repente, dois papeizinhos são jogados contra sua face, e o menino levanta o rosto, olhando para cima, só para ver os dois irmãos, dentro do ônibus, olhando e debochando de sua cara enquanto se refrescavam com dois picolés que haviam comprado com o dinheiro dele. “Otário!”, Caio grita quando o ônibus começa a se mover, e então joga o palitinho do picolé em Léo.
Obviamente, a exploração não parava por aí. Desde não se lembra quando, Leonardo fazia todos os deveres de casa três vezes: uma para si mesmo, outra para Caio e outra para César, o que demorava bastante e consumia boa parte do tempo que poderia usar para se divertir. Entretanto, nunca havia deixado de entregar os exercícios no prazo estipulado (os seus, e os dos dois irmãos.
E agora Léo estava ali, na cadeira, virando a noite só para fazer os exercícios de dois colegas de classe que o maltratavam e o humilhavam.
Medo? Talvez, mas com certeza não apenas, lembrou-se de uma vez em que apanhou dos irmãos por não ter dado dinheiro suficiente e percebeu que a surra que recebeu não fez nada além de deixá-lo mais solícito e prestativo. Nunca conseguiu sentir raiva por ser tratado daquele jeito e, na verdade, se sentia estranhamente satisfeito com a atitude dos irmãos.
Esse último pensamento o tirou do devaneio em que estava e o lembrou que teria que entregar aquele exercício algumas horas depois. “Foco, Léo, foco!”, pensava ele enquanto copiava as equações, tentando ignorar uma vozinha chata na sua cabeça que o reprimia por, num raro rompante de irresponsabilidade, ter deixado para resolver as listas de exercício no final das férias de meio do ano.
Horas depois, Leonardo estava na escola. Cansado pela noite não dormida, ele chegou um pouco mais tarde do que era de costume, mas chegou a tempo. Enquanto andava para sua carteira, nas primeiras fileiras da sala, teve que passar pelo fundão e acabou ouvindo parte da conversa que lá se desenrolava:
“Então, lá em Curitiba, tinha essa amiga da minha prima que ficou a fim de mim. Mó filé a gata!”, falava Caio enquanto mexia as mãos, mostrando o formato dos seios fartos da garota logo antes de começar a descrever como fez para “pegá-la”.
Léo ficou calado e apenas segui seu caminho, sem sentir um pingo de frustração por Caio e César terem passado as férias de meio de ano viajando para o Sul e transando com garotas bonitas enquanto ele ficou em casa fazendo a tarefa dos dois vagabundos. Muito pelo contrário, essas histórias o excitavam, e ele ficava de lá da frente, com o ouvido discretamente em pé ouvindo tudo e se imaginando no lugar das garotas.
Mas a verdade que ninguém daquela sala notava mas que seria facilmente percebida por qualquer garoto mais velho e mais experiente, era que Caio e César, como qualquer outro garoto dali, eram apenas virgens quase sem experiência que gostavam de se gabar inventando histórias sobre suas incríveis conquistas amorosas e aventuras sexuais, que eram levadas a sério por uma plateia ainda mais inexperiente.
Na verdade, durante a viagem que fizeram, os dois irmãos só tiveram algum tipo de contato mais íntimo com uma garota (e não várias, como eles disseram), e isso se resumiu a uma única situação, em que a garota deixou os irmãos massagearem seus seios por debaixo do sutiã (não houve sexo vaginal e oral com direito a gozadinha na boca, como eles relataram). Mas isso foi o suficiente para atiçar a imaginação dos dois rapazes cheios de energia sexual acumulada e fazê-los inventar uma série de histórias com as quais se gabariam para os amigos até a morte, deixando-os mais ousados e mais desinibidos do que o normal e fazendo-os iniciarem uma atitude que nunca tiveram antes.
Era hora do intervalo, Leonardo pegou o livro que estava lendo, era um romance policial e saiu procurando um local silencioso onde pudesse ler em paz, ao virar um dos corredores, avistou os irmãos e mais um grupo de garotos conversando sobre garotas. De início pensou em dar meia volta e pegar outro caminho, mas já havia sido visto, então simplesmente continuou a andar, tentando ignorá-los.
