EU TE AMO 21

Um conto erótico de CARPE DIEM*
Categoria: Homossexual
Contém 3876 palavras
Data: 30/07/2012 16:48:04
Última revisão: 14/06/2018 21:12:12

Não imaginava que o futuro pudesse nos trazer agora mais essa novidade. Era uma surpresa atrás da outra... Porque tão rápido?

Eu - Daiana... Eu não acredito nisso. Cara... Que raiva!!! Vocês não poderiam esperar?

Daiana - Foi tudo de repente. Eu não esperava que tudo isso fosse acontecer agora.

Eu – Talvez seja alarme falso. Tenta não se apavorar. Ok?

Daiana - Não é. (ela chorava ainda mais) eu já fiz vários testes. Todos deram positivos.

Eu - Você vai confiar em teste? Nós vamos ao médico, fazer uns exames...

Manteria essa esperança... Claro que uma criança deveria ser uma benção para qualquer casal, mas a minha irmã ainda era uma adolescente, sem experiência. Ela não teria estrutura suficiente para cuidar de um bebê, não mesmo.

Daiana - Eu já fui ao médico. Só estou esperando o resultado.

Eu - Eu sabia... Quando dizia que não daria certo... Todo mundo me ‘apedrejou’... E agora o que acontece? Você com 15 anos vai ser mãe. Olha só a burrada que vocês fizeram.

Não poderia ser tão duro assim, mas eu não conseguia. Estava tão ‘revoltado’ com essa situação... Por isso, eu precisava falar... Brigar... Se não iria explodir de tanto nervosismo. Depois eu pediria desculpas e tal, mas naquele momento, eu necessitava desabafar.

Daiana - E agora... O que eu vou fazer da minha vida? To perdida.

Eu – Poderia ter pensado nisso antes, não é? Agora você tem que dizer ao Thiago.

Daiana - Ele não vai entender. Maninho, por favor, me ajuda.

Eu – Vocês vão ter que conversar. Ele tem todo o direito de saber.

Daiana - Você não entende, não é? O Thiago vai me culpar, dizer que eu fiz de propósito. Como eu vou falar para o meu pai? E se ele me expulsar de casa?

Eu - Culpar? Claro que não. Vocês podem não ficar juntos, mas eu sei que ele vai te apoiar. É melhor você contar logo. Uma hora ou outra todo mundo vai ter que saber mesmo.

Daiana - Isso não pode tá acontecendo comigo. (ela se lamentava).

Eu – Fica calma, tudo bem? Talvez você esteja se preocupando a toa.

Daiana - E se der positivo? (ela disse apreensiva).

Eu – Vamos aguardar. Não seja tão ansiosa. Seja verdade ou mentira, eu vou estar com você, ok?

Daiana – Obrigada irmão... Você é sensacional.

Eu – Agora... Vocês poderiam ter mais responsabilidade, não é? Tantas formas de evitar essa situação.

Daiana - Na hora eu nem me liguei. Estava tão envolvida que esqueci completamente.

Eu – Você tem que ser mais atenciosa, cuidar de você, da sua saúde...

Daiana – Sim. Eu sei, mas... O Thiago veio com uma conversa estranha... Não queria esperar muito tempo... Ah...! Você sabe do que eu to falando.

Eu - Ele tinha que respeitar seu tempo, já que você não queria.

Daiana – Ei. Ninguém me obrigou, nem pressionou. Eu quis. O Thiago me provoca umas coisas que eu não sei explicar muito bem. Ele disse que me amava... Me trataria com carinho e, que seria especial.

Eu – Ao menos foi especial para você?

Daiana - Foi lindo.

Do que adiantaria eu me estressar novamente? Já estava feito mesmo. Nada que eu fizesse mudaria essa realidade. Meu único desejo era que essa noticia não trouxesse mais confusão á minha família. Enfim, deixei-a descansando e, saí por aí sem destino, rsrs. Eu gostava de ficar sozinho às vezes para pensar na minha vida. O Edu sempre reclamava por isso, mas me fazia bem ficar comigo mesmo. Não era sempre que eu conseguia ficar só, pois toda hora alguém me tirava do foco e, dessa vez não seria diferente... Logo, o André apareceu onde eu estava.

