O engano que custou minha virgindade
Após quase seis meses de procura em anúncios classificados de emprego, centenas de currículos enviados a sites de agências de emprego e um boca a boca com amigos, amigos de amigos, e por aí vai, consegui uma entrevista, para uma vaga de químico, numa modesta empresa, que produzia substâncias básicas, que serviriam de matéria-prima para outras indústrias, tais como de cosméticos, higiene e limpeza e farmacêutica. Apesar de recém formado, eu já havia estagiado em grandes empresas e apresentei um currículo invejável para meus 23 anos de idade. Meu entrevistador não fez muitas perguntas sobre estes estágios, nem teceu qualquer comentário a respeito do que eu havia aprendido com eles. Pouco mais de 30 minutos foram suficientes para que eu fosse encaminhado ao dono da empresa, para outra entrevista, igualmente pouco substanciosa, ao final da qual consegui meu primeiro emprego. Sem experiências anteriores com entrevistas, achei que o pouco questionamento se devia ao fato de estarem com pressa nessa contratação. O salário não era ruim e, me lembro de ter voltado eufórico para casa, a fim de contar a novidade aos meus pais.
Comecei a trabalhar, efetivamente, dois dias depois. Eu era o único químico responsável pela produção das substâncias, contava, ainda, com aproximadamente 35 funcionários que tocavam a produção nas suas diversas etapas. Somavam-se a eles uns oito funcionários administrativos, mais alguns auxiliares de limpeza e dois motoristas. Findos os noventa dias do meu período de experiência, eu já conhecia todos pelo nome e dominava a rotina, pouco desafiadora, de trabalho.
Nas últimas duas semanas percebi que alguns tonéis, cujo conteúdo não estava rotulado, haviam sido transportados, durante a noite, para o almoxarifado. Como não faziam parte da minha solicitação de compras, fui questionar o encarregado do setor, sobre a origem e finalidade deles.
- Não sei, não senhor! Eles não ficam aqui muitos dias não. Do jeito que chegam são reembarcados poucos dias depois. – ele me respondeu, sem outra justificativa.
- Mas, se eles não entram no processo de produção, quem os solicita? E, para que? – insisti, tentando entender esse trânsito de mercadorias.
- É sempre o Sr. Artur quem acompanha o despacho deles, mas não sei para onde vão! – ele acrescentou, dando a entender que o dono da empresa era o encarregado da sua destinação.
Anotei este item na minha agenda, como pauta da próxima reunião semanal que eu manteria com o Sr. Artur, dali a poucos dias.
Na manhã seguinte à minha constatação destes tonéis e, do questionamento ao chefe do almoxarifado, cheguei, casualmente, mais cedo à empresa. Passava um pouco das seis da manhã quando entrei com meu carro no estacionamento e, antes que manobrasse na minha vaga, vi alguns funcionários, que eu nunca havia visto na empresa, carregando os tonéis num dos caminhões e partindo escoltados pelo carro do Sr. Artur. Havia menos funcionários naquele dia na empresa, o que comprometia a produção. Por isso, por volta das 09:00 horas, resolvi questionar a funcionária que fazia o controle de ponto. Estava me levantando da cadeira, atrás da minha mesa, para me dirigir ao encontro dela, quando minha sala foi, abruptamente, invadida por uma meia dúzia de policiais, de um setor especializado da polícia. Estavam fortemente armados e trajavam coletes pretos nos quais se via a insígnia da corporação estampada nas costas.
- Mãos na cabeça! Não faça nenhum movimento, se não quiser levar chumbo! – ordenou um deles, de aspecto parrudo, grande como um armário e com cara de marrento .
- O que está acontecendo? – perguntei, meio gaguejando
- Cala a boca e deita no chão com as mãos na cabeça! Quem pergunta aqui sou eu! – ele berrou, enquanto me empurrava para o chão.
- Você é o responsável pela droga? – gritou um outro, tão grande e ameaçador quanto o primeiro.
