Passamos os dias juntos e eram os dias mais felizes que já tive depois do Rodrigo. A nossa primeira transa, parece que consolidou tudo o que queríamos e a partir daquele momento nossa entrega foi total. Ele foi para a minha casa e passamos a morar juntos. Eu estava lá, sentado, vendo TV quando o interfone tocou.
- Oi.
- Will, abre pra mim por favor.
- Tá certo.
Fui para a porta, e ao abrir eu tomei um susto ao vê-lo de mala e cuia. Meu susto inicial se transformou eu pura alegria ao ver suas malas.
- Sei que você não está mais doente, mas posso ficar aqui com você?
- Já falei que sim manézão.
- Hum... perfeito! Então seja um namorado bonzinho, ajuda a subir as caixas vai?!
- Olha só, já começou explorando!
- Garanto que você não vai se arrepender... – ele era muito safado rsrs.
Ele não se desfez de suas coisas, apenas levou suas roupas e colocou no meu armário, assim como levou seus itens pessoais como seus cremes, perfumes, loções, livros, CDs, DVDs, etc... e eu que carreguei as caixas #¬¬. Depois de tudo arrumado tomamos um banho juntos e como ele prometeu, fez uma gulosa em mim sob a água quente e ainda bebeu tudo.
Nos primeiros dias morando juntos nós só fazíamos duas coisas, comer e transar. Era incrível como o nosso fogo era grande, parecia que ele colocava Viagra na nossa comida! Era só estarmos juntos que um olhava para o outro de uma forma maliciosa e nos entendíamos numa boa, era sexo pesado kkkk.
Na segunda-feira eu decidi voltar para o trabalho. Passei o fim de semana todo sendo atualizado pelo Rafael, de tudo o que foi feito, dos números e das vendas e tudo mais. A empresa estava estagnada, não ganhávamos nem perdíamos. Sei que o Rafael fez o possível para manter tudo no lugar e eu era absurdamente agradecido a ele. Voltei a empresa e não quis fazer reunião nem nada parecido para anunciar meu retorno, apenas voltei e ponto. Assim que cheguei quis retomar as negociações, então passei o dia ligando para fornecedores e investidores, assim como voltei a olhar a bolsa, o histórico da Bovespa para saber as tendências. Voltei cheio de gás e logo a empresa voltou a crescer.
Os dias foram se passando e tudo estava perfeito na minha vida. Eu tinha o amor perfeito, o homem perfeito, a vida perfeita. Acordávamos cedo só para ficarmos de namoro na cama, nos beijando e nos declarando um ao outro. Íamos para o trabalho juntos e toda hora ele me mandava mensagens de texto falando que me amava, que estava com saudades, que queria meu corpo nu. Um dia desses, ele estava em sua sala e eu fui levar uns papéis para ele.
- O senhor está bem? – perguntei.
- sim, claro, por que não estaria? – Ele sentou na mesa, cruzou os braços e ficou me encarando – Moro com quem eu mais desejei na minha vida, tenho tudo o que eu desejei, sou o homem mais feliz do mundo.
- Ah é? Pois eu digo o mesmo, encontrei o amor da minha vida e estou super feliz com isso. Bem, agora vou voltar pro trabalho. Bom trabalho.
Eu ia sair, mas ele me segurou pelo braço e me beijou. Nossa adorava nossos beijos roubados. Ele foi me empurrando até a porta e a trancou. Eu fiquei assustado com a reação dele, parecia que ele estava com raiva, que ele estava muito irritado comigo, me olhava com raiva, com certo desprezo até. Por alguns segundos ficamos nos encarando, um olho dentro do outro, eu era escaneado por aquele olhar lindo. Num movimento rápido ele me aperta contra si e me beija novamente.
Nunca pensei que ele faria isso. Na verdade eu sempre imaginava a gente se pegando ali no escritório dele, era muito surreal. A sala dele era bem moderna, as paredes pintadas de creme e a mesa dele de madeira polida, sei lá como descrever. Ele me pegou e me colocou sentado nela enquanto me beijava. O clima foi esquentando e ele foi afrouxando a gravata. Não acreditei quando ele fez isso, nem nos meus sonhos mais malucos eu me via com ele naquele prédio.
Ele começou a alisar o pau dentro da calça. Eu o via fazendo isso e ficava sem reação. Enquanto isso ele estava fora de si, eu achei que ele estava louco mesmo, o tesão subiu pra cabeça. Sua rola estava durona e eu babei em ver aquele volume enorme. Continuamos nos beijando e fui descendo. Desci o zipper e liberei a fera. Aquele pau era lindo, branquinho, cabeça rosada, meio babão, era delicioso, chupei demais.
Ele ali, todo arrumadinho, com uma gravata azul e uma camisa branca; a calça preta e com aquele pedaço de carne livre, na minha mão e na minha boca. Ele forçava a entrada da rola na minha boca e cutucava minha garganta. Nenhum dos dois gemia alto, só sons baixos, até porque a secretária dele estava a alguns metros da porta. Eu estava louco de tesão por estar chupando ele ali e com ele vestido daquele jeito, parecia algum filme da men at play, muito gostoso.