“E aí, Léo! Pegou quantas minas nessas férias?”, debochou César, arrancando risos dos outros.
O garoto apenas continuou andando, corando de vergonha, embora nunca tivesse se assumido, todos ali já havia percebido do que ele gostava há muito tempo, logo a pergunta havia sido feita como puro deboche.
“Ih, olha, ele ficou todo sem jeito”, um dos garotos falou, apontando para Leonardo. “Essa coca é fanta, hein?”
Leonardo teria continuado andando, aguentando tudo isso até sair de perto dos rapazes, como sempre fez, mas sentiu-se sendo puxado pelo pulso.
“Se preocupa não, Leozinho”, César falou a última palavra em tom debochado, enquanto puxava o garoto para perto de si. “A gente sabe do que você gosta”.
O garoto menor então sentiu enquanto o corpo grande e quente do outro se encaixava atrás de si. César começou a fazer movimentos de vai e vem em Leonardo, simulando sexo e arrancando gargalhadas de todos. Léo tentou se soltar, mas isso só fez com que o rapaz passasse seus braços ao redor dele, prendendo-o ali. Pensou em gritar, mas não queria chamar a atenção de um monte de pessoas para o que estava acontecendo ali.
“É assim que se trata uma cadela, pessoal. Viu como elas ficam calminhas com um pouquinho de força?”, César falou, compartilhando uma experiência que não tinha. Mas de qualquer jeito, ele não estava errado, já que seu ato foi o suficiente para fazer o rapazote delicado ficar calado, tentava apenas virar o rosto para escondê-lo dos olhares cruéis dos que estavam ao redor, enquanto sentia o volume de César pressionando-lhe as nádegas através do tecido de suas fardas.
Os outros rapazes riam e zoavam, mas tinham em seus olhos um brilho diferente. Querendo ou não, estavam excitados com aquela situação, admirando e se imaginando no lugar de César, que também se excitava ao reforçar sua posição de macho dominante. No outro extremo, embora não tenha demonstrado estar gostando daquilo, Leonardo também se sentia excitado com aquilo, era um macho ômega, nascido para ser submisso.
César usava uma cueca frouxa, e assim conseguiu encaixar seu pênis ereto bem no meio das nádegas redondas de Leonardo, cujo pintinho se endureceu levemente, em resposta ao estímulo de ser tratado daquela maneira por um machinho. Aquela situação toda envolveu todos os presentes de tal maneira que eles se esqueceram de onde estavam e do perigo que corriam de ser pegos ali. César teria continuado até gozar, ou talvez ido ainda mais longe, não fosse a campainha ter tocado, sinalizando o final do recreio.
“E se você perceber que ela é bem puta mesmo”, falou o machinho enquanto empurrava o rapaz delicado, fazendo-o cair no chão. “Joga ela de lado e trata ela mal depois de gozar. As putas gostam disso e vão querer te dar ainda mais”. As risadas então se transformaram em gargalhadas, e Léo não se levantou imediatamente, era como se conseguisse sentir o peso daqueles dedos apontados para si sobre as suas costas. Ficou ali, ouvindo os garotos xingarem-no enquanto iam embora, para só depois se levantar, se arrumar e voltar para sua sala.
Quando chegou na classe, um pouco atrasado, percebeu Caio e César rindo dele de novo. Supôs que fosse por causa do que havia acontecido há poucos minutos, então não deu bola e foi para sua carteira na segunda fileira. Suspirou, era aula de Matemática, uma de suas preferidas, e isso com certeza o ajudaria a se acalmar e a esquecer o que tinha acabado de sofrer.
