Ah, a Copa do Mundo... (parte 4)

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Homossexual
Contém 1632 palavras
Data: 13/06/2012 19:07:05

Gostaria de mais uma vez agradecer a todos vocês, leitores. Sempre me incentivando a continuar. De coração, obrigado.

Quem desejar entrar em contato, o e-mail que uso pra Casa dos Contos é: daniel_casadoscontos@yahoo.com.br. Ok?

Já aviso que por problemas pessoais e técnicos, vou ficar sem postar por uns dias. Espero que compreendam. Grande beijo.

Leia a parte anterior aqui: http://www.casadoscontos.com.br/texto/Meu rosto queimava. Sentia como se todo meu sangue estivesse no meu rosto e fervendo. A ideia de Felipe estar de novo com a Carol me irritou tanto, mas tanto, que em menos de um minuto, eu já tinha me levantado, brochado e ido tomar uma ducha gelada. Todo o tesão que eu tava sentindo foi apagado. Um turbilhão de imagens se passava pela minha cabeça. Quase todas elas, envolviam duas pessoas, e vocês já sabem quem. Ver Carol com o meu Felipe me dava ódio, raiva. Mesmo sabendo que eles já tinham um casinho antes. Percebi então, que não podia ficar bravo com Carol, uma vez que se houvesse um filho da puta da história, ele seria eu, que furei o olho da minha amiga. Depois de muito tempo debaixo d’água, fechei o registro, me enxuguei mais ou menos, me enrolei na toalha, e fui pro meu quarto. O cheiro de sexo ainda reinava pela casa. Coloquei uma cueca, e abri as janelas da sala e do meu quarto, fechando as cortinas.

Apaguei as luzes, e deitei na minha cama, olhando pra escuridão que me rodeava, e agora que estava sozinho, percebi a loucura que havia sido aquele dia. Eu havia transado com meu melhor amigo. E o pior, eu havia adorado. Já passava das 23h, e eu estava com sono, como sempre. Fiquei pensando em Felipe, e em como aquilo tudo deveria estar sendo estranho pra ele. A imagem dele me chupando não saía da minha cabeça, e meu pau já começava a ficar duro de novo. Dispersei meus pensamentos, e tentei relaxar. Em poucos minutos, eu estava dormindo. E logo estava com Felipe, ambos deitados nus na minha cama, trocando carícias, e nos olhando.

- Tenho uma coisa pra te falar. – ele me disse, sorrindo.

- E é uma coisa boa? – perguntei, olhando seu sorriso e ficando desconcertado.

- Vai depender da resposta que você me der. – disse ele me olhando.

- Nossa... – olhei sério pra ele.

- Eu... – ele começou, gaguejando – eu só queria dizer que... Bom, eu... Te... – um celular toca, e dessa vez não era o dele. Era o meu, me despertando daquele sonho.

Ainda estava escuro, e peguei o celular na mesinha de cabeceira, atendendo-o sem conseguir ver quem era.

- Alô – resmunguei com a pior voz que consegui.

- Dani, é o Felipe. – reconheceria aquela voz, mesmo se não se identificasse. Meu coração disparou. - Sei que demorei... Mas você ainda quer que eu vá pra sua casa? – perguntou ele devagar, parecendo sem graça.

- Felipe, são... – olhei no visor do celular – são 3:15 da manhã.

- Errr... Eu sei... Só pensei que você quisesse continuar de onde a gente parou. – ele falou baixinho.

- E eu quero, – admiti – mas...

- Então to indo praí. Não dorme de novo. – e desligou, antes mesmo que eu pudesse responder qualquer coisa.

Fiquei pensando porque Felipe estava com tanta pressa pra voltar. E não entendi. Em menos de dez minutos, ouço um bipe no meu celular, avisando o recebimento de uma mensagem. Peguei-o e vi que a mensagem era de Felipe.

“To de carro. Abre o portão.”

Acendi as luzes do quarto, fui até a cozinha, encontrei o controle, e apertei o primeiro botão. Ouvi um barulho de carro entrando, e apertei o mesmo botão de novo, fechando o portão novamente. Enquanto ia pra sala e acendia as luzes, já podia ouvir as batidas na porta. Ainda de cueca, abri a porta de má vontade, já cuspindo as palavras.

