Olá, essa é a penúltima parte do conto. Espero que tenham gostado até aqui e que gostem do desfecho. Todos os comentários são muito importantes e são os que me move a continuar o conto. A ultima parte vem em breve e vem uma dedicatória tbm. Opinem muito e façam suas apostas! Boa leitura...
Me levanto do sofá, pego meu celular e olho o torpedo:
“Ainda dá tempo de me fazer desistir disso aqui. Só depende de você. Estou te esperando no meu apartamento. Te amo.”
Olhei para aquele celular ainda sem reação. João tinha resolvido colocar nas minhas costas a responsabilidade sobre o casamento dele. E o pior de tudo é que eu me senti de certa forma responsável mesmo. Talvez se eu não tivesse junto com Pedro eu poderia estar com ele. Se eu tivesse dado uma chance pra ele talvez eu nem teria sofrido o que sofri com Pedro desde o começo. Mas pra que tanto “se”?
Eu estava bem de novo com Pedro, recebendo muito carinho e não fazia sentido eu correr atrás do João dando sinal verde pra ele acabar com o casamento sabendo que eu não voltaria inteiramente pra ele.
As aulas iriam voltar e eu precisava me concentrar, mas antes das aulas tinha esse maldito casamento. Por mais que eu não fizesse nada pra impedir eu fazia questão de participar desse grande evento. Em meio aos pensamento nem vi Pedro chegar:
- Pensativo hein! Mal sinal...
- Pensar sempre é bom meu amor. Até parece que não vai ser psicólogo. Que tal sair hoje a noite hein??
- Com você eu vou até pro inferno.
Bobo, ele me encantava a cada dia, a cada beijo. Eu amava ele. Eu sei que estou sendo repetitivo com essa conclusão, mas isso era muito importante. Se não fosse isso eu não teria voltado pra casa dele, nem pensaria duas vezes antes de intervir no casamento do meu primeiro amor correspondido, João.
Saimos pra jantar no shopping e depois fomos no cinema. Nos agarramos o filme todo e saímos de mãos dadas do cinema.
Andamos até uma pracinha e começamos a conversar amenidades quando avistei os noivos a poucos metros de distância.
Não consegui parar de olhar. Creio que Pedro não havia reparado, mas ver João e aquela piriguete se agarrando tava acabando com meu humor. Na verdade eu não tinha nada contra ela, provavelmente ela o amava e estava feliz por se casar com ele, mas ele ainda mexia muito comigo, não tinha explicação.
- Vai prestar atenção em mim não Carlos? Te pergunto e você não responde.
Nesse momento ele viu quem estava tirando minha atenção!
- Não acredito que a gente vai brigar de novo por causa dele.
- Quem tá brigando é você! Eu não disse nada.
- Sabe o que eu acho? Acho que você deve conversar com ele e descobrir o que vocês dois querem. As vezes é melhor vocês ficarem juntos do que se enganando.
Ele estava certo. Reconheci o quanto ele deve ter sofrido pra admitir isso, mas eu precisava conversar com ele. Acenei que sim com a cabeça e fui atrapalhar o casal. O semblante de João estava triste, ele ainda não tinha me visto ali e seu olhar de surpresa fez meu coração disparar:
- Carlos é... tudo... bem?
- Tudo João, e vocês?
- Tranquilo.
- Então, queria conversar com você, pode ser?
- Claro.
Ele falou algo no ouvido da noivinha e ela saiu. Ele me seguiu pra um banco mais quietinho e eu ainda pude ver os olhares de Pedro me secando:
- Você veio com esse mané pra conversar comigo? Sabia que ele era idiota, agora chifrudo...
- João, o Pedro é uma das melhores pessoas que eu já conheci. Por isso que eu o amo.
- Ah, então você veio conversar comigo pra falar o quanto você ama o idiota?
- Se é pra falar assim comigo é melhor eu ir embora.
Ia saindo quando ele me puxou, com uma força enorme que eu cai no seu colo e ele me deu um beijo. E que beijo. No começo me segurei, mas depois deixei rolar. Eu estava com muita vontade daquilo, não adiantava negar.
O beijo foi tomando grandes proporções e ficando cada vez mais apaixonado. Esqueci do lugar onde eu estava e não me importava com mais nada.
Mais uma vez eu estava me dividindo entre os dois. Mas eu não conseguia me decidir. Tentava colocar tudo em xeque. Não deu certo. Fugi, recusei aos dois, e nada.
Talvez a melhor solução fosse me entregar.
O beijo estava cada vez mais quente, já estava com falta de ar.
Me soltei do beijo e o julgamento veio:
- Era isso mesmo que você precisava Carlos. Descobrir que é com ele que você quer ficar e pronto.
- Calma Pedro, eu não decidi nada. Esse beijo foi um erro, eu sequer conversei com ele.
- Erro? Não. Erro tem sido a gente continuar junto. Decida o que você quer de uma vez por todas. Agora!
CONTINUA...