André – Que raridade ver você sozinho.

Eu – Senta aqui e me faz companhia.

André – Humm. E seu guarda-costas, onde ele está?

Eu – Por acaso você está com medo dele? Haha.

André – Cara... Engraçadão você hein? Claro que não estou. Só perguntei por que aonde você vai, ele está contigo.

Eu – Sei... Pode ficar tranquilo. Ok? Ele tá viajando com a família.

André – Hummm. Então hoje você está livre?

Eu – Só por hoje sim, rsrs, mas porque você me olha tanto hein? Parece que tá me analisando.

André - Você mudou muito cara. Está totalmente diferente.

Eu - Não mudei nada. Sou a mesma pessoa de sempre.

André - Não é. Você pode negar o quanto quiser, mas esse cara te mudou completamente.

Eu - Porque isso agora? Não to entendendo você.

André - Suas atitudes... Seu jeito de ser. Você está diferente e, nem percebeu.

Eu – Ah! Para com isso André. Eu não me vejo assim não. Você sabe que eu nunca vou esquecer vocês.

André - Ok. Se você diz...? Sabe que foi até bom eu te encontrar por aqui. queria te fazer um convite... Vamos comemorar nosso aniversário juntos novamente?

Eu – Humm. Não to no clima de festa não.

André - Por quê? Para você não querer fazer nada... Só pode tá acontecendo alguma coisa. Me diz...O que aquele cara aprontou contigo?

Eu – André... A Daiana ta grávida.

André - O que!?!?! Sério isso?

Eu - Você acha que eu brincaria com algo assim?

André - Nossa!!! Que barra hein?

Eu - Nem me fala. Ela tá toda desesperada.

Sabia que não deveria ter contado um segredo tão intimo assim, mas eu conhecia e confiava no André, assim como em todos os meus amigos. Ele era tão querido por toda a minha família. Achava que não teria nenhum problema em contar.

André – Sabe... Tem muito tempo que eu queria te perguntar uma coisa.

Eu - Olha lá hein? O que é?

André - O que você fez com todas as cartas e presentes que eu te mandava?

Eu - Eu nunca abri. Está tudo do jeito que você mandou.

André - Por quê? Cara... Não acredito nisso. E eu todo idiota pensando que você sentia a minha falta.

Eu – Claro que eu senti, mas eu precisava te esquecer. Eu não sabia se você voltaria. Já imaginou se eu lesse tudo àquilo que escreveu... Seria muito mais difícil superar.

André - Eu também senti saudades de você, demais. Durante todo esse tempo, eu pensava em ti.

Eu - Eu acredito, mas ainda bem que você voltou, não é?

André – Sim. Nunca mais saio daqui. Você é muito importante para mim.

Eu - Você também é especial para mim, demais...

André – Então. . . Vamos festejar juntos. O que tem demais nisso?

Eu - Sabe que ás vezes eu sinto saudade das nossas festas, só nossas. As coisas por lá são bem diferentes daqui.

André - Não seja por isso. Faz teu aniversário aqui, junto comigo.

Eu - Vou pensar. Ok? Eu to precisando mesmo de uma diversão na minha vida.

André - Então fechou. Vou combinar com a galera toda aqui, tudo bem?

Eu – Tá certo. Acho que pode ser legal mesmo. Agora, eu tenho que ir. Mais tarde eu volto para o Rio.

Era tão bom ter o André dos meus velhos tempos comigo. Eu me sentia bem perto dele, nós tínhamos muitas afinidades... Uma amizade verdadeira, mas infelizmente já estava na hora de dar tchau, rsrs.

Já estava com muitas saudades do Edu. Pensei que o encontraria em casa me esperando, mas isso não aconteceu. Tão cansado da viagem e, de esperar... Acabei pegando no sono.

Estava dormindo tranquilamente... De repente comecei a sentir uns arrepios pelo corpo, umas sensações estranhas. Logo... Um beijo... Era o Edu me acordando do jeito que eu mais gostava.

