E ae leitores queridíssimos da casa dos contos! Tudo bem com vocês? Finalmente depois de loooooongas horas sem o macbook posso poder postar mais um capitulo! E hoje estava fazendo umas pesquisas de musicas que se “casariam” perfeitamente neste capitulo e caso vocês queiram ouvi está aqui (Cartas pra Ariel: www.youtube.com/watch?v=wj1BKi57Pdg e o beijo www.youtube.com/watch?v=EPyVMgxuGLk ) Acreditem, vocês não vão se arrepender! E gente vamo fazer a campanha “ONDE ESTAS TU, ÓH RAFAEL DO APAIXONADO POR UM PITBOY???” kkkkkkkkk... Vamos para o conto?
Acho que já se tornou até clichê o dizer o quanto estava ferrado. É sério! Vocês devem ter reparado já nisso... Sempre acabo me fudendo em cada capitulo... Agora é oficial: Sou o cara MAIS azarado desse site. Mas agora que notei uma coisa: nunca liguei muito pra minha consciência, sabe... Sempre fiz zoações da cara dos outros e me sentia NORMAL com aquilo. Mas agora ela estava esmagadora... Ariel ainda estava com os olhos fixos naquela folha e a boca entre aberta.
-- O q-que sig-nifica iss-o? – a voz com uma vibração falhada.
-- Olha não é nada disso do que você está pensando! – mentira. Era isso mesmo o que ele estava pensando.
-- COMO ASSIM NÃO ERA O QUE EU ESTOU PENSANDO! EXPLICA-ME QUE MERDA É ESSA AQUI! – ele gritou atirando o papel na minha cara...
--Eu nunca quis enganar você – mentira de novo – Eu ia te contar a verdade... – meia-mentira.
--A VERDADE!!! A VERDADE É QUE SOU UM VERDADEIRO TROUXA DE ACREDITAR EM VOCÊ! – o rosto e os olhos vermelhos de choro e raiva - ENQUANTO EU CONTAVA A MINHA VIDA INTEIRA A VOCÊ, ERA SIMPLESMENTE PRA RIR DA MINHA CARA!
--Ariel me escuta! No comecinho sim, mas agora...
--CALA BOCA!!! NO FINAL DAS CONTAS VOCÊ É BEM PIOR QUE TODOS ELES JUNTOS!- passando a mão nos olhos;
--Você precisa confiar em mim!
--Deixe-me adivinhar o que aconteceu! – a voz abaixou em um som gutural de dar frio na espinha - Seu papaizinho te empurrou pra me bajular só pra conseguir se firmar no trabalho.
--Sim. – se é pra ser honesto que assim seja...
Ele se virou de costas pra mim e abaixou a cabeça; Eu realmente sou mal.
--Sabe o que é mais engraçado? – ele novamente se virou pra mim - É que realmente achei que você era meu amigo. Meus sinceros parabéns! Você é um excelente ator.
--Mas eu sou seu amigo! – E eu queria ser mais que isso...
-- Amigos, não fingem, não mentem... Você é igual a todos eles... Por quê? Por quê em me diga pra ver se eu entendo, por que eu já estou enlouquecendo mais ainda!!!
Eu fiquei tentando encontrar algo no meu vocabulário mas nada vinha.
--Nunca mais olhe de novo pra minha cara! EU TENHO NOJO DE MIM MESMO POR SER TÃO ESTUPIDO A PONTO DE TE...
Eu arregalei os olhos pra que ele iria dizer.
--TE...TE CONSIDERAR UM AMIGO... – gritou;
-- Olha Ariel no começo eu realmente fiz tudo o que me recomendaram... mas com o passar do tempo, eu realmente aprendi a go-gostar de você! – minha voz falhou na palavra mentirosa.
Ele se aproximou de mim ficando a um palmo do meu rosto. E meu coração quase galopou de tão forte que estava batendo. E me deu tapão tão grande na cara que sentir ela estralar e arder pra porra...
--VÁ PRO INFERNO!!! –gritou ele saindo pela porta do meu quarto correndo. Fui atrás dele de toalha.
