Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves...
Dentro do coração...
Assim falava a canção que na América ouvi...
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Acordei, mas ele não estava lá, acordei tarde pelo jeito porque ele já tinha ligado pro caminhão que ia trazer o que faltava na casa, aproposito já estava tudo arrumado e em seu devido lugar, eu devo ter um sono muito pesado mesmo. Estava me sentindo mal cada vez que passava por um cômodo porque eu fiquei ali dormindo e ele ralando, que belo amigo eu. Assim que estava na cozinha ele estava lá franzindo a testa e olhando pra uns miojos que estavam na minha mala, eu não cozinho muito bem então tinha sempre miojo comigo, é eu sou meio esquisito também.
- Miojo? – ele fazia careta.
- Eu não sou muito bom em cozinhar.
- Eu também não sou um mestre cuca e nem por isso eu carrego miojos – ele riu.
- Não tinha mais nada pra comer, mas não tinha água quente na rua como eu ia comer isso eu até tentei, mas descer seco não foi legal eu engasguei ai resolvi ir pra pizzaria e com uns trocados comprei um pedaço de pizza só.
Não fiz a coisa certa ele ia ficar com pena de mim não admito isso, mas a reação dele foi inversa, ele saiu serio porta a fora eu fiquei pasmo e fui atrás dele, ele estava numa cadeira de balanço que tinha uma vista incrível pra uma mata que crescia ao redor da chácara, estava mesmo triste seus olhos chios de lagrimas que não se permitiam cair, sua pele ficando vermelha, ele ainda estava sem camisa seus braços estavam cruzados com força no peito mesmo chorando ele não dava o braço a torcer.
- Que eu fiz? – perguntei neutro.
- Não foi você fui eu, se eu não tivesse dado chilique quando a gente se reencontrou em Guarulhos você não ia ter que passar por isso, não ia passar tudo aquilo, eu fui um idiota e estraguei tudo se eu não tivesse ligado naquela pizzaria você – ele travou, pressionava os dentes como se estivesse engasgado e não terminou a frase – mas eu too tão confuso porque ontem-
- Ontem eu estava com frio e não lembro muito bem o que aconteceu, estava com muito sono – não podia segui em frente com aquilo eu era hetero caramba não rinha sentido eu só dei pra ele o que ele queria.
- Espera me deixa entender você não lembra... Do beijo em?
- Não tá louco cara eu te beijando! – eu lembrava, mas queria apagar.
- Mas que ótimo! – ele jogou os braços pra cima pôs as mão na cabeça parecia que ele ia explodir – o café tá pronto – ele disse triste – pode comer a vontade eu vou arrumar a piscina tem muita coisa lá pra fazer.
- Pô cara... Lucas! – ele não deu atenção, não queria que fosse assim, mas se fosse pra pegar pesado que opção eu tinha, mas fiquei muito mal, não comi direito e fui na piscina ver o que ele fazia, escolha errada ele estava lá de sunga azul justa mostrando suas pernas morenas e fortes, pra não piorar passei direto daquela área, não queria ter outra recaída, ele estava na beira da piscina se sentou e colocou os pés na água eu fui pra sentar do lado dele ele não fez questão de me olhar.
- Tu é meu parça – comecei – mas eu já te disse que te respeito, mas isso tem um significado diferente pra você, só sinto amizade por você – menti.
- Você sente alguma coisa por mim Marcos... Só não tem coragem pra admitir, eu te entendo e sei separar as coisas – ele balançou a cabeça – só não faz mais isso.
- O que?
- Não me deixa assim como você fez ontem e agora nega, isso machuca cara eu entendo ser só seu amigo, mas você não me facilita, eu fico louco com seu cheiro, quando você me encara, fica bravo, gosto disso e você também gosta – ele se aproximou e beijou meu pescoço foi subindo com a língua até chegar no meu queixo deu um selinho ali e colou a testa na minha pôs a mão nas minhas costas e foi subindo elas ate chegar na nuca ficou respirando perto eu sentindo cada batida de coração e então ele parou e mergulhou eu fiquei ali sem reação, até que ele voltou molhado e foi pra direção da casa, mas antes:
- Eu disse que mecho com você também – ele não ria só me olhava um olhar indecifrável.
Não estava com coragem pra enfrentar ele, mas tinha que entrar, respirei fundo, ele estava lá de bermuda xadrez e camisa gola V branca ele tinha um colar muito justo no pescoço parecia meio indígena, quando me viu sorriu.
- Achei que ia ficar lá até a noite.
- Não deu fome.
- Poço sem fundo! – rimos juntos.
- Lucas sabe isso de-
- Deixa Marcos eu vou acreditar em você, até lá te deixo em paz pra você se acertar de vez, mas deixa de se enganar e reveja seus conceitos, o que você quer? – era uma pergunta retorica.
- Valeu... Vai sair do meu pé.
- A tá bom que eu vou, você esqueceu que é meu inquilino agora? – assim fomos rindo e comendo a tarde inteira ele não tocou mais no assunto e estávamos normais, ele foi tomar banho e eu fiquei meio sem nada pra fazer, não sabia o que eu estava fazendo mais estava indo em direção do banheiro, queria mijar, mas eu não sabia que ele estava lá, tomei um susto ele não percebeu estava com o box aberto de costas pra mim, perdi a vontade de ir no banheiro, ia achar outro estava morto de vergonha, antes de sair dei mais uma olhada na água passando pelo corpo dele, dei um tapa na minha cabeça e corri pra fora do banheiro “O QUE VOCÊ QUER?¡” disse pra mim mesmo.
(Esta ai vou postando mais quando surgir tempo! E eu to com uns problemas com medicamentos, mas não se preocupem que eu vou estar aqui já já!)
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