Bom, mais uma parte agora, desculpe a demora rs’.
Eu estava bem atordoado aquele dia, lembro-me que não conseguia entender o que se passava entre mim e Lukas. Eu realmente não entendia, mas não era assim tão burro, sabia que sentia algo por ele, sentia atração, vontade de tê-lo sempre por perto.
Bom enquanto pensava em tudo o que ocorria, eis que alguém bate na porta. Fui atender meio que dormindo ainda, quando que para minha surpresa era Caio.
- Esqueceu que me chamou para desabafar hoje? – Ele dizia com algumas sacolas na mão.
- Desculpa Caio, tive uns problemas hoje e acabei dormindo mais que o normal – Eu disse.
- Porque esses olhos vermelhos? Andou chorando?
- Sim – Eu disse envergonhado.
- Caramba! Se você quiser conversar, podemos ajudar um ao outro.
- Claro, entra.
Ele entrou e sentamos na sala, ele tinha levado alguns potes de sorvete para a gente.
-Surpresa! – Ele gritou e tirou um pote de sorvete da sacola. Milho verde. Adorava e adoro até hoje sorvete ou picolé de milho verde. Lembro-me que aquela época era raro encontrar aqueles potes.
- Caramba! Milho verde? Eu adoro esse sabor. – Eu disse já correndo para a cozinha buscar colheres.
- Eu sei disso – Ele disse sorrindo.
- Como você sabe? – Eu perguntei com a boca cheia de sorvete.
- O Júlio me disse uma vez. – Ele deu os ombros e puxou outro pote e começou a comer. – Então, porque você estava chorando mesmo?
- Não, primeiro fale você, você que veio ‘’desabafar’’ – Eu fiz aspas com os dedos e ele riu.
- Tudo bem então... – Ele colocou mais uma colherada na boca e continuou – Eu estava tão bem com a minha namorada, estávamos felizes, mas ela começou a ter um ciúme que até então eu não conhecia. Ela ficava 24hrs. Perguntado onde eu estava, olhava meu celular e ficava com ciúmes até das mensagens que a operadora manda – Ele deu uma risada – Eu sei que você não deve entender muito disso, mas quando fui terminar com ela, ela saiu calada e foi na cozinha, pegou uma faca e disse que se eu terminasse com ela, ela iria me matar.
Nessa hora ele parou um pouco, acho que por minha cara de espanto.
- Bom, eu não iria aceitar aquilo, ela veio pra cima de mim e eu não estava acreditando, segurei a mão dela e tirei a faca dela, bem na hora que o irmão dela chegou – Ele ficou com o semblante triste – Ele achou que eu que queria mata-la e chamou a policia. – Ele disse fechando os olhos – Deu a maior confusão, pois ela teve a cara de pau de dizer que eu era o culpado, meus pais não gostaram nada da história e me mandaram ver um psicólogo.
Eu nada falei, apenas o abracei, sempre que eu passava por problemas, meu primo me abraçava e eu esquecia-me de tudo, mesmo que por um curto período da minha vida.
Ele nada falou apenas me apertou e assim permanecemos por um tempo. Ele afastou-se e eu vi que ele tinha chorado um pouco.
- Obrigado cara... – Ele disse baixo.
- Sempre que precisar. – Apesar de eu não ter dito nada libertador, sabia o poder que um abraço podia ter.
- Então, vai me dizer agora o porquê de está chorando no momento que cheguei?
- Ah, melhor não, sério mesmo.
- Se é assim que você prefere.
Ficou silencio nenhum de nós dois falávamos. Apenas comíamos o sorvete e nos olhávamos.
- Queria te perguntar uma coisa... – Ele disse baixando a cabeça.
- Então diga.
- É que... Deixa pra lá. Liga ai a TV pra gente assistir um pouco
Liguei a TV, não lembro bem o que estávamos assistindo, mas era comedia. Entre uma risada e outra ele me olhava.
Sei que pode parecer até clichê o que estou escrevendo, digo isso porque leio os contos que aqui publicam, não sou nenhum escritor profissional, apenas acho que essas histórias hoje em dia estão seguindo um padrão um tanto cansativo. O cara quietinho, o popular da escola. E ai nasce o amor. Não é criticando ninguém, mas eu não sou muito crente nessas coisas.
Eu sabia que o Caio tinha um lado bissexual, isso explica o beijo daquela noite. Mas isso eu apenas descobri depois. Porque o que houve entre mim e Caio é algo que vocês entenderão ao decorrer da história. Não foi algo do tipo, ah eu tenho uma bunda de outro planeta e o cara mais popular e hétero da escola queria ‘’comê-la’’. Bom, voltando a história, ficamos até tarde ali conversando e Júlio chegou.
