Galera desculpe-me pelo sumiço, mas sabem como é, aniversário, comemoração, muitas surpresas, pedidos sei lá mais o quê, só sei que foi LINDO, principalmente o meu mozinho, que mais uma vez me deixou de pernas bambas na frente de todos- com certeza não tenho problemas cardíacos hehehehe.
Lucca§, curioso você né? Hahaha, brincadeirinha, façamos assim o que você acha? É claro que..., vamos ao conto.
- Sente-se aqui, no sofá ao meu lado, disse o senhor Henrique.
Sentei, mas tive vontade de fugir dali, correr e ir para minha casa, sei que isto não é um pensamento tão corajoso, mas fazer o quê, se era isso mesmo o que eu queria, para piorar aquele FDP do Rô tinha me deixado sozinho.
- Acalme-se, não precisa se preocupar com nada, dizia ele para mim.
Já perceberam que, num momento igual a esse, quanto mais te pedem calma mais nervoso você fica? Sei que ele estava tentando me tranquilizar, mas não estava dando certo não.
- Tudo bem, pode falar, eu disse gaguejando muito.
- Eu não vou falar nada, você é que tem que me dizer alguma coisa.
Fiquei sem chão, como falar para um senhor, que mesmo sendo uma excelente pessoa, que eu estava amando o filho dele, que eu queria o Rô perto de mim sempre, que se possível fosse eu o agarraria e não soltaria jamais nesta vida.
- Senhor Henrique...
- Só Henrique, me interrompeu ele.
- Henrique, eu não sei dizer como aconteceu, mas estou amando o seu filho perdidamente, cada segundo que passo longe dele para mim é uma tortura, ligo para ele pra saber se ele está se alimentando bem, se está feliz, se está pensando em mim, pergunto o que posso fazer para deixa-lo mais feliz, não sei explicar parece que o meu mundo agora é só ele, acho que estou ficando louco, mas é assim que me sinto, a única forma de me afastar dele é se ele não me quiser mais, vou sofrer muito se isso acontecer, porém, vou respeitar a vontade dele. Disse tudo isso de uma forma tão natural, mentira, eu estava quase chorando e gaguejando muito.
- Quero que você me entenda que não é fácil para mim esta situação, pois sempre sonhei em ver meu filho casado e me dando muitos netos, e descobrir da forma como descobri, nem foi por ele e sim por uma piadinha do Pedro, isso me doeu demais, pois sempre mantive um bom relacionamento com o Digão, pensei que ele me contava tudo e agora isso.
- Sei que não é fácil, não sei como reagiria se um filho me dissesse que estava amando outro, mas hoje posso garantir que o apoiaria em qualquer escolha dele, disse, fazendo uma anotação mental “matar o Pedro”.
- Meu filho sempre foi o maior galinha, sempre pegava todas e agora está amando outro rapaz é bem complicado de entender.
- Para mim também não é fácil, mesmo não sendo um pegador, sempre tive meus casinhos (um de cada vez, nunca trai ninguém, talvez a Maria, mas já fui perdoado por isso) e me descobrir apaixonado por outro foi meio perturbador, mas resolvi arriscar e ver no que dava, só posso garantir que o amo de verdade e não estou nessa só por curtição não.
- E a sua família quando vai contar para eles?
- Eles já sabem, na verdade minha mãe me viu dando um beijo no Rodrigo, perguntou o que estava acontecendo e disse tudo para ela que aceitou numa boa, pra falar a verdade foi ela mesma quem contou para a família inteira, nem todos aprovam, mas os mais importantes para mim sim.
- Então eu fui o último a saber?
- Ainda falta a sua esposa, eu acho. Disse com medo da resposta.
Ele me contou como o Rodrigo assumiu que me amava e que não seria contra, então pediu que o Rodrigo aparecesse.
Ele aparece bem rápido, com certeza ele não estava no quarto, e sim, no corredor ouvindo toda a conversa e rindo de mim, esse filho da mãe vai me pagar.
- Oi estavam falando de mim? Pergunta ele com a cara mais cínica e linda do mundo.
Olhei para ele como se quisesse fuzilá-lo com o olhar e disse:
- Claro que não, tinha assuntos mais importantes para conversar com o sogrão aqui.
Agora sim voltei ao normal, estava sendo irônico e ousado, sei que fui grosseiro, mas não podia deixar que ele escapasse impune dessa armadilha preparada por ele.
- Sogrão? Perguntou o senhor Henrique, olhando para mim.
