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Músicas : Replay – Sandy e Junior
Dor? No momento nenhuma. Revolta? Toda a do mundo. Amor? Me de a definição certa disso. Ilusão? Talvez sim ou não. Medo? Certamente.
Minha dor não era forte, os medicamentos certamente estavam fazendo seu trabalho. Revolta sentia de todos os lados, revolta de estar aqui, revolta por tudo que aconteceu comigo nos últimos tempos, o amor era uma duvida cruel que me comia por dentro, será que sentir a mesma coisa por duas pessoas é normal? Não falo de alguma coisa padrão, falo de amar, e ser amado. Danilo não me amava era algo evidente, ele tinha um sentimento de posse, como se fosse meu dono, coisa que certamente não era, queria me ver ao seu lado, e não iria permitir que outra pessoa me ‘possuísse’. Já Pedro era uma coisa recente, muito recente, no máximo duas semanas, mas um sentimento dentro de mim era um fato. Enquanto o que eu sentia? É melhor deixar essa parte quieta. Pois eu mesmo não sabia o que sentia. Ilusão? Será que fiz a coisa certa? Não peguei pesado com Danilo? Envolver Pedro nessa historia era certo? Medo? Isso era a única coisa concreta que eu tinha.
Dormia profundamente jogado nos meus pensamentos e fantasias. Sonhos, até onde a vida pode se tornar sonho ou sonho se tornar realidade? Não sabemos, todos nossos desejos podem explodir de repente, explodir pode ser definido de varias formas dependendo do contexto agora, por exemplo, minha vida havia explodido estar em uma cama de hospital, não é algo agradável e nunca nem vai ser! Mas pera ai? Eu sou enfermeiro já devia estar mais do que acostumado à frequentar hospitais. Mas gostava de hospitais como enfermeiro, não como paciente, ficar numa cama com uma agulha no braço não era uma coisa assim muito legal né?
Via seu rosto calmo, a respiração ritmada, seu braço estava nas minhas costas e eu colado em seu peito, era algo confortável, um aconchego. Me sentia extremamente bem com aquilo, ele era muito carinhoso comigo em todas as situações que vivi com ele! Isso certamente era a sua melhor qualidade, o carinho, a capacidade que ele tinha de fazer as outras pessoas se sentirem melhor apenas com um sorriso. Além de ser carinhoso, como aquele ser era gostoso, apesar de magrinho seus músculos eram definidos, sua boca era linda, seu sorriso é de tirar o folego. Comecei a beijar seu pescoço, seu queixo, dei uns selinhos e ele ia acordando, e disse :
- bom dia, já vi que você esta melhor né? – ele disse virando e ficando de frente pra mim.
- é nada que os remédios não desse conta.
- você não tem ideia de como fiquei quando ele te deu aquele soco, queria arrebentar a cara dele, mas não se preocupe, ele nunca mais vai te fazer mal novamente.
- então o que vai acontecer com ele?
- ele foi preso em fragrante, fiz um boletim de ocorrência contra ele, e como foi pego em flagrante, vai ficar mais um tempo lá dentro até que o juiz dê a sentença, mas acho que ele nem vai chegar a ser liberado. O delegado pediu prioridade no caso, dela talvez ele vá direto pra prisão estadual.
Aquelas palavras foral reconfortantes, fiquei aliviado de ele estar preso e fora do meu alcance, não tem como ele me atormentar mais preso. Agora poderia vive minha vida sem preocupações. No mesmo dia de manha um medico passou e me deu alta. Já não era sem tempo.
Fui direto pra casa minha mãe já estava histérica por ter passado dois dias sem dormir em casa, minha sorte foi que meu olho já estava totalmente desinchado e uma maquiagem básica que a Luana me emprestou disfarçou perfeitamente durante uns dias, nada que uma desculpa e uma historia bem feita não resolvesse. Já de volta pra faculdade tive que estudar o dobro por ter perdido aulas, e estava perto da semana de provas, ou seja, minha vida social se resumiu à estudar, dormir, comer, e ver Pedro todos os dias depois da faculdade, nossa relação evoluiu, estávamos saindo há quase dois meses e nada, de nenhum pedido de namoro, sinceramente não queria taxar nem dar nome denominado para nossa relação. Estava perfeito daquele jeito, e talvez um ‘namoro’ mudaria as coisas, ter que dar satisfações de quase tudo o que eu faço pra outra pessoa não era algo que eu gostava muito, ciúmes era outro fator, toda vez que saiamos juntos e alguém me olhava com algum interesse ou só por olhar mesmo Pedro ficava com uma cara de cú a noite toda. Sendo que a culpa não era minha, era da minha mãe que passou açúcar em mim. Ele que ficasse com a cara feia pra ela.
