Estavamos à caminho da fazenda da avó de Rodrigo. Enquanto minha avó e seu pai conversavam no banco da frente, ele e eu conversavamos e relembravamos nossa infância.
Era muito bom conversar com ele. Me deixava tranquilo e sereno. Sua voz era sempre calma e doce. Suas palavras, sempre adoraveis.
Estavamos há anos sem nos ver, sem nos falar, e agora estavamos tão próximos. Ele... Sempre carinhoso!
Depois de mais ou menos 2 horas de viajem, chegamos à fazenda de sua avó. Nossa... Continuava do mesmo jeito. Nada havia mudado.
Descemos do carro, Rodrigo segurou minha mão - o que era bastante estranho, pois não eramos um casal, ele nem era gay, eu acho - e fomos em direção à grande casa de sua avó.
-Continua do mesmo jeito, não é? - Perguntou ele, sorrindo para mim.
-Sim, continua igual ao que era. - Respondi.
-Vamos meninos! - Disse minha avó bastante apressada.
Quando chegamos, Dona Mariana já estava na porta da enorme casa nos esperando.
-Meu Deus, como ele cresceu! - Disse ela vindo em minha direção.
-Está um lindo rapagão, não é mesmo?! - Disse minha avó.
-E como! - Confirmou Mariana.
-Não é para tanto, gente. - Disse, com o rosto quente. Sabia que estava totalmente vermelho.
-Vamos, vamos. Entrem. - Disse Mariana com um enorme sorriso no rosto.
Ricardo por sua vez, já foi logo pegando minhas malas.
-Venha, você vai ficar em meu quarto, como antigamente. - Disse ele.
Subimos as escadas e deixamos os adultos conversando.
Quando chegamos ao quarto de Ricardo tive mais uma surpresa. Só havia uma grade cama de casal.
-Não se preocupe, você vai ficar com a cama e eu fico com o chão mesmo. - Disse ele sorrindo.
-Não estava preocupado. Mas é injusto você ficar com o chão e eu com a cama. Fique com a cama Ricardo, ela é sua. - Disse.
-Exatamente. Ela é minha... E eu quero que você durma nela.
-Mesmo? - Perguntei.
-Claro! - Ele me abraçou novamente.
Não vou negar, eu adoro quando ele faz isso. Mas é mrio estranho.
-Você é tão carinhoso! - Disse perto de seu ouvido.
-Sou assim com todos os que eu gosto. Desde pequeno, lembra?
-Lembro sim. - Mas não era tanto.
Continuamos agarrados por mais alguns segundos.Quando nos soltamos, ele sorriu para mim.
-Vamos descer e comer alguma coisa? Depois a gente sobe e eu te ajudo com as malas. - Disse ele.
-Ai, vamos sim, não comi nada desde que cheguei. E já é tarde.
-Então vamos.
Descemos as escadas e Manoel estava se depedindo de minha avó.
-Já vai papai? - Perguntou Rodrigo.
-Já vou indo sim. Eu ia subir para me despedir de vocês.
-E quando volta?
-Semana que vem estou de volta, não se preocupe.
Os dois se abraçaram. Dava para perceber a união entre pai e filho. Lembrei de meu pai, mas consegui desfarçar meu semblante.
Manoel se despediu de todos e se foi. Ele tem uma rede de supermercados no Maranhão e tinha algumas coisas para resolver.
-Vamos comer? - Perguntou Rodrigo, vindo em minha direção.
-Vamos, claro.
Fomos para a cozinha, enquanto nossas avós colocavam o papo em dia na sala.
Ele decidiu fazer uns sanduiches para nós.
-Você e seu pai são bastante unidos, não é mesmo? - Perguntei.
-Sim, muito. Desde a morte da minha mãe. - Ele respondeu enquanto preparava nosso lanche da tarde.
-Deu para perceber a união de vocês.
Enquanto comiamos eu o olhava... Sua pele era morena e lisinha. Seus olhos vardes brilhavam. E sempre que me olhava, sorria. Um lindo sorriso!
Ele terminou de comer primeiro e ficou sentado à mesa me olhando. Havia uma pequena migalha de pão no canto de sua boca. Sem nem perceber, estiquei meu braço e limpei seu rosto com o polegar. Ele simplesmente sorriu.
-Obrigado! - Disse, ele sorrindo.
Terminei de comer e conversamos mais um pouco.
Depois subimos para o quarto. Fui direto desfazer minhas malas.
-Já separei um lado do armário só pra você. - Disse ele, enquanto abria as portas do armário.
-Nossa! Você pensa em tudo.
Ele me ajudou á organizar tudo. Quando terminamos já era tarde.
Descemos e nossas avós estavam fazendo o jantar.
-Sentem-se meninos, o jantar já está quase pronto. - Disse Mariana.
Nos sentamos e depois de alguns minutinhos, já estavamos jantando. A comida estava maravilhosa. Há muito tempo eu não comia tanto. Mariana cozinha muito bem!
Logo após o jantar voltamos para o quarto. Rodrigo pegou a cadeira da mesinha do computador e se sentou.
-Acho que vou tomar um banho e me deitar. Tô mega cansado. - Disse.
-O Banheiro é alí. - Ele apontou para a porta - Depois de você, eu vou também.
Pequei uma toalha e entrei no banheiro. Era tudo bastante organizado. Percebi que Rodrigo não gostava de bagunça, assim como eu. Tirei a roupa e entrei no chuveiro. Coloquei a água no morno, queria relaxar com aquele banho. Enquanto a água percorria meu corpo, eu pensava sobre a vida e os últimos acontecimentos. A imagem de Rodrigo me veio na mente e não pude controlar uma calmaria maravilhosa, seguida de uma inesperada ereção.
Me senti culpado com aquilo. Enquanto Rodrigo era sempre gentil e amoroso, eu pensei nele de uma maneira diferente. Cheguei à imaginá-lo nu em minha frente... Me senti um pervertido. Que droga!
Quando saí do banho, ele estava no computador ouvindo música.
-Já? Bem, agora é minha vez. - Disse ele, pegando uma toalha e seguindo para o banheiro.
Eu me deitei na cama - que tinha seu perfume empreguinado nos lençóis - e tentei afastar aqueles pensamentos de mim. Acabei adormecendo...
CONTINUA!
GALERA, ME DESCULPEM PELA DEMORA. AÍ ESTÁ A TERCEIRA PARTE DA MINHA SÉRIE.
POR FAVOR, COMENTEM. QUERO SABER A OPNIÃO DE VOCÊS! ABRAÇOS!!!