DESCULPA A DEMORA, É QUE EU ESTAVA SEM INTERNET EM CASA. SÉRIO MESMO. AH, OBRIGADO MESMO A CADA PESSOA QUE COMENTOU, FIQUEI BASTANTE FELIZ. LEMBRANDO QUE AINDA TEM MUITA ÁGUA PRA ROLAR, ESSE É SÓ MAIS UM CAPÍTULO PARA APRESENTAÇÃO DE MAIS UM PERSONAGEM, AGORA VAMOS QUE VAMOS... VOTEM AÍ?
Tentativas frustradas de voltar a ser hétero - PARTE 02
- NASCEU! - Respondi secamente. Subi as escadas depressa, mas ao chegar ao topo, resolvo me virar, quando vejo que ele continua lá, chorando.
- Que merda que você fez com ele Fernando? - Era Caio. - Vem, Rafael, deixa eu te levar pra casa!
- Eu não fiz nada com ele, você que é um babaca de trazer ele até a mim!
- Ah, tá... Primeiro você... - Caio olhou para mim erguendo as sobrancelhas e dizendo silenciosamente, mexendo apenas os lábios "Se apaixona". -... Por ele, sem ele ter te feito nada. E agora tanto eu quanto ele pagamos o pau?! Tá doido? Só pode! Vem cara. - Foi quando Caio passou o braço direito em volta da cabeça do Rafael e levou ele dali, para o carro.
Coladinho. Braço por cima de braço. Olhando aquela cena um ciúme gigantesco tomou conta do meu corpo. Arrepiei-me. Suspirei buscando calma. Esperei eles saírem para sentar na escada e só então desabar.
- Eu não posso, eu não quero... - Eu tremia. - Vai ser um desgosto imença para meu pai se ao menos cogitar essa possibilidade. - Minhas lágrimas já caíam. - EU NÃO ME PERMITO... - Completei baixinho. - Ser g-a-y!
- Nando, você tá chorando? - Meu pai. Que diabos ele fazia acordado essa hora? Ele sempre foi de dormir cedo.
- Não, pai, não to chorando! - Optei por mentir de besta, pois minha cara não negava.
- Fala Caio! - Ele sentou-se ao meu lado, no último degrau da escada. - CAIO ANTES DE TUDO SOMOS AMIGOS, MEU FILHO! O QUE HÁ? SOU SEU PAI, EU NÃO MORDO! - Ele falou em um tom não de mandão, mas de suplica.
- Pai sem mais perguntas... Me dá um abraço? - OK, EU SEI QUE ISSO MUITO GAY DA MINHA PARTE E BLÁ BLÁ... MAS EU PRECISAVA.
Ele, meu pai, com um olhar super compreensível apenas me abraçou. E naquela hora se eu morasse em Manaus, minhas lágrimas já tinham aumentado a cheia. Agarrado ao abraço do meu pai... Sonhei... Sonhei com minha mãe. Minha linda mãe. Que falta você me faz. Acordei com meu celular vibrando no bolso direito. Empurrei meu pai e sem ao menos ver quem era, atendi.
- Alô. Quem é?
- Sou eu, o Caio!
- Ah, peraí... - Olhei pro meu pai e disse via leitura labial "É o Caio, vou atender lá no quarto! Boa noite. Te amo, coroa. Obrigado.”.
- Já! Fala Caio...
- Tá tudo bem cara?
- Na medida do possível.
- Desculpa ter falado contigo daquela forma por causa do Rafael!Caio se redimindo? Realmente o fim do mundo está próximo, que droga.
- Ainda quer sair hoje? Nem que seja pra beber?
- Sem condições de eu sair hoje, man. E outra; Tá tudo tranquilo em relação ao seu irmão!
- Atá, tava me sentido mal por ter te dito aquilo!
- Você se sentindo culpado? Meu Deus, só poder ser o vírus cor de rosa em, rs...
- Tá maluco é? Eu gay? Só daqui há dez vidas!
- Cuidado! O que a boca fala o cu paga rs!
- Nojento, acha bem que eu só tu né?
- Saí fora Mané.
- Ei... - Ele suspirou. - Mudando de assunto; Tu não vai mais poder vir aqui em casa não, né? Por causa do via... Do meu irmão!
- Sei lá, por enquanto é melhor deixar essa situação esfriar, aí daqui algumas semanas, pode ser! Tenso, né?
- É que... Você sabe isso é muito estranho! Ontem a bussetinha da Hillary e hoje...
- PAROU! Nem continua... - Não gostei... Merda se eu quiser virar viado, gay, dá o cu... O problema é meu!
- Ok mudando de assunto, mas é que eu também sou muito bom no need for speed e...
- Hahahaha, arregou? E você bom no need...? Tá tirando onda com a minha cara é? Saquei! Quer que eu vá te ensinar, né? E aquela fase lá, liberou?
- Sai daí pobreza. Não, não liberei, sabe como é... Tenho a mente muito superior pra aquilo!
- Pobreza é? Rs. O papo tá bom, você é mesmo ruim! Aceite. Mas vou ter que desligar!
- Já? Puta merda Nando, nem começamos a falar de como usar vibrador anal!
- Rs, faz o seguinte; Tu usa, testa se for bom, me avisa! Eu meto o meu pau em você pessoalmente, rs!
- Rsrs, boa noite Manolo! E não vou esquecer essa promessa do pessoalmente em... Já que você é gay mesmo; Beijão... Aonde você quiser!
- Rs, pode deixar! A cabeça do meu pau agradece. Tchau.
- Fuleiro. Tchau.
