Aí galera, mais uma parte do meu conto pra vocês, estou adorado que vocês estão comentando, dando opiniões, palpites, mostrando suas preferências entre Caio e Félix, espero que continuem gostando... Mas no que será que vai dar isso hein? Continuem acompanhando... Obrigadão!
Então fomos almoçar, eu o Caio e a Fátima, estava tudo tranquilo, não converso muito na hora do almoço, pois eu acabo falando demais e não como, mas no meio da refeição o telefone tocou, a Fátima se levantou e foi atender, continuei na minha, a Fátima resolvia muita coisa por aqui, ela apareceu na cozinha novamente e com um sorriso grande.
-Eric, é pra você!
-Quem é? – minha curiosidade já estava aguçada.
-Não sei, quer falar com você.
-Nossa, pra que tanto suspense?
Fui atender ao telefone, estava mais querendo saber quem era do que o que a pessoa queria falar comigo.
-Alô?
-Oi filho, é a mamãe!
-Mamãe... Mamãe... – falei fingindo não lembrar quem era “mamãe” – Ahh mamãe, lembro de você! Algum tempo atrás você esteve aqui em casa!
-Venho com um sorriso e você vem com 5 pedras na mão.
-Desculpa mãe, é que você passa tanto tempo fora, mas como você está? Como está o papai?
-Estamos muito bem e por aí, está tudo bem? Não arrumou nenhuma confusão não é?!
Eu deveria falar a verdade? Deveria dizer que nada estava bem, tudo estava sendo uma loucura e que já arrumei muitas brigas, não!
-Está tudo ótimo mãe!
-Então, liguei para dar uma novidade, nós estamos voltando pra casa, chegaremos hoje a noite e vamos passar seu aniversário juntos.
-Vocês estão vindo? – aquilo me surpreendeu e alegrou meu dia, todas as coisas ruins que tinha passado pareciam não importar – nossa, meu aniversário... – eu nem me lembrei do meu aniversário e seria em 3 dias, tanta coisa ao mesmo tempo, nem tive tempo de pensar em festa, isso não era uma prioridade – vou estar esperando.
-Vou desligar, beijinhos amor!
-Tchau mãe.
Fui pra cozinha, estava super feliz, logo comecei a pirar.
-Meus pais estão chegando Fátima, acho que devíamos fazer alguma coisa pra recebê-los - disse com um tom neurótico.
-Eric, relaxa, são apenas seus pais, não são Obama e Michele – disse o Caio rindo.
-Caio! – Fátima apenas chamou sua atenção.
-Eu sei, mas é mais fácil ter o presidente aqui do que eles, então eu tenho que fazer de um jeito que eles queiram ficar.
Depois de tanta discussão e desespero, decidimos fazer um jantar de boas vindas, seria o melhor, nada tão grande, mas significativo, mais tarde fui pro meu quarto me arrumar, Caio então apareceu pra conversar comigo.
-Eric, posso falar com você um instante?
-Claro Caio.
-Então, seus pais estão chegando, você pensou sobre falar com eles?
Ele não falou sobre o que, mas eu entendi o recado, era sobre o Félix e a minha situação de estar namorando outro garoto.
-Não.
-Não pensou ou não vai contar?
-Não vou contar – estava decidido, eu não teria coragem, minha mãe poderia até entender, pois as mães têm isso, não importa o que, elas sempre vão amar seus filhos incondicionalmente, mães são únicas, mas agora meu pai, ele sempre foi sério comigo, não brincávamos, não conversávamos sobre coisas diversas, nada sobre mim e ele tinha um ar tão autoritário, eu tinha um pouco de medo quanto a ele, acho que ele não aceitaria tão bem isso – e gostaria que você também não contasse.
-Pode ficar tranquilo, não vou fazer nada que você não queira.
-Obrigado… - eu sentei na cama e tornei a falar com ele – você têm sido ótimo pra mim – não aguentei a emoção, então escorreu uma lágrima – se não fosse você eu nem sei como seria, você é o melhor irmão que poderia ter.