--Ei me espera. Pelo menos me deixe o levar pra casa!!! – tentei segurar o seu braço mas só agarrei o ar.
--ESQUEÇA QUE EU EXISTO! – grunhiu pra mim.
E saiu porta a fora. E tentei ir atrás dele mas ele correu.
Voltei pra casa e comecei a chorar. Eu não sou uma dessas pessoas que chorão por qualquer motivo, eu não me lembro da ultima vez que fiquei nesta situação. Eu me sentia mal e destruído, com um nó na garganta que era sufocante. Entrei no meu quarto chutando a porta e socando a parede. Me escorei na cama mas fui escorregando até ir pra o chão.
Eu sou um verdadeiro fracasso como homem. Nunca tive fidelidade, ou verdadeiro respeito por alguns... Nunca me apaixonei de verdade...Sempre vivi nessa bolhinha do País da Macharada, onde só havia raves, cerveja, mulheres gostosas bucetudas e dinheiro. Nunca disse pra alguém eu te amo... Sempre acreditei que amor era só uma coisa que a mídia exibia em novelas ridículas e romances de 2,50 de banca de revista.
Mas agora eu sentia nojo de mim, da minha vida, das minhas atitudes... Um desprezo imenso por mim mesmo. E mais ainda. Um arrependimento colossal; Me levantei, vesti uma cueca ainda soluçando e cai na cama afogando a minha cara no travesseiro. Não dormi bem.
Só cai em inconsciência pra depois acordar. Até que pensei: amanhã ele vai pra escola, e estará mais calmo e vou conseguir me explicar. Tudo vai dar certo. E um pequeno sentimento de tranquilidade tomou conta de mim. Não sonhei com nada.
A luz quente e irradiante do sol já entrava no quarto e levantei num salto. Molhei o rosto e vi que só tinha um pequeno vestígio do tapa. Deixei a barba rala por fazer pra ficar menos visível.
Depois da minha higienização eu fui correndo pro colégio. Meus amigos já me esperavam na entrada mas me esquivei deles e fui pra aula, louco da vida, implorando pra que ele fosse pra aula. Esperei. Mas o tempo passava e eu tava nem ai pra que o professor dizia... Acho que se ele falasse latim-catalão nem teria notado.
E ele não foi pra aula. E no dia seguinte também. Tentei ligar pra ele, enviei mensagem, e-mail. Mas nada. Depois fiquei sabendo que ele tinha pedido afastamento por 15 dias da escola, alegando uma virose. Sei que era mentira, pois ele me evitava.
Tentei visita-lo mas fui barrado no portão pelos seguranças... Pensei até em pular o muro, mas depois vi uma dupla de pitbulls e desisti. Eu preciso falar com ele. Eu preciso... repetia mentalmente isso pra mim mesmo... Até que chegando em casa fui pro quarto e cai na cama... Dormi como um morto.
Os dias foram se passando e eu faltava subir pelas paredes de tanta apreensão. Ele quer me matar na unha de tanta crueldade? Ou será que eu teria que viver com esse silencio enlouquecedor até o resto da minha vida? Eu não aguento mais isso... Isso me corrói por dentro como se alguma coisa estivesse me rasgando e cortando violentamente por dentro.
Mas dái surgiu uma ideia mirabolante completamente doida , que até agora eu nunca tinha pensado. Ele se amarrava nessas coisas antigas certo? Então se para eu conseguir o seu perdão, eu teria que fazer a moda antiga. Fui correndo revirar um armário atrás de caixas de envelope e peguei-os. Arranquei paginas em branco do meu caderno e comecei a escrever...
