Gente, me desculpem pelo tamanho dos contos, é que eu não deixo muito grande por 2 motivos, um é porque eu acho contos muito grandes entediantes, eu mesmo canso de tanto ler e outro é que eu tento parar no clímax, para dar um gostinho de quero mais... Espero estar causando esse gostinho... Haha Mas vou tentar o possível para deixá-los maiores, por enquanto vão continuar no mesmo tamanho, pois já tenho uma grande parte da história redigida, mas os que estiver escrevendo, vou tentar aumentar.... Beijão a todos!
Entrei em casa, estava morrendo de fome, deixei minhas coisas na sala e fui direto pra cozinha, o cheiro estava ótimo.
Fiquei conversando com a Fátima, enquanto ela cozinhava, então ouvi alguém chamando meu nome.
-Eric?
Me virei para ver quem era, aquela voz me era familiar, ao ver o sujeito, vi que era realmente uma voz familiar.
-Pai? Você veio – fui a sua direção e dei um abraço.
-Oi filho – ele achou estranho o abraço, nunca fazia isso, mas estava com tanta saudade e tinha receio dele ir embora novamente e ficar muito mais tempo longe – claro que vim, não vou perder outro aniversário.
-Que bom, eu achei que não viria.
-Jura? Estou tão mal assim?
-Não, está ótimo.
Deu a hora do almoço e fomos todos almoçar, com meu pai a recepção foi um pouco diferente, meu pai estava mais descontraído comigo, conversamos muito sobre várias coisas, meu pai relembrou o passado, contou histórias da sua infância, da minha infância, ele disse coisas que não eram típicas dele, eu me impressionei, eu estava feliz, pois isso poderia ser um sinal de que ele estava mudando seu comportamento em relação a mim, minha mãe não estava falando muito, estava na dela, de vez em quando falava uma coisa ou outra, mas sua voz não estava muito animada.
Eu estava adorando essa ideia dos meus pais em casa, tudo bem que com eles aqui eu também pensei na situação minha e do Félix, antes eu o trazia aqui numa boa, agora seria mais difícil ,mas eu faria dar certo.
Félix me ligou a tarde falando que me buscaria em 2 horas, me arrumei e nos encontramos de noite, eram umas 7:00 quando ele me pegou, fomos ao shopping, demos umas voltas, comemos alguma coisa, foi um desses passeios bem light, eu adorava.
-Amor, o que você acha da gente ir lá pra minha casa, não tem ninguém, vamos poder ter um tempo juntos.
-Vai ser legal, nunca tinha ido à sua casa.
Fomos para sua casa, estava animado em conhecer sua casa, era como se tivéssemos indo para um próximo nível do namoro.
Chegamos na casa, era muito bonita, grande, era o mesmo padrão da minha, entramos e ele começou a me mostrar os cômodos.
-Vou te mostrar o meu quarto – ele falou com maior animação, eu percebi um tom diferente na voz dele.
Era um quarto bonito, bem grande, muito bem decorado, ele sentou em sua cama e eu fiquei em pé em sua frente, estava sem graça de estar ali, sozinho com ele, pois sabia o que aquela situação poderia levar.
-Senta aqui amor – ele deu um tapinha na cama ao seu lado.
-Quarto legal – disse sentando ao seu lado, tentando puxar assunto.
-Agora vou te dar o que estava guardando.
Ele me deu um beijo longo, que logo já me deixou excitado, era impossível não ficar naquela situação, você imagina mil coisas e ainda mais eu que era virgem, estava com muito tesão, então ele me deitou na cama e ficou por cima de mim, beijava meu pescoço, dava mordidinhas de leve na minha orelha, eu não conseguia resistir, ele levantou um pouco minha blusa e foi beijando todo meu abdômen, então tirou minha camisa de uma vez, ele foi descendo pelo meu corpo dando beijinhos e então ele desabotoou minha calça, mas antes que algo pudesse acontecer eu o interrompi.
-Félix, para… - eu não podia negar que estava gostando daquilo, mas eu não podia, eu sentia que não devia, não agora, eu não quero perder minha virgindade com ele, sendo que eu nem sei se ficaríamos juntos sempre, tinha essa visão – não devemos.
-Amor, você quer, eu quero, vai ser ótimo – ele veio me beijar.
-Félix, eu não quero, estou certo disso.
-Mas… - ele fez uma cara de desanimo total – achei que você queria também, achei que nós nos gostávamos.
-Eu gosto de você, uma coisa não tem nada a ver com a outra, eu só não quero.
-Não quer hoje ou não quer por um bom tempo?
-Não sei, só sei que hoje com certeza não.