- Que droga? ... De onde? ... Quero dizer ... eu? .... droga? ... não! – eu balbuciava desconexamente, sem entender o que estava acontecendo e, porque estavam me algemando.
- Você e esse bando vão explicar isso no departamento! – exclamou novamente o primeiro.
Depois de uns safanões e com muita brutalidade fui colocado numa viatura e levado, junto com alguns dos funcionários, para uma sala, completamente sem mobília, cuja única luminosidade, vinha de umas aberturas estreitas, rente ao teto alto. Um cheiro de ar viciado impregnava o ambiente. Menos de uma hora depois, os demais funcionários foram juntados a nós. Todos se perguntavam o que estava acontecendo e, as mulheres começaram a chorar, agravando o clima tenso que pairava no semblante de cada um. Elas foram as primeiras a serem retiradas e levadas a um destino desconhecido. Houve uma longa espera, a luz que se infiltrava pelas aberturas já não era tão intensa. Deduzi que estava anoitecendo, uma vez que havíamos sido espoliados dos nossos pertences antes de sermos colocados ali.
Grupos de seis a oito pessoas iam sendo retiradas, enquanto o restante se perguntava, incrédulo, qual seria nosso destino. Eu havia me sentado no chão de cimento, pois minhas pernas doíam de tanto esperar, também estava com sede, quando, finalmente, vieram me buscar. Ao contrário dos demais, fui chamado individualmente e, levado para outra sala no lado oposto do corredor. Era uma sala pequena, havia janelas na meia parte superior de uma das paredes e, como eu havia deduzido, já era noite. Uma mesa rústica, de formato retangular ocupava o centro da sala e, em cada extremo havia uma cadeira. Uma luz branca, mortiça e flamejante, de duas luminárias fluorescentes, nas quais os reatores roncavam, se espalhava pela sala, criando sombras alongadas. Pouco depois de haver sido deixado na sala, entraram os dois policiais que haviam me prendido pela manhã. Trajavam as mesmas roupas, mas em seus rostos, além da barba cerrada, que se tornara mais visível, também havia uma expressão de cansaço. Preliminarmente, explicaram que eram delegados e que havia alguns meses estavam investigando o contrabando de produtos químicos e tráfego de drogas que acontecia na empresa.
- O que você tem haver com aquela droga? – perguntou o que tinha o cabelo cortado rente, quase à zero, e cara de poucos amigos.
- Não sei de nenhuma droga. Eu estou na empresa há pouco tempo e não sei de .... – tentei responder, antes de receber um bofetão na cara, que me fez cair sobre a mesa.
- Você pode ser bonzinho e dar o serviço numa boa, ou vai fazer isso por outros métodos. – ele continuou sem se abalar.
- Mas eu não sei de nada mesmo! Estou falando a verdade, eu juro! – argumentei, com o rosto ardendo e um zunido no ouvido depois do tapa.
- Ele quer ir pelo caminho mais difícil. Mas, isso não é problema pra gente, não é, Carlão? – ele falou, entremeando um riso sarcástico, quando pronunciou o nome, ao se dirigir ao colega.
- Não vai ser esforço nenhum a gente fazer essa belezinha dar o serviço. Aliás, pelo que estou vendo, vai ser muito prazeroso. Você não acha Xandão? – concordou o Carlão, também esboçando um sorriso artificial ao mencionar o nome do parceiro, numa alusão evidente de que estes não eram seus nomes verdadeiros.
- Por favor, deixem eu contar o que sei. – implorei, encarando os dois.
- Então manda ver, que não queremos varar a madrugada aqui. – gritou o Carlão.
Fiz um relato detalhado dos meus três meses na empresa, das minhas responsabilidades, que se restringiam à área técnica e, finalmente, da movimentação atípica de material que havia visto naquela manhã, acrescentando que também estranhei o que havia ocorrido.
- Ah! Você estranhou o que aconteceu hoje de manhã? Tá vendo, Xandão? A boneca não sabe o que aconteceu esta manhã? – ele ironizou, desatando numa risada forçada. Caminhou, então, em minha direção e agarrou meu pescoço, apertando-o com seu braço extremamente musculoso.
