Era sábado, 9 horas da manhã. Sabe quando você acorda sem ter nada pra fazer? Resolvi ligar meu computador e entrar no face. Encontro meu amigo Patrício por lá e começamos a bater papo. Ele me perguntou o que eu faria de bom nesse sábado ensolarado e eu disse que não tinha planejado nada. Foi então que ele me convidou para tomar banho de piscina em sua casa. Disse também que seus pais tinham viajado e que ficaríamos à vontade.
Patrício é meu amigo desde a infância. Hoje ele tem 18 anos e eu 17. Sempre o admirei, pois além dele ser lindo, é uma pessoa fantástica. Aquele tipo que todos gostam e que faz amizade fácil com todo mundo. Ele é moreno, tem 1,80 m de altura, 80 kg, forte pela musculação que pratica, além do futebol e natação. Também não sou de se jogar fora. Tenho 1,75 m, loiro, 70 kg bem distribuídos, pratico os mesmos esportes que meu amigo. Até nisso somos parecidos.
Cheguei à sua casa por volta das 11:00 h e já o encontrei na piscina. Ele estava ainda mais lindo dentro daquela sunga vermelha.
Eu: Oi Patrício...beleza?!
Patrício: Beleza rapá!!! Tira essa roupa e entra logo aí...
Comecei a tirar minha roupa lentamente e percebi uns olhares diferentes em minha direção. Achei estranho, pois nunca rolou nada entre a gente, não que eu não desejasse, na verdade sempre fui louco pra ficar com ele, mas a fama de mulherengo deixava clara a sua opção sexual. Ele realmente traçava todas as menininhas da cidade. Acho que eu estava imaginando coisas...
Eu: Quem mais você convidou?
Patrício: Só você.
Eu: Pensei que quisesse fazer uma festa hoje, afinal está sozinho esse final de semana.
Patrício: Queria ficar assim...isolado.
Eu: Você está com algum problema? Você sempre vive rodeado de pessoas. Cadê as gatinhas que você vive pegando?
Patrício: Eu te chamei aqui porque estou precisando desabafar com um amigo. E você é meu melhor amigo.
Confesso que me emocionei e fiquei com os olhos cheios d’água...
Eu: Poxa cara!!! Obrigado por me considerar assim. Você também é o irmão que eu não tive. Você sabe que também o considero assim.
Ficamos em pé dentro da piscina com água até o pescoço, conversando...finalmente ele começa o tal assunto:
Patrício: Eu to gostando de alguém e não sei o que fazer...
Eu: Não tô acreditando no que estou ouvindo. Você nunca teve esse tipo de problema, sempre foi safo com as meninas...
Patrício: É sério, cara!!! Dessa vez é diferente. Pela primeira vez na minha vida estou realmente amando alguém. Sinto meu coração apertar sempre que estou ao lado dessa pessoa. Tenho vontade de falar toda a verdade, mas tenho medo...
Eu: Medo de quê?
Patrício: Medo dela não gostar de mim do mesmo jeito que eu gosto.
Eu: Só existe uma maneira de você descobrir isso: contando a ela tudo o que você sente.
Nesse momento juro que fiquei com inveja dessa puta de que ele estava gostando, queria eu estar no lugar dela.
Patrício ficou em silêncio por alguns segundos e percebi lágrimas rolando em seu rosto. Dava pena de ver um homem lindo como aquele sofrendo por amor. Por impulso o abracei, fiquei fazendo cafuné nele como se fosse possível transferir todo o sofrimento dele pra mim...ele começou a soluçar e me segurando forte, sem olhar em meus olhos, ele começou a dizer...
Patrício: Eu estou amando você...será que nunca percebeu isso?
Fiquei sem reação. Fui pego de surpresa. Nunca imaginei ouvir isso dele. Olhei fixamente em seus olhos, mas ele abaixou a cabeça. Suspendi seu queixo novamente e, novamente, com meus olhos cheios d’água disse sem medo: eu sempre te amei – e o beijei...foi o beijo mais doce, mais meigo, e mais selvagem ao mesmo tempo...
(continua...)