EU TE AMO 8

Um conto erótico de CARPE DIEM*
Categoria: Homossexual
Contém 1858 palavras
Data: 06/07/2012 16:18:28
Última revisão: 25/05/2018 22:14:51

...

O clima não era dos melhores, é claro. O Edu era um cara maravilhoso, de fato, mas totalmente ‘descontrolado’. No pensamento dele, tudo poderia ser resolvido brigando. Eu sempre preferi conversar, tentar chegar num acordo, sei lá, evitar confusão. Até porque se fosse para brigar com alguém, eu sempre levaria a pior, eu era bem ‘fraquinho’ rsrsrsrsrs. O André até me soltou e, tentei convencê-lo novamente á ir embora e, outra vez ele negou, me disse que dormiria na minha casa a convite do meu irmão e, o pior: Nossa conversa ainda não havia terminado.

O Edu ficou muito irritado. Minhas tentativas de acalmá-lo não surtiram efeito algum, infelizmente, mas na medida do possível, a noite terminou bem. Já no dia seguinte, assim que chegamos á mesa, o André já estava por lá. Ele sempre foi muito querido pela minha família, já que por um tempo nós tínhamos um relacionamento, por isso era comum eu ver ele muitas vezes na minha casa. O Edu ainda ficava meio sem jeito com meus pais e tal, mas eu fazia o possível para tentar familiarizá-lo com meu ambiente. Eu sabia que mais cedo ou tarde, teria que resolver minha ‘situação’ com o André, não era possível evitar mais, então pedi a opinião da minha mãe e depois tentei explicar para o Edu, algo que não foi tão fácil assim.

Edu - O que houve amor?

Sempre que eu tinha algo para falar com ele, eu criava várias situações, dava voltas e voltas até chegar ao ponto, porque era muito complicado conversar com o Edu sobre qualquer assunto, ele não facilitava muito, mas dessa vez era melhor eu ser direto, sem rodeios.

Eu - Eu preciso conversar com o André.

Edu - Não amor. Você não vai ficar sozinho com ele.

Eu - Edu. Nós já conversamos sobre isso. Você confia em mim?

Edu - Eu não confio nele (ele disse com raiva).

Eu - Edu. Eu tenho que resolver isso de uma vez por todas. Poxa, tenta me entender.

Edu- Se você quer ir, vai. (irritado).

Eu - Não faz assim Edu.

*Silêncio.

Aff. Tem certos tipos de situações que eu não sei lidar muito bem, como essa por exemplo. Eu não poderia deixar de conversar com o André, pois desse jeito, ele provocaria ainda mais o Edu e, tudo terminaria em mais confusão. Eu precisava falar e encerrar definitivamente qualquer esperança que ele tivesse de estarmos juntos novamente.

André - Sabia que você não conseguiria ficar longe de mim.

#CONVENCIDO.

Eu - Ei. Vai com calma, ok? Só quero conversar contigo.

André - O que tu viu nesse cara Diego?

O André chegou bem depois na minha vida, mais precisamente na minha adolescência. Ele veio de outra cidade para cá, e tal. Logo quando o vi, já senti algo diferente. Rapidamente ele se enturmou com meus amigos, meu irmão e, por fim começamos a ficar juntinhos. Aprendemos muitas coisas um com o outro e, quando já estava acostumado, bem ‘caidinho’ mesmo por ele, rsrsrsrs... PUF. Ele foi para bem longe de mim para nunca mais voltar (mudou), me enganou diversas vezes, nem dava noticias direito, e agora volta assim de repente? Naquela época foi bem difícil me recuperar, muito mesmo. Ele não tinha mais esse direito de tentar estragar algo tão bonito que eu estava disposto a construir com o Edu. Mesmo dizendo que ainda me amava, eu não queria e, não sentia (ainda bem) nada mais por ele.

Ele deixou claro que estava confiante e não desistiria de mim e que tentaria me conquistar novamente. Já não basta a Clara atrás de mim? Tentei explicar que não aconteceria nada mais entre nós, mas ele não aceitou muito bem essa afirmação e, me pediu um beijo. É claro que eu não faria isso, mas nem deu muito tempo de responder não, até o Edu aparecer.

Edu- Ele não vai te dar beijo nenhum.