Achei que ele fosse me enforcar. Estava asfixiando e comecei e enfiar minhas unhas em seu braço tentando me libertar. Quando vi que ele ia me dar outro tabefe, protegi meu rosto com as mãos e comecei a implorar.
- Por favor, eu não sei de nada, juro! – minha voz começava a ficar embargada, ao perceber que minhas palavras não convenciam.
Sem afrouxar meu pescoço, o Carlão me debruçou sobre a mesa, que chegou a ser arrastada com a força do impacto do meu corpo sendo atirado de encontro a ela. Meu tronco era forçado, pelo peso do corpo dele, contra o tampo da mesa, enquanto as pernas pendiam espremidas pelas dele. Eu me debatia, em vão, procurando me soltar. Reclinado sobre mim, suas coxas grossas me encoxavam e, minha agitação fazia-o roçar minha bunda, isso começou a excitá-lo. Em pouco tempo, senti algo duro cutucando minha bunda, a princípio, pensei que fosse o cano de uma arma que estivesse em seu bolso. Mas, logo percebi meu engano, o pau dele estava duro e marcava, acintosamente, um volume pulsátil sob as calças.
Os dois se entreolharam. O Xandão caminhou em direção à porta e checou se estava trancada, acenando positivamente, com a cabeça, na direção do Carlão.
- Agora o meninão vai ver como é que se conta a verdade. – ele enfatizou, com ar professoral, ao mesmo tempo em que arrancava minha calça, até os joelhos e, expunha minha bundinha carnuda e lisa, cuja pele branquinha ainda guardava um contorno bronzeado do último verão.
A mão pesada do Carlão estapeou minha nádega, fazendo ecoar um estalo pela sala, e deixando vergões na pele. Antes que eu começasse a gritar o Xandão fixou uma larga faixa adesiva sobre a minha boca e, como estava de frente para mim, agarrou minha camisa, arrancando-a pelo pescoço, sem desabotoá-la. Eu estava nú. O corpo bem estruturado de proporções bem distribuídas, com um quê de fragilidade, estava numa posição de submissão, instigando a voracidade sexual daqueles machos. Um sorriso velado apareceu nos lábios do Xandão, eu me virei e vi que o Carlão abria sua braguilha, retirando de lá uma pica monstruosa. Desesperado, comecei a me debater sobre a mesa, mas era impossível rebater a força do meu algoz. Aliado a isso, o Xandão restringia meus braços, segurando-os, firmemente, em suas mãos.
O Carlão abriu meu rego com as duas mãos, inspecionou meu cuzinho e começou a tateá-lo com brutalidade. Depois se aprumou e começou a pincelar o cacetão ao longo do meu rego, umedecendo-o com o farto pré gozo que escorria do orifício na cabeçorra arroxeada. Senti que ele forçava a portinha do meu cú e gritei abafado pela mordaça. Ele tentava enfiar a pica no meu cú, mas o meu pavor havia travado meus esfíncteres anais, fazendo com que ela deslizasse ao longo do rego, impedindo a penetração. Ele começou a ficar impaciente, aquela urgência animal de ter seu desejo carnal satisfeito tomava proporções insustentáveis, motivado pelo tesão que o contato de sua virilha com as minhas nádegas proporcionava. O nervosismo e o medo me faziam contrair fortemente meus esfíncteres e, foi só após várias tentativas que ele conseguiu meter o caralho no meu cú, a despeito de me encontrar ainda completamente travado, rasgando minhas pregas e me dilacerando todo. Eu urrei de dor e ele de prazer. À medida que ia estocando, ritmicamente, minhas entranhas, eu gritava e gemia choroso, atiçando o tesão de ambos. O Carlão movimentava a pica, num vai e vem, com a desenvoltura de um garanhão, e não se apressou em gozar, interrompendo os movimentos, cada vez que estava a ponto de fazê-lo. Meu cuzinho apertado ao redor de seu membro grosso o enlouquecia e, ele queria usufruir desse prazer pelo maior tempo possível. O Xandão já havia arriado suas calças e seu pau babão molhara sua cueca. O ar da sala havia se impregnado do cheiro característico e acre de macho, mas, apesar disso, a minha agitação não fazia meus esfíncteres relaxarem e, a ardência no meu cuzinho era a materialização de que minha mucosa anal estava toda esfolada. Parecia que o Carlão estava horas com o pau enfiado no meu cú, antes de eu sentir algo úmido e morno escorrendo entre das minhas nádegas, no mesmo instante em que, ele diminuía o ritmo das estocadas e urrava de prazer.