Eu - Nossa!!! Demorou hein? O que houve?

Edu - Minha mãe queria que eu ficasse lá em casa. Levei tempo para despistá-la.

Eu – Já imaginava que seria assim, mas e aí... Como foi a viajem?

Edu – Foi legal. Só não estava melhor porque você não foi comigo.

Eu – Ah! Lindo... Agora vamos dormir. Já está bem tarde.

Edu - Poxa amor. Não vai rolar nem uma recepção mais calorosa?

Eu - Eu to tão cansado.

Edu – Eu também, mas nem por isso não estou com vontade.

Às vezes o Edu era tão insistente, demais. Então o abracei, dei uns beijinhos aqui... Umas mordidinhas ali e, na melhor parte... Eu parei, pois eu estava muito exausto de verdade. Não iria rolar.

Edu - Você me provoca e depois corre.

Eu – Ah! Edu para de reclamar. Vem ficar aqui comigo.

Deitamos, mas nem dormimos, pois a todo o momento o Edu não parava de falar da viagem, contando todos os detalhes e tal. Ele estava tão eufórico, elétrico... Resultado? Acordei no outro dia péssimo... Cheio de sono, com preguiça e, muito, mas muito mal- humor. Necessitava de um banho para despertar. Logo, o Edu surgiu por lá, cheio de boas intenções.

Edu - Agora você já descansou, não é?

Eu – Claro que não. Você não me deixou dormir.

Edu – Não seja mal meu amor. Vai me deixar na mão?

Eu – Ah! Para de show, ok? Nós já estamos atrasados.

Tentava resistir ao máximo, mas o Edu sabia como convencer alguém. Fizemos uma pequena ‘loucura’ no banho, rsrs e, seguimos atrasados para a ‘facul’. A galera já estava toda por lá, conversando e tudo mais. Às vezes, eu dava algumas ‘dicas’ para o Thiago, mas ele não entendia.

Nessas pequenas ‘folgas’ que o Edu me dava, eu aproveitava para falar com o meu povo, rsrs. Enfim, todos da minha casa já sabiam... Realmente, minha irmã estava grávida. Por mais que tudo tenha acontecido tão rápido... Não poderia julgá–la e, sim apoiá–la. Sabia que na nossa cidade, toda a vizinhança comentaria sobre esse assunto, mas minha família sempre soube lidar muito bem com esse tipo de situação.

Agora sim... Nossas vidas mudariam e, muito. Eu não sabia se ficava feliz por saber que existia uma criança chegando, mesmo que nessas circunstâncias, ou ficava triste por saber o sofrimento que a Daiana passaria, mas a vida era mesmo assim. Imprevisível.

Mais tarde, o Edu chegou todo contente. Era muito bom vê-lo assim tão de bem com a vida, mas eu ainda estava meio desanimado com toda essa história da minha irmã. Não era a hora exata de conversar sobre isso com ele. Então seria melhor disfarçar.

Edu - Amor. O que houve? Você está tão estranho.

Eu – Nada demais. Estou de boa.

Edu - Eu sei que tem algo te incomodando, você está distante. Me diz, o que é?

Eu - Meu aniversário... Estava pensando em comemorar na minha cidade.

Edu – Era isso que estava te preocupando? Nós vamos para lá sem problemas, mas porque você mudou de ideia?

Eu – Então... Eu e o André resolvemos fazer uma festa juntos.

Edu - Porque você não me contou que estava com ele?

Eu – Não tem nada demais. Eu não estava com ninguém... Ok? Encontrei com ele por acaso. Não tenho que ficar te falando com quem eu converso ou não. Coisa chata.

Edu - Claro que tem que dizer. Você é meu. Não ver ele contigo.

#POSSESSIVO.

Eu – Não sou seu, nem de ninguém. Para com isso Edu. Eu e o André combinamos de fazer nossa festa de aniversário juntos, só isso.

Edu – Então você mudou de ideia por causa desse cara?

Eu- Edu. Não começa. Você tá ficando chato demais.

Edu - Só porque te amo e cuido de você, eu sou chato?