Então, passados alguns minutos, Léo continuava ouvindo os risinhos dos dois irmãos, que se intensificaram quando o professor pediu que os alunos destacassem a lista de exercícios do seu caderno e colocassem em sua mesa. Caio e César foram os primeiros a entregar as “suas” listas, enquanto isso, Leonardo abria sua mochila e tomava um susto: estava tudo desarrumado. Demorou alguns segundos para encontrar seu caderno e começou a folheá-lo, procurando as folhas com a lista de exercícios.
E então, veio o segundo susto, logo na primeira folha de sua tarefa havia o desenho de um pênis enorme. Rígido, comprido e grosso, ele ocupava praticamente toda a folha. Logo em baixo dele, estava escrito “Adooooooooooooro!!!”. Leonardo ficou estupefato, ouvindo as risadas dos dois irmãos ficarem cada vez mais altas até o professor mandá-los calar a boca. O garoto então começou a folhear seu dever, só para descobrir que todas as outras páginas também traziam desenhos, embora menores e menos trabalhados, de pênis em ereção. Não havia jeito, pela primeira vez, não poderia entregar o exercício no dia certo.
Preferiu não passar a humilhação e vergonha de se expor ao fazer uma denúncia do que aconteceu, e simplesmente se aproximou do professor e conversou com ele, dizendo que havia esquecido o exercício em casa. Depois de muita insistir e lembrar como era bom aluno, conseguiu a permissão de entregar tudo no dia seguinte, valendo um ponto a menos. Aceitou a proposta, sabendo que não conseguiria nada melhor e pensando que, mais uma vez, teria que virar a noite de novo.
Enquanto isso, Caio e César riam de sua “arte”.
E assim começou uma nova fase na vida de Léo, pois, uma vez que os irmãos haviam percebido como era bom humilhá-lo sexualmente, eles não pararam mais.
Após as aulas de educação física, os alunos eram mandados para o vestiário, para que pudessem tomar banho e ficarem limpos, para só então vestir a farda normal, que usariam pelo resto do dia. Para evitar problemas, o colégio tornava obrigatório o uso de sunga durante o banho, e também ordenava que houvesse sempre um dos professores de educação física para vigiar os alunos, mas isso nem sempre acontecia.
E, na semana seguinte, não houve ninguém para vigiar os garotos no vestiário. Leonardo estava só de sunga, revelando seu corpo nem magro nem gordo, mas esguio e lânguido. Entretanto, não importava qual sunga usasse, nenhuma escondia ou disfarçava sua bunda. Com duas nádegas não grandes, porém redondinhas, firmes, empinadas e perfeitinhas, ela chamava a atenção de qualquer um que gostasse da coisa.
Mesmo com os olhares que recebia, Léo mantinha-se caminhando como se nada estivesse acontecendo. Quando chegou à parte onde ficavam os chuveiros, se deparou com aquela mesma visão que já havia visto várias vezes ali, mas que ainda o fascinava da mesma maneira: Caio tomando banho. O rapaz usava uma sunga azul marinho, que de certa forma combinava muito bem com sua pele morena. A água escorria pelo corpo definido que, para a idade, era alto e musculoso. O cabelo negro e curto enrolava e caía sobre o rosto juvenil por causa da água. Na barriga, alguns pelos escapavam pelo elástico da sunga, que estava baixo demais.
Olhou para outro lugar, só para ver César tomando banho no chuveiro ao lado. A cena era igualmente bonita, mas com algumas exceções. Mesmo sendo um ano mais velho, César era da mesma altura que Caio, embora fosse um pouco mais forte, quase “troncudo”. Fora isso, os dois eram muito parecidos, quase iguais. Léo então, por instinto, se pôs a tentar descobrir se havia alguma diferença mais interessante entre os dois e analisou o volume formado nas sungas, sem deixar de andar nem de ouvir Caio se vangloriando de como supostamente teria pegado uma menina numa festa. Quando deu por si e se tocou de como estava agindo de maneira insensata, era tarde demais, já havia sido avistado.
“Ei Léo, vem aqui pegar!”, Caio falou sorrindo, apontando para o sabonete que havia propositalmente jogado no chão.