-Toma sua camisa – ele me jogou a camisa, estava um pouco chateado com a situação, tanto pela recusa do sexo quanto pelo fato de achar que por eu gostar dele, devia fazer sexo com ele – vou te levar pra casa.
Vesti a camisa, não falei nada, era melhor ficar calado do que falar algo e piorar a situação, eu não sabia se estava com razão, mas sabia que eu fiz o melhor pra mim, no carro nós não conversamos, fomos o caminho todo olhando pra frente, de vez em quando eu olhava pro Félix, mas ele não se mexia.
-Chegamos!
Eu não saí do carro, fiquei lá dentro, olhando pra ele, ele olhando de volta, eu tinha que dizer algo a ele, dar uma explicação, dizer o que estava sentindo ou um porque daquilo tudo, não podia deixar daquele jeito, então respirei fundo e disse.
-Boa noite! – saí do carro e fui pra casa, ele saiu com o carro e eu o assisti sumindo no fim da rua.
Que idiota que eu fui, chegou na hora foi a única coisa que consegui dizer, mas eu ligaria pra ele amanhã e resolveria tudo, não era possível que ele ficaria bravo comigo por isso, ele não podia me forçar a algo.
Chegando em casa eu não falei com ninguém, apenas fui pro meu quarto, mas também não foram procurar saber o porque, o que era bom, tomei um banho e fiquei na minha cama pensando exatamente no porque eu não tinha conseguido dormir com o Félix, acho que era porque eu não o amava de verdade, ele era sim um ótimo namorado, ótimo amigo, uma pessoa maravilhosa, lindo e beijava muito bem, carinhoso e tinha mil outras qualidades, mas ele não me fazia sentir algo incomum, quando falavam em amor, eu não pensava na nossa relação, fiquei me perguntando se eu estaria errado em ficar com ele mesmo não o amando, eu realmente queria sentir isso por ele, mas não sentia, gostar muito era diferente de amar.
Mas estava disposto a mudar isso, eu iria reverter a situação, acredito que o amor não aparece do nada, ele é construído, então eu acho que poderia construir um amor entre eu e o Félix.
No sábado eu tentei ligar pra ele e nada, mandei mensagens, mas nenhuma foi respondida, talvez ele estivesse chateado, mas e se ele nem aparecesse no meu aniversário? Não gostava dessa ideia.
Chegou o domingo, aconteceria minha pequena festa, na verdade seria um jantar, algo bem simples, sei que era meus 18 anos, mas eu lembraria bem desse dia, meus pais estavam ali.
Já estava se aproximando das 6 horas, já estava arrumado, então fui ficar na sala, fazendo hora até as pessoas – o Félix e a Alana na verdade – chegarem para podermos comemorar, estava sentado no sofá e vi o Caio vindo em minha direção todo arrumadinho, blazer e tudo, nunca o tinha visto daquele jeito, tão arrumado.
-Nossa, está mais arrumado que o aniversariante!
-É uma ocasião especial – ele veio me abraçar – feliz aniversário Eric, você agora é oficialmente adulto, qual a sensação?
-Na verdade não sinto nada diferente, já vivia uma vida adulta há algum tempo atrás, quando se tem pais ausentes e um cartão de crédito é uma obrigação saber se virar.
-É verdade… O seu na… - ele se corrigiu, pois não devia citar essa palavra “namorado” hoje – o Félix virá hoje?
-Na verdade eu já não sei, ele não me atendeu ontem, nem respondeu minhas mensagens.
-Vocês brigaram?
-Acho que sim – na verdade nem sabia se tinha sido uma briga, talvez fosse um desentendimento ou algo do tipo.
-Quer me contar?
-Não sei se vai querer saber…
-Se for te ajudar, eu ouço.
-Então – me certifiquei de falar bem baixo pra ninguém ouvir – ontem nós saímos e depois ele me chamou pra ir em sua casa, aí você sabe, o clima esquentou – a cara que ele fazia no momento que falei aquilo era de desaprovação – e nós… Quase ficamos juntos, mas eu não quis, aí depois disso ficamos estranhos e ele não falou comigo novamente até agora.
-Sabia, eu te avisei Eric, eu quero o seu bem, por isso te protejo de coisas como essa, ele só queria dormir com você e depois te deixar.
-Não é isso, é só que ele ficou chateado, ele ficou falando que eu não amava ele.
-Só por causa do sexo?
-Acho que é porque eu não sei se amo ele mesmo, eu não sinto o que eu achei que sentiria quando amasse alguém.
-Então você não ama ele? – eu pude perceber certa felicidade em seu rosto ao saber que eu não gostava tanto assim do Félix e também que meu namoro estava passando por um pequena turbulência.
-Ainda não.
-Eric, sabe… - a campainha então tocou e ele não chegou a terminar a frase, fui então atender a porta.
CONTINUA…