Eu - Eu também te amo, mas não fico no seu pé não.

Edu - Se esse cara ficar grudando em ti... Eu acabo com ele, você me entendeu?

Quando o Edu se comportava dessa maneira... Minha vontade era deixá-lo imediatamente. Às vezes, toda essa obsessão me assustava. Não queria ninguém me regulando, dizendo o que eu posso ou não fazer... Nem meus pais me tratavam assim. Só queria ser respeitado, nada mais. Por fim, dormimos assim... Meio brigados. Mesmo quando estávamos aborrecidos um com o outro... Ele me irritava demais, provocava... Até eu me cansar e, voltarmos a conversar novamente. Amanheceu e, ele já veio me pedindo desculpas.

Eu - Já disse que você tem que mudar esse teu jeito.

Edu - Amor. Não tem jeito nenhum. Você é só meu.

Eu – Ah! Já chega Edu. Se você não consegue compreender esse fato... Não vejo outra solução para nós.

Edu - O que você tá querendo dizer com isso?

Só queria deixá-lo assustado mesmo. Não gostava de ‘ameaça-lo’ desse jeito, mas ele tinha que entender de uma vez por todas. Não queria ser enxergado como um troféu, ou algo assim. Eu merecia ter um relacionamento saudável e tranquilo, apenas.

Edu - Amor. Por favor, me responde.

Eu - Me deixa quieto Edu. Não quero falar mais nada.

Edu - Não. Amor me perdoa.

Nossa! Quando o Edu queria, ele conseguia ser muito irritante. Situação chata demais.

Eu – Ah! Esquece de mim um pouco Edu. Me deixa em paz.

Edu – Não vou sair da sua vida. Eu não quero brigar. Vamos esquecer esse papo amor.

Ah! Porque tinha que ser assim? Na verdade, eu temia por essas reações do Edu. Queria encerrar essa conversa, mas ele sabia e, muito bem como me convencer. Resultado de toda essa discussão...? Me beijava, acariciava...

Edu – Agora você me perdoa?

Eu - Você sempre me vence, não é?

Nossas brigas não poderiam terminar sempre dessa forma. Nós teríamos que chegar num acordo, mas conversar com o Edu era complicado demais. Por isso, às vezes, eu simplesmente ‘esquecia’ certos assuntos para evitar mais problemas. Nesse intervalo do tempo, o André me ligou, afirmando que nossa festa já estava toda acertada. Finalmente, uma notícia boa em meio a tanta confusão.

Antes de me animar completamente para o meu aniversário, eu precisaria descobrir se o Thiago já sabia dessa história de gravidez. Ele e a minha irmã ainda estavam meio afastados por esses dias, mas eu já imaginava quem poderia me contar alguma coisa sobre isso.

Eu - Edu. O Thiago não te disse mais nada sobre a Daiana? Eu estou tão preocupado.

Edu – Ele não comentou nada comigo. Por quê? Você tá sabendo de algo?

Eu – Ele ainda tá triste por causa dela?

Edu - Sim, mas o que tem demais nisso? Daqui a pouco eles se acertam.

Eu - Edu. A Daiana está grávida.

Agora seria o momento que ele me acalmaria, diria para eu não me preocupar e tudo mais. Porém, a sua atitude me deixou bem irritado.

Edu - Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Eu - Você ouviu bem o que eu te contei?

Edu – Sim. Entendi direitinho tudo o que você me disse.

Eu - E você ainda ri? Acho que não percebeu a gravidade desse problema.

Edu - Amor. Relaxa. O que nós podemos fazer? Aconteceu. Agora só resta encarar.

Eu – Ela está com muito medo de contar. Será que o Thiago não desconfia de nada?

Edu – Isso eu já não sei. A única coisa que o Thiago me contou é que ele e a sua irmã já... Ah! Você sabe.

Eu - E porque você nunca me disse nada?

Edu - O que mudaria se eu te contasse? Você iria conseguir impedi-los de fazer algo? Isso não é problema nosso.

Eu – Claro que é. Eu me preocupo com a minha família. Ok? E se o Thiago não fosse tão sem vergonha, nada disso estaria acontecendo.

