Galera, valeu demais pelos comentários! É, está acabando. Espero que estejam gostando. Valeu pela companhia durante esses meses e vou sentir saudades de vocês comentando... Boa leitura...
- Eu vou gritar e vai ser pior pra você.
- Você que pensa. Experimenta gritar e se prepare pro que pode acontecer com seu irmãozinho, quer dizer, com seu macho!
Como assim? Bruno corria perigo?
- Marcos, calma. Vamos conversar?
- Isso vai te fazer cair na real e parar com essa história com seu irmão? Não né. Então, fica caladinho.
- O que fizeram com o Bruno, me fala agora Marcos!
Ele apenas sorria e eu ficava cada vez mais nervoso. Não só por essa atitude, mas ele estava muito diferente! Nunca imaginava Marcos me fazendo mal. Ele ainda me segurava com força, sem chance pra que eu saísse mas eu só pensava na situação de Bruno. O que estaria acontecendo com ele?
Ao mesmo tempo surgiam imagens na minha cabeça. Minha mãe, dizendo que isso não daria certo, meu pai com nojo de nós, Angélica rogando todas as pragas possíveis. Eu precisava tomar uma decisão.
- Marcos, o que você quer pra me soltar e deixar o Bruno em paz?
- Eu quero que você volte pra BH e esqueça essa merda que você acha que é amor.
- Por que você mudou assim? Sabe, eu gostava muito do Marcos de antes, ele sim merecia um amor.
- Mesmo assim você não deu esse amor. E você é o responsável por essa mudança. Depois que eu conversei com seu pai eu tive certeza do que eu precisava fazer.
Meu pai estava nisso? A situação estava fora de controle.
- Era isso que você precisava? Me prender, fazer mal a mim? Que amor é esse?
- Você não percebe Carlinhos? Você e o Bruno não tem como dar certo, vocês são irmãos poxa. Você só vai sofrer com essa parada.
- Eu tô sofrendo agora, Marcos. Me solta?
Achei que ele tivesse dado mole e o empurrei com força. Comecei a bater nele com o intuito de sair do quarto e me livrar dele. Não conhecia esse seu lado, portanto não sabia do que ele era capaz de agora em diante. Consegui sair do quarto e minha vontade era ligar para Bruno e saber o que acontecia com ele. Afinal, Marcos poderia estar só blefando e Bruno poderia chegar a qualquer momento e me tirar daquela situação.
- Você não vai fugir de mim, Carlinhos.
Ele tomou o telefone da minha mão e me levou de volta pro quarto.
- Agora eu vou fazer o que eu devia ter feito antes. Se eu tivesse resolvido essa situação você sequer teria corrido atrás do seu irmãozinho.
Eu não sabia do que se tratava, mas estava com medo. Ele me levou até o quarto, me deitando na cama e indo ao meu lado.
- E agora você vai ficar quietinho, porque senão as coisas vão ficar piores. E eu não vou avisar de novo.
- Marcos, por favor, vamos conversar e resolver isso. Eu preciso explicar...
- Cala a boca. Já conversei demais com você. Não adianta, só na marra pra você entender a porcaria que tá fazendo.
Ele me pressionava contra seu corpo. Eu só sentia nojo. Aquela força dele só me fazia lembrar da minha primeira vez “forçada” com Bruno. Eu queria que tudo acabasse logo. Eu não imaginava que viver um amor fosse tão difícil.
É claro que imaginava todo o preconceito. Mas saber que meus pais estavam envolvidos nisso me machucava. E onde estava Bruno? Isso me martirizava.
Enquanto Marcos me beijava, sem que eu retribuísse, minha cabeça estava em Bruno. As coisas estavam se tornando cada dia piores e eu precisava fazer alguma coisa. Decidi dar corda. Para o bem de Bruno, eu enrolaria Marcos pra saber como ele estava e me livrar dessa situação.
É isso mesmo! Me entreguei aos beijos. Sentia nojo sim. Mas minha vontade de saber como estava Marcos era maior. Seria fácil. Eu apenas daria alguns beijos e conseguiria o que eu queria saber. Assim como amar, isso não seria um erro.
Os beijos foram ficando cada vez mais fortes.
- Eu sabia que você também queria Carlinhos.
- Eu resolvi aceitar isso Marcos. Realmente, eu quero.
Não sabia se ele acreditaria, mas eu estava agindo com um cinismo que nem eu conhecia. Eu precisava resolver as coisas.
Continuamos com os beijos. Sua mão começou a percorrer o meu corpo e eu estava deixando. Estava sendo difícil, mas era necessário.
Estava tão envolvido com a situação, detestando, mas envolvido, que não ouvi a porta se abrir:
- Carlinhos, vamos ficar juntos. Esquece o idiota do seu irmão, volta comigo pra BH e vamos ficar juntos. Eu posso te oferecer muito mais que ele.
Eu precisava continuar com o plano.
- Vamos curtir o momento Marcos. Depois a gente decide o que fazer.
Ele voltou a me beijar até ouvir o grito na porta do quarto.
- Quando você acabar de curtir o momento, Carlos. Me avisa!
Bruno? Ele estava bem?
CONTINUA...