Desligamos a ligação e fui para o meu quarto, dormir. Acordei com o relógio despertando, era hora de ir pra aula. Que saco. Levantei morrendo, tomei banho me arrastando, mas logo eu tava lindo e belo para o colégio.
- Fala Fernando... Dormiu comigo foi? - Era Caio, eu havia acabado de entrar no hall de entrada do colégio e não o vi, passei direto, sem querer.
- Desculpa não te vi! Mas pra sua informação não, quem dormiu comigo foi a empregada mesmo! Quero dizer, deitamos na cama porque dormir mesmo foi difícil. Ela sabia chupar que era uma beleza.
- Rs, sério?
- Haha, ainda não, além do que ela é velha e feia, mas sabe como é nunca diga nunca, rs.
- Oun, até Justin Bieber agora é? Puta que pariu a situação tá crítica mesmo!
- Babaca. Ei, fez o trabalho de história?
- VOCÊ DISSE QUE IA FAZER... Tá me zoando, né?
- Caralho, Caio você sabia que eu... - Tava me corroendo de amor pelo seu irmão. Não tinha como eu pensa em outra coisa. -... É, ah... Não tinha condições para isso!
- COMO QUE É? Rs, agora tudo por causa do momento mona é?
- CAIO DESCULPA INTERROMPER, MAS É QUE O PAPAI ME MANDOU PEGAR DINHEIRO CONTIGO?! - Não leitores, ele não falou alto. Mas para mim aquela voz, e que voz, se sobressaía sempre na frente de qualquer outra, em qualquer lugar. E sim, era Rafael.
O clima logo ficou tenso. Comecei a ficar sem ação. Que coisas mais... Gay.
- Rafael, eu já disse que o Nando não gosta de você, não dava para ter esperado? - Caio disse seco.
- Ok Cai, também vai com calma, vou ali à cantina e já volto! - Saí deixando os dois a sós. Não pela presença do Rafa, quero dizer, Rafael. Mas sim pelo modo como Caio o tratou, não gostei. Para disfarçar, saí.
Dali fomos para aula, tivemos matemática, depois química e em seguida física. Não aguentava mais ver números na minha frente, mas como Deus me ama, logo o sino bateu. Era o intervalo. Amém.
- Vamos comprar algo na cantina Caio?
- Vai lá cara, não to com suas pernas!
- QUAL É MANO?! Relaxa! Tá assim agora é?
- Foi mal, foi mal mesmo Nando. É os problemas que estão me deixando de lua.
- Problemas... Esses problemas tem nome?
- Quer saber demais, mas não tem nomes não, tem pernas E QUE PERNAS!
- Levante e vamos logo.
- Ok! Bateu aquela fome.
Quando chego na cantina avisto uma multidão se formando, era era...
- É briga? - Perguntei a Caio.
- Deve ser, vamos lá ver quem é...
- Não é briga é... É... Seu irmão! - Olhei incrédulo, era Rafael. Se... Se... - Meu coração falhou. -... Beijando com outro garoto!
- RAFAEL! ESSE VIADO ME PAGA! - Caio gritou nervoso.
Depois não me lembro de muito dos detalhes, mas a cena a seguir foi meio rápida demais e cômica dependendo de quem ver:
- Rafael estava atracado na boca de outro garoto do terceiro ano. Beijo de tirar o fôlego mesmo. Com um tal de Arthur, um ex-amigo meu (Longa história, mas resumindo, o peguei roubando dinheiro meu e o estopim foi as suspeitas sem fundamentos de que Caio sim leitores éramos um trio, era gay. Não gostei tai um ponto positivo em mim, se mexer com qualquer amigo meu, rum, espere as consequências, as piores é claro. Aonde nesse Brasil Caio vai ser gay? Não acreditei e não acredito.). Caio lógico, mas pela SUA reputação do que pela do irmão, interveio na "Pegação". Era uma cena trágica, eles se beijando, Caio agarrando a cintura do irmão o afastando do affair. A rodinha que com eles brincavam, tentava segurar Caio dizendo que era apenas uma brincadeira de Verdade ou desafio. E Caio rebatia dizendo que não tava nem aí. Que aquilo já era demais e tal. Os outros alunos gritavam e agitavam pela escola com e sobre o ocorrido. Tinha gente que filmava. Também estavam presentes as meninas que gritavam enraivecidas pelo fato de tanto Arthur quanto Caio serem lindos e estarem ali, protagozindo o maior beijo gay da escola. E blá blá blá...
- Vão se fuder todos! - Gritei me retirando dali. - E daí se ele tava beijando outro?
Peguei minha mochila na sala e fui pro meu carro no estacionamento, saí de lá cantando pneu. Minha vista tava turva, uma dor de cabeça me consumia, bati. Bati o carro. Atropelando alguém. Um ciclista.
- Cara, você tá bem? - Eu saí do carro a mil por hora, será que a pessoa se machucou muito?
- Poxa, não dava para ter mais atenção? - Ele. Era ele. Um garoto que eu nunca havia visto antes, lindo, extremamente PRESENÇA (Lindo é... Gay demais). Retirou o capacete quando eu pude ver seus cabelos loiros e seus olhos azuis. Meu Deus, assim você me mata.
- Desculpa, eu, eu, eu... Desculpa! - Eu balbuciava alguma resposta, mas nada. Me sentia totalmente culpado.
- Pode me levar num hospital? Meu braço... Dói muito! - Ele fazia altas caretas enquanto falava.
- Vem, deixa eu te ajudar. - O carreguei no colo, mas foi quando ele olhou diretamente eu meus olhos que descobri o amor.
Continuo amanhã?