Fudeu, eu pensei, cara acho que exagerei na ousadia.
- Sogrão? Repetiu ele, levantando-se e deixando o filho sentar-se ao meu lado.
- Desculpa, disse eu já sentindo o meu rosto arder com certeza estava muito vermelho.
- sogrão, gostei disse ele, saindo para nos deixar a sós, porém antes de sair virou-se para nós e disse ao Rodrigo as regras ainda estão valendo.
Quando ele saiu perguntei a que regras ele se referia.
- Nada de “namoro” na sala, só no quarto e por enquanto manter escondido da fera (a mãe dele) pelo menos até o pai amaciá-la.
Comecei a beijá-lo dizendo que ele iria me pagar que eu iria deixar de ser tão bonzinho com ele.
Ficamos mais um tempinho namorando quando resolvi ir embora, pois tinha que dormir, pois ele me deixou quebrado. Hahahaha.
Ele me acompanhou até a rua, mas no elevador rolou uma pegação de leve, mesmo eu querendo muito apertar o botão de emergência, mas ele falou que por hoje já bastava de emoções fortes, fiquei um pouco decepcionado, mas ele tinha razão, espera aí, eu deveria ter dito isso, pois, o dia foi cheio de emoções sim, para mim que sofri feito condenado enquanto ele ria de mim.
Na garagem até que rolou uma coisinha mais pesada, mas nada de transar, teve a mão naquilo aquilo na mão, vocês entenderam.
- Agora vai que já está tarde e tua mãe deve estar preocupada.
- Faça isso comigo não, me assanha e depois joga um balde de água fria, olha como você me deixou de novo, faz só um carinho vai.
- Nada disso vai logo.
- Tá bom, mas isso é jogo sujo.
Na rua quando estava me despedindo ele me beija.
- Na rua você tá louco é?
- E o que é que tem? A rua tá vazia mesmo.
- Safadinho, tava querendo isso mesmo né?
Ele me dá mais alguns beijos e põe a mão sobre o meu cacete que já estava querendo pular pra fora, e começa a apertar.
- Você tem trinta minutos para tirar a mão daí, digo rindo.
- Tarado você né? Ele me beija pela última vez e vou embora.
Chegando em casa todos já estão dormindo, pego o celular e ligo para ele que atende com uma voz bem dengosa.
- Oi amor, pensei que não iria ligar.
- Só liguei para avisar que cheguei bem e você pode dormir sossegado, enquanto eu fico aqui prensando em você, sonhando com você com essa boca gostosa, seu gostoso safado que mudou o meu mundo.
O tempo passa Natal, Ano Novo, tudo transcorrendo tranquilamente até que recomeçam as aulas, não sei de quem é a infeliz ideia de colocar uma semana de aula antes do carnaval, fui pra aula lá chegando sou informado que só haveria aula mesmo depois do carnaval, aquela seria a semana do fera, onde só os calouros eram obrigados a ir.
O carnaval foi uma farra só, muita folia, festa e sexo, poxa nunca transei tanto assim, mas valeu a pena. Hahahahaha.
Realmente o primeiro dia de aula, como sempre um dos primeiros a chegar, depois o Matheus, começa a aula e então chega o Rô, que senta na cadeira próxima a minha, uma vez que todos já sabiam e não era mais necessário fingir.
- Atrasado como sempre né mocinho? Digo fazendo carinha de dengo.
- Bom dia , estou bem sim e você? Fala ele sendo irônico.
- Oh, que bonitinho você fica quando tá bravinho.
Nossa conversa continua mais um pouco, claro que tudo isso bem baixinho para ninguém ouvir e também não ser advertido pelo professor.
Estamos nessa conversa quando entra na sala o Pedro, mas ele estava todo...
Nossa dois problemas para resolver, o Pedro e a fera, mãe do Rodrigo, pois amaciar a fera como foi dito pelo pai do rodrigo, não me deixava com muitas esperanças não, tinha interpretado tal frase como um sinal de mau agouro.
Bem só no próximo, desculpa, mas as reticências voltaram e vão ficar, me desculpem mas é mais forte que eu. Abraços.
Carlos AL, adorei te conhecer.
Uma Dúvida que vocês poderão me ajudar, querem que eu conte como foi o meu aniversário agora ou deixo para o final do conto, mas estou com tanta vontade de contar que não sei se vou conseguir esperar não, quase morro nesse dia, mas foi FANTÁSTICO, vocês decidem, vai ser tipo um especial de niver, fora da ordem cronológica do relato. É com vocês.