-Eric, você está chorando? – ele ficou uma mistura de preocupado com assustado, porque eu não chorava em frente as pessoas.
-Tudo é tão difícil pra mim, eu finjo que não ligo, mas no fundo eu ligo, tem meus pais que não param em casa e é tão ruim ser apontado por onde você passa, aí você tem que esconder tudo das pessoas que você mais gosta e quando eu encontro alguém que está acabando com parte dessa tristeza toda, você nem aprova.
-Eric, não chora, tudo vai se resolver, eu prometo.
-Não sei não.
-Pensa, seus pais estão voltando, você deu uma surra naquele idiota na escola… - ele deu uma risada e depois falou sério – e se isso vai te deixar feliz, eu não vou mais reclamar ou falar mal do seu… - ele não gostava de falar essa palavra, mas falou – namorado.
-Sério?
-Não, mas vou tentar o possível.
-Obrigado.
Demos um abraço, nessa hora já não estava mais chorando, então fomos todos terminar de nos arrumar para o jantar, eu fui o primeiro a ficar pronto, sentei na sala e fiquei esperando eles chegarem.
Já eram 7:00 horas, logo todos já estavam prontos, estava tão ansioso, já devia ter bem uns 2 meses que não os via, as horas pareciam não passar e eles pareciam que nunca iam chegar, já eram 7:30, 8:00, nenhum sinal, resolvi ligar, já estava preocupado, algo podia ter acontecido, um acidente – nessas horas sempre pensamos o pior – então liguei, mas só caia na caixa postal.
Fiquei doido, preocupado com eles, eles também nem davam um telefonema, mas então ouvi a fechadura da porta se abrir, era minha mãe.
-Mãe! – fui em sua direção abraça-la!
-Amorzinho, que saudade! Você cresceu…
-Não exagera mãe – dei um sorriso, olhando por trás dela, procurei alguém.
-Mãe cadê o papai?
-Filho, houve um probleminha, seu pai chegará em alguns dias.
-Entendo, será que ele chega a tempo do meu aniversário?
-Claro meu amor.
Por que será que eu não acreditava naquilo? Mas eu tentava, então fomos jantar, eu estava feliz, minha mãe estava ali, mas meu pai não estava, um sem o outro não é a mesma coisa.
-Então, o que eu perdi por aqui?
-Nada mãe! – respondi rápido, dando sinal pra todos que nada era pra ser falado.
-Hum… E a faculdade Caio, como está?
-Está indo bem, estou quase terminando, eu não vejo a hora do fim do ano chegar e eu me formar logo, estou muito ansioso.
-Parabéns Caio, é bom saber que você dá valor as coisas, você sempre foi um ótimo menino.
-Obrigado Dona Victória.
-Dona? – ela na hora ficou furiosa – eu não sou uma dona, sou muito jovem pra isso – ela ficou emburrada – Fátima, eu pareço uma dona?
-Claro que não Victória, o dona foi só por respeito, você parece irmã do Eric!
Minha mãe era complexada com sua juventude, ela era sim muito bonita e jovem para sua idade, mas não, ela não parecia minha irmã, parecia minha mãe.
-Mãe sobre meu aniversário, eu não queria fazer algo grande sabe, queria fazer algo aqui em casa mesmo, só nossa família, poucos amigos.
-Mas são seus 18 anos, achei que faria uma festa grande.
-Esse ano não, não estou muito animado.
-Você que decide.
Terminamos o jantar e eu fui pro meu quarto, esse jantar foi tão estranho, não foi muito o que eu esperava, minha mãe não falou da viagem, quase não falou do meu pai, mas é normal dela.
Já estava me preparando pra ir dormir quando o Caio entrou no meu quarto.
-E aí, está melhor agora?
-Em partes, sim, amanhã vai ser outro longo dia.
-A escola ainda te deixa mal, não é?!
-É, todo dia ficar ouvindo aquelas piadinhas, é um saco!
-Pode deixar que eu resolvo isso pra você – ele deu um sorriso, como se tivesse um plano.
-Como?
CONTINUA…