Nem bem o Carlão havia sacado o cacete do meu cú, o Xandão se postou diante da minha bunda e começou a dedá-la impunemente. Os espasmos involuntários se espalhavam por todo meu baixo reto e, minha carne trêmula começou a sentir o cacete do Xandão se cravando, à força, nela. A dor obnubilava meus pensamentos, e eu achava que, a qualquer momento, iria desmaiar nos braços daquele touro enfurecido. Ele estocava minhas entranhas tão profundamente, que eu sentia o sacão peludo dele batendo nos meus glúteos, me fazendo gemer, já sem forças.
De repente, ouvi, ao longe, como se alguém estivesse batendo à porta. Isso me trouxe à realidade e, com a repetição das batidas, tive a esperança de que alguém iria me livrar daquele martírio. O Carlão abriu apenas uma estreita fresta e se demorou alguns segundos conversando com alguém. Intensifiquei meus gritos e gemidos, tentando me fazer ouvir, mas a porta logo foi fechada, e soube então, que teria que aguentar até quando eles decidissem me soltar, ou quando seu tesão estivesse saciado. Ainda levou um bom tempo até que o gozo abundante e quente do Xandão enchesse minha ampola anal e vazasse escorrendo pelas minhas coxas. Quando ele me soltou, já não era necessária mais nenhuma contenção para me segurar, pois eu mal podia me sustentar sobre as próprias pernas. Eu as juntei logo depois que o cacete do Xandão saiu do meu cú, no entanto, tinha a sensação de que havia um vazio enorme entre elas, deixado pelas picas que me arrombaram. Uma umidade pegajosa escorria pelo lado interno de uma das coxas, era um filete de sangue que descia junto com a porra vazada do Xandão. Comecei a chorar diante da impotência que sentia e do fato consumado. Os dois cochicharam entre si, enquanto se recompunham e, ordenaram que eu me vestisse.
- Parece que você não tem mesmo nada haver com os elementos que transportavam a mercadoria. – disse o Carlão, em tom mais brando do que havia usado até então. Mas, sem nenhum remorso na voz firme.
- A equipe que abordou o caminhão já identificou quem são os reais envolvidos no crime. – completou, terminando de ajeitar o cacete, ainda parcialmente excitado, dentro das calças.
- Venha! Você vai nos acompanhar até um lugar. – disse o Xandão, mais complacente com meu estado.
- Acho que não consigo caminhar. – retorqui de forma letárgica.
- Apoie se em mim, que eu te seguro. – ele voltou a dizer, usando um tom mais carinhoso.
Deixamos o edifício por uma porta secundária, próxima da qual estava estacionada uma viatura. Não me fizeram entrar na traseira, como quando me trouxeram. Ao invés disso, fui no banco traseiro, com o Carlão ao meu lado. Eu estava tão aturdido que nem reconheci onde estávamos e, acho até, que jamais estive nesta parte da cidade. Seguimos num silêncio que só era interrompido por algumas frases, que saiam do autofalante do radio da viatura, para as quais eu não conseguia dar a menor atenção. Quando comecei a identificar os lugares pelos quais estávamos passando e, relativamente próximo da empresa, eles me mandaram descer.
- Pronto! Daqui você se vira! Não dá pra se perder. – Disse o Carlão, sem emoção alguma na voz.