Edu – Ei. Também não é assim não. Ninguém a obrigou... Ela deu porque quis.

Eu – Nossa!!! Você é muito sem noção mesmo. Impressionante. Não fala assim da minha irmã.

Edu - E você tá muito irritante, demais. E chega de falar mal do Thiago.

#RAIVA.

Não poderíamos ficar discutindo por algo que não nos dizia respeito. Só eles poderiam resolver essa situação. Por mais que essa gravidez pudesse afetar toda a nossa família... Deveríamos nos unir ainda mais para ajudá–los com essa nova vida que já estava a caminho. Conversamos melhor e, ainda bem... Conseguimos nos entender.

Final de semana se aproximava e, dessa vez, o Thiago estava mais animado, pois a minha irmã queria vê-lo. Ah! Se ele soubesse o motivo. Só queria que tudo se acertasse da melhor forma possível para ambos. Os dois não necessitavam ficar juntos, casarem e fazerem nada por obrigação, mas eles teriam que dar todo o amor possível para essa criança.

Faltavam poucos dias para o meu aniversário... Ansiedade me definia. Contei para o Edu sobre a minha festa e, como tudo aconteceria. Claro que ele odiou essa ideia, mas no final, aceitou sem arrumar muitos problemas. Eu queria uma coisa mais informal, mas o Edu me azucrinou tanto... Ah! Que carinha mais complicado. Acabei mudando alguns detalhes e, por fim... Convidei a família dele também. Então... Tínhamos combinado assim: Primeiro faríamos um jantar bem simples. Assim nossas famílias se conheceriam melhor e, mais tarde... Estaria tudo liberado, sem regras, só os jovens, rsrsrsr. Desse jeito todos seriam beneficiados. Logo, o domingo já estava acabando, infelizmente. Estávamos em casa, de boa, até o Thiago aparecer por lá. Ele estava totalmente estranho.

Thiago – Eu vou ser pai. Não to acreditando nisso.

Eu – Olha como eu tô feliz. Cara... Vocês poderiam ter evitado.

Edu – Amor. Você tá ajudando muito falando desse jeito.

Eu – Olha só Thiago... Você sabe o que eu penso, mas mesmo assim... Parabéns!

Era tudo muito novo e recente. O Edu contava para todo mundo que agora seríamos tios e tudo mais. O Thiago ainda demonstrava estar muito assustado e, a minha irmã aos poucos aceitava essa ideia.

Finalmente, o dia mais aguardado chegou... Eu estava tão empolgado e feliz também. Queria que tudo desse certo. Mais tarde, seguimos para a minha cidade. A família do Edu também iria, mas ficariam num hotel aqui perto. Enfim... Chegamos... Por hora, tudo seguia bem tranquilo.

Já no quarto, sozinhos... O Edu estava daquele jeito: excitadíssimo. Eu queria descansar um pouquinho, mas ás vezes ele me vencia pelo cansaço. Insistente demais.

Edu - Pô. Você nunca quer. Isso já tá ficando chato.

Eu – Você sabe que não é assim. Tem muita gente aqui em casa. Não vai rolar.

Minha casa vivia cheia. Nem sempre isso era bom, porque privacidade que era bom... Nada, mas quem disse que ele me ouvia? Não seria nada mal aquecer o clima e, eu também merecia ganhar meu “grande presente” de aniversário, hahaha. Enfim, cedi só um pouquinho, mas na melhor parte... Alguém nos interrompeu.

Edu – Droga!!! Seja quem for... Você dispensa. Olha como eu to.

Eu – E se for importante? Tenta disfarçar... (ele se cobriu com um cobertor) Pode entrar.

Quem mais poderia ser???

Clara – Estava te procurando... O que vocês estão fazendo de interessante?

Que situação! O Edu se ajeitava todo inquieto na cama, mas mesmo assim, ela se juntou a nós. A Clara não era muito discreta e, quando percebeu o porquê do incômodo dele...

Clara – Você não tem vergonha não?

Edu - Não sei para que tanto escândalo. Você nunca viu não?