Andre - Sai fora cara. Meu papo aqui é com ele.

Nem preciso falar que eles brigaram. O Edu ficou bem decepcionado quando eu ajudei o André, já que ele estava um pouco mais machucado.

Edu - Se eu não chegasse aqui você iria beijar ele né?

Eu - Eu pensei que você confiava em mim. Acho que estou errado.

Edu - Você não tá vendo que esse cara está te enganando de novo? Você vai cair na conversa dele?

Já não aguentava mais tanta ‘bagunça’. Minha vida parecia um eterno drama daquelas novelas mexicanas, hahaha, ninguém merece. Será que eu passava tanta desconfiança assim para as pessoas? Não era possível que o Edu não acreditaria em mim. O André se aproveitou dessa ‘dr’ nossa e continuou colocando mais lenha na fogueira. Quer saber? Deixei os dois lá ‘se matando’ e fui para meu quarto.

Fiquei um bom tempo por lá com a minha maninha eu meu amigo me fazendo companhia... Minha casa quase nunca ficava vazia. Sempre meus amigos estavam lá por perto, rsrsrs.

Logo, o Edu chegou, ficamos sozinhos e, ele veio me pedindo desculpas, que tentaria se controlar e tudo mais. Nem quis saber como terminou tudo entre ele e o André, mas não adiantaria mesmo.

Por mais que eu o desculpasse, eu sabia que na próxima oportunidade aconteceria tudo novamente, mas era melhor, por hora evitar mais discussões. Continuamos no quarto namorando, até minha mãe entrar, hahaha. O Edu ficou totalmente sem ação, nem sei por que rsrsr... Ela é super de boa. Descemos para almoçar e, dessa vez o André já havia ido pra casa. Aproveitei para falar com meu irmão, já que foi iniciativa dele essa ideia de convidá-lo, eu precisava entender onde ele queria chegar com isso. Meu pai quis conversar com o Edu também, fiquei bem curioso, mas sei que depois ele me contaria. Encontrei-o no quarto de bobeira.

De inicio, ele me disse várias coisas absurdas e tal. Não adiantava fazê-lo entender, se ele não queria aceitar. Meu irmão sempre quis ter tudo, ainda mais depois que eu fui morar sozinho, e meus pais davam isso e mais um pouco á ele. Acho que tal fato contribuía e muito para essas alterações de humor. Eu gostava muito dele, de verdade, demais. Eu cuidava... Me preocupava com a sua vida, brigava também... Quem nunca? rsrsrs. Já disse que ele era um garoto bom, cheio de qualidades também, por isso nossos papos eram sempre assim meios tensos, mas depois tudo voltava as boas novamente. Mais tarde o Edu me disse sobre o tal papo que meu pai e ele tiveram e, não era nada demais, ufa. Apenas lhe advertiu que era para ele cuidar bem de mim, que apoiava nosso relacionamento, essas coisas. Bom, parecia que agora sim tudo ficaria em paz.

...

Como tudo que é bom, dura pouco... Era hora de ir embora. Detesto esse clima de despedida, é terrível. Estava triste? Sim, mas já tinha me abastecido de todo carinho por parte dos meus amigos e família. E, tem esse ‘cara’ também que não sai de perto de mim, hahaha (ainda bem). Então, tudo seria mais fácil. No caminho de volta pra casa, tentei ler alguma coisa, já que estava cheio de livros, mas com ele por perto, era impossível. Até mostrei alguns pra ele, mas sem sucesso, rsrs. O Edu não gosta de ler, escrever, essas coisas, aff.

Já perto de casa, despedi-me dele e, cada um seguiu seu rumo, mas logo depois ele retornou me dizendo que ficaria comigo aquela noite, nem achei ruim não, rsrsrs. No outro dia, depois de muita reclamação dele, consegui o acordar para irmos juntos pra ‘facul’. Na verdade, eu nem sei o porquê ele estuda e tal, já que sempre deixa claro que detesta ficar ‘preso’ num local estudando, aprendendo, essas coisas. Hoje, ele melhorou um pouco, mas antes era impossível fazê-lo mudar de opinião. Mesmo dizendo que sou ‘enjoadinho’ nessa questão, eu ‘brigo’ muito com ele sobre isso... Não quero namorar nenhum cara malandro não, hahahaha.