- O que aquela... – mas fui interrompido por um puxão e um beijo rápido e com vontade. Não correspondi como queria, e empurrei Felipe pra trás, segurando a porta, e o batente, impedindo que ele entrasse com facilidade. – O que a Carol queria com você?

- O quê? – Felipe estava surpreso – Eu voltei correndo pra você. Não é isso que importa?

- Correndo? – falei levantando as sobrancelhas e encarando-o.

- O mais rápido que pude. – ele disse, me olhando – A Carol e a Tamara estavam no jogo, até que uns meninos favelados e drogados começaram a mexer com elas, tentando agarrar elas a força. Elas conseguiram fugir, e ir correndo pro shopping. Ficaram um tempo lá, tentando despistar os meninos, mas quando saíram, eles ainda estavam na calçada do outro lado da rua. Foi então que a Carol me ligou, pedindo ajuda.

Eu não falei nada, e nem me mexi. Apenas fiquei olhando pra ele, esperando mais alguma fala. Mas ela não veio. Felipe apenas me olhava nos olhos. Até que os abaixou, e finalmente falou novamente.

- É, acho que é melhor eu ir embora... – disse virando-se.

Numa fração de segundo, me passou que eu corria o risco de perdê-lo. E eu não suportaria isso, não conseguira nem cogitar essa ideia. Dei um passo, desmontando a guarda e o segurei pelo braço.

- Eu só... – comecei, sem saber o que falar – Eu... to com ciúmes, eu acho.

- Se você não confia em mim, foda-se. – Felipe falou baixo, e sem se virar - Mas me solta. Agora.

- Não vou soltar o cara que eu gosto, sabendo que posso perdê-lo por causa de uma crise idiota de ciúme minha. – falei baixo, já mostrando que tinha percebido meu erro. – Desculpa. – suspirei, soltando-o finalmente e baixando a cabeça. – Se quiser ir mesmo assim, tudo bem.

- Você é um idiota, sabia? – disse ele ainda de costas.

- Sabia... – admiti.

- Acho que é por isso que eu gosto tanto de você... – Felipe disse, falando por cima do ombro – Me identifico.

Felipe lentamente se virou. Olhou em meus olhos, e mais lentamente ainda, aproximou seu corpo do meu. Pegando-me pelas duas mãos, e erguendo-as no ar, entrelaçando os dedos nos meus. Olhei nossas mãos, unidas, de ambos os nossos lados. Parecia cena de filme. Finalmente meus olhos encontraram os seus. Ficamos naquela cena por um momento, que pareceu ser infinito. Apenas nós dois, e a noite a nossa volta.

- Eu... te... – Felipe sussurrava, como se alguém estivesse perto, e ele quisesse que aquele segredo fosse só meu, mas não terminou a frase. – Eu...

Esperei um momento, e nada.

- Não sei se é o que você quer dizer, - comecei soltando as palavras - mas é o que eu quero... Eu te amo. E quero você inteiro pra mim. Por isso to com ciúmes. Por isso não quero você perto da Carol. Por isso quero te beijar agora.

Felipe pareceu não esperar aquela declaração. E nem eu, pra falar a verdade. Tudo era tão recente, mas ao mesmo tempo, eu tinha tanta certeza daquilo...

- Eu te amo, Dani. – ele disse, soltando minhas mãos, e me abraçando forte – Era isso que eu queria dizer antes, mas tava com medo de não ser correspondido.

- E é cedo demais. – eu disse – Mas não quis esperar pra dizer isso. Não quis correr o risco de te perder...

- Nem tão cedo você vai conseguir se livrar de mim. – disse ele rindo, e me dando um selinho.

- Pode ter certeza de que eu não quero isso. – respondi abraçando-o, e bagunçando seus cabelos suavemente.

- Então, vamos entrar, ou você prefere voltar a dormir? – disse ele se afastando de mim, e me olhando.

- Sabe eu realmente to com sono... – Menti. Sempre fui um ótimo ator, modéstia a parte.

- Nem fodendo que você vai se livrar de mim essa noite. – ele disse rindo, me empurrando devagar pra dentro, e batendo a porta com um pé, enquanto passava. – A nossa noite.