Eu – Ah! Vocês não vão começar, não é?

Edu – Clara. Dá um tempo... Evapora daqui. Você atrapalhou nossa diversão.

Clara – Que diversão? Se toca. Aqui não é lugar para vocês fazerem isso não.

Cada dia era uma discussão diferente, mas eu não deixaria nada estragar meu dia. Mais tarde, já estava tudo pronto... Anoiteceu e, aos poucos os convidados chegavam. Apresentei as duas famílias e tudo mais. Eu conseguia conversar melhor com o pai do que com a mãe do Edu. Ele era muito mais agradável. A festa não estava seguindo como planejamos, mas tudo bem. Mais tarde, tudo iria melhorar, eu pensava.

Nós tínhamos a mesma idade. Separados apenas por quatro dias de diferença. Por isso eu e o André resolvemos fazer uma festa juntos. O que teria de mal nisso? Acho que não haveria nenhum problema. Depois de um tempo, algumas pessoas foram embora, assim como a família do Edu. Meus pais nos deixaram a sós... Agora sim, a festa de verdade iria rolar... Do jeitinho que eu gostava. Todos os meus amigos e, alguns vizinhos estavam por lá, tudo muito legal e descontraído... Um ambiente bem moderno na época. O problema era que o Edu não estava no clima, como os demais. Ele parecia um ‘velho’ no meio de tantos jovens. Todo bravinho, sentado e isolado dos outros. Não poderia deixá–lo assim.

Eu - Amor. Vem dançar comigo.

Edu - Eu não quero.

Eu - Poxa Edu. É meu aniversário. Vai ficar emburrado o tempo todo?

Parecia que estava de mal com a vida. Pô. Era o meu grande dia. Não estava fazendo nada de mais. Somente uma festa. Ele não poderia simplesmente se divertir como todo mundo?

#CHATO.

Não iria me privar de comemorar, não mesmo. Tentaria me comportar e, amanhã seria outro dia. Eu sempre gostei de dançar e, nesse dia não seria diferente. A Clara dançava junto comigo... Ela se esfregava, rebolava em mim. Dançamos muito. Eu só queria curtir, nada mais.

Depois, resolvi insistir novamente, mas o Edu não reagia por nada... Só queria ficar quieto, sozinho. Eu estava um pouco alterado, meio tonto... Então, parei de beber e, fiquei junto dele, mas todo o meu carinho ele negava. Todos os nossos amigos se divertiam. Porque ele não poderia fazer o mesmo?

Ficamos por mais um tempo ‘juntinhos’... Então, começou a tocar uma música que sempre gostei... Meus pés já balançavam automaticamente, rsrs... Logo, um amigo me convidou para dançar, relembrar os velhos tempos... Enfim, Aceitei. O Edu reprovava toda essa situação com o olhar, mas eu queria tanto. Não negaria. Era uma música bem louca, um pouco sexy.

Quando eu era mais novo, fazia parte de um grupo de dança. Participávamos de festas escolares, da cidade... Enfim, nada profissional, tudo por diversão mesmo. Por fim, começamos a dar nosso ‘show’, rsrsrs. Ficamos sem camisa: Eu, o André e mais um amigo e, às meninas também dançavam conosco. A dança simulava sexo, essas coisas, mas era legal. Todo mundo que estava por lá curtiu a nossa apresentação, elogiaram e tudo mais. Agradecemos... Por fim, o André me abraçou, me parabenizando e tal. Somente um gesto entre amigos, mas o Edu ficou transtornado com toda essa situação.

Sempre poderia piorar. Ele rapidamente desligou o som, fazendo todos que estavam dançando pararem e, reclamarem. Talvez, seria uma surpresa para mim, uma declaração ou algo assim. Puro engano. Porque isso só acontecia comigo?

-“Liga o som aê cara”.

-“Tá acabando com a festa”.

Algumas pessoas gritavam. Ele não tinha esse direito. Alguém... Por favor, teria que impedir isso.

Thiago - Olha lá o que você vai fazer.

Edu – Me solta cara. Vou dá um fim nessa putaria agora.