Tive dificuldade para me movimentar, pois sentia dores por todo o corpo, especialmente no cuzinho, mas obedeci, sem questionar. Queria me ver livre daquela situação e chegar em casa. Desci sem dizer uma palavra, nem olhar para trás, e comecei a caminhar ao longo da calçada para me afastar dali.
- Teu rabo é uma delicia! Puro tesão! – ouvi o Carlão dizendo, enquanto descia da viatura.
- Esse cuzinho precisava estar à minha disposição lá em casa. – emendou o Xandão, antes que eu desse os primeiros passos.
As poucas centenas de metros que me separavam do estacionamento da empresa foram feitos com grande sacrifício, pois a cada passo, sentia uma dor se alastrando pelo períneo e chegando ao baixo ventre. Nem sei bem como cheguei em casa e, fui logo ao banheiro para me lavar. Assim que tirei as calças e a cueca, vi que estavam ensanguentadas. Entrei no chuveiro e logo uma poça vermelha se formou sob meus pés. Tentava lavar o esperma daqueles machos, que impregnava minha carne, quando notei que estava com uma fissura anal, daí o sangramento que não parava. Tirei a porra do meu cú entre lágrimas e, fui ao hospital para ser examinado. Ainda sangrando, um médico, extremamente compreensivo e atencioso, com cerca de 40 anos, me disse que seria necessária uma rafia para recompor meus esfíncteres que haviam sido rasgados. Nas visitas, após o procedimento, percebi que ele examinava meu cuzinho com um interesse que ia além do mero exame clínico de um especialista. Examinar meu buraquinho rosado o excitava, e ele não procurou disfarçar o tesão que a manipulação do meu cuzinho lhe provocava, fazendo-o demoradamente, enquanto eu travava minhas coxas e gemia baixinho. Dois dias depois pude, finalmente, voltar para casa, ainda com restrições ao caminhar.
Após alguns meses consegui, por indicação de um ex-colega de faculdade, outro emprego. Dessa vez numa renomada empresa e, onde estou muito à vontade desenvolvendo minha carreira. Lá conheci o Miguel, 32 anos, muito expansivo e conquistador, judoca amador nas horas de lazer, embora houvesse alcançado a faixa preta do quarto DAN. Também pudera, com um físico avantajado, aliado a uma inquietude constante, transbordava vigor por todos os poros. Nos tornamos amigos em pouco tempo, uma vez que fazemos, praticamente, o mesmo trajeto entre nossas casas e a empresa, num rodízio com outros dois colegas. Ele costuma ficar olhando demoradamente para mim. Por diversas vezes o flagrei despejando um olhar curioso sobre mim, como se estivesse me analisando. Confesso que fico um tanto quanto constrangido quando isso acontece. Não sei bem o que fazer com as mãos, não encontro uma posição confortável e, se estou conversando, perco até o fio da meada, não me lembrando do que estava falando. Penso que ele se diverte com isso, mas quando o encaro, me olhando com aquele ar desamparado, só consigo rir da situação e gostar cada vez mais de. Ele vem com uma frequência cada vez maior à minha casa. Batemos longos papos, assistimos a alguns filmes e sua presença, nos almoços ou jantares, aos finais de semana, vem se tornando uma constante. Ele gosta de me tocar, está sempre inventando alguma brincadeira ou pretexto para colocar as mãos em mim. Gosto quando ele faz isso e não o desencorajo. Ás vezes sinto que ele está dividido entre a namorada, com quem mantem um relacionamento há mais de cinco anos e este novo sentimento por mim, aliás, algo parecido com o que sinto por ele.
Estranhei quando o Miguel apareceu no último sábado à noite, com uma garrafa de vinho e uns DVDs, que acabara de alugar.
- Trouxe uns filmes bem legais para assistirmos. – soltou com um sorriso nos lábios, enquanto se instalava despretensiosamente no sofá.
- Estava me preparando para sair com uns amigos, vamos a um barzinho. Cadê a namorada em pleno sábado à noite? – perguntei, estranhando a visita inesperada.