Felipe me beijou bem devagar. Ele me envolvia por todos os lados. Seus braços, suas pernas, sua língua... Tudo parecia não querer se desgrudar mais de mim. Fomos andando juntos, ainda com cada parte dos nossos corpos se enroscando, até caímos no sofá. Ali ficamos por muito tempo. Felipe por cima, com suas mãos ágeis, já havia tirado a camisa, e enquanto me beijava, arranhava minhas costas de levinho. Minhas mãos apertavam sua bunda, grande e definida. O ritmo de nosso beijo foi diminuindo, até que paramos. E com um selinho, Felipe deitou sua cabeça ao lado da minha, beijando meu pescoço.

- Vamos pra cama, amor. – falei baixinho, abraçando-o.

- O que você disse? – Felipe falou alto, levantando a cabeça e me olhando.

- Falei pra gente ir pra cama. – repeti.

- Não... Do que você me chamou? – ele estava sorrindo.

- Sabe... Não me lembro. – menti.

- Idiota. – Ele sorria ainda mais. Me beijou rapidamente, e se levantou. – Vem. Vamos dormir. – disse estendendo a mão pra mim.

Me levantei, segurando sua mão. Aproximei meu rosto do dele, e dei um selinho. Apaguei as luzes da sala, e fui andando de costas para meu quarto, puxando-o junto comigo num abraço e dando-lhe vários beijos. Passamos pela porta do meu quarto, e apaguei as luzes. Ficamos na completa escuridão, mas nos conduzi até chegarmos na minha cama, onde me joguei de costas, e o puxei, fazendo-o cair por cima de mim. Podia ouvir sua respiração e sentia seus lábios percorrendo meu pescoço e orelha, arrepiando-me.

- Me diz como isso nunca aconteceu antes? – Ele disse e depois me beijou.

- Você é hétero, lembra? – sorri, e fiquei encarando-o.

- Eu não sabia o que era bom... Isso sim. – Disse me dando um selinho e saindo de cima de mim.

Felipe deitou ao meu lado, e me puxou num abraço firme, mas carinhoso. Me ajeitei no seu peito nu, e o abracei com apenas um braço. Nossos rostos estavam próximos, e eu podia sentir sua respiração soprando contra meu rosto.

Não sei por quanto tempo ficamos assim. Mas adormecemos abraçados, um sentindo o outro.

Continua.

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Comentários

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Gabriel. Nossa, que bom. De verdade. É o que eu quis desde o começo... Transmitir a vocês o mesmo que estou sentindo. Obrigado, e não demorarei muito. Prometo!

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Lucca§ Meu querido, você não sabe o quanto fico feliz em saber isso. Saber que o que eu sinto está sendo passado a vocês, através do texto. Obrigado por tudo, e não demorarei muito. Prometo. Um grande abraço.

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Krikasx Muito obrigado, de verdade. Vou demorar alguns dias sim... Mas já já, to de volta.

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mtooooo lindo kra perfeito ^^

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Parabéns! Você tem uma capacidade gigantesca de transmitir tudo o que quer ao leitor, nos pondo dentro da história. Nos fazendo sentir cada impacto da frase dita por cada personagem. Parabéns. OBS: Se você demorar a postar, eu te mato! :) rs.

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Agora que começei a ler seus contos e tô amando parabéns vc escreve super bem lindo,lindo,lindo.

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Guga05 disse tudo , dá pra sentir cada sensação que tu descreve ae,, bom demais , teu conto eh do caralho !! fiquei meio bolado agora , tu vai custar um pouquinho a continuar isso aqui neh?? Poxa... Cruel , mas enfim... Só posso esperar num eh.. Então vou esperar , mas só pq eh tu..hehehe ,! um Abraçu..

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Maravilhoso cara muitooo perfeito pena que vai demorar para postar

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Guga05 Meu querido! HAHAHA Obrigado mais uma vez por acompanhar meu conto. E fico muito feliz que possa sentir meu texto, ao invés de apenas lê-lo.

Obrigado por todos os elogios, e fica tranquilo. Posto mais assim que der. Grande abraço.

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