-Grande Caio, quanto tempo – Ele dizia e logo atrás vinha Larissa com um grande sorriso no rosto.
- Júlio! Que saudade cara, quando vai ter aquela velha pelada? – Eles começaram um papo grandemente cansativo sobre futebol. Eu gostava de futebol, mas não era tão fanático quanto os dois.
Decidi ir para meu quarto, estava querendo falar com Lukas, mas tinha vergonha de ligar, então mandei um torpedo sms.
‘’Oi’’
Demorou um pouco, mas ele respondeu.
‘’Oi, achei que tinha esquecido se de mim rs’’.
‘’Não, só tirei um tempo pra pensar’’.
‘’Ah sim, pensando em que?’’
‘’Estamos namorando?’’
Ok, aquele dia eu me envergonho quando lembro até hoje. Eu era muito ingênuo e achava o mundo muito engraçado.
‘’Qual é guri? Esta brincando com minha cara é?’’
‘’Por quê?’’
‘’Tu acha que só porque te beijei estamos namorando? Não viaja guri’’
Nessa hora lembro-me bem que senti quase um soco no estomago.
‘’Então?’’
‘’Cara, pensa um pouco, eu estou viúvo, estava há uns meses sem sexo, você estava ali numa fissura por mim, eu não ia negar um bom sexo não cara’’.
Era a primeira vez que ele falava sobre sexo pra mim, mas naquela hora o que importava era que meu mundo tinha caído.
‘’Desculpe então, entendi tudo errado, só me faz um favor agora, não me procure mais’’.
Apenas disse aquilo e desliguei o telefone.
Sentia uma dor enorme no peito, não sabia mais o que fazer. Apenas dormi e rezei para nunca mais acordaranos depois)
Eu estava muito feliz, era meu aniversário de dezoito anos, já seria um homem praticamente. Vocês se perguntam o que houve nesses dois anos? Eu respondo: Lukas e Júlio firmaram uma amizade, mas o pouco que restava entre eu e Lukas acabou. Ele continuou frequentando nossa casa por um tempo e depois simplesmente sumiu.
‘’Você ainda tem noticia do Lukas?’’ – Perguntou-me Júlio certa vez. Apenas disse que não e acabei esquecendo-me dele por um tempo, até meu aniversário. Eu estava todo arrumado esperando minhas visitas quando Júlio entra no quarto.
- É, parece que a borboleta está saindo do casulo. – Ele disse com uma feição seria.
- Eu sei, estou muito assustado. – Eu disse finalmente.
- Agora você possui sua independência, já se formou no colégio, já pode administrar o dinheiro que sua mãe lhe deixou.
Naquele período de dois anos, a relação de Júlio com Larissa havia se dissipado. Eles já não agiam como um casal e brigavam frequentemente, acabou em um divorcio. Júlio passou uma longa temporada muito triste, eu tentava passar segurança pra ele como muitas vezes ele fizera comigo. Mas não era o suficiente. Até hoje, apesar de estar melhor, ele não parecia ter esquecido completamente de Larissa.
- Júlio, mesmo que eu esteja ficando maior de idade, eu não quero te perder. Você é como uma rocha na minha vida, eu duvido muito que alguém fizesse por mim o que você fez e sem cobrar nada em troca. Eu peço que você continue morando comigo, e não se preocupe, não sinto necessidade de mexer na herança que minha mãe me deixou.
Eu apenas o abracei, não queria perdê-lo.
- Tem duas grandes surpresas pra você. – Ele disse sorrindo.
- QUAIS? – Eu disse quase pulando de tanta alegria.
-Tem duas pessoas querendo te ver, Lukas e Caio.
Nessa hora eu parei, lembrei-me das coisas que haviam ocorrido.
- Que bom Júlio – Disse tentando mostrar alegria, mas hoje sei que não o enganei.
- Vamos lá falar com eles.
Não preciso nem dizer que a cada passo que eu dava em direção à sala, parecia que eu andava em câmera lenta.
Ao chegar lá o primeiro que vejo é Lukas, ele me abraça e sussurra no meu ouvido.
- Parabéns peixinho, estava com saudades de você.
Nem preciso dizer que fiquei arrepiado com aquilo.
- Ah, estava com saudades de você também cara.
Ele me olhou e foi falar com Júlio. Foi quando eu o vi. Estava de costas, mas algo me dizia que era ele.
- Caio? – Eu chamei ao que a pessoa virou.
Ele estava completamente diferente. Eu não o via há dois anos, ele saiu do colégio e começou a fazer um curso em outro país. Ele estava mais musculoso, barba por fazer que formava uma leve penugem dourada no seu rosto e uma tatuagem que começa bem acima do cotovelo esquerdo, era uma tribal (Logo depois descobri que ela ia até o peito esquerdo). Não sei o que senti, mas naquele momento eu esqueci até do Lukas. Mas eu já era bem entendido, sabia que o que eu tinha sentido por ele era apenas desejo por sua beleza.