- Você já reparou que sempre me pergunta sobre a Ligia? Acho que seu problema é ciúmes dela! – ele retrucou, meio mal humorado.
- Achei que fosse natural você passar o sábado com a namorada, só isso! – respondi. Mas ele estava certo, eu não conseguia simpatizar com ela, embora não houvesse um motivo para isso.
- E quem são estes “amigos” com quem você vai sair? – ele perguntou, sem dar ouvidos à minha explicação.
- Quem é mesmo que está com ciúmes aqui? – revidei com um sorriso sarcástico.
- Pois você não vai! – ele determinou autoritário. - Ou vai fazer a desfeita de me mandar embora? – acrescentou, amenizando as palavras.
- Por que você não vem com a gente? – indaguei
- Não estou a fim! Quero assistir estes filmes e ficar aqui com você! – respondeu prontamente. – Afinal, onde estão seus pais, tá tudo tão silencioso por aqui? – emendou na sequência.
- Viajaram. Estou sozinho este fim de semana. – respondi.
- Estava! – ele respondeu, voltando a sorrir, de um jeito estranho, mas com grande satisfação. – Então? Pode ligar para os teus “amigos” e se livrar do compromisso! – continuou, num tom debochante.
- Quer dizer que você decide, me comunica e ... é isso? – perguntei atônito.
- É por aí!! – respondeu ao se esparramar sobre o sofá.
- Ditador, mandão! – soltei, laçando um olhar conformado na direção dele.
Acabei me acomodando ao seu lado e começamos a ver um filme. Era notória a satisfação que ele sentia ao me haver feito desistir de um programa para ficar com ele. Começou a me cutucar e querer fazer cócegas nos meus pés, coisa que ele sabia que eu detestava, mas, passou a ser o pretexto para me agarrar. Aplicando alguns golpes de judô, foi fácil me imobilizar e conseguir seu intento. Eu me debatia, tentando me libertar, mas isso só o fez se atracar com mais força a mim. Pouco depois, pela primeira vez, durante essas brincadeiras, ele se excitou, deixando evidente o contorno do cacete debaixo do jeans apertado. Não fez nenhuma menção de camuflá-lo, quando olhei para aquele volume. A simples constatação do tesão se apoderando dele, me deixou em pânico. Comecei a fazer mais força para me desvencilhar dele e, um tremor se apoderou de todo meu corpo. Eu me lembrei do pesadelo que havia experimentado anteriormente.
- Epa!! Que alguém está bravo e dando chutes e socos para machucar!!! – ele disse, fazendo ironia e neutralizando meus golpes, depois de constatar que eu pretendia machucá-lo.
- Quero que você vá embora!! Se manda!! Se é para ficar me enchendo pode se mandar! – respondi alarmado, num tom que soou mais sério do que ele esperava.
- Estou só brincando, você sabe disso! – acrescentou, surpreso com essa reação inusitada, ao mesmo tempo em que deixava eu me desvencilhar dele.
Saí dali e fui até a cozinha, a pretexto de pegar uns copos e um abridor, deixando-o sem entender o que acontecera de tão grave.
- Não fica tão zangado! Que foi que fiz de tão abominável? – ele me perguntou, depois de me seguir até a cozinha.
Ao final de um silêncio constrangedor, iniciei o relato do que havia me acontecido na empresa anterior, num despejar de palavras que ia deixando o rosto dele com uma expressão grave e taciturna.
- Não quero ser estuprado novamente! – falei, ao concluir meu relato e baixar o olhar, numa atitude embaraçada e de nítida vergonha pelo que havia me acontecido.
Ele se aproximou de mim e me tomou em seus braços, apertando-me contra seu peito musculoso. O tesão sexual de há pouco, havia se transformado, momentaneamente, em carinho protetor. Eu me senti seguro ali, ouvindo a respiração e as batidas cadenciadas do coração dele. Embora não houvéssemos trocado uma única palavra nos minutos que se seguiram, acho que nunca houve uma conversa tão explícita, carregada de cumplicidade e íntima como aquela.