Leonardo era inexperiente, mas não era burro, entendia o que estava acontecendo ali. Embora não soubesse o que exatamente Caio queria com ele e tivesse medo e vergonha do que pudesse acontecer, não podia negar que seus instintos o faziam querer ir lá pegar o sabonete quantas vezes aquele pequeno homem quisesse. Mesmo assim, controlou seu desejo, respirou fundo e se negou a fazer o que era mandado da única maneira que tinha coragem: olhou para o lado, fingiu que não era com ele e continuou andando.
“Acho que tu tá querendo levar uma surra pior do que aquela que eu e o César te demos ano passado, né?”, o rapaz moreno ameaçou, irritado. “VEM LOGO AQUI, PORRA!”
O comando em voz grossa e alta fez Leonardo se tremer de medo e tesão e chamou atenção de todos os que estavam tomando banho. Seu pintinho já estava durinho, mas não era grande o suficiente para formar um volume digno de atenção na sunga. Agora que já era o centro das atenções, o garoto percebeu que teria sido melhor ter atendido a ordem desde o início. Resignado, mas nem por isso menos excitado, ele caminha na direção do sabonete com a cabeça baixa. Então, para evitar mais humilhação, ele começa a dobrar os joelhos, tentando ficar de cócoras.
“Assim não, ô bicha burra!”, Caio xinga, fazendo os outros rirem enquanto ele puxa Léo pelo braço. “Fica aqui, assim”, ele posiciona o garoto menor logo na sua frente, de costas para ele. “Isso, agora pega. Sem dobrar os joelhos.”
Obedecendo as instruções dadas, abaixa a cabeça para não ter que olhar ninguém nos olhos e então começa a se curvar para a frente, até sentir sua bunda encostando no volume da sunga de Caio.
“E foi assim que eu dancei com a mina que eu catei na festa de ontem, pessoal!”, o macho alfa anunciou, enquanto seu irmão começava a cantar a música do Créu bem alto. Léo sentiu uma mão na sua cintura enquanto o rapaz atrás de si começava a dançar de maneira bastante obscena, se esfregando contra as belas nádegas e se mostrando como o fodão comedor.
Léo mais uma vez sentiu um volume quente e rijo entre suas nádegas, mas, de alguma maneira, o de Caio era diferente do de César, mas Leonardo não sabia dizer como. Embora humilhado, ele se sentia mais excitado do que nunca, e teve que se cotrolar para não demonstrar isso, especialmente quando as pernas definidas e já meio peludas de Caio encostavam nas suas.
A maioria dos garotos ali presentes começou a rir da cena e havia até aqueles que começaram a jogar água no rosto de Léo. Alguns olhavam para Leonardo com cara de nojo ou desprezo e alguns poucos sentiram pena do garoto humilhado, mas mesmo assim não fizeram nada. Enquanto isso o pau de Caio crescia na sunga, ficando tão comprido que sua cabecinha escapou pelo elástico, tornando os garotos ainda mais selvagens. Alguns começaram a cantar junto de César, mas em alguns segundos todos passaram a gritar em uníssono: “Viadinho! Viadinho! Viadinho!”
Então se viu a porta do vestiário se abrindo enquanto um dos professores entrava. “Quê que tá acontecendo aí?”, ele gritou.
Caio, assustado, empurra Léo para longe de si. Leonardo, que por causa de sua posição inicial havia sido derrubado pelo empurrão, machuca o rosto e corta o lábio inferior no chão. Olha para trás e consegue ver um relance do volume de Caio, bem como da cabeça de sua pica, antes que o machinho se vire e continue a tomar seu banho de frente para a parede, para poder esconder a ereção que tinha.
Léo tentou se levantar para entrar debaixo de um dos chuveiros e esconder o sangue, fingindo que estava tudo bem. Mas já era tarde, ele já havia sido visto pelo professor, que perguntou a todos o que havia ocorrido ali. Todos os garotos ficaram em silêncio, indispostos a delatar alguém. Léo disse que escorregou e caiu no chão, machucando a boca. Mesmo assim, foi levado para a diretoria.
