O amigo da minha irmã VIII

Um conto erótico de Rafa&Will
Categoria: Homossexual
Contém 2284 palavras
Data: 21/07/2012 15:39:19
Última revisão: 21/07/2012 16:38:34

Galera,

Desculpa a demora para postar... to numa correria fudida, mas vou normalizar logo e poderei postar com mais frequencia... o Luiz me enche o saco dizendo que estou deixando vcs esperando, mas sejam compreensivos, trabalho igual a um cachorro!

bjus

Agosto se passou e eu continuava na merda. Aquele mês foi uma merda, primeiro por ser dia dos pais, e se vocês se lembram eu estava brigado com o meu. Quem não se lembra, lê ai em cima, vou ficar repetindo não. (Ih, oh o marrento! Acabo com essa marra em dois tempos – by Luiz). Nossa relação era inexistente! Quando ele chegava eu saia, quando ia pra sala, eu ia pro quarto. Passava por ele como se não fosse ninguém e era assim que eu o via, como um ninguém. Porque essa atitude brusca? Porra! Ele me chamou de viciado, achou que meu surto foi por drogas, ao invés de me acolher e me apoiar, só me acusou e me excluiu. Fiquei puto! Meu gênio não era dos melhores nessa época (verdade, se eu o conhecesse nessa época, nunca iria namorar com ele) eu era verdadeiramente uma pessoa escrota, logo, com meu pai não seria diferente.

Bem... No dia dos pais nós, minha irmã e eu, sempre íamos primeiro a missa, depois ao cemitério visitar o túmulo do meu avô, colocávamos flores, fazíamos uma oração e depois íamos almoçar juntos, nós três. Mas naquele sábado eu sai, fui pra balada e passei a noite lá. Sai da boate umas 5 da manhã e fui pra praia. Quando deu 7 horas meu celular despontou a tocar, era alguém na minha casa me chamando, mas eu simplesmente desliguei o telefone e fiquei em Copacabana, só dormindo num banco à sombra dos prédios. Acordei com o sol na minha cara...

Fui para uma padaria e tomei meu desjejum, lá vi que era 11 da manhã. Meu pai já deveria ter saído de casa a muito tempo para ir ao cemitério... era hora de voltar. Peguei o metrô e fui direto pra casa... quem nunca dormiu no metrô? Eu apaguei! Dormi em Botafogo e só acordei no Estácio para fazer a transferência, depois apaguei de novo e só acordei na Pavuna. Cheguei em casa e para minha surpresa estavam todos à mesa almoçando. Meu pai olhou pra mim com muito ódio nos olhos, mas eu simplesmente o ignorei, como sempre faço:

- Bença mãe.

- Eduardo! Onde é que você estava?

- Fui pra balada, por quê?

- Por quê? Por quê? Você comeu merda? Sabe que dia é hoje?

- Claro que sei, domingo.

- Hoje é dia dos pais! Seu pai ficou te esperando para ir ao cemitério... – eu, em um tom bem irônico...

- Poxa mãe, eu estava cheio de crack na cabeça, na verdade eu estou ainda, tá vendo meu olho vermelho? Esqueci completamente... mas ainda há tempo, podem aproveitar, depois eu dou um oi pro meu avô.

- Seu moleque! Você fala que é homem, mas de homem você não tem porra nenhuma!! Você é uma criança mimada! Custava fazer isso comigo? Você sabe como é importante pra mim!

- Mãe, bom dia, vou dormir!

- Vai lá!

- Você ainda apoia isso?

- Alguém mandou você chamar ele de viciado? Um pai não faz isso! – ai despontou a discussão...

Como eu estava cheio de ressaca, só virei as costas e voltei pra rua... fui para a casa da minha avó e almocei lá, assim como passei o resto do dia dormindo no sofá. Quando acordei, dei um beijo na minha velhinha e voltei pra casa. Assim que cheguei vi o barrigudo desmaiado no sofá, deveria ter bebido e o cansaço o teria vencido. Ia passar direto, mas não resisti deixa-lo naquele estado. Peguei ele do sofá, no colo e o levei para o quarto. Ao colocá-lo na cama, o acertei, o cobri e não consegui não dar um beijo na testa dele. Era meu pai porra! Amava aquele velho filho da puta!

- Eu fazia isso com você quando você era menor.

- bença pai! – com certa brutalidade na voz.

- Deus te abençoe.

- Feliz dia dos pais...

- Obrigado, te amo filho. (Que lindo, né meu povo *-*)

Ao deitar na minha cama aquela noite a primeira coisa que veio na minha cabeça foi o Bruno. Ao lembrar que ele existia eu dei graças a Deus por finalmente estar esquecendo ele. Pela primeira vez em semanas eu não tinha pensado nele até aquele momento.

- “Que ele fosse feliz com o namoradinho dele...” - Só lembrar dos dois se acariciando, já sentia um vazio no estômago e uma raiva sem igual.