Ele logo estava anunciando que estava gozando. O filho da puta avisa quando a porra já estava saindo, voou porra pra tudo que é lado, sujando todo o meu rosto. Ainda bem que tinha um banheiro na sala dele e pude me limpar assim como ele pode secar seu suor. Dei mais um beijo gostoso nele e fui saindo:
- Nunca vi ninguém mais maluco que você.
- claro que sou, você é gostoso demais.
- Em casa você me paga!
E ele me pagou, em casa eu dei uma coça nele, transei tanto com ele que no final seu pau estava vermelho e ele só parou porque estava começando a sentir dor kkk VINGANNNÇAAA! Deliciosa vingança! Minha vida estava assim, deliciosa, cheia de aventuras sexuais e amorosas. Íamos ao cinema, ao teatro, fazer compras, a restaurantes variados, aproveitávamos tudo juntos. Eu acordava e ia dormir sorrindo.
Uns quatro meses depois a empresa estava top de novo, estávamos prestes a inaugurar outra loja na zona norte e ele estaria do meu lado comemorando tudo. Essa loja foi tão bem construída que a imprensa cobriu tudo e ainda fez uma entrevista comigo e com o Rafael. Na foto eu estava de pé com o braço sobre os ombros dele, ambos sorrindo por mais essa realização conjunta. Apaixonados, comemoramos essa vitória com um final de semana em Punta Del Leste, foi incrível.
Quando voltamos de viagem estávamos preocupados com um novo projeto meu, amadurecido durante tal viagem. Depois de trabalhar por meses em um, eu decidi investir em um restaurante de frutos do mar. Não seria meu principal negócio, mas um hobby, que eu deixaria nas mãos de um ajudante de Búzios, que para mim era melhor que o próprio cheff de lá. Decidi investir no rapaz, era jovem e muito talentoso, então naquela semana eu liguei pra ele e pedi para vir para o Rio e conversarmos.
Estávamos em casa, enquanto eu desenhava o projeto do restaurante e o telefone do Rafa tocou, ele atendeu, mas logo, levantou e foi pra varanda. Fiquei meio bolado por ele esconder de mim o que falava, mas deixei quieto. Porém ele voltou muito estranho da varanda, estava sério e pensativo.
- O que foi amor? Algum problema?
- N-não amore, nada!
- impossível! Não mente pra mim! Você estava rindo agora e volta com essa cara de cu, alguma coisa aconteceu.
- Desculpa amor, eu não queria te preocupar, minha mãe... está com a diabetes alta.
- Hum... mas não precisa ficar assim amor, ela se cuida, deve ser só os nervos, logo ela fica bem, relaxa. Vem cá, me abraça.
Ele me abraçou forte e ficamos abraçados. Ele repetia que me amava e eu estava me sentindo o homem mais amado do mundo, era incrível como ele conseguia fazer isso.
Os dias se passaram e a cada dia que se passava eu percebia que o Rafael estava diferente. Alguma coisa tinha mudado, alguma coisa tirava sua paz. Ele estava mais distante, mas pensativo, mais observador e muito mais “grudento”. Ele dizia a todo momento eu me amava, me dava presentes, mas ao mesmo tempo era, como já falei, distante. Eu estava confuso quanto ao seu comportamento. Estávamos a quase 6 meses juntos e ele tinha mudado mesmo.
- o que aconteceu rafinha?
- Nada, já te falei que não tenho nada! Para de me encher o saco!
- Encher o saco?! Como você fala assim comigo? Só quero entender o que aconteceu...
- E eu estou te explicando, não aconteceu nada! Pode me deixar sozinho por favor?
- Você quer ficar sozinho, tendo a mim para te ajudar, para te fazer feliz?
- Eu sei amor, mas por favor, não me faz perguntas, só me deixa amor no meu canto, por favor. – veio ele me beijando.
Eu o abracei e ficamos assim, colados. Eu tentei passar pra ele toda a segurança do mundo, para que ele soubesse que ao meu lado ele não precisaria temer nada. Logo o percebi chorando... era desesperador vê-lo nesse estado e não saber o que tinha acontecido e nem como eu poderia ajudá-lo.
Mais dias se passaram e nossas discussões só pioravam, pois ele fingia não acontecer nada. Mas dessa vez ele começou a sair de casa e não dizer aonde ia, pelo menos uma vez na semana ele fazia isso.
Eu ficava pra morrer com isso, mas na última vez que ele fez isso, eu fiquei muito puto. Ele estava trabalhando comigo o dia todo, quando estávamos saindo, ele disse que precisava sair, mas que logo estaria em casa. Eu falei que tudo bem e fui esperá-lo. Comecei a fazer o jantar e enquanto cozinhava vi as horas se passando e nada dele chegar. Por fim comi sozinho mesmo, pois se passavam das 9 da noite e nada dele aparecer. Eu já estava ficando desesperado. Essa espera me lembrou outra noite e que fiquei esperando e quem eu esperava nunca mais apareceu.