Não quis delatar ninguém, e continuou com a história do escorregão, a diretora, embora percebesse que era mentira, não queria problemas e acabou fingindo que acreditava na mentira de Leonardo.
Isso tudo só piorou as coisas pois, agora os irmãos sentiam que não seriam dedurados não importando o que fizessem, e passaram a pegar mais pesado nas brincadeiras. Picharam “boyola” numa das carteiras da sala e obrigavam Leonardo a sentar nela todos os dias. Eram desleixados com os próprios livros e acabavam perdendo-os ou estragando-os de alguma forma e então tomavam os de Leonardo para não ficar sem.
Um dia, Leonardo tinha acordado mais tarde e ficado sem tomar café da manhã antes de vir para a escola. Na hora do recreio, quando Caio e César foram pegar o dinheiro do menino. Leonardo ficou com medo, mas resolveu arriscar: antes de entregar a nota de dez reais, com a cabeça baixa, explicou que não havia tomado café, que estava com muita fome e pediu para que os irmãos trouxessem de volta cinquenta centavos de troco para que ele pudesse comprar duas paçoquinhas.
Os irmãos não falaram nada na hora, apenas pegaram o dinheiro e foram comer. Depois de satisfeitos, voltaram com uma coxinha na mão, surpreendendo Leonardo, já que uma coxinha custava R$2, quatro vezes mais do que ele havia pedido.
“Vem com a gente”, falaram, e começaram a andar, sem entregar a coxinha ao garoto.
Em silêncio, Léo os seguiu até a área verde da escola. Obedientemente, ficou andando com eles por ali, até que finalmente os irmãos se sentaram num banco mais afastado, onde raramente ia alguém. Leonardo foi fazer a mesma coisa, mas foi empurrado por César.
“Senta no chão, viado”
Léo obedeceu e franziu a testa em dúvida e nervosismo quando Caio tirou seu celular do bolso. Em poucos segundos, o garoto estava sendo filmado. César começou, “O otário aqui veio pedir pra gente não gastar todo o dinheiro dele por que ele tava com fominha e queria comer”, “Então a gente decidiu dar uma lição nele, pra mostrar quem é que manda”, continuou Caio.
O garoto menor se surpreendeu quando viu a mão morena oferecendo-lhe a coxinha. “Só uma mordida bem na ponta”, obedeceu e seguiu a orientação. Agora a coxinha tinha uma abertura na sua ponta mais fina. Causando ainda mais dúvida ao menino, os irmãos começaram a se gravar tirando os tênis que usavam, dando especial destaque a como as solas de seus tênis estavam sujas: cheias de terra, folhas de grama e um pouco de lama causada pela chuva de algumas horas atrás.
“Pega nossos tênis...”
“Ele disse TÊ-nis, viu, bicha burra? Não vai se empolgando não.”
“Haha! Isso mesmo, irmão. Pega nossos TÊ-nis e limpa a sola deles, coloca toda a sujeira dentro da coxinha.”
Leonardo hesitou, pensou m fugir, afinal de contas, ele poderia muito bem somente se levantar, correr e encontrar algum funcionário da escola que pudesse ajudá-lo antes de ser pego pelos irmãos, afinal de contas, ele estava calçado, os irmãos não. Mas, além do medo de que os dois pudessem fazer no futuro para se vingar, sua submissão natural o compelia a obedecer, obedecer sempre qualquer macho que falasse grosso com ele.
Baixando a cabeça mais uma vez, ele se rendeu à voz grossa daqueles dois machinhos. “Olha pra câmera, otário!”, e ele obedeceu de novo, enquanto começava a passar os dedos na primeira das quatro solas, recolhendo toda a sujeira que conseguia e colocando-a dentro da coxinha.
O processo todo demorou dois minutos de vídeo, ao final dos quais a coxinha estava bem maior do que era no início, inchada, quase se partindo por causa de tudo o que havia dentro dela, do buraquinho da ponta, saíam algumas folhinhas de grama que insistiam em cair e que Leonardo era obrigado a colocar de volta.