Depois das minhas provas de final de semestre estava totalmente livre! Apesar de faltar muitas aulas recuperei todas minhas notas tirei entre 8 e 9! CHUPA SEU BANDO DE PATRICINHA QUE NÃO FAZ NADA DA VIDA E AINDA TIRAM 5 NAS PROVAS! Estava super feliz de ter tirado essas notas por consequência já estava de férias em novembro! Depois da minha ultima aula combinei de sair pra tomar um sorvete com Pedro estava com vontade de tomar um sorvete de menta com maracujá. Então fomos pra Ice Bode da Doca e ficamos tomando sorvete o dele de Chocolate, ele já tinha manchado a camisa dele quase toda, parece uma criança, esta um clima bem legal, não tinha ninguém na sorveteria, que era um milagre naquela hora. Então falei
- ei não queres me da um pouco desse teu de chocolate?
- vou te dar com uma condição, fecha o olho. Fechei meus olhos, e sinto sua boca invadir a minha, junto com o sorvete é claro. Foi rápido, acho que nenhuma das atendentes percebeu. Gostou? – ele disse
- muito – disse pegando um pouco do meu sorvete e retribuindo. E ai gostou?
- poxa, mal deu pra sentir o gosto. Ele disse fazendo biquinho.
- palhaço.
Ele olhou nos meus olhos, sabe quando você acha que a pessoa quer te dizer algo? E esta tomando coragem pra te dizer? Então era esse o olhar.
- Fernando quero te perguntar uma coisa.- ele disse serio.
- pode perguntar o que foi?
- olha é o seguinte, a gente já está saindo a algum tempo, e eu to realmente gostando de você, você me faz bem, gosto de quando fico com você, do seu jeito de rir, e como você realmente presta atenção quando eu falo algo, - ele deu uma pausa por que estava começando a gaguejar, era até algo engraçado.
- Fala logo Pedro – já até sábia o que vinha
– VO-VO-CÊ-CÊ QUER NA-NA-MORAR COMI-GO?
PEDRO
Ele me olhava com aqueles olhos castanhos quase mel, ele não reparou, mas sua boca estava toda suja de sorvete, seu beijo era tão bom, estava gelado, era calmo, romântico, lento, carinhoso, amoroso. Acho que era isso o que sentia por ele, amor, sei lá, ele me conquistava, me fazia feliz, mas não sei se ele sente a mesma coisa. Acho que estamos namorando, ficando, se conhecendo melhor, dar títulos para nossa relação é algo complicado. Mas queria aquele branquinho de qualquer jeito, uma duvida era se ele já tinha superado o marginal, acho que sim, por que ele não falava do mané a um certo tempo. Olhando ele assim rindo e sorrindo decidi tomar iniciativa e falei.
- Fernando quero te perguntar uma coisa – eu falei, minhas mãos estavam suando muito.
- pode perguntar, o que foi? – ele falava lambendo mais uma parte do seu sorvete.
- olha é o seguinte, a gente já está saindo a algum tempo, e eu to realmente gostando de você, você me faz bem, gosto de quando fico com você, do seu jeito de rir, e como você realmente presta atenção quando eu falo algo – eu estava começando a gaguejar, e ele me olhava esperando eu continuar, fiquei um tempo sem falar ele me olhava nos olhos e eu ouvi:
- Fala logo Pedro – ele disse me olhando
- VO-VO-CÊ-CÊ QUER NA-NA-MORAR COMI-GO? – falei esperando sua resposta.
Quando ele me olha pega na minha mão sinto ele tremer, e de repente o celular toca, e ele diz:
- espera só mais um pouquinho, já volto. – Pra quem já tinha esperado umas semanas, uns minutos não seriam muita coisa.