Bom, mais uma parte aê! Caminhando pro final do conto e eu espero que estejam gostando dos rumos da história. Comentem bastante e digam se estão gostando ou não. Um beijo especial pra quem tc comigo no msn, só gente boa. Valeu por tudo e boa leitura. Msn: chpcbh@hotmail.com
Olhei sem dizer nada e me levantei de cuecas para abrir a porta. Ao abrir a porta e sentir um abraço tipo ‘mano’ que recebi de Lucas, olhei para a porta e o vi com um ar de tristeza que me deu pena. Não esperava sua visita, mas tudo ia mudar depois disso.
Pedro estava parado à porta, ainda anestesiado pelo visão de Lucas saindo do quarto e eu de cueca o olhando tão assustado quanto ele.
Tinha tudo pra ser uma grande surpresa amorosa se não fosse naquele momento.
- Acho que cheguei em uma péssima hora né Carlos! Tava se divertindo e eu atrapalhei.
Seu olhar me deu pena:
- Pedro, entra. Vamos conversar!
- Acho melhor eu voltar pra Juiz de Fora. Eu não preciso passar por isso.
Ele se virou e eu segurei seu braço, não aceitaria que ele fosse embora sem me ouvir.
- Fica, por favor! Eu preciso esclarecer umas coisas com você.
- Esclarecer que você já me esqueceu? Acho que não precisa não, eu já entendi.
Ele voltou a se virar e eu tinha que tomar uma atitude de verdade.
- Chega. Senta aqui! Eu quero esclarecer que eu te amo. Eu transei mesmo com o Lucas e foi uma transa ótima, principalmente pra eu perceber que é com você que eu quero ficar. Entendeu ou quer que eu desenhe?
Ele me olhava sem entender nada. Se sentou na cama ainda me olhando fixamente. Acho que ele não sabia se ficava chateado por eu ter revelado o que tinha feito com Lucas ou se dava mais valor a segunda parte da frase, a parte que eu assumia que queria voltar com ele.
- Acho que você precisa refletir sobre isso!
- Refletir Pedro? Eu não quero mais pensar nisso, eu quero viver isso. Eu tô cansado de ser racional demais, de pensar nas outras pessoas. Cansei! Agora eu quero viver o que meu coração mandar e pronto e meu corpo pede você!
- Eu sonhei tanto com isso, Carlos.
Ele me abraçou com um sentimento de carinho tão forte que nos uniu. Eu estava fazendo-o feliz e isso já me bastava. Ele me beijou com carinho, tirou do bolso a aliança que deixei em Juiz de Fora e a recolocou em meu dedo, voltando a me beijar e explorar meu corpo com as mãos.
- Tá pronto pra voltar pra Juiz de Fora e viver do meu lado de novo?
- Acho que tô, mas você não quer aproveitar esse quarto de hotel pra reconciliação?
Rimos juntos e fizemos amor durante um bom tempo. Na cama, no banheiro e em várias posições que nem tinha feito com ninguém. Tomamos um banho delicioso juntos e arrumei minhas malas novamente para voltar pra Juiz de Fora (estava um nômade já kkk).
Sai do hotel e ameacei chamei um taxi. Pensava em ir para o rodoviário e voltar o mais rápido possível, até que Pedro me disse que estava de carro. Ao entrar no carro veio uma grande lembrança na minha cabeça: eu tinha sido muito rude com Sérgio, precisava ao menos me despedir dele. Pedi a Pedro que me guiasse até a casa dele, sem revelar o destino. Chegamos, entramos na casa enquanto a empregada foi chama-lo. Me sentei no sofá ainda olhando para a cara de curiosidade de Pedro, até que vejo Sérgio descendo as escadas.
Eu estava com uma vergonha enorme pela grosseria dos últimos dias, mas ele pareceu nem se lembrar.
- Tava sumido hein rapaz.
Me deu um abraço apertado e estendeu a mão pro Pedro.
- E você é???
- Pedro, namorado do Carlos.
- Claro, já ouvi falar de você. Então, a que devo a visita dos pombinhos?
- Eu vim te agradecer Sérgio, por ter me ajudado nesses dias. Você não sabe o quanto foi importante ter te conhecido. Eu vou voltar pra Juiz de Fora hoje.
- Que bom que vocês se acertaram. Eu desejo tudo de bom pra vocês. E parabéns hein.
Dessa vez ele abraçou Pedro primeiro e nesse momento vi Lucas ao lado escutando a conversa com uma expressão de tristeza. Sérgio me abraçou também e eu disse em seu ouvido:
- Parabéns pelo filho hein.
Ele deu um riso safado e disse no meu ouvido:
- Tô sabendo safado.
Demos adeus aos dois e a cidade. Chegamos em Juiz de Fora e fomos de volta pra casa de Pedro, pra nossa casa. Arrumei minhas coisas em meio a seus beijos e abraços. Como eu amava aquele cara. Ele me fazia feliz e eu estava disposto a passar por cima de tudo desta vez. Recebi ligações da minha mãe, avisei meu retorno e ela me lembrou do casamento de João que seria no dia seguinte. Desnecessário lembra dele nesse momento né! Desliguei o telefone e me entreguei a Pedro novamente. Não tinha restrições entre a gente.
Ficamos juntos o resto da tarde:
- Agora você não sai daqui de jeito nenhum hein Carlos. Se precisar eu te amarro na cama.
- Hum... Muito boa essa ideia. Tô começando a gostar de fugir.
Ele pulou em cima de mim e começou a me morder de leve, me deixando excitado rapidinho, até que recebo um sms. Me levanto do sofá, pego meu celular e olho o torpedo:
“Ainda dá tempo de me fazer desistir disso aqui. Só depende de você. Estou te esperando no meu apartamento. Te amo.”
Olhei para aquele celular ainda sem reação...
CONTINUA...