“Come”, César mandou.
O garoto ficou parado, olhando para o buraco da coxinha, pensando no que estava prestes a fazer, tentando reunir coragem para vencer o medo e força de vontade para vencer o desejo de obedecer e assim fugir dali.
Um tapa é dado pela mão forte de Caio na orelha do menino, deixando-o com o ouvido zunindo. “Anda, caralho! Tu é retardado é?”
A voz grossa e o castigo físico reforçaram o desejo de submissão do pequeno, que fechou os olhos e levou a coxinha à boca, dando a primeira mordida bem próxima ao buraco. Mastigando aquilo tudo, Leonardo achou que o fato de toda aquela sujeira estar misturada com o recheio de frango do salgado tornava as coisas ainda mais nojentas, mais do que se fosse a sujeiro sozinha. O barulho de seus dentes rasgando as folhas de grama lhe dava gastura e a sensação a lama fria em sua boca inda mais nojo.
Apesar de tudo, Leonardo, de uma maneira muito paradoxal, se excitava com aquilo. Seu pênis se contraía levemente dentro de sua cueca, pois sabia que aquilo havia sido imposta a ele por dois machos gostosos, sabia que ele estava fazendo aquilo para obedecer a eles.
E então, ele finalmente engoliu o primeiro bocado, sentindo algumas folhas ficarem presas no seu dente enquanto uma pequena pedrinha que passou despercebida lhe arranhava a garganta.
Aquilo tudo lhe deu ânsia de vômito e ele podia sentir seu estômago tentando rejeitar aquilo que lhe era oferecido. Abriu os olhos e viu Caio e César sorrindo de uma maneira que nunca vira antes. Eram sorrisos sádicos e cruéis, sorrisos maus que assustavam e excitavam ainda mais.
Sentiu a “comida” voltando, fez cara de quem ia vomitar e levou outro tapa na orelha.
“Não vomita, caralho! Não queria comida? Agora come!”
Leonardo conseguiu se controlar e continuou a comer a coxinha. Embora fosse cuidadoso, era impossível não se sujar, e logo o garoto estava cheio de folhas e lama contrastando com seus lábios rosados e pele branca. A lama escorria e caía em seu uniforme recém-lavado.
Isso tudo lhe dava ainda mais vontade de vomitar, mas continuava comendo pois tinha que obedecer os dois irmãos. Começou a chorar de nojo e humilhação, e disse que não conseguia mais comer. Com medo, entregou o resto da coxinha para Caio, que a pegou gentilmente das suas mãos somente para logo em seguida enfiar-lhe na cara, esfregando e espalhando lama, sujeira e lágrimas na pele branquinha.
“Aprendeu a lição direitinho, tapado?”. Léo balançou a cabeça afirmativamente, levando mais alguns tapas antes que os irmãos parassem de gravar e fossem embora, apressados pelo toque da campa.
E Leonardo não se levantou na mesma hora. Ficou pensando em tudo o que tinha acabado de acontecer, percebendo que tudo aquilo feito seu pintinho melar a cueca e seu rabinho virgem piscar.
Levantou-se e começou a andar para o banheiro. Encontrou uma das pedagogas, que lhe perguntou o que havia acontecido para que estivesse tão sujo, e ele mentiu mais uma vez, dizendo-lhe que havia escorregado na terra fofa da área verde e caído no chão. Ela o levou até o banheiro, onde ele limpou seu rosto, boca e a farda, mas obviamente não conseguiu tirar todas as manchas. A mulher então, querendo evitar-lhe o constrangimento de assistir aula com a farda suja, mandou-lhe para casa.
Já no carro de sua mãe. O garoto ficou em silêncio, simplesmente olhando pela janela a chuva que voltou a cair, lembrando dos sorrisos sádicos dos dois irmãos, e tremendo perante a perspectiva de que somente de agora em diante ele conheceria todo o potencial que os irmãos tinham para fazê-lo sofrer.
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