Claro que eu estava assustado. Odiava quando ele ficava assim. O Edu veio até onde eu estava e, me agarrou... Me beijou na frente de todo mundo.

Todos os convidados aplaudiam e tal, pois pensaram que se tratava de uma demonstração de amor e tudo mais. Não queria que algumas pessoas descobrissem sobre mim dessa maneira, mas tudo bem. Eu também imaginava que tudo isso fosse mesmo uma declaração, mas num instante, ele começou a me apertar, machucar mesmo. Já não estava mais gostando desse beijo. Tentei me soltar, mas o Edu mordeu meus lábios. Tirou sangue de mim.

Isso não era mais amor. Todo mundo já me olhava com pena, assustados. Porque ele tinha que me humilhar desse jeito?

Eu – Cara... Olha só o que você fez. Tá maluco Edu?

Edu - Você é meu.

Que belo presente de aniversário. Tinha tudo para ser maravilhoso, mas o Edu estragou tudo. Uma experiência terrível. Não poderia acreditar que tudo isso estava acontecendo comigo.

Eu – Sai da minha frente. Desaparece da minha vida.

Edu – Eu não acredito nisso. Agora eu sou o errado da história? Vamos conversar longe daqui... Vem.

Não queria mais ouvir as mesmas desculpas de sempre. Chega!

Eu – Não. Acabou!!! Esquece que eu existo. Não quero te ver nunca mais.

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Comentários

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Esse conto é ótimo. Tudo bem, o Edu, realmente, é muito ciumento, mas o Dih também não ajuda, né? Agora, fala sério, né? Esse conto é lindo, é absolutamente lindo!

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O Edu é muito fofo,mas tambem é ciumento demais,numca vi uma pessoa desse jeito.Um ciume desse pode estragar um relacionamento.Mas tambem o Diego provoca um pouco.BJSSSSSSSSS

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kraca mas na minha concepção o edu aguentou até onde podia tambem era provocação de mais com certeza o andré fez de proposito e a clara deu um puta vacilo kkkk adorando aki

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Pow!!!!O Edu é um cara tão legal,pra quê esse ciume todo.Tá certo que ninguém tem sangue de barata pra ver quem você ama dançando com o ex dessa pessoa,e ficar quieto.Mas daí então estragar a festa do namorado é d .Espero que já esteja td certo,e que o Edu não faça algo parecido novamente.BJS PRA VCS!!!!!Eu era o Luiz Gustavo,mas resolvi mudar pois em breve começarei uma série,e prefiro não me expor muito.VLW!!!!

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Eu não disse que coisa boa não iria dar nesse aniversário? Eu acho que o Edu vai sair de si e matar o André isso se ele sem querer não mate outro por puro acidente ;) e ficar loko =O

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Haaa esse Edu que não se garante, o Diego já disse que ama ele, coisa que não é normal dele e mesmo assim ter tanto ciúmes. AFF deveria colocar o Edu de castigo sem sexo ou beijo por 3 semanas rsrsrs ou mais. Eu faria isso. Leva dez como sempre.

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OMG! Não demora por favor que com o final eu quase morri de curiosidade! Abraço e mais uma vez é 10!

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Ah...O amor... Sentimento forte que nos fortalece e que nos faz crescer...

Ah...O ciúme...Quando se torna doentio...Nos faz ficar sem controle machucando a quem tanto nos ama.

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Parabens otimo.esse contos..e esse ciumes do edu é terrivel,mas vive um relacionamento assim,nao podia olhar nem pro lado,praticamente era refem em minha casa,pois por ciumes meu namorado nao deixava eu sair.ate que tive que dar um basta.e fuir dele.pois ele nao aceitava por ipotece alguma mudar o ciumes.doentio dele.

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Parabens otimo.esse contos..e esse ciumes do edu é terrivel,mas vive um relacionamento assim,nao podia olhar nem pro lado,praticamente era refem em minha casa,pois por ciumes meu namorado nao deixava eu sair.ate que tive que dar um basta.e fuir dele.pois ele nao aceitava por ipotece alguma mudar o ciumes.doentio dele.

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