- Rick! Quanto tempo. – Ele disse me apertando muito forte. Eu retribui o abraço e percebi o olhar de Luka em cima de nós. – Caramba, você cresceu, está mais bonito! – Ele disse e eu fiquei muito corado.
- Para com isso, você que está. – Eu disse e tenho certeza que me comparava a um tomate.
Bom, depois das vergonhas e alegria, cartaram o famoso ‘’parabéns’’. Depois, o churrasco já estava pronto e rolava bebida por toda casa. Não estava me sentindo muito bem, era um aperto no coração, acho que por, depois de tanto tempo rever Lukas. Fui para meu quarto afinal, não era mais eu o centro das atenções ali.
Entrei no quarto e deitei-me na cama. Logo após, escuto uma batida na porta.
- Pode entrar – Eu gritei
Adivinhem quem era? Isso mesmo Lukas.
- Oi peixinho.
- Oi Lukas.
- Estou precisando muito conversar com você.
- Então fale.
- Você ficou com raiva do que eu disse há dois anos, eu só queria saber por quê.
- Quer mesmo?
- Me diz, por favor.
- Era porque eu te amava cara, eu estava perdidamente louco de amor por você. – Desabafei e me cobri com a coberta.
- Eu já imaginava – Ele disse baixinho.
Eu tirei a coberta do rosto para saber o que ele estava falando. Foi quando eu percebi que ele estava ao meu lado e sem dizer nada me beijou e começou a deitar por cima de mim. Viajei naquele beijo, era a primeira vez que eu o beijava em tantos anos e pareciam que tinham se passado apenas segundos desde a última vez. Lukas já estava com seus 34 anos, mas ainda sim continuava em forma. Apesar de não ser mais personal trainer, ele ainda praticava exercícios.
Bom, ele começou a tirar minha blusa e dessa vez eu tinha certeza, eu ia em frente para ver no que ia dar, passei quase uma ano me arrependendo por não ter aproveitado aquele último dia. Ele logo em seguida tirou minha calça, levantou-se trancou a porta e tirou toda sua roupa. Eu já tinha visto seu pênis antes. Era mediano 18cm. Rosado, curvado um pouco para a direita e nada exagerado de grosso. Ele me pediu aquilo que eu tinha recusado anos atrás.
- Me chupa?
Dessa vez não falei nada, apenas abaixei-me e olhei um pouco, após isso coloquei na boca. Nunca tinha feito aquilo então não fiz por mais que um minuto.
- Vira de costas vai, deixa-me cuidar de você- Ele disse no meu ouvido.
Virei-me e ele abaixou-se e começou a enfiar sua língua no meu ânus. Nunca havia sentido tal prazer, estava nas nuvens. Bom, após uns dois minutos ele pegou uma camisinha no bolso (Como assim, porque ele andava com uma camisinha?) ele ajeitou a camisinha e começou a me penetrar, senti muita dor, mas quando senti os cabelos da sua virilha encostando-se a minha bunda, não acreditei que estava acontecendo, o cara que eu mais amava estava tirando minha virgindade! Ele começou a fazer um vai e vem e aquela dor nunca passava, eu apenas queria que ele ejaculasse e acabasse com meu tormento. Durou muito mais que trinta minutos e ele finalmente ficou mais ofegante, finalmente havia gozado! Ele tirou e eu senti um alivio enorme.
- Foi bom pra você? – Ele perguntou no meu ouvido
- Sim – Eu menti, sim porque eu apenas havia sentido dor na minha primeira vez.
- Vamos tomar um banho.
Seguimos em direção ao banheiro e estava feliz, eu o amava, e quem já amou alguém sabe que basta um sorriso, uma piada, um toque para nos sentirmos nas nuvens. Porém, após fazermos amor, lembrei-me do que ele disse há dois anos. ‘’ você estava ali numa fissura por mim, eu não ia negar um bom sexo não cara’’ e me senti sujo. Fiquei me sentindo estranho e decidi sair um pouco.
- Aonde você vai? – Lukas perguntou-me
- Vou tomar um ar. – Mal respondi e sai para evitar mais perguntas.
Qual não foi minha surpresa me esbarrar com Caio no corredor.
- Onde você estava? Fiquei louco a procurar-te. – Ele disse olhando-me sério.
- Estava sentindo-me mal, resolvi deitar para tentar ficar calmo.
- Você estava com aquele tal de Lukas né?
Como ele havia percebido?
...
Bom gente, mais uma parte, desculpem-me se está sendo rápido, mas sempre tento por o máximo de detalhes, espero que agrade ao máximo de pessoas. Em breve posto mais. Um abraço.