- Eu gosto muito de você! E também gosto quando você me toca ! – sussurrei, ainda envolto no calor dele.
Ele procurou minha boca com uma voracidade instintiva e beijou meus lábios, que eu abri numa entrega sutil, deixando que sua língua penetrasse minha boca e roçasse a minha em comunhão. O sabor viril da saliva dele fez minha respiração se acelerar. O hálito morno dele me tranquilizava, enquanto suas mãos passeavam sob minha camiseta, alisando meu tronco e deixando os bicos dos meus mamilos intumescidos. Sem pressa, ele tirou minha camiseta e admirou, com um sorriso, os mamilos que o seduziam. Lambeu e chupou-os demoradamente, enquanto eu afagava seus cabelos e acariciava sua nuca com a ponta dos dedos. Eu arfava e gemia baixinho, sentindo seus dentes mordiscando meus mamilos. As mãos dele deslizaram para a minha bunda e ele pegava as nádegas com força, apertando-as sob a calça. Ele me reconduziu até o sofá da sala, caminhando colado atrás de mim, com as mãos envoltas na minha cintura, e os lábios molhados chupando minha nuca.
- Quero te satisfazer! – disse em voz baixa e acanhada. – Gosto demais de você! – continuei.
- Estou louco pra meter minha pica no teu cuzinho! – Entrega ele pra mim, entrega? – ele disse ao esfregar a mão sobre o volume armado debaixo da calça.
Ao desabotoá-la e abrir o zíper da braguilha, uma jeba grossa e parruda como ele, saltou de lá de dentro, respingando as gotas do líquido viscoso, que babava do orifício na glande, cujo formato remetia a um cogumelo gigante. Depois dele tirar as calças, puder ver que entre as grossas coxas peludas, um sacão pendurado flacidamente, delineava dois bagos colossais que insinuavam virilidade e atestavam a masculinidade desse macho provocador.
Meus dedos deslizavam por entre os pelos do peito dele, e eu completava esse carinho, com beijos suaves, dados sobre os locais onde os dedos haviam deslizado. Ele segurava minha cabeça e a guiava cada vez mais para a direção da barriga, a respiração dele ficava mais profunda após cada beijo. Fui me ajoelhando, até ficar cara a cara, com o cacete dele. Uma das suas mãos pegou-o, deixando a maior parte exposta, e começou a roçá-la em meu rosto. Senti meu corpo esquentando, como que se preparando, para um duelo. Quando a cabeçorra úmida passou próximo aos meus lábios, abri minha boca e cheio de tesão, comecei a sugá-la. O sabor salgado do pré gozo dele invadiu minha boca e, o cheiro viril da jeba pulsátil me subjugou por completo. Ele gemia de prazer, olhava para meu empenho ao chupar a pica e se deliciava quando eu olhava submisso para cima. Mamei-o demoradamente, ao mesmo tempo em que brincava e massageava seus enormes testículos. Senti que estavam cheios, pois o sacão ficara mais globoso com todas aquelas carícias. Sentindo que não podia mais se conter, ele tornou a prender firmemente minha cabeça entre suas mãos, e estocou fundo a minha garganta, deixando os jatos de porra saírem fartos e ininterruptos, até que minha boca estivesse tão cheia, que só me restou engolir aquele sêmen delicioso para não me engasgar. Nunca havia engolido porra, e não sei se por ser a daquele homem de quem tanto gostava, degustei-a de forma sublime, o que o enlouqueceu.
- Tesão de mamada!! Gostou de chupar minha pica? Lambe os dedos, lambe. – ele disse entre gemidos, me oferecendo a porra vazada que ele havia coletado ao redor do meu queixo.
Obedeci, realizando mais esse desejo dele, e pela maneira afetuosa com que lambi até a última gota, ele teve sua pergunta respondida. Voltamos a nos abraçar, deitados no sofá, e começamos a nos beijar, mal separando os lábios por alguns segundos, entre um beijo e outro. O contato com a minha pele o excitava, ele me tocou por todo o corpo, explorando cada dobra, cada saliência e cada contorno, como que se certificando de que tudo ali lhe pertencia.