“Querido Ariel,...” e fiquei tentando e tentando até eu conseguir por no papel tudo aquilo que queria dizer mas não conseguia. Eu travava sempre e ficava igual um bobo segurando a caneta. Seja forte homem
Então comecei a escrever:
“Querido Ariel,
Você não me quer me ver nem pintado de ouro. E nunca te culparei por isso. Mas quero que você saiba o quanto você é importante pra mim... No começo nunca procurei te entender de verdade, fiquei zombando de você como se fosse um ninguém. E é uma das coisas mais ridículas que eu já fiz; Depois que soube quem era você confesso que as minhas primeiras atitudes foi por puro interesse, e de um egoísmo muito grande... Mas com o passar do tempo mudei de comportamentos e pensamentos sobre tudo e cheguei a conclusões que deixo bem claro aqui:
NÃO IMPORTA O QUANTO VOCÊ CORRA DE MIM, NÃO IMPORTA O QUÃO LONGE VOCÊ POSSA ESTAR, OU O QUÃO MAGOADO VOCÊ ESTEJA, QUERO QUE SAIBA QUE SEMPRE, SEMPRE VOU ESTAR AO SEU LADO. QUANDO VOCÊ CAIR EU SEGURAREI A SUA MÃO, E A MESMA COISA É PRA MIM. SEMPRE QUE PRECISAR DE MIM ESTAREI JUNTO CONTIGO. SEMPRE.
MESMO QUE O CÉU CAIA OU O OCEANO FERVA EU SOU E SEMPRE SEREI UM PARCEIRO PRA VOCÊ... E QUERO QUE FIQUE CLARO ISSO...mas quero falar com você... vá pra escola dia 17 as 15h00min na sala de arte do colégio...
Do sempre seu Bernardo.”
Micou meio sem sal na minha opinião mas dobrei o papel e coloquei no envelope; Peguei o carro do meu pai e sem que os seguranças me vessem coloquei a carta na caixa de lá;
Agora só era esperar... Eu mal conseguia ficar quieto no chão... falta abri a janela e pular de tanto nervosismo. Foi ai que 5 horas depois recebi uma mensagem. Era dele. ERA DELE!!!! PEEEEEEEGGGGGGGGGGGAAAAAAAAAAAA POOOOOOOOOORRRRRRRRAAAAAAA!!!!!!
“EU NÃO VOU PRO COLÉGIO. EU VOU PRA SUA CASA AGORA.”
Eu quase tive um treco é serio... O que ele iria dizer? O QUE EU VOU DIZER?????????? Acho que vou vomitar... Mas isso não era hora de fricote e frecuras... Fui correndo pro banheiro tomar uma ducha rápida e me higienizar... Não tirei a barba rala por que me acho um mó gatão desse jeito... HEHEHEHE... A campainha tocou.
Fui correndo atender a porta. O meu pai se assustou me vendo daquele jeito, antes fui dar uma arrepiadinha básica no cabelo...E atendi a porta. Ele estava lá com um olhar indecifrável... E ele é tão, tão...
-- Não vai me convidar pra entrar mais uma vez? – disse ele calmo.
--Entra. – disse bestificado.
--Olá , Sr. Alberto...- cumprimentou de uma forma educada;
--AHh, meu jovem Ariel!!! É uma honra te-lo em casa!!!- UMA HONRA EM TE-LO EM CASA? MEU PAI ODIAVA RECEBER VISITAS!!! Vai ser puxa-saco lá na China...
-- Vem, vamos pro meu quarto... – disse puxando de leve o braço dele.
Subimos as escadas bem devagar e ficava me perguntando e agora? Chegamos lá e tranquei a porta, por precaução.
--O que você escreveu... – ele falou – era verdade?
--Sim.- respondi.
-- Então me diga. Quero ouvi da sua boca. – ele disse tranquilamente.
--Eu não preciso dizer... Você já sabe. – disse envergonhado.
-- Mas eu quero que você fale pra mim... – murmurou ele corando.
-- Eu quero estar onde você está... – cheguei mais perto dele. – Quero viver junto com você. – passei o braço pela cintura dele...- Quero ver sempre seu sorriso. – encostei minha boca no ouvido dele – por que eu te amo.
E o beijei. Eu me senti...Sei lá como me senti... Uma mistura de adrenalina e alegria que explodia de uma forma que nunca senti antes... Agora eu entendo as palavras de Shakespeare: Estas alegrias violentas, tem fins violentos... Falecendo no triunfo como fogo e pólvora...QUE NUM BEIJO SE CONSOMEM
CONTINUA