Enfim... Os dias se passaram e eu estava melhor com meu pai, ele não era me melhor amigo, mas já o cumprimentava. Dia após dia eu ia deixando de pensar no Bruno, dia após dia eu me via mais livre daquele amor idiota, que só me fez mau do inicio ao fim. Certo dia minha irmã havia falado um coisa que eu não havia percebido... Eu estava na sala com a atenção fixa em um desenho... desenho não:

- Ué!! Não acredito! Não acredito!! Eduardo você está vendo One Piece?

- O que é que tem garota?

- É anime!

- Qual o problema? Não posso ver anime? Esse aqui é legal!

- Todos são... se você assistisse ao invés de só julgar, você não falaria merda o tempo todo...

- Que seja!

- O que!!??? Você está concordando comigo?

- Cala a boca garota, deixa eu ver essa merda!

- Chega pra lá, deixa eu ver também... - É... eu estava vendo anime... não sei o que me deu, mas eu gostei... depois de um tempo ela falou:

- O Bruno perguntou por você... – o som daquele nome fez meu estômago revirar... daria tudo pra ela não ter falado aquilo.

- Quem?

- Ah para, sei que você se lembra dele... se lembra até demais.

- O QUE VOCÊ TÁ FALANDO?

- Não, nada, calma! Só to brincando... ele queria saber como você está...

- E o que você falou?

- Que você estava bem... meio estranho, mas bem...

- Como assim estranho?

- Ah Duh, você não sai mais como antes, você não briga comigo o tempo todo, você não reclama mais das minhas músicas... você canta comigo... isso me assusta!- falou ela com uma cara de estranhamento - Você não está tão ignorante, você não se veste como antes... tá muito mais relaxado!

Aquilo abriu minha mente... era verdade, eu tinha mudando muito, não totalmente, minha arrogância e prepotência ainda estavam aqui, mas algo estava realmente diferente.

Bem... os dias foram se passando e minha mãe achou que ainda era consequência do surto que eu tive, pois o psiquiatra disse que haveriam mudanças bruscas de comportamento e que o melhor remédio era paz e tranquilidade, logo, ela teve a ideia de jerico de viajarmos no 7 de setembro. Eu fui contra desde o inicio, mas não adiantava discutir com minha mãe, ela era foda, o que ela colocava na cabeça tinha que rolar...

Esse feriado ia ser foda, porque o sete de setembro caiu numa quinta feita, logo os malucos decidiram enforcar a sexta, logo seria quase cinco dias, por que iríamos quarta de noite. Eu estava puto demais por estar indo viajar, queria ficar com casa, no meu computador, com minha punheta e mais nada! Porém fomos para Barra de São João aonde toda a favela do meu bairro ia ¬¬. Mas fazer o que! Meus pais acharam que eu iria relaxar no meio do nossos vizinhos...

Chegamos lá de noite ainda e minha mãe foi nos alocando nos quarto. Ela e meu pai ficaram no quarto maior e minha irmã em um outro e eu no que restou, que ficava em baixo. Lá tinha duas camas, uma de casal e outra de solteiro. Coloquei tudo na cama e desci, minha irmã estava na varanda falando ao celular, eu fiquei lá olhando pro nada e pensando na minha vida quando escuto o convite:

- Vamos tomar um sorvete lá na praça?

- Hum?!

- Tá surdo cara? Vamos tomar um sorvete lá na praça...

- Vamos sim...

Saímos e fomos andando por aquelas ruas com suas casas antigas e novas, ruas de paralelepípedo, com muitas árvores e iluminação baixa. Ela foi falando no telefone ainda, então eu só acompanhei em silêncio. Chegamos na praça e fomos à sorveteria em formato de chalé e só então ela desligou o telefone... Fomos em silêncio até lá, escolhemos nosso sorvete e sentamos numa mesa para comer.

- O que você tem? – perguntou ela.

- Como assim?

- Já falei isso, você está diferente... minha mãe tá preocupada.

- Não tem motivos pra ficar preocupada, eu estou bem.

- Num quero saber, eu to gostando de você assim... anda mais calmo, menos babaca, tá mais em casa, mesmo que só fique no quarto.

- Pensei que você não ligasse pra isso...

- Claro que ligo, você é meu irmão poxa... e gosto de ter você por perto... só não gosto de ver você triste.

- Não estou triste.

- Claro que está! Dá pra ver na sua cara que você está triste pra caramba, a meses você está assim... Por quê?

- Por nada!

- Então você está triste mesmo... sabe? Quando você quiser conversar sobre isso que está acontecendo com você, pode vir... Eu nunca vou excluir ou discriminar você por nada, entendeu?

- O que você está falando? Acho que você tomou sorvete demais...

- É, pode ter sido rsrsrs... vamos voltar?

- Vamos.

Fomos caminhando e eu perguntando coisas que nunca havia perguntado antes como por exemplo, como ela ia na escola, o que queria fazer de faculdade, qual o maior sonho... minha relação com minha irmã havia mudado naquele dia e foi ótimo, porque eu ia precisar muito dela, no futuro. Ao chegarmos na casa, eu a deixei no portão e fui dar mais uma volta.