Ao lembrar da morte do Rodrigo eu fiquei mais nervoso ainda pensando que alguma coisa tinha acontecido com ele. Comecei a ligar para ele e nada, seu celular estava desligado. Eu sentei no sofá e fiquei aguardando a notícia ruim.
Meia hora depois ouço o barulho na porta. Meu coração acelerou e minha alma respirou aliviada quando vi ele entrando. Mas esse alívio durou pouquíssimo tempo, logo uma raiva subiu dentro de mim e eu não consegui ficar quieto:
- Que porra é essa!
- Boa noite pra você também...
- você num disse que chegaria cedo? Eu to te esperando desde um maior tempão.
- tá! Foi mau ok?
- Onde você estava?
- por ai... vou tomar um banho!
- Rafa, pelo amor de Deus cara, o que aconteceu? O que eu fiz com você?
- Caralho, de novo esse papo, você não fez nada!
- Então foi você que fez, o que aconteceu? - perguntei procurando os motivos daquela mudança toda.
- Puta que pariu!! Não aconteceu nada – mas eu não conseguia manter muito tempo uma discussão com ele.
- Tá! Tá certo... vou... vou tomar um banho.
Durante o banho não pude deixar de derramar algumas lágrimas por causa daquilo tudo, mas foram poucas. Depois do banho, sai e passei por ele, que estava sentado vendo TV, fui direto pra cama e deitei de lado. Depois de alguns minutos ele veio dormir também. Antes de dormir ele me fez carinho, beijou meu braço, meu pescoço e no meu ouvido falou que me amava. Cada vez que ele me falava que me amava, eu tinha certeza que tudo ia ficar bem, já tinha sofrido demais pra encontrar ele e não tinha como eu perdê-lo agora.
No meio da madrugada eu acordei e ele estava sentado na cama. Eu fui e sentei atrás dele, lhe fazendo carinho e massageando as costas.
- Não vou mais perguntar o que você tem... me desculpa... se você quisesse me contar já teria contado.
- amor, eu...
- não meu amor, relaxa. Só quero você comigo e saiba que eu sempre vou estar com você, juntos podemos enfrentar qualquer coisa. Somos uma dupla perfeita.
- Pior que é mesmo... eu quis tanto estar assim com você e agora estou fazendo isso com você... mas vou melhorar meu amor. Vamos dormir? Amanhã temos que ir pro trabalho cedo.
- Eu te amo Rafael.
- Também te amo Will – nos beijamos de uma forma intensa, mas paramos e fomos dormir.
Depois daquela noite as coisas melhoraram muito. Ele passou a me dar mais atenção, saímos mais vezes juntos e voltamos a transar como antes, de uma forma insaciável. Tudo estava no lugar, tudo estava bem... pelo menos era o que eu achava.
Alguns dias depois ele não foi trabalhar, falou que tinha que resolver algo e que iria passar o dia fora. Como eu sabia que num ia adiantar perguntar só aceitei e fui pro serviço. Passei o dia lá, pensando nele, se estaria bem, o que estaria fazendo, se estava correndo perigo... Enfim... não via a hora de ir pra casa.
Quando terminou o expediente, eu fui à casa da minha filha como fazia todos os dias, fiquei um tempo com ela e depois fui pra casa. Logo estava lá:
- Rafa?
- estou aqui – falou ele da sala.
- Nossa, como você fez falta hoje na empresa! – fui à sala para beijá-lo - Essa nova loja está bombando cara, foi um dos nossos melhores investim... o que está acontecendo? – ele estava sentado no sofá e 2 malas aos seus pés. Na hora que vi as malas meu coração acelerou e eu comecei a suar... o que ele faria com aquilo, ele não poderia ir embora...
- Senta aqui Will... temos que conversar.
- Não, não temos que conversar, só quero que você me explique essas malas... pra onde você vai?
- Vou voltar pra minha casa...
- porque???
- Não dá mais Will.
- O que não dá mais? a gente?
- Isso, não dá mais pra ficarmos juntos.
- Como assim cara, estamos bem, estávamos rindo ontem, transamos pra caralho, somos felizes juntos, mais que felizes, somos perfeitos, nascemos um para o outro cara, você mesmo me disse isso!
- Will não torna tudo mais difícil...
- Não Rafa, eu sei que sou chato, sei que gosto de saber onde você vai, mas eu juro, nunca mais pergunto nada, você pode ir pra onde você quiser, mas fica comigo meu amor. Eu te amo demais!
- Não dá Will! – ele já chorava.
- Claro que dá porra! Só nós querermos, você me ama, eu sei que você me am...
- Will eu to apaixonado por outro cara!