As mãos começaram a palpar minhas nádegas, afastando-as para que ele pudesse mordê-las, onde a pele era mais branca, próximo ao cuzinho. A cada investida dele eu arfava, deixando explícito o tesão que isso me provocava. Era o que ele queria, me deixar tão afogueado a ponto de me entregar sem pudores ou reservas, permitindo que ele liberasse seus instintos na minha carne. Com o dedo ele começou a esfregar as pregas do meu cuzinho, insinuando-o no botão anal e, testando a resistência do meu esfíncter. Este se contraía num piscar reacional quando a língua úmida dele roçava sua superfície. Meu arfar se transformara em grunhidos, gemidos, sons que brotavam de puro deleite. Aos poucos ele foi percebendo que meu tesão era tanto, que começava a se sobrepor ao temor e, portanto, chegara a hora de avançar. Fui sendo imobilizado, primeiro com o corpo dele deitado sobre o meu, depois, sendo comprimido contra o braço do sofá e, por fim, sendo enleado num abraço apertado. Ele pincelava a jeba no meu rego, umedecendo-o com o pré-gozo que escorria mais abundante do que antes. Quando a cabeça da pica dele passava sobre meu botão anal ele a comprimia com força, tentando enfiá-la nele. Essa sensação me deixou apavorado. Eu sabia o que resultaria daquilo, e travava o cú.
- Não me machuque! Você vai me arrebentar! – gemi desesperado.
Ele não conseguia responder, tamanha a fissura que sentia por meu cuzinho e, inebriado pelo meu jeito de implorar. Ele só conseguia lamber minha nuca e fungar no meu cangote, enquanto persistia na procura por uma brecha que o deixasse cravar a pica no meu rabo. De repente, a insistência o contemplou com um breve relaxar e, a jeba ganhou o lúmen do meu cuzinho. A dor me fez gritar. Por um momento revivi a agonia do passado, mas ele sussurrou em meu ouvido, o que me soou como uma canção de ninar.
- Quero cuidar desse cuzinho! Dá ele pra mim, dá? – enfatizou cada sílaba.
Ele esperou, pacientemente, cerca de cinco minutos, com as minhas pregas distendidas envolvendo apertadamente a glande do seu cacete, antes de sentir que eu afrouxava o esfíncter anal para recebê-lo, e então, começou a se deliciar, metendo carinhosamente o membrão dele até o talo, deixando que eu sentisse seu sacão batendo nas minhas nádegas. Eu urrei de dor, sentindo minhas entranhas se dilacerando e, só quando ele iniciou um lento movimento de vai e vem, é que uma onda de prazer começou a se espalhar entre meu rego. Mais controlado, eu gemia choroso alimentando o tesão dele, que se externava por meio de sons guturais, no ritmo das estocadas que ele desferia em mim. Exausto e no limiar das minhas forças, recebi as últimas e mais profundas estocadas, dadas num ritmo frenético, antes que ele despejasse inúmeros jatos de porra morna no meu cuzinho esfolado, e estes escorressem pegajosos, deixando minhas entranhas completamente túrgidas. Guardei esse esperma em mim com um zelo especial, pois é a essência máscula do homem que eu amo atada ao meu ser. Quando o Miguel me largou, eu estava levemente machucado, o que seria mesmo inevitável, dada a espessura daquele cacete, mas feliz por tê-lo satisfeito e, por descobrir que sentia prazer com isso.
O Miguel e eu estamos cada dia mais juntos, fizemos algumas viagens curtas nos finais de semana ou emendas de feriados, e invariavelmente passamos as horas de folga nalguma atividade compartilhada. Estranhamente, poucas semanas depois da nossa primeira relação sexual, nunca mais o ouvi mencionar a namorada e, como ele fica pouco tempo longe de mim, fico me perguntando se ainda existe alguma namorada. De qualquer forma estou muito feliz com as coisas como estão, e acho que não é bom fazer perguntas a este respeito.