Fui para perto da Igreja de São João, não a da praça, mas a com o cemitério e fiquei lá bebendo alguma coisa nos barzinhos, ouvindo música e olhando o mar, aquela viagem estava começando bem. Cheguei em casa ia dar 2 da manhã, eu estava meio alto, então deitei na cama e apaguei, só fui acordar no outro dia com minha mãe me chamando pra almoçar. Comemos numa boa e depois fomos nós 4 à praia, nossa, fazer séculos que não íamos nós 4 à praia. Chegamos lá e ficamos numa mesinha de bar conversando, depois chamei minha irmã para tomarmos banho no mar, depois ficamos na areia cavando buracos... Porque todo mundo cava buraco na praia?? Tese de doutorado!! Depois voltamos pra mesa e eu ria demais com as graçinhas que meus pais falavam, tudo regado a cerveja e a peixes fritos... foi uma tarde maravilhosa.

Voltamos pra casa por volta das 4 da tarde e eu só tomei um banho e voltei a dormir, porém sou acordado por uma movimentação no quarto. Nem abri o olho pois pela voz eu sabia que eram os amigos da minha irmã chegando... Não estava muito interessado com cumprimentar ninguém, então eu simplesmente fingi que estava dormindo. Meia hora depois me deu vontade de ir ao banheiro, então desci a escada. Estava todo mundo na sala sentado, conversando.

- Olha a bela adormecida! – falou o Yuri, ele estava abusando da sorte.

- Ih cara, estou mais pra lobo mau! E ai? Tudo certinho?

Ao olhar pro outro sofá eu não acreditei... meu estômago gelou e meu corpo esquentou de raiva... o cara, o cara que estava com o Bruno no ônibus estava ali, sentado, como pode?!

- Ah este é o André, amigo nosso. – mas eu só olhei sério pra ele.

- E ai? Beleza?

Não demorou e o outro entrou e tive as mesmas reações de calor e frio, só que o calor era outra coisa. O Bruno entrou na sala com dois copos de refrigerante, estava sem camisa e com um short de jogador de futebol, deixando o cós do short bem baixo, uma visão do paraíso. Seu corpo branquinho, mamilos rosados, aquelas linhas que levam até a virilha, ele era delicioso! (Que papo é esse?! To gostando não!) Ao me ver, ele simplesmente passou direto e sentou do lado do cara. Eu fiquei sem saber o que fazer, então fui logo ao banheiro. Lá se passou inúmeras coisas pela minha cabeça: “como aguentar ficar olhando pra esses dois juntos por 4 dias? Porra, logo agora que estava começando a esquecer ele, como eu odeio aquele cara, filho da puta desgraçado!”.

Sai de lá e decidi ir pra rua, passei por eles novamente e cai no oco do mundo. Fui pra orla e fiquei andando, sentindo a brisa e a maresia, enquanto isso ia pensando em tudo o que estava rolando e no que eu ia fazer... bem, decidi ficar de boa, passar os dias foras, tinha tanta coisa pra eu ver, não precisava ficar em casa aturando aqueles dois. Fiquei quase duas hora na rua e decidi voltar, pois estava cheio de fome. No caminho de volta eu parei perplexo com a cena que estava vendo... o Bruno e o André se beijando encostados em uma árvore. Ao ver aquilo meus olhos se encheram e logo estava chorando, senti uma dor enorme, um ciúme fora do normal... minha vontade era chegar já de voadora nos peitos deles, mas não, dei a volta, e fui pra casaOh eu de novo... Quero agradecer a todos pelos elogios e as críticas e dizer que não odeio as OTAKUS nem os GEEKS, nem os COSPLAYS, nem JOGADORES DE RPG... a história mostrou uma fase da minha vida em que eu era um verdadeiro babaca e não respeitava ninguem... acho que vcs perceberam que ao longo da história eu vou mudando... por isso quis compartilhar com vcs tudo, pra vcs notarem o que essa merda de amor faz com a gente!

Abração a todos

luiz-boladao1@hotmail.com e eduardocastilhoedu@hotmail.com

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Comentários

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Pior coisa da minha vida é ver o cara que eu gosto com a polda dele, sendo que ele é do meu grupo de amigos. To tentando esquecer ele fortemente, mas ta foda

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O pior de tudo é ver quem gostamos com outro

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Nooossa ri muito quando eu li "One Piece", não gosto de animes, mas esse se salva, o único q eu acompanho... rsrsrs

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Cara eu so nao comentava seus contos nemdava nota pq eu tavs de celular e isso era impossivel, mas ja acompanho a um bom tempo e e dos meus preferidos. Parabens

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Seu conto é muito bom + vc demora muito pra postar! kkk

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Estou adorando a história!! sinceramente eu acho que vc mereceu um pouco de choque de realidade, só assim vc percebeu que tratar as pessoas mal não é legal!! continua logo hein...nota 10!!

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