Chegamos à faculdade e nem sinal da Clara e do Breno, estranhei, mas tudo bem. O Edu, depois que conheceu melhor minha família queria que eu conhecesse a dele também. Ele não queria mais esperar. Por mim, eu nem iria lá tão cedo assim, mas ele era muito ‘apressado’. Não sei para que tanta rapidez, mas era melhor não contrariar, rsrsrs. Estávamos fazendo planos quando o Breno chegou junto á nós, assim, tentamos disfarçar o óbvio, hahaha. Ele sabia que eu passei o final de semana com minha família, então, contei algumas coisas que aconteceram onde eu estava e que ele já tinha várias fãs por lá agora, rsrs, e tal. Prometi que da próxima vez o levaria também, é claro. Conversa vai e conversa vem, ele aceitou o convite e tudo, mas disse que depois precisaria falar algo comigo. Eu queria saber logo o que era, até porque sou muito curioso e ansioso, não sei muito bem esperar, mas ele reforçou que só diria depois e que o assunto não era somente comigo.

Bastaram somente essas palavras para eu imaginar o que seria. Com certeza era sobre eu e o Edu. Eu tentava disfarçar certos assuntos e ações para ninguém desconfiar muito de mim, mas o Edu demonstrava demais, principalmente em relação à Clara. Já não conseguia prestar atenção em mais nada. Na saída, quis imediatamente saber o que seria esse tal assunto, mas ele não dizia nada.

Eu – Breno, o que você quer falar.

Breno - Calma. Você é muito apressado, sabia?

Eu – Não sei pra que essa demora. Me diz logo o que é. (disse bravo).

Breno - Só falta à outra parte interessada chegar.

Logo o Edu chegou e, acho que ele nem desconfiava de nada. Eu já estava apreensivo. O Breno o cumprimentou como de costume, querendo saber sobre o final de semana dele e tal. Já não aguentava mais esse papo.

Eu - Breno. Porque que você quer falar com nós dois? Diz logo.

Edu - Do que você tá falando? (ele me perguntou).

Eu - É que o Breno veio com uma conversa de que quer falar com a gente, e até agora não disse nada, fica com esse papinho.

Era só chegar e dizer. Acho que não precisava adiar tanto assim, mas o Breno é desse jeito mesmo.

Breno – Olha só Diego, eu conheço o Edu desde pequeno, nós somos como irmãos, já você eu convivo há pouco tempo, mas já te considero e muito.

Eu – Ok, mas e daí? Eu já sei de tudo isso Breno.

Edu – Deixa ele terminar de falar (ele disse para mim).

AFF.

Breno - Eu pensei que vocês confiassem em mim.

Edu - Claro que eu confio, até porque como você disse, nós somos como irmãos.

Eu – E eu também nunca disse que não confiava em você, ao contrário, você me ofereceu sua amizade sem me conhecer direito, ajudou sempre que eu precisei.

Não tinha nem porque o Breno questionar sobre isso. É claro que eu confiava nele, desde quando o vi, pois se não, nunca teria falado algo tão intimo assim sobre mim, já que ele sabia sobre minha orientação e tudo mais, mas nem nossas ‘desculpas’ serviram para ‘acalmá-lo’.

Breno - Já que os dois confiam tanto assim em mim, porque vocês me esconderam que estão juntos?

Mais problemas.

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Comentários

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Ferrou! Quem mandou esconder? Também acho o Breno o máximo, mais que merecedor de confiança.

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Oh my GOD! Esse quase acaba comigo!

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Cara seria a melhor novela das 22 na globo,deveria ter novelas com romance homosexual.Mas a leitura também é muito gostosa ;)

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Eu adoro esse conto,pena que não dá de ver ele todo se não er passaria o dia inteiro lendo,pública logo e escreve mais.Esse casal é perfeito pra ser feliz.Adoro essas briginhas de vocês(até certo ponto).

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iiiiiiiiiii o breno vai se sentir traido rsrsrs

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Que ultimato hein... 10, continua logo

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Adorei!>!>!> mas o Breno tem razão .. vcs são tão amigos.. e o coitado teve q descobrir sozinho o namoro rs!!bjs

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